Como eu disse no post anterior, ainda tinha mais um assunto para este fim de ano, e guardei para o final a recordação do melhor momento de 2017. Foram muitas linhas de chegada, medalhas, kits, mas neste ano que passou tive a satisfação de participar do grupo Pernas de Aluguel na SP City Marathon, correndo, ajudando a conduzir e conferindo de perto a alegria e seriedade da equipe. Segundo o próprio site do Pernas de Aluguel, o objetivo é “promover diversão para pessoas com deficiência motora e proporcionar aos atletas voluntários a oportunidade de transformar a linha de chegada em algo mais especial do que normalmente é.”. Cada palavra desta frase faz todo o sentido quando se está no grupo, e fico até um pouco chateado de não ter conseguido participar de outras provas, a única que estava inscrito e que coincidia com meu calendário era a SP City Marathon. A seriedade do trabalho é tão grande, que não são permitidos “pipocas” nas provas em que a equipe está, mesmo com a camiseta oficial. Corri com o grupo até o Km 20, quando havia a separação entre a Maratona e a Meia, pois eles estavam participando a prova de 21 Km e eu estava inscrito na outra. Perdi a festa da linha de chegada, que tenho certeza ter sido incrível.
Não é para bater palmas para mim, bate palmas para eles, pela dedicação e espírito de doação de seu tempo (e de suas pernas) para quem gosta de sentir a emoção da corrida, mas que depende de outros atletas para realizar seu sonho. Da minha parte, pretendo participar novamente, sei que minha contribuição foi pequena desta vez.
Sem aqueles votos cafonas de fim de ano, deixo um pensamento para sua corrida em 2018: doe-se um pouco mais daqui para a frente, seja em um grupo como o Pernas de Aluguel, inscrevendo-se como guia voluntário, incentivando aquele seu colega que quer começar a correr ou até mesmo doando aquelas suas camisetas e sacolinhas de provas. Sua corrida será melhor, eu garanto, não só em 2018 mas sempre!
Feliz Ano Novo!
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domingo, 31 de dezembro de 2017
segunda-feira, 28 de setembro de 2015
Global Heroes: nossos heróis na Twin Cities Marathon
Conforme prometido no post anterior, vamos conferir os relatos da Dra.Luciana e do Camilo, corredores brasileiros escolhidos para participar da Maratona Medtronic Twin Cities nos Estados Unidos no próximo dia 04/10:
Dra. Luciana Alves, 41, Belo Horizonte - MG
"Sempre fui uma pessoa muito ativa, e por isso atividades físicas sempre fizeram parte da minha vida. E em cada etapa da vida me dediquei a diferentes modalidades de exercícios. A corrida veio para mim a partir dos 25 anos. Aos 28 anos os primeiros sintomas mais desconfortáveis de uma arritmia começaram a balançar o meu coração. E com isso aos poucos minha vida foi começando a sofrer o impacto de uma arritmia de difícil controle, que era resistente aos medicamentos disponibilizados, e outros tratamentos disponíveis. Fato é que aos poucos fui me tornando inativa.
Em junho de 2012, aos 38 anos, já bastante debilitada, a notícia da necessidade do implante de um marca-passo cardíaco me passou esperança de poder um dia voltar a fazer as coisas que sempre fiz. Eu realmente nunca achei que as coisas a partir desse ponto iriam piorar. E assim foi: melhorou. E desde o implante do marca-passo eu nunca mais parei de caminhar, ou melhor, correr. A dedicação à corrida veio mesmo depois do implante do marca-passo. Atualmente, com três anos de implante, e desde que instalei um aplicativo para monitorar corridas em janeiro de 2014, já percorri mais de 3220 Kms. Também incluo no meu treinamento a musculação, Jump, e mais recentemente voltei a fazer spinning.
Eu também fundei o projeto PACEMAKERusers um projeto social sem fins lucrativos que oferece gratuitamente informações de qualidade sobre dispositivos médicos implantáveis como marca-passo, e outros dispositivos médicos, para pacientes e familiares, pois na época em que receberia o implante eu tive muita dificuldade de encontrar informações de qualidade e respostas às minhas perguntas. O projeto tem credibilidade dada pelo apoio institucional de importantes sociedades médicas como o Departamento de Estimulação Cardíaca Artificial (DECA) e a Sociedade Brasileira de Arritmias Cardíacas (SOBRAC). Dentro do projeto, temos um grupo online no Facebook, o Clube do Marcapasso, para entrar é só solicitar no Facebook. O grupo conta ainda com amigos de diferentes áreas da saúde com experiência na área para auxiliar na informação. Sempre lembramos que o grupo NÃO SUBSTITUI O MÉDICO RESPONSÁVEL OU AS INFORMAÇÕES E ORIENTAÇÕES QUE ELE PASSA AO SEU PACIENTE.
Mais recentemente, sobretudo pelo fato de que nessa história encontrei outros portadores praticando atividades físicas, foi criado também no Facebook o Grupo Pacemakers Runners no qual estão reunidos portadores de dispositivos médicos, e outras pessoas que mesmo não sendo portadoras de um dispositivo médico se inspiram e dão incentivo aos membros do grupo. Muitas pessoas ainda se admiram pelo fato de como portadora de marca-passo eu promover a ideia de que desde que autorizado pelo médico e bem orientado, a maioria destes portadores podem praticar atividades físicas. No caso de portadores de marca-passo por exemplo, o médico é um grande parceiro sobretudo quando o assunto é a programação do marca-passo para atender melhor as necessidades do praticante de atividade físicas.
Correr é uma das atividades que mais me dá prazer. O bem estar que a atividade física proporciona, os amigos que a gente faz nas corridas de rua e nos grupos online, motivam cada um dos passos. Realmente estou marcando passos, passos que se transformaram em milhares de quilômetros. Este ano a minha seleção para participar do Medtronic Global Heroes, ao lado de mais 24 outros atletas portadores dos mais diferentes tipos de dispositivos médicos implantáveis do mundo todo, me fez lembrar um pouco daquele tempo em que estava incapacitada para ao menos dar alguns passos, e só consigo me sentir imensamente feliz por ter chegado até aqui. Poder participar deste evento internacional é um marco na minha história pessoal. Como eu, acreditem, existem milhares de pessoas no Brasil e no mundo que podem estar correndo ao seu lado, praticando ciclismo, natação, musculação, e muitas outras atividades com um dispositivo médico implantado em seus corpos.
E como gosto de dizer: quem vê cara, não vê coração. E no final do caminho, não importam quantos quilômetros sejam percorridos em uma corrida, todos cruzam a linha de chegada igualmente. E a emoção que sinto no meu peito, cujo coração depende de um marca-passo para bater, pode ter certeza, que é tão intensa quanto a de qualquer outra pessoa. Nosso coração não é de lata, mas a nossa fé, e o amor pela vida são feitos de aço."
Camilo Cavalcanti, 37, Vitória - ES
"Desde criança me identificava muito com qualquer esporte. Meu pai, professor de Educação Física, me levava para os eventos de esportes e eu ficava apaixonado por tudo aquilo que cercava os eventos. Aos 11 anos, depois de brincar e correr muito pelas ruas da minha cidade, Vitória-ES, comecei a jogar futebol de salão e de campo no Clube Italo Brasileiro. Daí para o futebol profissional foi um pulo. Aos 16 anos, deixei o conforto da minha casa, me mudando para a cidade de Jundiaí-SP, onde fiquei até os 21 anos. Fui campeão de alguns torneio importantes, como o Campeonato Paulista Profissional série B1-B em 1996 pelo Louzano valinhos e da Copa São Paulo de Futebol Júnior de 1997 pelo Louzano Paulista. Treinava durante o dia e estudava a noite. Em Jundiaí, mais precisamente na ESEF, comecei a cursar Educação Física, curso esse que me formei alguns anos depois em minha cidade Natal. Voltei para minha cidade após 5 anos, pois não consegui me adaptar a vida nômade e sem um futuro definido de um jogador de futebol. Além é claro, da grande saudade que sentia da minha família, cama, casa, chuveiro, etc.
