Como eu disse no post anterior, ainda tinha mais um assunto para este fim de ano, e guardei para o final a recordação do melhor momento de 2017. Foram muitas linhas de chegada, medalhas, kits, mas neste ano que passou tive a satisfação de participar do grupo Pernas de Aluguel na SP City Marathon, correndo, ajudando a conduzir e conferindo de perto a alegria e seriedade da equipe. Segundo o próprio site do Pernas de Aluguel, o objetivo é “promover diversão para pessoas com deficiência motora e proporcionar aos atletas voluntários a oportunidade de transformar a linha de chegada em algo mais especial do que normalmente é.”. Cada palavra desta frase faz todo o sentido quando se está no grupo, e fico até um pouco chateado de não ter conseguido participar de outras provas, a única que estava inscrito e que coincidia com meu calendário era a SP City Marathon. A seriedade do trabalho é tão grande, que não são permitidos “pipocas” nas provas em que a equipe está, mesmo com a camiseta oficial. Corri com o grupo até o Km 20, quando havia a separação entre a Maratona e a Meia, pois eles estavam participando a prova de 21 Km e eu estava inscrito na outra. Perdi a festa da linha de chegada, que tenho certeza ter sido incrível.
Não é para bater palmas para mim, bate palmas para eles, pela dedicação e espírito de doação de seu tempo (e de suas pernas) para quem gosta de sentir a emoção da corrida, mas que depende de outros atletas para realizar seu sonho. Da minha parte, pretendo participar novamente, sei que minha contribuição foi pequena desta vez.
Sem aqueles votos cafonas de fim de ano, deixo um pensamento para sua corrida em 2018: doe-se um pouco mais daqui para a frente, seja em um grupo como o Pernas de Aluguel, inscrevendo-se como guia voluntário, incentivando aquele seu colega que quer começar a correr ou até mesmo doando aquelas suas camisetas e sacolinhas de provas. Sua corrida será melhor, eu garanto, não só em 2018 mas sempre!
Feliz Ano Novo!
domingo, 31 de dezembro de 2017
sábado, 30 de dezembro de 2017
2017: Evolução! (e já era hora!)
Mais um ano, e este, do ponto de vista das corridas, foi um dos melhores para mim. Mas ao invés de ficar te amolando com uma porção de provas que já falei aqui, além da tradicional fotinho das medalhas do período, separei dois assuntos para revisar. Espere que dê tempo de escrever sobre o outro antes do fim do ano, por enquanto vamos falar de algo que eu já deveria ter feito há muito tempo: evoluir, coisa que nunca me preocupei na corrida.
Primeiro, um erro
Fiz um planejamento que previa buscar a marca de até 03:59:59 na Maratona de Buenos Aires, que aconteceria (e aconteceu) em 15/10. Porém o projeto teve início muito cedo, e com marcos que não encaixavam muito bem no período. A ideia era correr 3 maratonas (São Paulo, SP City e por fim Buenos Aires) com tempos de conclusão cada vez menores, porém nem tudo sai como planejado em 10 meses de execução de um projeto desses. No meio dos treinos para a Maratona Internacional de São Paulo tive uma crise de pedra nos rins que prejudicou treinos, a SP City foi trocado pela Maratona de Floripa por motivos operacionais e ficou muito próxima da prova alvo na capital argentina. Todas estas mudanças de escopo foram devidamente gerenciadas, porém o principal problema foi a duração do projeto, desgastante, que me deixou um pouco além do nível de cansaço esperado para uma maratona. Mea culpa, lições aprendidas.
Mesmo assim, os números mudaram
Levando a sério cada linha da planilha que eu mesmo criei com a ajuda das matérias e treinos sugeridos nas páginas da Revista Contra-Relógio (meus sinceros agradecimentos a todo o corpo editorial), consegui baixar gradativamente o tempo em, pasmem, todas as distâncias! Escolhi como consequência direta, duas medidas adotadas (e uma delas não é emagrecimento):
1 – Fortalecimento do Core: não, eu não estou com barriga de tanquinho (tanque, talvez), eu apenas usei a chatice das sessões de musculação a meu favor, separando um tempo a mais para os exercícios de abdominais. Nenhum ganho visível, não estou parecido com nenhum dos espartanos do filme “300”, mas naquele vai e vem do tórax durante a corrida, a força interna da região aguentou bem melhor os trancos. Quem sabe um dia eu possa largar berrando “This is Sparta!”
