quarta-feira, 4 de agosto de 2010

ChiRunning: funciona?

Agora, recuperado daquela lesão chata que não teve consequências nas outras corridas, fui revisar um método de corrida que havia acompanhado há algum tempo e que não coloquei em prática totalmente: ChiRunning, termo criado pelo americano Danny Dryer para utilizar técnicas de corrida a parti do T’ai Chi. As ideia são boas, plausíveis e fáceis de serem aplicadas na vida do corredor. A grande questão é: realmente funciona?

Antes de mais nada, um aviso: este material está totalmente em inglês, sendo que eu o adquiri por pura curiosidade em uma liquidação de livros. Outro aviso: não estou indicando, não testei e apesar do apelo de que o método permite a você “correr sem lesões”, deve-se levar em conta que o mercado americano tem por hábito exagerar no marketing dos produtos, às vezes de forma irresponsável (espero que não seja este o caso). Porém eu concordo com o autor sobre a questão postural influenciar tanto no desempenho quanto no aparecimento das lesões.

Não queira ser chique dizendo “qui-running”, é “chi-running” mesmo, como em “xi”, ok? Pronto, assim você não passa vergonha na loja de livros. O “Chi” é conhecido como a força da vida, que gera movimento no mundo físico, sendo também criada pelo próprio movimento. Une corpo, mente e espírito, uma força visível apenas através de seus efeitos no nosso mundo (eu me sinto o próprio Mestre Yoda traduzindo este negócio!). Partindo deste ponto, o autor cria todo uma técnica de postura e movimento voltada à corrida, mas que exige exercícios corretivos para a maioria dos corredores.

Também há um vídeo (que não acompanha o livro), mas você pode pesquisar no YouTube e algumas cenas podem dar uma ideia da técnica. E para completar, a New Balance lançou um modelo específico para o ChiRunning. Como eu disse, os americanos exageram um pouco.

Eu não garanto que vá testar de uma ponta a outra o método, mas algumas indicações posturais podem ser aproveitadas mesmo para o dia a dia. Quanto à sugestão de concentrar a passada no "mid-foot" (meio do pé ao invés do calcanhar), comigo isto não funciona muito bem. Afinal, a biomecânica de cada corredor é individual e deve ser respeitada.

Visite o site oficial para conhecer um pouco mais sobre o ChiRunning.

E lembre-se: pratique o “bom senso” antes de qualquer outra técnica...

4 comentários:

  1. oi, rinaldo!

    ainda não tinha ouvido falar desse livro...
    fiquei interessada nessa técnica baseada na correção postural
    depois de ler o livro do valmir nunes, comecei a tentar pisar o chão durante a corrida primeiro com o meio do pé... mas eu acho difícil mudar o tipo de pisada... exige muita disciplina, atenção e treino!
    e como você disse, é preciso ver se funciona
    com a gente

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  2. Este comentário foi removido pelo autor.

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  3. Oi !

    Por acaso estou lendo o livro do Dean Karnazes, "50 maratonas em 50 dias" e ele também fala sobre essa pisada com o meio do pé. Ele mudou a pisada dele e disse que para ultramaratonistas é muto bom esse tipo de pisada.

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  4. Cláudio,
    Também concordo que concentrar a passada no "mid-foot" não deve ser um grande avanço, pelo menos para a maioria dos corredores.
    Gosto muito do seu blog, sempre com posts criativos.
    Grande abraço!
    Gilmar
    http://www.fotocorridagilmar.blogspot.com/

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