Aos 21 anos, retornando para Vitória-Es, dei proceguimento a minha faculdade de Educação Física e comecei a jogar futebol de areia ou beach soccer como é mundialmente conhecido. Tive a felicidade de chegar as seleções brasileira e capixaba da modalidade, sendo por 2x bicampeão brasileiro e mundial. Nesse período do futebol de areia, quando não tínhamos competições, comecei a me interessar em participar de algumas corridas de rua em meu estado para manter a forma. Foi amor a primeira vista. Uma sensação de liberdade, num esporte tão democrático e fácil de praticar que só dependia de você. Calçava meu tênis, chamava uns amigos e começavamos a correr pela cidade.
O futebol de areia ainda estava bastante presente em minha vida, quando no dia 21/03/2009, com 31 anos, num jogo pelo Campeonato Capixaba de Futebol de Areia, tive um mal súbito, desmaiando em quadra. Depois de vários exames e 1 mês internado no Incor o diagnóstico: Arritmia Cardíaca Grave, Maligna e Rara, denominada Taquicardia Ventricular Polimórfica Catecolaminérgica (TVPC). Prospecção para o Futuro no Esporte segundo os médicos: Nunca mais poderia jogar futebol profissionalmente e tera que implantar um CDI (Cardioversor Desfibrilador Implantado). Fiquei literalmente sem chão. A primeira reação foi não acreditar, porque tinha jogado bola minha vida toda e nunca tinha sentido nada diferente. Os médicos tentaram então realizar um procedimento cirúrgico chamado ablação, em que um catéter introduzido na virilha chega até o coração e tenta queimar as células cardíacas que originam a arritmia. O procedimento não teve sucesso, pois eram muitos pontos de arritmia.
Tive uma parada cardiíaca na mesa de cirurgia e foi ressucitado por um desfibrilador externo. Dia 21/05/2009 implantei o Desfibrilador e comecei a aprender a conviver com ele. Nos primeiros 3 dias achei que não iria suportar, passando-se 3 semanas percebi que existia vida após o implante e com 3 meses já estava caminhando e voltando a realizar atividade física leve. Agradeço a Deus por tudo que passei. Em nenhum momento me senti sozinho ou abandonado por ELE. Acredito que me tornei uma pessoa melhor depois de tudo isso. Após alguns meses, já estava correndo e podendo desfrutar daquela sensação maravilhosa que só a atividade física proporciona. Praticamente não sinto o CDI no meu peito no dia a dia e na corrida a não ser quando um amigo desatento me comprimenta querendo dar una tapinhas ou tapões bem na região do implante...kkkkkkk.
Esse ano, fiz minha primeira troca de aparelho, de muitas que virão, se Deus quiser. A bateria dura em média 6 anos, e no dia 01/04/2015 fiz minha primeira troca na cidade de Vitória-ES realizada com sucesso. Pesquisando o novo aparelho que colocaria no peito, descobri o evento da Medtronic Global Heroes e percebi que aquilo era a minha cara. Com a ajuda da minha prima Fabíola Pauvolid (professora de Inglês) fiz minha inscrição e para minha surpreza fui contemplado para ser um Global Heroes. Fiquei paralizado, não acreditando no que estava acontecendo. Dia 01/04/15 estava Enuma mesa de cirurgia para troca do Desfibrilador e praticamente 6 meses depois, dia 04/10/15 estarei correndo 10 milhas num evento que celebra a vida e a esperança de que é possível, mesmo depois de uma grave problema de saúde ter uma vida normal e praticar atividade física sempre com acompanhamento médico e profissional. Deus é bom de mais.
Minha expectativa para a prova é a melho possível, Quero conhecer as histórias dos outros 24 global heroes e viver cada momento com muita alegria. Meu objetvo é realizar a prova em 1:52min desfrutando de cada passada."
Dra. Luciana e Camilo, eu e os leitores do blog desejamos muito sucesso na prova e agradecemos a sua contribuição com suas histórias e exemplos de superação!
E é claro, esperamos que vocês nos contem como foi a prova quando voltarem ao Brasil.
Um grande abraço!
(os relatos e as fotos foram gentilmente enviados pelos respectivos corredores)
Agradecimentos à Camile da Ketchum que enviou as informações sobre o evento e nos colocou em contato.
Dra. Luciana Alves, 41, Belo Horizonte - MG
"Sempre fui uma pessoa muito ativa, e por isso atividades físicas sempre fizeram parte da minha vida. E em cada etapa da vida me dediquei a diferentes modalidades de exercícios. A corrida veio para mim a partir dos 25 anos. Aos 28 anos os primeiros sintomas mais desconfortáveis de uma arritmia começaram a balançar o meu coração. E com isso aos poucos minha vida foi começando a sofrer o impacto de uma arritmia de difícil controle, que era resistente aos medicamentos disponibilizados, e outros tratamentos disponíveis. Fato é que aos poucos fui me tornando inativa.
Em junho de 2012, aos 38 anos, já bastante debilitada, a notícia da necessidade do implante de um marca-passo cardíaco me passou esperança de poder um dia voltar a fazer as coisas que sempre fiz. Eu realmente nunca achei que as coisas a partir desse ponto iriam piorar. E assim foi: melhorou. E desde o implante do marca-passo eu nunca mais parei de caminhar, ou melhor, correr. A dedicação à corrida veio mesmo depois do implante do marca-passo. Atualmente, com três anos de implante, e desde que instalei um aplicativo para monitorar corridas em janeiro de 2014, já percorri mais de 3220 Kms. Também incluo no meu treinamento a musculação, Jump, e mais recentemente voltei a fazer spinning.
Eu também fundei o projeto PACEMAKERusers um projeto social sem fins lucrativos que oferece gratuitamente informações de qualidade sobre dispositivos médicos implantáveis como marca-passo, e outros dispositivos médicos, para pacientes e familiares, pois na época em que receberia o implante eu tive muita dificuldade de encontrar informações de qualidade e respostas às minhas perguntas. O projeto tem credibilidade dada pelo apoio institucional de importantes sociedades médicas como o Departamento de Estimulação Cardíaca Artificial (DECA) e a Sociedade Brasileira de Arritmias Cardíacas (SOBRAC). Dentro do projeto, temos um grupo online no Facebook, o Clube do Marcapasso, para entrar é só solicitar no Facebook. O grupo conta ainda com amigos de diferentes áreas da saúde com experiência na área para auxiliar na informação. Sempre lembramos que o grupo NÃO SUBSTITUI O MÉDICO RESPONSÁVEL OU AS INFORMAÇÕES E ORIENTAÇÕES QUE ELE PASSA AO SEU PACIENTE.
Mais recentemente, sobretudo pelo fato de que nessa história encontrei outros portadores praticando atividades físicas, foi criado também no Facebook o Grupo Pacemakers Runners no qual estão reunidos portadores de dispositivos médicos, e outras pessoas que mesmo não sendo portadoras de um dispositivo médico se inspiram e dão incentivo aos membros do grupo. Muitas pessoas ainda se admiram pelo fato de como portadora de marca-passo eu promover a ideia de que desde que autorizado pelo médico e bem orientado, a maioria destes portadores podem praticar atividades físicas. No caso de portadores de marca-passo por exemplo, o médico é um grande parceiro sobretudo quando o assunto é a programação do marca-passo para atender melhor as necessidades do praticante de atividade físicas.
Correr é uma das atividades que mais me dá prazer. O bem estar que a atividade física proporciona, os amigos que a gente faz nas corridas de rua e nos grupos online, motivam cada um dos passos. Realmente estou marcando passos, passos que se transformaram em milhares de quilômetros. Este ano a minha seleção para participar do Medtronic Global Heroes, ao lado de mais 24 outros atletas portadores dos mais diferentes tipos de dispositivos médicos implantáveis do mundo todo, me fez lembrar um pouco daquele tempo em que estava incapacitada para ao menos dar alguns passos, e só consigo me sentir imensamente feliz por ter chegado até aqui. Poder participar deste evento internacional é um marco na minha história pessoal. Como eu, acreditem, existem milhares de pessoas no Brasil e no mundo que podem estar correndo ao seu lado, praticando ciclismo, natação, musculação, e muitas outras atividades com um dispositivo médico implantado em seus corpos.