2 – Intervalados: sim, aquele treino que você torce o nariz, dá uma garibada e faz de qualquer jeito só para o seu treinador não te encher, bom, sinto te dizer mas ele faz toda a diferença. Parece até aqueles comerciais de TV vendendo bugigangas: “beeeem, eu costumava não acreditar, mas então o meu vizinho passou a correr melhor e eu disse, puxa, preciso mesmo deste negócio...”. Não vou te vender nada, apenas dedique um pouco da sua rotina a estes treinos, eles ajudam muito a ganhar velocidade.
E no fim das contas, terminei o ano com os valores abaixo, todos inéditos para mim até o momento em que ocorreram, uma vez que minha média em corridas era um pace de 6 min/Km (na listagem, por ordem de distância):
Se olhar com calma, verá que o tempo da Meia Maratona Pague Menos de Campinas já havia sido atingido anteriormente, mas o fato neste caso é que eu estava me recuperando de uma gripe, tossindo até não dar mais, em um percurso cheio de subidas e descidas, e ainda conversando por uns 18 Km com um colega que encontrei logo após a largada!
Que blogueiro babaca, fica se gabando de números que muita gente faz com um pé nas costas. Atenção “haters” que não leem as coisas direito e já saem comentado bobagens, o objetivo não é “o que”, mas “como” consegui evoluir no ano que passou. Quero deixar o recado para você que, se tem alguma meta, o caminho não é fácil mas se conseguir gerenciar, vai atingir. Talvez não tenha conseguido meu número mágico de 03:59:59 nos 42 Km, mas 2018 está aí, ainda tenho mais algumas chances.
Pelo nível de detalhe dos números acima você percebe que eu controlei tudo na ponta do lápis, ou melhor, da planilha. Inclusive, é claro, o peso corporal, entre outras variáveis.
Por fim, uma frase para você pensar no assunto:
“Não se gerencia o que não se mede, não se mede o que não se define, não se define o que não se entende, e não há sucesso no que não se gerencia”
(William Edwards Deming)
Primeiro, um erro
Fiz um planejamento que previa buscar a marca de até 03:59:59 na Maratona de Buenos Aires, que aconteceria (e aconteceu) em 15/10. Porém o projeto teve início muito cedo, e com marcos que não encaixavam muito bem no período. A ideia era correr 3 maratonas (São Paulo, SP City e por fim Buenos Aires) com tempos de conclusão cada vez menores, porém nem tudo sai como planejado em 10 meses de execução de um projeto desses. No meio dos treinos para a Maratona Internacional de São Paulo tive uma crise de pedra nos rins que prejudicou treinos, a SP City foi trocado pela Maratona de Floripa por motivos operacionais e ficou muito próxima da prova alvo na capital argentina. Todas estas mudanças de escopo foram devidamente gerenciadas, porém o principal problema foi a duração do projeto, desgastante, que me deixou um pouco além do nível de cansaço esperado para uma maratona. Mea culpa, lições aprendidas.
Mesmo assim, os números mudaram
Levando a sério cada linha da planilha que eu mesmo criei com a ajuda das matérias e treinos sugeridos nas páginas da Revista Contra-Relógio (meus sinceros agradecimentos a todo o corpo editorial), consegui baixar gradativamente o tempo em, pasmem, todas as distâncias! Escolhi como consequência direta, duas medidas adotadas (e uma delas não é emagrecimento):
1 – Fortalecimento do Core: não, eu não estou com barriga de tanquinho (tanque, talvez), eu apenas usei a chatice das sessões de musculação a meu favor, separando um tempo a mais para os exercícios de abdominais. Nenhum ganho visível, não estou parecido com nenhum dos espartanos do filme “300”, mas naquele vai e vem do tórax durante a corrida, a força interna da região aguentou bem melhor os trancos. Quem sabe um dia eu possa largar berrando “This is Sparta!”
2 – Intervalados: sim, aquele treino que você torce o nariz, dá uma garibada e faz de qualquer jeito só para o seu treinador não te encher, bom, sinto te dizer mas ele faz toda a diferença. Parece até aqueles comerciais de TV vendendo bugigangas: “beeeem, eu costumava não acreditar, mas então o meu vizinho passou a correr melhor e eu disse, puxa, preciso mesmo deste negócio...”. Não vou te vender nada, apenas dedique um pouco da sua rotina a estes treinos, eles ajudam muito a ganhar velocidade.
