A tal polêmica sobre a necessidade de identificação de corredores e ciclistas na USP através de uma carteirinha talvez nos ajude a perceber um problema cada vez mais sério em São Paulo: as pessoas querem praticar atividades físicas ao ar livre, mas não tem espaço! Não temos praia (dizem que praia de paulistano é shopping center...), então o jeito é arranjar algum espaço livre, nem sempre muito seguro, para curtir um pouco do tempo livre e fazer algo bom para a saúde.
A Revista Runner’s World deste mês trouxe uma matéria muito interessante sobre os perigos de correr nas ruas movimentadas das cidades grandes, com exemplos bem impressionantes. Foi daí que percebi o seguinte: o povo também não colabora, e não estou falando somente de motoristas. A regra é simples: correr, no sentido contrário dos carros e na faixa da esquerda (direita para quem vem), pedalar, no sentido do trânsito e na faixa da direita (direita para todo mundo). Só que tem gente que não pensa muito bem nisso e depois se machuca de bobeira.
Aqui na Zona Norte da capital, um dos pontos mais legais para correr e pedalar é o entorno do Aeroporto Campo de Marte (palco da Fórmula Indy no próximo mês), que oferece as avenidas Olavo Fontoura, Santos Dumont e Brás Leme com suas retas planas e com apenas algumas travessas e entradas à direita, ou seja, pouco paramos para esperar o trânsito. Mesmo assim, vejo sempre corredores sem nenhuma visão dos carros, correndo praticamente pelo meio da faixa, sendo que nestas avenidas há algumas linhas de ônibus também. Ciclistas, nem precisa dizer, em todas as direções e faixas possíveis. E é claro, motoristas que gostam de tirar “finas” ou simplesmente ignoram quem está fora de seus preciosos veículos.
Exibir mapa ampliado
Então de quem é a culpa? Simples: como tudo neste país, tem que haver fiscalização e punição, só assim o brasileiro aprende! Imagine um policial parando um corredor e atuando em flagrante: correndo no sentido dos carros... tem RG? multa; não tem? chama o camburão e vamos tocar piano na delegacia... pronto, tudo resolvido! Vale para os ciclistas também, ok?
Separei dois links interessantes sobre o Código de Trânsito Brasileiro, caso você queira saber um pouco sobre a legislação (um bem direto ao assunto e o outro na íntegra):
A Bicileta no Código de Trânsito Brasileiro
Código de Trânsito Brasileiro (CTB)
Seria tão fácil acabar com esta guerra no trânsito, dentro e fora da USP, e permitir que as pessoas aproveitassem melhor as vias públicas.
Como sempre, depende única e exclusivamente do fator humano.
quinta-feira, 25 de fevereiro de 2010
sexta-feira, 19 de fevereiro de 2010
Hoje é o Dia do Esportista... Parabéns!
19 de Fevereiro é o Dia do Esportista e você, só de passar regularmente aqui por este humilde blog de Corridas de Rua, já está de parabéns!
Dedicado a todos que correm, pedalam, nadam, jogam bola ou fazem qualquer coisa mais extenuante que uma partida de dominó.
Aproveite e coloque a figura acima como plano de fundo do seu micro e mostre para todo mundo que você pratica esportes. Clique na figura, ela aparecerá ampliada, e em seguida clique em “Definir como plano de fundo”.
Bom final de semana!
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terça-feira, 16 de fevereiro de 2010
Treinar na USP: só com carteirinha...
Num primeiro momento, eu pensei em reclamar. Mas daí pensei “outro post reclamando? Nem os leitores e nem eu temos mais paciência para tanta reclamação”. Daí eu pesquisei o assunto e vi que há um pouco de sentido na estória toda, mas como sempre, os administradores neste país, sejam públicos ou privados, carecem de buscar a melhor solução quando tentam resolver um problema. Adota-se qualquer medida, por mais esdrúxula que possa parecer e pronto, problema resolvido.
Esta correndo um boato nesta semana de que quem quiser correr ou pedalar na USP (Cidade Universitária, em São Paulo) deverá fazer uma carteirinha gratuita. Essencialmente, a medida tenta amenizar o clima entre ciclistas x corredores x motoristas e organizar os quase 5 mil praticantes de atividades físicas que invadem o campus nos finais de semana.