E como gosto de dizer: quem vê cara, não vê coração. E no final do caminho, não importam quantos quilômetros sejam percorridos em uma corrida, todos cruzam a linha de chegada igualmente. E a emoção que sinto no meu peito, cujo coração depende de um marca-passo para bater, pode ter certeza, que é tão intensa quanto a de qualquer outra pessoa. Nosso coração não é de lata, mas a nossa fé, e o amor pela vida são feitos de aço."
Camilo Cavalcanti, 37, Vitória - ES
"Desde criança me identificava muito com qualquer esporte. Meu pai, professor de Educação Física, me levava para os eventos de esportes e eu ficava apaixonado por tudo aquilo que cercava os eventos. Aos 11 anos, depois de brincar e correr muito pelas ruas da minha cidade, Vitória-ES, comecei a jogar futebol de salão e de campo no Clube Italo Brasileiro. Daí para o futebol profissional foi um pulo. Aos 16 anos, deixei o conforto da minha casa, me mudando para a cidade de Jundiaí-SP, onde fiquei até os 21 anos. Fui campeão de alguns torneio importantes, como o Campeonato Paulista Profissional série B1-B em 1996 pelo Louzano valinhos e da Copa São Paulo de Futebol Júnior de 1997 pelo Louzano Paulista. Treinava durante o dia e estudava a noite. Em Jundiaí, mais precisamente na ESEF, comecei a cursar Educação Física, curso esse que me formei alguns anos depois em minha cidade Natal. Voltei para minha cidade após 5 anos, pois não consegui me adaptar a vida nômade e sem um futuro definido de um jogador de futebol. Além é claro, da grande saudade que sentia da minha família, cama, casa, chuveiro, etc.
Aos 21 anos, retornando para Vitória-Es, dei proceguimento a minha faculdade de Educação Física e comecei a jogar futebol de areia ou beach soccer como é mundialmente conhecido. Tive a felicidade de chegar as seleções brasileira e capixaba da modalidade, sendo por 2x bicampeão brasileiro e mundial. Nesse período do futebol de areia, quando não tínhamos competições, comecei a me interessar em participar de algumas corridas de rua em meu estado para manter a forma. Foi amor a primeira vista. Uma sensação de liberdade, num esporte tão democrático e fácil de praticar que só dependia de você. Calçava meu tênis, chamava uns amigos e começavamos a correr pela cidade.
O futebol de areia ainda estava bastante presente em minha vida, quando no dia 21/03/2009, com 31 anos, num jogo pelo Campeonato Capixaba de Futebol de Areia, tive um mal súbito, desmaiando em quadra. Depois de vários exames e 1 mês internado no Incor o diagnóstico: Arritmia Cardíaca Grave, Maligna e Rara, denominada Taquicardia Ventricular Polimórfica Catecolaminérgica (TVPC). Prospecção para o Futuro no Esporte segundo os médicos: Nunca mais poderia jogar futebol profissionalmente e tera que implantar um CDI (Cardioversor Desfibrilador Implantado). Fiquei literalmente sem chão. A primeira reação foi não acreditar, porque tinha jogado bola minha vida toda e nunca tinha sentido nada diferente. Os médicos tentaram então realizar um procedimento cirúrgico chamado ablação, em que um catéter introduzido na virilha chega até o coração e tenta queimar as células cardíacas que originam a arritmia. O procedimento não teve sucesso, pois eram muitos pontos de arritmia.
Tive uma parada cardiíaca na mesa de cirurgia e foi ressucitado por um desfibrilador externo. Dia 21/05/2009 implantei o Desfibrilador e comecei a aprender a conviver com ele. Nos primeiros 3 dias achei que não iria suportar, passando-se 3 semanas percebi que existia vida após o implante e com 3 meses já estava caminhando e voltando a realizar atividade física leve. Agradeço a Deus por tudo que passei. Em nenhum momento me senti sozinho ou abandonado por ELE. Acredito que me tornei uma pessoa melhor depois de tudo isso. Após alguns meses, já estava correndo e podendo desfrutar daquela sensação maravilhosa que só a atividade física proporciona. Praticamente não sinto o CDI no meu peito no dia a dia e na corrida a não ser quando um amigo desatento me comprimenta querendo dar una tapinhas ou tapões bem na região do implante...kkkkkkk.
Esse ano, fiz minha primeira troca de aparelho, de muitas que virão, se Deus quiser. A bateria dura em média 6 anos, e no dia 01/04/2015 fiz minha primeira troca na cidade de Vitória-ES realizada com sucesso. Pesquisando o novo aparelho que colocaria no peito, descobri o evento da Medtronic Global Heroes e percebi que aquilo era a minha cara. Com a ajuda da minha prima Fabíola Pauvolid (professora de Inglês) fiz minha inscrição e para minha surpreza fui contemplado para ser um Global Heroes. Fiquei paralizado, não acreditando no que estava acontecendo. Dia 01/04/15 estava Enuma mesa de cirurgia para troca do Desfibrilador e praticamente 6 meses depois, dia 04/10/15 estarei correndo 10 milhas num evento que celebra a vida e a esperança de que é possível, mesmo depois de uma grave problema de saúde ter uma vida normal e praticar atividade física sempre com acompanhamento médico e profissional. Deus é bom de mais.
Minha expectativa para a prova é a melho possível, Quero conhecer as histórias dos outros 24 global heroes e viver cada momento com muita alegria. Meu objetvo é realizar a prova em 1:52min desfrutando de cada passada."
Dra. Luciana e Camilo, eu e os leitores do blog desejamos muito sucesso na prova e agradecemos a sua contribuição com suas histórias e exemplos de superação!
E é claro, esperamos que vocês nos contem como foi a prova quando voltarem ao Brasil.
Um grande abraço!
(os relatos e as fotos foram gentilmente enviados pelos respectivos corredores)
Agradecimentos à Camile da Ketchum que enviou as informações sobre o evento e nos colocou em contato.
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quinta-feira, 24 de setembro de 2015
Global Heroes, exemplo de superação, tecnologia e paixão pela corrida
Se existe algo que deixa este blogueiro muito feliz é conhecer outros corredores, empresas e assuntos relacionados às corridas. E que satisfação ter tido o contato com as pessoas envolvidas na iniciativa Medtronic Global Heroes, um esforço cooperativo entre a Twin Cities In Motion e a Medtronic Philanthropy, o programa Global Heroes reconhece corredores de todo o mundo que tenham um dispositivo médico para tratar de condições como doenças do coração, diabetes, dor crônica e doenças neurológicas e da colunas, que apesar de patrocinadas por uma empresa do ramo, não impõe restrições quanto ao fabricante.
Dentre milhares de candidatos em todo o mundo, foram selecionados dois brasileiros para integrar o time Global Heroes – de 25 corredores-heróis que superaram graves problemas de saúde com a ajuda de dispositivos e tecnologia médica, e hoje continuam superando seus limites com a ajuda da corrida e do exercício.
O primeiro deles é o Camilo Cavalcanti (37 anos), de Vitória (ES), ex-jogador profissional de futebol e portador de um cardioversor desfibrilador implantável (CDI). A segunda é a Dra. Luciana Alves (41 anos), de Belo Horizonte (MG), fundadora do projeto social PaceMakerUsers e usuária de um marca-passo. Os dois vão representar o Brasil na Maratona Twin Cities em 4 de outubro, em Minnesota, conhecida como uma das mais belas corridas de rua dos Estados Unidos.
Conversei por e-mail com nossos heróis Luciana e Camilo e no próximo post vou reproduzir seus relatos que são bem interessantes e motivadores. Por enquanto, segue informações sobre o programa e a Maratona Medtronic Twin Cities.