E no fim das contas, terminei o ano com os valores abaixo, todos inéditos para mim até o momento em que ocorreram, uma vez que minha média em corridas era um pace de 6 min/Km (na listagem, por ordem de distância):
Se olhar com calma, verá que o tempo da Meia Maratona Pague Menos de Campinas já havia sido atingido anteriormente, mas o fato neste caso é que eu estava me recuperando de uma gripe, tossindo até não dar mais, em um percurso cheio de subidas e descidas, e ainda conversando por uns 18 Km com um colega que encontrei logo após a largada!
Que blogueiro babaca, fica se gabando de números que muita gente faz com um pé nas costas. Atenção “haters” que não leem as coisas direito e já saem comentado bobagens, o objetivo não é “o que”, mas “como” consegui evoluir no ano que passou. Quero deixar o recado para você que, se tem alguma meta, o caminho não é fácil mas se conseguir gerenciar, vai atingir. Talvez não tenha conseguido meu número mágico de 03:59:59 nos 42 Km, mas 2018 está aí, ainda tenho mais algumas chances.
Pelo nível de detalhe dos números acima você percebe que eu controlei tudo na ponta do lápis, ou melhor, da planilha. Inclusive, é claro, o peso corporal, entre outras variáveis.
Por fim, uma frase para você pensar no assunto:
“Não se gerencia o que não se mede, não se mede o que não se define, não se define o que não se entende, e não há sucesso no que não se gerencia”
(William Edwards Deming)
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quinta-feira, 14 de dezembro de 2017
Precisamos conversar sobre a Maratona de Sorocaba
Já é senso comum entre os corredores de rua que a primeira edição de uma corrida pode (e vai) ter falhas, mas que de alguma forma poderá atender ao que se é esperado, seja diversão, meta pessoal ou simplesmente estar lá presente desde o nascimento do evento. Da minha parte, um pouco de irresponsabilidade em participar de mais uma maratona neste ano de 2017 (já havia feito, 4, apesar de uma ter sido em ritmo de treino), porém eu tinha um objetivo específico e a prova parecia atender diversos critérios. Facilidade de acesso, pois Sorocaba está a menos de uma hora da capital paulista, preço compatível com as demais corridas e a dedicação que a organização estava tratando a competição, pelo menos pelas impressões passadas pelo site da prova, que aconteceu no último dia 19/11. Mas, infelizmente, vários pontos precisam ser melhorados para que novas edições aconteçam.
O site da prova pareceu completo, trazia informações do percurso, vídeos, perfil altimétrico e atrações programadas. A largada às 06:15 da manhã de um domingo era o diferencial que a maioria dos corredores já solicitaram diversas vezes e poucos organizadores ouviram, sendo que o evento estava dividido em provas de 21 e 42 Km para o domingo e uma de 5 e 10 Km para o sábado de manhã. Outra excelente característica era a possibilidade de se inscrever por portais diferentes de inscrições, que cobram taxas distintas e que facilitam a escolha quando o corredor já possui cadastro. Também digno de elogios é o repasse das informações na semana da prova através de e-mails, onde todos os pontos foram revistos e confirmados. Palmas para a organização, que também permitiu a retirada no próprio dia do evento.
Sobre o kit, bem simples, sacola, brindes, camiseta e número de peito. Havia a possibilidade de escolher a cor da camiseta (rosa ou azul), o que ficou um pouco estranho uma vez que a prova era alusiva à campanha Novembro Azul da prevenção do câncer de próstata. Fato curioso, vi alguns corredores com viseira e squeeze, e no dia da corrida conversei com um atleta que me perguntou se eu havia recebido, pois nem todo mundo ganhou estes brindes, também sem confirmação. Com largada no Parque das Águas, tradicional local de eventos da cidade de Sorocaba, a estrutura da prova ainda sofreria com a forte chuva de sábado, com tendas derrubadas e outros problemas estruturais, porém atendeu de forma satisfatória os corredores no domingo. Um hotel da região, localizado a aproximadamente 2 Km da largada/chegada foi eleito como Q.G. da prova, e por isso sua lotação foi praticamente composta de corredores. O Sorocaba Park Hotel nos atendeu de forma impecável, com café da manhã completo a partir de 05:00 da manhã e extensão do horário de saída para 14:00, além dos ótimos serviços e acomodações.