Eu já estive lá em um sábado e parecia dia de corrida e de prova de ciclismo, tudo junto. Assessorias esportivas dividiam o espaço com grupos de ciclistas treinando forte e mais alguns pangarés como eu, que não tinham o que fazer e foram correr um pouco. Em meio a tudo isso, carros, ônibus (pilotados por gente mal educada como de costume) e alunos. Sim, alguma medida é necessária, especialmente quando lemos textos como os indicados abaixo sobre acidentes e brigas, em um local digamos, que tem outra finalidade (é um conjunto de faculdades, na verdade). Porém, em nenhum momento ninguém citou o problema de melhorar a segurança no campus, para todos.
Não vou entrar muito no detalhe, apenas deixo os textos para sua (e minha) reflexão sobre o assunto e vamos torcer para que organizem de forma satisfatória tudo isto. O paulistano não conta com faixas de areia das praias ou parques decentes para praticar esportes, por isto procura alternativas e a USP se transformou no centro das atividades esportivas de final de semana.
Ciclista e Corredores terão que se cadastrar para correr na USP
Ciclistas x Corredores: na USP: o problema continua
Quando tiver maiores informações sobre o procedimento, deixo para vocês aqui no blog.
Boa (curta) semana!
Esta correndo um boato nesta semana de que quem quiser correr ou pedalar na USP (Cidade Universitária, em São Paulo) deverá fazer uma carteirinha gratuita. Essencialmente, a medida tenta amenizar o clima entre ciclistas x corredores x motoristas e organizar os quase 5 mil praticantes de atividades físicas que invadem o campus nos finais de semana.
Eu já estive lá em um sábado e parecia dia de corrida e de prova de ciclismo, tudo junto. Assessorias esportivas dividiam o espaço com grupos de ciclistas treinando forte e mais alguns pangarés como eu, que não tinham o que fazer e foram correr um pouco. Em meio a tudo isso, carros, ônibus (pilotados por gente mal educada como de costume) e alunos. Sim, alguma medida é necessária, especialmente quando lemos textos como os indicados abaixo sobre acidentes e brigas, em um local digamos, que tem outra finalidade (é um conjunto de faculdades, na verdade). Porém, em nenhum momento ninguém citou o problema de melhorar a segurança no campus, para todos.
Não vou entrar muito no detalhe, apenas deixo os textos para sua (e minha) reflexão sobre o assunto e vamos torcer para que organizem de forma satisfatória tudo isto. O paulistano não conta com faixas de areia das praias ou parques decentes para praticar esportes, por isto procura alternativas e a USP se transformou no centro das atividades esportivas de final de semana.
Ciclista e Corredores terão que se cadastrar para correr na USP
Ciclistas x Corredores: na USP: o problema continua
Quando tiver maiores informações sobre o procedimento, deixo para vocês aqui no blog.
Boa (curta) semana!
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segunda-feira, 8 de fevereiro de 2010
Entre você e seu tênis
Lá está você correndo aquela prova com camiseta bonita, inscrição cara, tênis top de linha, clima perfeito... e aquela sensação boba de que alguma coisa está rasgando o seu pé em um pequeno ponto, de dentro para fora. Começa com uma leve queimação, vai aumentando, e se a corrida não acabar logo, você termina andando, ou melhor, mancando. Bem vindo ao mundo das bolhas, ou “blisters”, em inglês.
Mas o que fazer quando esta praga resolve atrapalhar seu treino ou corrida? Não sou médico e não vou arriscar nenhum palpite tipo “não fure”, “descanso total”, etc. Na verdade, quero compartilhar com você as medidas que tomei para evitar esta chatice, que até o momento funcionaram muito bem:
meia de corrida tem que ser boa: aquela da banquinha do supermercado só serve para dormir nas noites frias e... para ir ao supermercado. Invista em alguns pares só para corrida, com tecido tecnológico, diferença entre os pés direito e esquerdo, amortecimento e compressão adequada.