MEDTRONIC ANUNCIA TIME GLOBAL HEROES DE 2015, CELEBRANDO
10 ANOS DE PROGRAMA E 234 CORREDORES HOMENAGEADOS
Maratonistas de seis continentes, que utilizam tecnologia médica, correrão a Maratona Medtronic Twin Cities em outubro
SÃO PAULO, 27 de agosto - Vinte e cinco maratonistas que se beneficiam de tecnologia médica serão homenageados no Medtronic Global Heroes de 2015, quando correrão como um time na Maratona Medtronic Twin Cities ou na TC 10 Mile em 4 de outubro de 2015, domingo.
O time deste ano inclui corredores de seis continentes e 16 países diferentes: África do Sul, Alemanha, Brasil, Canadá, China, Estados Unidos, França, Holanda, Irlanda, Japão, Letônia, Malásia, Nova Zelândia, Reino Unido, Rússia e Zâmbia. Cada corredor tem um dispositivo médico para tratar de condições como diabetes, problemas do coração ou de coluna, dor crônica e doenças neurológicas.
Este ano marca o 10º aniversário do programa. Lançado em 2006, ele homenageia pessoas que superaram condições crônicas de saúde e continuaram a demonstrar paixão pela corrida e comprometimento com suas comunidades.
“Com o passar dos anos, nós nos inspiramos muito nesses atletas. Além da corrida, o Medtronic Global Heroes representa indivíduos fortes e apaixonados, que não apenas gerenciam de forma proativa suas próprias necessidades de saúde, mas que encorajam, inspiram e contribuem para o bem-estar de suas famílias, amigos e comunidades”, diz o Dr. Jacob Gayle, vice-presidente da Medtronic Philanthropy.
Nos últimos 10 anos, a Medtronic contou com:
- 234 corredores de 34 países;
- corredores de idades variando de 18 a 68 anos;
- equipamentos elegíveis, que incluem marca-passos, cardioversor desfibrilador implantável (CDI), próteses de coluna, equipamentos neurológicos, bombas de insulina e válvulas cardíacas (os equipamentos podem ser feitos por qualquer fabricante);
- condições de saúde incluindo problemas de coração (arritmias e doenças vasculares), diabetes, incontinência, tremor essencial, mal de Parkinson e dor crônica;
- os homenageados, que receberam inscrição gratuita na maratona, passagem aérea, refeições e hospedagem.
Os participantes do Global Heroes são selecionados pela Twin Cities In Motion, entidade sem fins lucrativos que organiza a Maratona Medtronic Twin Cities. A inscrição na corrida e os custos da viagem são oferecidos pela Medtronic Philanthropy.
Informações adicionais sobre o time Medtronic Global Heroes 2015 podem ser encontradas em www.medtronic.com/globalheroes ou na página do programa no Facebook.
Sobre a Medtronic Global Heroes
Um esforço cooperativo entre a Twin Cities In Motion e a Medtronic Philanthropy, o programa Global Heroes reconhece corredores de todo o mundo que tenham um dispositivo médico para tratar de condições como doenças do coração, diabetes, dor crônica e doenças neurológicas e da coluna. Não existem restrições quanto ao fabricante.
Sobre a maratona Medtronic Twin Cities
Conhecida como a corrida urbana mais bonita dos Estados Unidos, a maratona Medtronic Twin Cities é uma celebração de três dias de cuidados físicos, incluindo a Medtronic TC Family Events, a TC 5K, a TC 10K, a Medtronic TC 10 Mile, e a maratona. Twin Cities In Motion é a organização sem fins lucrativos que coordena o final de semana de corridas como serviço comunitário para a região de Minneapolis e St. Paul. Para mais informações, visite www.TCMevents.org (site em inglês).
Sobre a Medtronic e a Medtronic Philanthropy
A Medtronic plc (www.medtronic.com), com sede em Dublin, na Irlanda, é líder global em tecnologia médica – aliviando a dor, restabelecendo a saúde e prolongando a vida de milhões de pessoas em todo o mundo. A Medtronic Philanthropy foca expandir o acesso a tratamento de qualidade para doenças crônicas para populações carentes de todo o mundo, além de apoiar iniciativas de saúde em comunidades onde colaboradores Medtronic vivem e se doam.
Aguarde, na sequência, os relatos das experiências dos corredores brasileiros.
Dentre milhares de candidatos em todo o mundo, foram selecionados dois brasileiros para integrar o time Global Heroes – de 25 corredores-heróis que superaram graves problemas de saúde com a ajuda de dispositivos e tecnologia médica, e hoje continuam superando seus limites com a ajuda da corrida e do exercício.
O primeiro deles é o Camilo Cavalcanti (37 anos), de Vitória (ES), ex-jogador profissional de futebol e portador de um cardioversor desfibrilador implantável (CDI). A segunda é a Dra. Luciana Alves (41 anos), de Belo Horizonte (MG), fundadora do projeto social PaceMakerUsers e usuária de um marca-passo. Os dois vão representar o Brasil na Maratona Twin Cities em 4 de outubro, em Minnesota, conhecida como uma das mais belas corridas de rua dos Estados Unidos.
Conversei por e-mail com nossos heróis Luciana e Camilo e no próximo post vou reproduzir seus relatos que são bem interessantes e motivadores. Por enquanto, segue informações sobre o programa e a Maratona Medtronic Twin Cities.
10 ANOS DE PROGRAMA E 234 CORREDORES HOMENAGEADOS
Maratonistas de seis continentes, que utilizam tecnologia médica, correrão a Maratona Medtronic Twin Cities em outubro
SÃO PAULO, 27 de agosto - Vinte e cinco maratonistas que se beneficiam de tecnologia médica serão homenageados no Medtronic Global Heroes de 2015, quando correrão como um time na Maratona Medtronic Twin Cities ou na TC 10 Mile em 4 de outubro de 2015, domingo.
O time deste ano inclui corredores de seis continentes e 16 países diferentes: África do Sul, Alemanha, Brasil, Canadá, China, Estados Unidos, França, Holanda, Irlanda, Japão, Letônia, Malásia, Nova Zelândia, Reino Unido, Rússia e Zâmbia. Cada corredor tem um dispositivo médico para tratar de condições como diabetes, problemas do coração ou de coluna, dor crônica e doenças neurológicas.
Este ano marca o 10º aniversário do programa. Lançado em 2006, ele homenageia pessoas que superaram condições crônicas de saúde e continuaram a demonstrar paixão pela corrida e comprometimento com suas comunidades.
“Com o passar dos anos, nós nos inspiramos muito nesses atletas. Além da corrida, o Medtronic Global Heroes representa indivíduos fortes e apaixonados, que não apenas gerenciam de forma proativa suas próprias necessidades de saúde, mas que encorajam, inspiram e contribuem para o bem-estar de suas famílias, amigos e comunidades”, diz o Dr. Jacob Gayle, vice-presidente da Medtronic Philanthropy.
Nos últimos 10 anos, a Medtronic contou com:
- 234 corredores de 34 países;
- corredores de idades variando de 18 a 68 anos;
- equipamentos elegíveis, que incluem marca-passos, cardioversor desfibrilador implantável (CDI), próteses de coluna, equipamentos neurológicos, bombas de insulina e válvulas cardíacas (os equipamentos podem ser feitos por qualquer fabricante);
- condições de saúde incluindo problemas de coração (arritmias e doenças vasculares), diabetes, incontinência, tremor essencial, mal de Parkinson e dor crônica;
- os homenageados, que receberam inscrição gratuita na maratona, passagem aérea, refeições e hospedagem.
Os participantes do Global Heroes são selecionados pela Twin Cities In Motion, entidade sem fins lucrativos que organiza a Maratona Medtronic Twin Cities. A inscrição na corrida e os custos da viagem são oferecidos pela Medtronic Philanthropy.
Informações adicionais sobre o time Medtronic Global Heroes 2015 podem ser encontradas em www.medtronic.com/globalheroes ou na página do programa no Facebook.
Sobre a Medtronic Global Heroes
Um esforço cooperativo entre a Twin Cities In Motion e a Medtronic Philanthropy, o programa Global Heroes reconhece corredores de todo o mundo que tenham um dispositivo médico para tratar de condições como doenças do coração, diabetes, dor crônica e doenças neurológicas e da coluna. Não existem restrições quanto ao fabricante.
