domingo, 19 de agosto de 2012

Ciclofaixa não é lugar de Corredor de Rua!

Qual é o problema do cidadão fazendo sombra no asfalto na foto aí ao lado? Simples: falta de respeito, o que neste país é cada vez mais comum. Quem vive em São Paulo já deve estar acostumado a dividir as ruas com as bicicletas nos domingos e feriados nacionais entre 07:00 e 16:00 horas, as chamadas Ciclofaixas, espaço reservado e EXCLUSIVO para o lazer não motorizado sobre duas rodas. Mas tem gente que não sabe disso ou propositalmente ignora, consequentemente caminhando, correndo, andando de patins e até de skate motorizado, como eu já testemunhei.

Ora, porque não colocou este post no Ciclovia Digital? Lá seria um ciclista (eu) reclamando de pedestres, aqui é um corredor alertando outros corredores, dá mais impacto e atinge o público alvo. Lá no outro blog eu já dei bronca semelhante (Calçada não é lugar de bicicleta!) por todas as vezes em que eu no papel de pedestre já quase fui atingido por ciclistas irresponsáveis, se é que podem ser chamados de “ciclistas”. Voltando ao assunto da Ciclofaixa, vamos fazer o seguinte esclarecimento, resumido a partir do site Vá de Bike:

Ciclovia: É um espaço segregado para fluxo de bicicletas. Isso significa que há uma separação física isolando os ciclistas dos demais veículos. Essa separação pode ser através de mureta, meio fio, grade, blocos de concreto ou outro tipo de isolamento fixo. A ciclovia é indicada para avenidas e vias expressas, pois protege o ciclista do tráfego rápido e intenso.

Ciclofaixa: É quando há apenas uma faixa pintada no chão, sem separação física de qualquer tipo (inclusive cones ou cavaletes). Pode haver “olhos de gato” ou no máximo os tachões do tipo “tartaruga”, como os que separam as faixas de ônibus. Indicada para vias onde o trânsito motorizado é menos veloz, é muito mais barata que a ciclovia, pois utiliza a estrutura viária existente.


Tá claro ou quer que eu desenhe? Sou péssimo em educação artística, então leia de novo se não entendeu, por favor.

Apesar do site oficial da Ciclofaixa ter trocado o regulamento que dizia algo do tipo “exclusivo para lazer com bicicletas e proibido outras atividades, inclusive esportivas”, para uma versão do tipo “respeite os demais usuários”, acredito que este espaço não deve ser utilizado por qualquer outra forma de locomoção que não seja a bicicleta. Quando se fala de corrida de rua no sentido de treino, pior ainda, pois muitos corredores trafegam no sentido contrário, ouvindo música (o que eu admito, distrai muito) e até mesmo em “fila dupla” para conversar com os companheiros.

Cadê o bom senso de cada um? Basta uma roda aro 26 acertar a perna de um corredor e pronto, o culpado é o ciclista, que pode muito bem ser uma criança que está aproveitando o dia de lazer na rua ao invés de ficar na frente de um videogame ou da internet. Talvez no próximo final de semana não esteja mais lá, e sim enclausurado e com medo de causar novos “acidentes”, sendo que não foi o real culpado.

Conscientização

Corredor, por mais que seja melhor treinar no asfalto ao invés da calçada, tanto no sentido de irregularidades quanto de impacto, respeite o espaço do ciclista. Esta lenta vitória de termos todos os domingos e feriados um espaço onde as pessoas são convidadas a aproveitar o dia, estar com os amigos e família em uma atividade de lazer e principalmente fazer uma atividade física, tem que ser mantida. Se “acidentes” começarem a acontecer, a longo prazo podemos perder este espaço, novamente dando lugar ao carro e ao sedentarismo.

(e sinto muito se você corre nas Ciclofaixas de São Paulo e não gostou da chamada, mas este assunto, utilizando um termo bem técnico, “me emputece”)

10 comentários:

  1. Oi Rinaldo,

    Concordo com você que falta bom senso nos corredores também. Esse tipo de comportamento pode ser observado todos os dias e não somente ao domingos no parque do Ibirapuera. Lá tanto corredores invadem a faixa de bicicletas, quanto ciclistas invadem a area de pedestres e não é raro que ocorram acidentes. Acredito que o grande problema é que não sabemos viver em harmonia nem entre os praticantes de atividade física, e então reclamamos do motorista mas isso é um problema geral. Assim como você o fez, acredito que só nos cabe discutir o problema e conscientizar aqueles que agem de forma não adequada. Parabéns pela atitude!

    Até a próxima volta!

    Bruno Chinellato
    improvavelcorredor.blogspot.com

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    1. Também concordo com este tema dos parques, realmente falta respeito de todos os lados. Vamos tentar fazer nossa parte e respeitar, quem sabe os outros aprendem.

      Abraço e bons treinos!

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  2. Tô contigo Rinaldo.
    No final de semana as ruas são "um pouco" mais tranquilas e não precisamos invadir o espaço dos ciclistas.
    Quem respeita é respeitado e a vida segue numa boa.
    Parabéns pelo lembrete!

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    1. Valeu Luiz!

      Se todos respeitarem o espaço das bicicletas no domingo, vai ser consequência para o resto da semana, e quem sabe no futuro um trânsito um pouco mais compartilhado.

      Abraço!

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  3. Respeito e artigo de luxo nesse mundo de meu Deus!

    Fabi =)

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    1. Concordo com você Fabi, vamos fazer a nossa parte e já está bom.

      Abraço!

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  4. daleeee!!!!! É isso aê!! Dale bronca mesmo nessa cambada de inconsequente!! Como diz aquela "bela" melodia : " ...♪cada um no seu quadrado....♫"

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    1. No seu quadrado... ou na sua faixa...

      Abraço e bons treinos!

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  5. Oi, Rinaldo.
    Como corredora e usária da bike como transporte, achei muito bacana este seu "alerta" aos corredores. Em Floripa não sofremos tanto deste mal, mas na verdade é porque nossos governantes não providenciam ciclofaixas. Aqui isto ainda é artigo de luxo. Praticamente só a beira-mar da cidade e o Parque de Coqueiros é que possuem. E vejo que nestes locais, o pessoal está respeitando.
    Forte abraço.
    Helena
    correndodebemcomavida.blogspot.com

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    1. Que bom que o povo de Floripa respeita mais as faixas de bicicleta, como eu disse, aqui em São Paulo é uma conquista, não podemos deixar virar bagunça.

      Qualquer dia vou pedalar aí! Abraço!

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