meia de corrida tem prazo de validade: eu sei que dá pena jogar uma meia que custou o mesmo que uma inscrição de prova na sacola de doações de roupas, mas não tem jeito. A melhor maneira é anotar quantas vezes já usou um determinado par e tentar descobrir o quanto o seu suor detona a meia e quando é hora de dar uma passadinha na loja de esportes.
seus pés hidratados e macios: fui apresentado a um creme relaxante e hidratante muito bom, este da foto aí ao lado, não muito caro (uns R$ 5,00) e de eficiência ótima. Detesto frescuras de esfrega isto ou aquilo, mas manter os pés hidratados toda noite antes de dormir ajudou em muito a diminuir a frequência das bolhas.
na hora de correr, vaselina: custa muito pouco e ajuda muito a evitar o atrito excessivo. Apenas não faça uma lambança de vaselina, pois seu pé pode começar a dançar dentro da meia e aí o efeito não será legal. Prefiro o tipo sólido, fica menos úmido dentro da meia.
talco talvez não seja uma boa: para evitar aqueles odores desagradáveis que nem lavando o tênis desaparecem o jeito é usar talcos específicos. Mas vale o mesmo conselho da vaselina: se fizer lambança, vai formar uma pasta com o suor e o efeito pode ser desagradável.
Como eu provo que tudo isto funcionou comigo: na 43ª. Corrida Sargento Gonzaguinha tivemos 15 Km de chuva e nem sinal de bolhas. A hidratação da pele, vaselina e meia apropriada permitiram correr o percurso todo com tênis molhado e sem sequelas ao final.
Ajudou? Fique à vontade para complementar com suas impressões sobre o assunto. Lutar contra bolhas é uma guerra, mas dá para vencer a batalha na maioria das vezes.
Bons treinos (sem atrito)!
Mas o que fazer quando esta praga resolve atrapalhar seu treino ou corrida? Não sou médico e não vou arriscar nenhum palpite tipo “não fure”, “descanso total”, etc. Na verdade, quero compartilhar com você as medidas que tomei para evitar esta chatice, que até o momento funcionaram muito bem:
meia de corrida tem que ser boa: aquela da banquinha do supermercado só serve para dormir nas noites frias e... para ir ao supermercado. Invista em alguns pares só para corrida, com tecido tecnológico, diferença entre os pés direito e esquerdo, amortecimento e compressão adequada.
meia de corrida tem prazo de validade: eu sei que dá pena jogar uma meia que custou o mesmo que uma inscrição de prova na sacola de doações de roupas, mas não tem jeito. A melhor maneira é anotar quantas vezes já usou um determinado par e tentar descobrir o quanto o seu suor detona a meia e quando é hora de dar uma passadinha na loja de esportes.
seus pés hidratados e macios: fui apresentado a um creme relaxante e hidratante muito bom, este da foto aí ao lado, não muito caro (uns R$ 5,00) e de eficiência ótima. Detesto frescuras de esfrega isto ou aquilo, mas manter os pés hidratados toda noite antes de dormir ajudou em muito a diminuir a frequência das bolhas.
na hora de correr, vaselina: custa muito pouco e ajuda muito a evitar o atrito excessivo. Apenas não faça uma lambança de vaselina, pois seu pé pode começar a dançar dentro da meia e aí o efeito não será legal. Prefiro o tipo sólido, fica menos úmido dentro da meia.
talco talvez não seja uma boa: para evitar aqueles odores desagradáveis que nem lavando o tênis desaparecem o jeito é usar talcos específicos. Mas vale o mesmo conselho da vaselina: se fizer lambança, vai formar uma pasta com o suor e o efeito pode ser desagradável.
Como eu provo que tudo isto funcionou comigo: na 43ª. Corrida Sargento Gonzaguinha tivemos 15 Km de chuva e nem sinal de bolhas. A hidratação da pele, vaselina e meia apropriada permitiram correr o percurso todo com tênis molhado e sem sequelas ao final.
Ajudou? Fique à vontade para complementar com suas impressões sobre o assunto. Lutar contra bolhas é uma guerra, mas dá para vencer a batalha na maioria das vezes.
Bons treinos (sem atrito)!
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