Sobre a maratona Medtronic Twin Cities
Conhecida como a corrida urbana mais bonita dos Estados Unidos, a maratona Medtronic Twin Cities é uma celebração de três dias de cuidados físicos, incluindo a Medtronic TC Family Events, a TC 5K, a TC 10K, a Medtronic TC 10 Mile, e a maratona. Twin Cities In Motion é a organização sem fins lucrativos que coordena o final de semana de corridas como serviço comunitário para a região de Minneapolis e St. Paul. Para mais informações, visite www.TCMevents.org (site em inglês).
Sobre a Medtronic e a Medtronic Philanthropy
A Medtronic plc (www.medtronic.com), com sede em Dublin, na Irlanda, é líder global em tecnologia médica – aliviando a dor, restabelecendo a saúde e prolongando a vida de milhões de pessoas em todo o mundo. A Medtronic Philanthropy foca expandir o acesso a tratamento de qualidade para doenças crônicas para populações carentes de todo o mundo, além de apoiar iniciativas de saúde em comunidades onde colaboradores Medtronic vivem e se doam.
Aguarde, na sequência, os relatos das experiências dos corredores brasileiros.
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terça-feira, 17 de setembro de 2013
Livre-se dos “Nelsons”
Conhece o Nelson, aquele personagem pentelho dos Simpsons que sempre dá aquela risadinha idiota “há-há!” quando acontece alguma coisa errada? Pois é, se não conhece, deve ter algum “Nelson” perto de você, agora ou no seu dia a dia. Estou falando daquelas pessoas que teimam em tentar menosprezar outras pessoas ou suas conquistas, e como você que é corredor deve saber, terminar uma corrida não é nada fácil. Consequentemente, você atrai “Nelsons” por todo lado, seja aqueles que não entendem chongas do que é o nosso esporte favorito ou que simplesmente querem fazer você se sentir inferior. Pessoas que não entendem nada são fáceis de lidar, geralmente perguntam “em que posição você chegou?”, sendo a resposta padrão “em pé!” e morre aí o assunto, o problema são os que tentam te rebaixar.
Mas antes, um aviso: você não é nenhum Superman ou Mulher Maravilha só porque corre. Afinal, você faz isto porque treina, e isto te dá poderes (quer dizer, capacidade) de suportar o esforço de uma corrida de rua, seja de 3, 5, 10, 21, 42 ou sabe-se lá quantos Kms. O fato é que você “trabalha duro” para isto, então a recompensa vem na forma de poder fazer coisas que o ser humano mediano não consegue fazer. Sem exaltação, você colhe os frutos das manhãs frias que calçou os tênis, vestiu o agasalho e saiu para treinar enquanto outros resolveram ficar “mais 5 minutinhos” embaixo das cobertas.
Voltando aos “Nelsons”, sempre tem aquele babaca no seu escritório, na sua classe na faculdade ou até mesmo no seu prédio que gosta de apontar o dedo e dar a risadinha “há-há!” quando alguém toca no assunto corrida. Afinal, ele ou ela não tem a menor capacidade de fazer o que você faz, e por isso projeta em você a sua incompetência. Não me entenda errado, e se entender, volte ao segundo parágrafo e leia novamente, pois a sua capacidade não está no fato de correr ou fazer qualquer outro esporte, mas sim de ter a disciplina de enfrentar o rigor dos treinamentos, sacrificar alguns maus hábitos alimentares e especialmente saber o que é cumprir metas. Muita gente não tem capacidade de desenvolver esta disciplina, e por isso projetam em você a sombra da própria inaptidão.
Moderação de comentários
Ah como seria legal ter moderação de comentários ao vivo, como nos blogs! Frequentemente ouço comentários idiotas do tipo “Que academia você faz? Preciso saber, pois lá não me matriculo, não faz efeito...”. Qual o efeito esperado de uma academia? Emagrecer? Tem que ser muito burro para achar que academia faz efeito sem reeducação alimentar! No meu caso, o efeito é poder desenvolver estrutura para fazer o que gosto, correr, de preferência distância insanas como os 42 Km de uma maratona. Já não estou mais na idade de emagrecer de uma hora para outra, mas sim na idade de reforçar a musculatura para aguentar os trancos, ou a aposentadoria nesta área vai chegar mais cedo. Portanto, estes “Nelsons” não entendem p... nenhuma do que estão falando, ou se entendem, pior ainda, fazem para ofender.
Não vou dar uma de psicólogo, já que não é minha área, o post na verdade é para te incentivar a dar bordoadas nestes paspalhos, afinal, você sabe o valor do seu treino. Olhe aquelas medalhas penduradas no quadro, os números de peito que você guarda ou prega pela casa, os tênis sempre na posição de “vamos correr, papai?” lá no seu quarto ou qualquer outro incentivo. E lembre que os “Nelsons” estarão sempre puxando a coberta e pensando “mais 5 minutinhos, tem que ser louco para sair daqui neste frio”. Sim, você é louco.
Mas se você chegou até aqui na leitura, merece levar de presente e distribuir para os “Nelsons” a seguinte frase que eu li outro dia na internet (e que é uma porrada e tanto, então espere o momento certo para dar, quando tiver outras pessoas por perto):
O LEÃO NÃO PERDE O SONO COM O COMENTÁRIO DAS OVELHAS!
e o cara poderia dormir sem essa...
P.S.: Olha, não me leva a mal se você se chama "Nelson", é só uma referência ao personagem dos Simpsons...
Mas antes, um aviso: você não é nenhum Superman ou Mulher Maravilha só porque corre. Afinal, você faz isto porque treina, e isto te dá poderes (quer dizer, capacidade) de suportar o esforço de uma corrida de rua, seja de 3, 5, 10, 21, 42 ou sabe-se lá quantos Kms. O fato é que você “trabalha duro” para isto, então a recompensa vem na forma de poder fazer coisas que o ser humano mediano não consegue fazer. Sem exaltação, você colhe os frutos das manhãs frias que calçou os tênis, vestiu o agasalho e saiu para treinar enquanto outros resolveram ficar “mais 5 minutinhos” embaixo das cobertas.
Voltando aos “Nelsons”, sempre tem aquele babaca no seu escritório, na sua classe na faculdade ou até mesmo no seu prédio que gosta de apontar o dedo e dar a risadinha “há-há!” quando alguém toca no assunto corrida. Afinal, ele ou ela não tem a menor capacidade de fazer o que você faz, e por isso projeta em você a sua incompetência. Não me entenda errado, e se entender, volte ao segundo parágrafo e leia novamente, pois a sua capacidade não está no fato de correr ou fazer qualquer outro esporte, mas sim de ter a disciplina de enfrentar o rigor dos treinamentos, sacrificar alguns maus hábitos alimentares e especialmente saber o que é cumprir metas. Muita gente não tem capacidade de desenvolver esta disciplina, e por isso projetam em você a sombra da própria inaptidão.
Moderação de comentários
Ah como seria legal ter moderação de comentários ao vivo, como nos blogs! Frequentemente ouço comentários idiotas do tipo “Que academia você faz? Preciso saber, pois lá não me matriculo, não faz efeito...”. Qual o efeito esperado de uma academia? Emagrecer? Tem que ser muito burro para achar que academia faz efeito sem reeducação alimentar! No meu caso, o efeito é poder desenvolver estrutura para fazer o que gosto, correr, de preferência distância insanas como os 42 Km de uma maratona. Já não estou mais na idade de emagrecer de uma hora para outra, mas sim na idade de reforçar a musculatura para aguentar os trancos, ou a aposentadoria nesta área vai chegar mais cedo. Portanto, estes “Nelsons” não entendem p... nenhuma do que estão falando, ou se entendem, pior ainda, fazem para ofender.
Não vou dar uma de psicólogo, já que não é minha área, o post na verdade é para te incentivar a dar bordoadas nestes paspalhos, afinal, você sabe o valor do seu treino. Olhe aquelas medalhas penduradas no quadro, os números de peito que você guarda ou prega pela casa, os tênis sempre na posição de “vamos correr, papai?” lá no seu quarto ou qualquer outro incentivo. E lembre que os “Nelsons” estarão sempre puxando a coberta e pensando “mais 5 minutinhos, tem que ser louco para sair daqui neste frio”. Sim, você é louco.
