sábado, 30 de dezembro de 2017

2017: Evolução! (e já era hora!)

Mais um ano, e este, do ponto de vista das corridas, foi um dos melhores para mim. Mas ao invés de ficar te amolando com uma porção de provas que já falei aqui, além da tradicional fotinho das medalhas do período, separei dois assuntos para revisar. Espere que dê tempo de escrever sobre o outro antes do fim do ano, por enquanto vamos falar de algo que eu já deveria ter feito há muito tempo: evoluir, coisa que nunca me preocupei na corrida.

Primeiro, um erro

Fiz um planejamento que previa buscar a marca de até 03:59:59 na Maratona de Buenos Aires, que aconteceria (e aconteceu) em 15/10. Porém o projeto teve início muito cedo, e com marcos que não encaixavam muito bem no período. A ideia era correr 3 maratonas
(São Paulo, SP City e por fim Buenos Aires) com tempos de conclusão cada vez menores, porém nem tudo sai como planejado em 10 meses de execução de um projeto desses. No meio dos treinos para a Maratona Internacional de São Paulo tive uma crise de pedra nos rins que prejudicou treinos, a SP City foi trocado pela Maratona de Floripa por motivos operacionais e ficou muito próxima da prova alvo na capital argentina. Todas estas mudanças de escopo foram devidamente gerenciadas, porém o principal problema foi a duração do projeto, desgastante, que me deixou um pouco além do nível de cansaço esperado para uma maratona. Mea culpa, lições aprendidas.

Mesmo assim, os números mudaram

Levando a sério cada linha da planilha que eu mesmo criei com a ajuda das matérias e treinos sugeridos nas páginas da Revista Contra-Relógio (meus sinceros agradecimentos a todo o corpo editorial), consegui baixar gradativamente o tempo em, pasmem, todas as distâncias! Escolhi como consequência direta, duas medidas adotadas (e uma delas não é emagrecimento):

1 – Fortalecimento do Core: não, eu não estou com barriga de tanquinho (tanque, talvez), eu apenas usei a
chatice das sessões de musculação a meu favor, separando um tempo a mais para os exercícios de abdominais. Nenhum ganho visível, não estou parecido com nenhum dos espartanos do filme “300”, mas naquele vai e vem do tórax durante a corrida, a força interna da região aguentou bem melhor os trancos. Quem sabe um dia eu possa largar berrando “This is Sparta!”

2 – Intervalados: sim, aquele treino que você torce o nariz, dá uma garibada e faz de qualquer jeito só para o seu treinador não te encher, bom, sinto te dizer mas ele faz toda a diferença.
Parece até aqueles comerciais de TV vendendo bugigangas: “beeeem, eu costumava não acreditar, mas então o meu vizinho passou a correr melhor e eu disse, puxa, preciso mesmo deste negócio...”. Não vou te vender nada, apenas dedique um pouco da sua rotina a estes treinos, eles ajudam muito a ganhar velocidade.
E no fim das contas, terminei o ano com os valores abaixo, todos inéditos para mim até o momento em que ocorreram, uma vez que minha média em corridas era um pace de 6 min/Km (na listagem, por ordem de distância):


Se olhar com calma, verá que o tempo da Meia Maratona Pague Menos de Campinas já havia sido atingido anteriormente, mas o fato neste caso é que eu estava me recuperando de uma gripe, tossindo até não dar mais, em um percurso cheio de subidas e descidas, e ainda conversando por uns 18 Km com um colega que encontrei logo após a largada!


Que blogueiro babaca, fica se gabando de números que muita gente faz com um pé nas costas. Atenção “haters” que não leem as coisas direito e já saem comentado bobagens, o objetivo não é “o que”, mas
“como” consegui evoluir no ano que passou. Quero deixar o recado para você que, se tem alguma meta, o caminho não é fácil mas se conseguir gerenciar, vai atingir. Talvez não tenha conseguido meu número mágico de 03:59:59 nos 42 Km, mas 2018 está aí, ainda tenho mais algumas chances.

Pelo nível de detalhe dos números acima você percebe que eu controlei tudo na ponta do lápis, ou melhor, da planilha. