Ter um Ironman e uma Comrades no currículo não me torna
necessariamente apto a enfrentar de cara um evento como este na distância
total, então resolvi encarar a extensão da maratona, 42 Km, no perfil “light”,
largando às 05h15 da manhã e com poucas subidas, percorrendo na maior parte do
tempo pela areia dura da praia entre Bertioga e Juréia, além de umas poucas
trilhas e até mesmo alguns trechos de rodovia. A largada dos ultramaratonistas
acontecia às 05h00 da manhã, com chuva fina e ainda escuro, onde um grupo muito
maior que o dos maratonistas partiu em direção à praia de Maresias, 75 Km
adiante. Largadas pontuais, tanto para os Survivors quanto para os maratonistas
“light”, praia muito escura com algumas luzes vindas do calçadão e um ou outro
corredor munido de lanterna, como era o meu caso.
Voltemos um pouquinho aos itens básicos: inscrição muito
simples através de um site bem direcionado do organizador Cia de Eventos,
porém com um valor um pouco acima das provas normais, R$ 199,00 no lote em que fiz a minha, sendo que foi um dos primeiros. Retirada do kit em uma loja de esportes na Zona Sul de São Paulo e com a opção de retirar em Bertioga no dia anterior à prova, também muito eficiente. O kit em si era composto por número de peito, chip (munhequeira), sacola e camiseta, além de um mapa para os carros e bicicletas de apoio. Carros de apoio ainda recebiam um adesivo para serem identificados em condomínios fechados, como seria o caso de alguns pontos de troca das equipes, mas para os 42 Km não foi identificado a necessidade. Conversei com o organizador e expliquei que a esposa estaria no meio da prova e providenciaria hidratação e alimentação, mas foi garantido que o acesso ocorreria sem problemas, o que de fato aconteceu.
porém com um valor um pouco acima das provas normais, R$ 199,00 no lote em que fiz a minha, sendo que foi um dos primeiros. Retirada do kit em uma loja de esportes na Zona Sul de São Paulo e com a opção de retirar em Bertioga no dia anterior à prova, também muito eficiente. O kit em si era composto por número de peito, chip (munhequeira), sacola e camiseta, além de um mapa para os carros e bicicletas de apoio. Carros de apoio ainda recebiam um adesivo para serem identificados em condomínios fechados, como seria o caso de alguns pontos de troca das equipes, mas para os 42 Km não foi identificado a necessidade. Conversei com o organizador e expliquei que a esposa estaria no meio da prova e providenciaria hidratação e alimentação, mas foi garantido que o acesso ocorreria sem problemas, o que de fato aconteceu.
Se por um lado não recebemos um kit cheio de bugigangas de patrocinadores, por outro ganhamos uma camiseta somente com a indicação da prova, muito bonita, sem aqueles logotipos de empresas apoiadoras, o que a torna convidativa para vestimenta normal. Carreguei comigo uma mochila de hidratação com 2 litros de água, 2 squeezes, sendo um com isotônico e o outro com maltodextrina, além de gel de carboidrato e bananinhas para o primeiro trecho de 21 Km até o PC3, terceiro posto de controle e troca de revezamento. Ou seja, quase 3 Kg a mais que o próprio peso, além de estar com tênis apropriado para trilha e solo irregular, que naturalmente é mais pesado que um tênis de asfalto. Para uma prova foi uma experiência nova carregar tanta coisa nos 42 Km, mas muitos treinos para a Comrades tiveram desta extensão para cima, e eu sempre saia carregado com tudo isso ou mais, portanto não era nenhuma novidade absoluta.
Praias entre cada PC, sempre com algum trecho de trilha,
asfalto ou rodovia logo na sequência após a troca para as equipes ou apoio
solo, e no Km 21, como combinado, a esposa estava com bolsa de hidratação cheia
e squeezes suplementares para repor o estoque. A prova oferecia hidratação em
copos a cada 3 Km, mas como não sabia como estaria o clima, optei por levar meu
próprio estoque de líquidos, pois debaixo de sol poderia ser altamente
necessário.
Também se considera que numa prova destas não é apenas beber e
jogar no chão como nas corridas em asfalto onde o serviço público de varrição
removerá os resíduos, é necessário parar, beber e descartar o copo, o que pode
ser um incômodo se feito várias vezes no percurso.
Mais chuva e vento frio, PC4 passou tranquilo e chegou o
mais longo trecho, até o PC5, onde seriam 14,2 Km de areia dura, praticamente
1/3 da prova até a chegada. E com pórtico simples, mas com muita comemoração
dos que aguardavam os maratonistas “light”, completei o trajeto de
(aproximadamente) 42 Km em 05:28:31, um tempo alto, porém compatível com uma
prova mais dura como esta.
Opinião geral: valeu cada milímetro, cada gota de chuva, uma
corrida muito diferente das que estou acostumado e que vale a pena ser
experimentada. Ponto positivo para a organização, muito eficiente em todos os
detalhes, minha única sugestão é revisar o regulamento, pois parece um pouco
confuso na questão de tempos limite, mas fora isso todo o resto funcionou perfeitamente.
Quanto a fazer os 75 Km solo... quem sabe na próxima.