Mas se você chegou até aqui na leitura, merece levar de presente e distribuir para os “Nelsons” a seguinte frase que eu li outro dia na internet (e que é uma porrada e tanto, então espere o momento certo para dar, quando tiver outras pessoas por perto):
O LEÃO NÃO PERDE O SONO COM O COMENTÁRIO DAS OVELHAS!
e o cara poderia dormir sem essa...
P.S.: Olha, não me leva a mal se você se chama "Nelson", é só uma referência ao personagem dos Simpsons...
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domingo, 28 de outubro de 2012
Quadro de medalhas: Upload concluído!
OK, chega, não cabe mais, enough is enough, enfim... não entra mais nada no meu quadro de medalhas! Você já deve ter visto outra foto dele aqui antes, um pouco mais vazio, isto porque eu saio numa boa para correr 10 Km mas tenho uma preguiça danada de arrumar as medalhas no quadro. Também já faz um tempo que eu penso em passar em alguma marcenaria e fazer um orçamento de um quadro novo, outra coisa sendo postergada e empurrada com a barriga. Nos últimos dias, perdi a paciência, abri a mala com as medalhas “represadas” e saí arranjando espaço para encaixar mais algumas. Tantos Kms guardados injustamente em uma mala de notebook surrada, isto não poderia ficar assim para sempre.
Já sei, você vai indicar os quadros de medalhas prontos, que aliás, são bem legais. Tem aquele modelo em que elas ficam penduradas pelas fitas, no outro elas ficam com as fitas por trás do quadro, todos muito bem acabados e eu recomendaria para qualquer outro corredor de olhos fechados. Só que eu sou meio sistemático e adoraria que o quadro atual tivesse um irmãozinho, afinal, eles crescem tão rápido, né? Este quadro era originalmente de uma coleção de chaveiros que eu tinha na minha infância, depois virou um estorvo dentro de casa, serviu de mesa para montar quebra-cabeças de 2000 peças (é, eu só gosto de coisa complicada mesmo) e voltou a ser um estorvo. Daí meus pais ajudaram a reformar e ficou esta beleza que é hoje. Eu apenas entrei com a parte de recheá-lo de medalhas.
Uma solução simples que arranjei foi um suporte de papelão que cabe apenas uma, e como você deve adivinhar, a da última prova que participei. A estória deste suporte é engraçada, ele era parte de uma caixa de relógio de pulso, quando fui jogar a embalagem fora, percebi que uma medalha cabia certinho no encaixe. Belo enfeite de mesa, fica ao lado do monitor do micro o tempo todo, assim eu não esqueço da última prova. O difícil foi conseguir desbancar a bela medalha da Maratona do Rio deste ano, não só pela lembrança da chuvarada do percurso, o esforço para bater o relógio, mas porque a danada é bonita pra caramba.
E pensar que ainda tem gente que acha medalha de corrida uma bobagem! Já vi comentários maldosos em reportagens, como de alguns atletas de ponta que acham absurdo dar medalha para todo mundo, que “antigamente só quem chegava na frente ganhava”. Como diz nosso herói Forrest Gump, “idiota é quem diz idiotices”. Quem chega na frente hoje ganha troféus, mais do que merecidos, a medalha é para quem é raçudo e conclui a prova dentro do tempo regulamentar. Aliás, eu adquiri o hábito de conferir em cada regulamento o item “medalha” para saber se o esforço, digamos, não vai ser em vão.
Mas e as outras? Bom, ainda vão permanecer na tal maleta por mais um tempo. Virtualmente eu procuro atualizar meu quadro sempre, este que fica passando aí do lado direito do blog, mas o certo seria exibi-las na parede. Não representam grandes resultados, mas a mensagem de cada uma é clara: começou, tem que terminar. E o total está próximo de 150 medalhas de participação, a maioria de corrida, mas tem alguns “...athlons”, caminhadas e até passeio ciclístico.
Espero que o meu quadro também traga motivação aos leitores, afinal, medalha não é parte do lanche do kit, e sim, o símbolo da sua conquista!
Já sei, você vai indicar os quadros de medalhas prontos, que aliás, são bem legais. Tem aquele modelo em que elas ficam penduradas pelas fitas, no outro elas ficam com as fitas por trás do quadro, todos muito bem acabados e eu recomendaria para qualquer outro corredor de olhos fechados. Só que eu sou meio sistemático e adoraria que o quadro atual tivesse um irmãozinho, afinal, eles crescem tão rápido, né? Este quadro era originalmente de uma coleção de chaveiros que eu tinha na minha infância, depois virou um estorvo dentro de casa, serviu de mesa para montar quebra-cabeças de 2000 peças (é, eu só gosto de coisa complicada mesmo) e voltou a ser um estorvo. Daí meus pais ajudaram a reformar e ficou esta beleza que é hoje. Eu apenas entrei com a parte de recheá-lo de medalhas.
Uma solução simples que arranjei foi um suporte de papelão que cabe apenas uma, e como você deve adivinhar, a da última prova que participei. A estória deste suporte é engraçada, ele era parte de uma caixa de relógio de pulso, quando fui jogar a embalagem fora, percebi que uma medalha cabia certinho no encaixe. Belo enfeite de mesa, fica ao lado do monitor do micro o tempo todo, assim eu não esqueço da última prova. O difícil foi conseguir desbancar a bela medalha da Maratona do Rio deste ano, não só pela lembrança da chuvarada do percurso, o esforço para bater o relógio, mas porque a danada é bonita pra caramba.
E pensar que ainda tem gente que acha medalha de corrida uma bobagem! Já vi comentários maldosos em reportagens, como de alguns atletas de ponta que acham absurdo dar medalha para todo mundo, que “antigamente só quem chegava na frente ganhava”. Como diz nosso herói Forrest Gump, “idiota é quem diz idiotices”. Quem chega na frente hoje ganha troféus, mais do que merecidos, a medalha é para quem é raçudo e conclui a prova dentro do tempo regulamentar. Aliás, eu adquiri o hábito de conferir em cada regulamento o item “medalha” para saber se o esforço, digamos, não vai ser em vão.
Mas e as outras? Bom, ainda vão permanecer na tal maleta por mais um tempo. Virtualmente eu procuro atualizar meu quadro sempre, este que fica passando aí do lado direito do blog, mas o certo seria exibi-las na parede. Não representam grandes resultados, mas a mensagem de cada uma é clara: começou, tem que terminar. E o total está próximo de 150 medalhas de participação, a maioria de corrida, mas tem alguns “...athlons”, caminhadas e até passeio ciclístico.
Espero que o meu quadro também traga motivação aos leitores, afinal, medalha não é parte do lanche do kit, e sim, o símbolo da sua conquista!
sexta-feira, 29 de junho de 2012
Ah, agora eu entendo!
Deixa ver se se eu acredito: você nunca usou a musiquinha tema do Rocky Balboa (“Gonna Fly Now”) para treinar, nem que seja para fazer uns abdominais naquele dia de chuva, certo? OK, eu não conto pra ninguém que você já fez isto. Mas o fato é que, passados 36 anos desde o lançamento do primeiro filme, o único que presta da série, diga-se, muita gente ainda se sente inspirada a sair para treinar só de ver o Stallone correndo pelas ruas da Filadélfia em busca de um condicionamento físico que o leve à vitória no ringue. Seu esporte é corrida? Serve assim mesmo. MMA? Basquete? Bocha? Tá valendo, o fato é que aquele clipe deixa qualquer um com vontade de melhorar a própria performance, seja no que for.