No domingo, partimos com aproximadamente 5 minutos de atraso, mas com ótima dispersão em uma larga pista, o que permitiu que todos tomassem seus ritmos sem gargalos. Porém logo nos primeiros Km, um acidente entre um corredor e uma moto que circulava na faixa contrária causou tumulto. Todos errados, o corredor saiu do grupo para ajustar o tênis, o motoqueiro não teve o bom senso de andar devagar em meio ao evento e a organização não separou e sinalizou o trânsito devidamente. Também sobre sinalização, as primeiras placas de Km foram afixadas em carros nas laterais das pistas, ótima visualização, porém nos trechos finais faltaram algumas delas (ou faltaram carros, talvez).
A prova foi anunciada como sendo “90% de reta na parte inicial (primeira volta)”, com pouca altimetria. Lenda. O percurso era composto por generosas subidas, e para uma distância longa, isto deveria ter sido melhor enfatizado. Muito corredor se inscreve em provas desafiantes, e não haveria problema em divulgar este fato, mas sabe como é, melhor não desanimar os demais desnecessariamente. O percurso, porém, apresenta um outro problema, passa praticamente por locais isolados, uma área industrial de Sorocaba, então o único público está em automóveis, muitas vezes represados pelo controle de trânsito e com motoristas estressados. Sobe e desce interminável, zero participação de público, 2 voltas para completar os 42 Km... teria sido um completo desastre não fosse o excelente trabalho do staff ao longo do percurso distribuindo água e outros itens, controle muito bom dos agentes de trânsito (apesar do acidente) e clima agradável na maior parte do percurso.
Porém o pior estava por vir. Desanimei de correr logo na primeira volta e quaaaaaaase entrei pelo pórtico nos 21 Km para acabar ali mesmo. Mas dada a teimosia desta criatura, continuei e acabei enfrentando o trajeto tortuoso. A meta passou então simplesmente terminar abaixo de 5 horas, tempo que considero ser o mínimo de honra para um maratonista. Dito e feito, tempo líquido 04:59:23, e a surpresa final. Quem corresse sábado e domingo ganharia 2 medalhas, que iriam compor uma mandala, sendo que maratonistas ganhariam ambas. Porém ao receber a primeira, a maior, uma pessoa da organização informou que havia ocorrido um “problema” e que “pipocas haviam pego medalhas e agora estava faltando”. Deixa eu explicar em detalhes:
Entregar medalha (ou qualquer outro item) para pipocas é o máximo de desrespeito que uma organização de corrida pode proporcionar aos corredores pagantes.
Se é assim, no próximo evento eu simplesmente não pago e vou!
Vamos elogiar então o trabalho da própria organização, que reconheceu o erro, recebeu as devidas críticas dos corredores no momento e anotou cada um dos nomes e telefones, entrando em contato no dia seguinte para solicitar endereço para envio da medalha. Demorou um pouco mas chegou. Ponto positivo, mas o transtorno poderia ter sido evitado, bastava dizer “NÃO” aos pipocas.
Eu gostaria de deixar claro que este não é um post de “hater” simplesmente, quem já leu os demais que eu postei sobre corridas e maratonas sabe que fico muito feliz em relatar os pontos bons das corridas, mas que quando é necessário eu exponho fatos não muito coloridos. O blog não tem por objetivo formar opinião ou angariar inscrições gratuitas para mim (como muito blogueiro faz, diga-se) e esconder os acontecimentos do leitor, por quem tenho a maior consideração por estar passando aqui pelo meu espaço.
Desejo, sinceramente, que possam ocorrer melhorias e que a prova tenha vida longa, mas para o momento restou relatar os fatos, que não foram lá muito divertidos.
O site da prova pareceu completo, trazia informações do percurso, vídeos, perfil altimétrico e atrações programadas. A largada às 06:15 da manhã de um domingo era o diferencial que a maioria dos corredores já solicitaram diversas vezes e poucos organizadores ouviram, sendo que o evento estava dividido em provas de 21 e 42 Km para o domingo e uma de 5 e 10 Km para o sábado de manhã. Outra excelente característica era a possibilidade de se inscrever por portais diferentes de inscrições, que cobram taxas distintas e que facilitam a escolha quando o corredor já possui cadastro. Também digno de elogios é o repasse das informações na semana da prova através de e-mails, onde todos os pontos foram revistos e confirmados. Palmas para a organização, que também permitiu a retirada no próprio dia do evento.