Só que existe uma diferença entre quem gosta de esporte e quem pratica. E você sabe do que eu estou falando. Resumindo: só quem já saiu de casa naquele frio congelante, sol ardido ou contra a própria vontade, e no final das contas executou tudo direitinho, é que tem a real sensação de dever cumprido, de se sentir um Balboa ou qualquer outro herói que excede os limites e está pronto para o que der e vier. De vez em quando dá até aquela depressão do tipo “se a prova fosse hoje, eu ia derreter o asfalto!”, de tão boa que foi a sua sessão de treino. De novo, quem se acha o máximo só porque assiste qualquer campeonato de bolinha de gude na TV e mal consegue empurrar um carrinho de supermercado, nem imagina do que estamos tratando aqui, muito menos o quanto aquela cena simboliza um resultado que muitas vezes fica na memória durante dias.
"Não importa o quanto você bate, mas sim o quanto aguenta apanhar e continuar. O quanto pode suportar e seguir em frente. É assim que se ganha"
Rocky Balboa
Estou falando deste assunto pois a proximidade da Maratona do Rio muitas vezes empurrou a minha má vontade para dentro da mochila e me fez calçar o tênis assim mesmo e fazer alguma coisa para manter a carroceria “polida”. Seja aquele dia nublado, a chatérrima sessão de musculação ou a enfadonha esteira quando não dá tempo de mais nada, quando “o bicho pega” e você esquece da preguiça, o resultado invariavelmente é o mesmo, ou seja, aquela sensação de dar os soquinhos no ar para comemorar ao final. Na academia, com tanto zé-mané marombeiro por perto, ninguém vai nem perceber.
Enfim, vai sair, faça o seu melhor. Dizem que treino perdido é treino cumprido, mas eu fico com aquela sensação boba do tipo “sou um inútil preguiçoso” por vários dias, então sei do que estou falando quando digo para você ir assim mesmo. Já imaginou você aqui em São Paulo subindo as escadarias do Museu do Ipiranga num domingo frio, depois de uns 20 Km e erguendo os braços para o pessoal comendo algodão doce e andando de patins lá embaixo?
Só não vai dar os soquinhos no ar, vão achar que você é louco...
E aí vai, a melhor cena de uma das melhores produções sobre esporte (ganhador do Oscar de melhor filme em 1976):
(Imagens e vídeo em baixa resolução, somente para fundamentar visualmente o artigo em questão e sem fins lucrativos. Vídeo disponibilizado por usuário da comunidade do site YouTube)
Só que existe uma diferença entre quem gosta de esporte e quem pratica. E você sabe do que eu estou falando. Resumindo: só quem já saiu de casa naquele frio congelante, sol ardido ou contra a própria vontade, e no final das contas executou tudo direitinho, é que tem a real sensação de dever cumprido, de se sentir um Balboa ou qualquer outro herói que excede os limites e está pronto para o que der e vier. De vez em quando dá até aquela depressão do tipo “se a prova fosse hoje, eu ia derreter o asfalto!”, de tão boa que foi a sua sessão de treino. De novo, quem se acha o máximo só porque assiste qualquer campeonato de bolinha de gude na TV e mal consegue empurrar um carrinho de supermercado, nem imagina do que estamos tratando aqui, muito menos o quanto aquela cena simboliza um resultado que muitas vezes fica na memória durante dias.
Rocky Balboa
Estou falando deste assunto pois a proximidade da Maratona do Rio muitas vezes empurrou a minha má vontade para dentro da mochila e me fez calçar o tênis assim mesmo e fazer alguma coisa para manter a carroceria “polida”. Seja aquele dia nublado, a chatérrima sessão de musculação ou a enfadonha esteira quando não dá tempo de mais nada, quando “o bicho pega” e você esquece da preguiça, o resultado invariavelmente é o mesmo, ou seja, aquela sensação de dar os soquinhos no ar para comemorar ao final. Na academia, com tanto zé-mané marombeiro por perto, ninguém vai nem perceber.
Enfim, vai sair, faça o seu melhor. Dizem que treino perdido é treino cumprido, mas eu fico com aquela sensação boba do tipo “sou um inútil preguiçoso” por vários dias, então sei do que estou falando quando digo para você ir assim mesmo. Já imaginou você aqui em São Paulo subindo as escadarias do Museu do Ipiranga num domingo frio, depois de uns 20 Km e erguendo os braços para o pessoal comendo algodão doce e andando de patins lá embaixo?
Só não vai dar os soquinhos no ar, vão achar que você é louco...
E aí vai, a melhor cena de uma das melhores produções sobre esporte (ganhador do Oscar de melhor filme em 1976):
(Imagens e vídeo em baixa resolução, somente para fundamentar visualmente o artigo em questão e sem fins lucrativos. Vídeo disponibilizado por usuário da comunidade do site YouTube)
sábado, 21 de janeiro de 2012
“Devoção”. Sim, você pode!
Ao avistar seu primeiro filho mexendo-se e esticando-se na incubadora da maternidade, Dick Hoyt, que na juventude havia tido uma vida esportiva bem intensa, já o imaginava com uma disposição semelhante para a atividade física. Porém os médicos logo explicaram que os movimentos eram espasmódicos, e o diagnóstico pouco tempo depois revelou que o filho de Dick, Rick, possuía paralisia cerebral que afetaria permanentemente movimentos do corpo. Causada por complicações durante o parto, a deficiência condenaria Rick a cuidados constantes e dedicação máxima dos que estivessem próximos, incluindo a locomoção apenas através de cadeira de rodas e a incapacidade de comunicação verbal.
Em pleno início dos anos 60, médicos aconselharam os Hoyt a internarem Rick em uma clínica e esquecerem-se definitivamente dele, como se nunca tivesse existido, atitude já tomada por outras famílias. Porém se você olhar na página de eventos esportivos da Equipe Hoyt, formada por Dick empurrando e puxando Rick em corridas e outras competições, encontrará, na data deste post, a impressionante marca de 1.069 participações em corridas e outras modalidades. O que se passa entre estes dois momentos acima é o tema do livro “Devoção” (Devoted), escrito pelo próprio Dick Hoyt e Don Yeaeger, que narra a trajetória de pai e filho superando preconceito, dificuldades e ensinando ao resto do mundo como enfrentar de frente as adversidades.
Desde o início da vida de Rick, seus pais, Dick e Judy lutaram contra as dificuldades de criar uma pessoa deficiente, porém sempre observaram que o garoto possuía uma inteligência nítida, apesar do confinamento em seu corpo imperfeito. Uma equipe de alunos da Universidade de Tufts em Boston construiu um disposto computadorizado que permitia a Rick com movimentos de cabeça formar frases na tela, permitindo assim sua comunicação com o mundo. Mas quando Rick, através deste aparelho, insistiu que seu pai empurrasse sua cadeira de rodas em uma corrida beneficente, a vida da dupla mudou definitivamente.
“A gente vai completar a corrida.
Rick não vai querer parar na primeira esquina. E nem eu”.
Mal sabiam os dois que uma nova jornada se iniciava neste momento. Rick chegou em casa e em seu dispositivo computadorizado disse que ao correr não se sentia mais deficiente. Daí para a frente, pai e filho foram vistos nos mais diversos eventos de corrida nos Estados Unidos e em outros países, mostrando que uma pessoa deficiente não é uma pessoa inválida. Sua estória comove alto escalões de empresas, atletas, governantes, e é claro, gente comum como nós.
Na narrativa é possível perceber o afinco com que Rick batalhou contra o preconceito dos organizadores da Maratona de Boston, que permitiram sua presença apenas como “pipocas” nas primeiras edições em que participaram (nota: no livro, o termo que usamos para designar os “pipocas” que correm sem inscrição nas provas foi traduzido diretamente do inglês “Bandit”, ou “Bandido”, portanto não se assuste). Até hoje, a Equipe Hoyt já completou 29 edições desta prova, mas já devidamente aceitos.
Não contentes com tudo o que já faziam no asfalto, partiram para o triathlon e para a mais importante competição desta modalidade: o Ironman de Kona, no Havaí. Nadar 3,8 Km, pedalar 180 Km e ainda correr mais 42 Km já não é tarefa simples para uma pessoa, imagine ter que puxar e empurrar outra. Tudo bem, eles completaram só 6 desses até hoje... O resto das façanhas desta dupla deixo para você matar a curiosidade lendo esta obra incrível, editada em português pela Editora Novo Conceito também em edição de bolso. É uma leitura rápida, mas não tão veloz quanto estes dois vencendo as distâncias a que se propõem.