Sobre o kit, bem simples, sacola, brindes, camiseta e número de peito. Havia a possibilidade de escolher a cor da camiseta (rosa ou azul), o que ficou um pouco estranho uma vez que a prova era alusiva à campanha Novembro Azul da prevenção do câncer de próstata. Fato curioso, vi alguns corredores com viseira e squeeze, e no dia da corrida conversei com um atleta que me perguntou se eu havia recebido, pois nem todo mundo ganhou estes brindes, também sem confirmação. Com largada no Parque das Águas, tradicional local de eventos da cidade de Sorocaba, a estrutura da prova ainda sofreria com a forte chuva de sábado, com tendas derrubadas e outros problemas estruturais, porém atendeu de forma satisfatória os corredores no domingo. Um hotel da região, localizado a aproximadamente 2 Km da largada/chegada foi eleito como Q.G. da prova, e por isso sua lotação foi praticamente composta de corredores. O Sorocaba Park Hotel nos atendeu de forma impecável, com café da manhã completo a partir de 05:00 da manhã e extensão do horário de saída para 14:00, além dos ótimos serviços e acomodações.
No domingo, partimos com aproximadamente 5 minutos de atraso, mas com ótima dispersão em uma larga pista, o que permitiu que todos tomassem seus ritmos sem gargalos. Porém logo nos primeiros Km, um acidente entre um corredor e uma moto que circulava na faixa contrária causou tumulto. Todos errados, o corredor saiu do grupo para ajustar o tênis, o motoqueiro não teve o bom senso de andar devagar em meio ao evento e a organização não separou e sinalizou o trânsito devidamente. Também sobre sinalização, as primeiras placas de Km foram afixadas em carros nas laterais das pistas, ótima visualização, porém nos trechos finais faltaram algumas delas (ou faltaram carros, talvez).
A prova foi anunciada como sendo “90% de reta na parte inicial (primeira volta)”, com pouca altimetria. Lenda. O percurso era composto por generosas subidas, e para uma distância longa, isto deveria ter sido melhor enfatizado. Muito corredor se inscreve em provas desafiantes, e não haveria problema em divulgar este fato, mas sabe como é, melhor não desanimar os demais desnecessariamente. O percurso, porém, apresenta um outro problema, passa praticamente por locais isolados, uma área industrial de Sorocaba, então o único público está em automóveis, muitas vezes represados pelo controle de trânsito e com motoristas estressados. Sobe e desce interminável, zero participação de público, 2 voltas para completar os 42 Km... teria sido um completo desastre não fosse o excelente trabalho do staff ao longo do percurso distribuindo água e outros itens, controle muito bom dos agentes de trânsito (apesar do acidente) e clima agradável na maior parte do percurso.
Porém o pior estava por vir. Desanimei de correr logo na primeira volta e quaaaaaaase entrei pelo pórtico nos 21 Km para acabar ali mesmo. Mas dada a teimosia desta criatura, continuei e acabei enfrentando o trajeto tortuoso. A meta passou então simplesmente terminar abaixo de 5 horas, tempo que considero ser o mínimo de honra para um maratonista. Dito e feito, tempo líquido 04:59:23, e a surpresa final. Quem corresse sábado e domingo ganharia 2 medalhas, que iriam compor uma mandala, sendo que maratonistas ganhariam ambas. Porém ao receber a primeira, a maior, uma pessoa da organização informou que havia ocorrido um “problema” e que “pipocas haviam pego medalhas e agora estava faltando”. Deixa eu explicar em detalhes:
Se é assim, no próximo evento eu simplesmente não pago e vou!
Vamos elogiar então o trabalho da própria organização, que reconheceu o erro, recebeu as devidas críticas dos corredores no momento e anotou cada um dos nomes e telefones, entrando em contato no dia seguinte para solicitar endereço para envio da medalha. Demorou um pouco mas chegou. Ponto positivo, mas o transtorno poderia ter sido evitado, bastava dizer “NÃO” aos pipocas.
Eu gostaria de deixar claro que este não é um post de “hater” simplesmente, quem já leu os demais que eu postei sobre corridas e maratonas sabe que fico muito feliz em relatar os pontos bons das corridas, mas que quando é necessário eu exponho fatos não muito coloridos. O blog não tem por objetivo formar opinião ou angariar inscrições gratuitas para mim (como muito blogueiro faz, diga-se) e esconder os acontecimentos do leitor, por quem tenho a maior consideração por estar passando aqui pelo meu espaço.
Desejo, sinceramente, que possam ocorrer melhorias e que a prova tenha vida longa, mas para o momento restou relatar os fatos, que não foram lá muito divertidos.
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