Independente do quanto esta estória vai emocioná-lo, daqui para a frente você vai enfrentar os dias de treino e provas de forma mais corajosa, pois sabe que Rick e Dick estão muito à sua frente e que não será fácil alcança-los, mesmo com a condição que eles enfrentam ao saírem para correr.
Seu lema é simples: “Sim, você pode!”
Visite:
Site oficial da Equipe Hoyt
E assista este vídeo sensacional:
Em pleno início dos anos 60, médicos aconselharam os Hoyt a internarem Rick em uma clínica e esquecerem-se definitivamente dele, como se nunca tivesse existido, atitude já tomada por outras famílias. Porém se você olhar na página de eventos esportivos da Equipe Hoyt, formada por Dick empurrando e puxando Rick em corridas e outras competições, encontrará, na data deste post, a impressionante marca de 1.069 participações em corridas e outras modalidades. O que se passa entre estes dois momentos acima é o tema do livro “Devoção” (Devoted), escrito pelo próprio Dick Hoyt e Don Yeaeger, que narra a trajetória de pai e filho superando preconceito, dificuldades e ensinando ao resto do mundo como enfrentar de frente as adversidades.
Desde o início da vida de Rick, seus pais, Dick e Judy lutaram contra as dificuldades de criar uma pessoa deficiente, porém sempre observaram que o garoto possuía uma inteligência nítida, apesar do confinamento em seu corpo imperfeito. Uma equipe de alunos da Universidade de Tufts em Boston construiu um disposto computadorizado que permitia a Rick com movimentos de cabeça formar frases na tela, permitindo assim sua comunicação com o mundo. Mas quando Rick, através deste aparelho, insistiu que seu pai empurrasse sua cadeira de rodas em uma corrida beneficente, a vida da dupla mudou definitivamente.
Rick não vai querer parar na primeira esquina. E nem eu”.
Mal sabiam os dois que uma nova jornada se iniciava neste momento. Rick chegou em casa e em seu dispositivo computadorizado disse que ao correr não se sentia mais deficiente. Daí para a frente, pai e filho foram vistos nos mais diversos eventos de corrida nos Estados Unidos e em outros países, mostrando que uma pessoa deficiente não é uma pessoa inválida. Sua estória comove alto escalões de empresas, atletas, governantes, e é claro, gente comum como nós.
Na narrativa é possível perceber o afinco com que Rick batalhou contra o preconceito dos organizadores da Maratona de Boston, que permitiram sua presença apenas como “pipocas” nas primeiras edições em que participaram (nota: no livro, o termo que usamos para designar os “pipocas” que correm sem inscrição nas provas foi traduzido diretamente do inglês “Bandit”, ou “Bandido”, portanto não se assuste). Até hoje, a Equipe Hoyt já completou 29 edições desta prova, mas já devidamente aceitos.
Não contentes com tudo o que já faziam no asfalto, partiram para o triathlon e para a mais importante competição desta modalidade: o Ironman de Kona, no Havaí. Nadar 3,8 Km, pedalar 180 Km e ainda correr mais 42 Km já não é tarefa simples para uma pessoa, imagine ter que puxar e empurrar outra. Tudo bem, eles completaram só 6 desses até hoje... O resto das façanhas desta dupla deixo para você matar a curiosidade lendo esta obra incrível, editada em português pela Editora Novo Conceito também em edição de bolso. É uma leitura rápida, mas não tão veloz quanto estes dois vencendo as distâncias a que se propõem.
Independente do quanto esta estória vai emocioná-lo, daqui para a frente você vai enfrentar os dias de treino e provas de forma mais corajosa, pois sabe que Rick e Dick estão muito à sua frente e que não será fácil alcança-los, mesmo com a condição que eles enfrentam ao saírem para correr.
Seu lema é simples: “Sim, você pode!”
Visite:
Site oficial da Equipe Hoyt
E assista este vídeo sensacional:
sábado, 3 de julho de 2010
Corredor, brasileiro
Mal o jogo do Brasil havia terminado ontem e o pessoal já estava arrancando furiosamente as bandeirinhas que decoravam os nossos micros desde o último mês, esperança agora adiada por mais 4 anos de ver a seleção de futebol mais uma vez campeã do mundo. Até precisei avisar alguns mais afoitos que desrespeito à Bandeira Nacional é crime, pois queriam descontar no símbolo da nação a raiva dos jogadores de futebol. Faz sentido? Claro que não!
Então, para você que gosta de esporte (por isto está aqui neste blog), um conselho: guarde a sua bandeirinha, quem sabe um dia você não a leva para pendurada no boné lá na Maratona de Berlim ou Chicago? Tenho certeza que a camiseta que você comprou para torcer pelo Brasil também serve para correr, tipo tecido tecnológico que não tem retém o suor. É claro que você vai tentar me convencer que foi pura coincidência na hora de comprar, você nem pensava em correr com aquela camiseta... mas ela um dia pode ser vestida lá na Maratona de Londres! Ou, se não pensar tão distante, pode ser nas corridas aqui mesmo, não seria legal continuar com o verde e amarelo nas nossas provas, mesmo fora de época de Copa do Mundo?
Afinal, da mesma forma que você é corredor todos os dias, de treino ou corrida, também é brasileiro todos os dias, de Copa ou não.
Bom final de semana!
Então, para você que gosta de esporte (por isto está aqui neste blog), um conselho: guarde a sua bandeirinha, quem sabe um dia você não a leva para pendurada no boné lá na Maratona de Berlim ou Chicago? Tenho certeza que a camiseta que você comprou para torcer pelo Brasil também serve para correr, tipo tecido tecnológico que não tem retém o suor. É claro que você vai tentar me convencer que foi pura coincidência na hora de comprar, você nem pensava em correr com aquela camiseta... mas ela um dia pode ser vestida lá na Maratona de Londres! Ou, se não pensar tão distante, pode ser nas corridas aqui mesmo, não seria legal continuar com o verde e amarelo nas nossas provas, mesmo fora de época de Copa do Mundo?
Afinal, da mesma forma que você é corredor todos os dias, de treino ou corrida, também é brasileiro todos os dias, de Copa ou não.
Bom final de semana!
segunda-feira, 21 de dezembro de 2009
Hoje é o Dia do Atleta!
Para você que é Atleta de Ponta ou de Ponta de Estoque (tipo eu), parabéns!
O que importa é estar sempre lá, participando e tornando o esporte parte de um ideal de vida.
O Ministério da Saúde adverte: faltam 10 dias para a São Silvestre e o calor já está pegando...
O que importa é estar sempre lá, participando e tornando o esporte parte de um ideal de vida.
O Ministério da Saúde adverte: faltam 10 dias para a São Silvestre e o calor já está pegando...
quarta-feira, 21 de janeiro de 2009
quarta-feira, 31 de dezembro de 2008
Frase do dia
"Dar menos que seu melhor é sacrificar o dom que você recebeu."
Steve Prefontaine, corredor olímpico americano de média e longa distância que se tornou recordista americano nos dos 2000 m aos 10000 m na década de 70
Steve Prefontaine, corredor olímpico americano de média e longa distância que se tornou recordista americano nos dos 2000 m aos 10000 m na década de 70
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sábado, 27 de dezembro de 2008
Frase do dia
"A dor é temporária. Ela pode durar um minuto, ou uma hora, ou um dia, ou um ano, mas finalmente ela acabará e alguma outra coisa tomará o seu lugar. Se eu paro, no entanto, ela dura para sempre."
Lance Armstrong, heptacampeão do Tour de France
Lance Armstrong, heptacampeão do Tour de France
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quinta-feira, 18 de dezembro de 2008
Frase do dia
"Se você tem um corpo, você é um atleta."
Bill Bowerman, co-fundador da Nike e treinador do lendário Steve Prefontaine
Bill Bowerman, co-fundador da Nike e treinador do lendário Steve Prefontaine
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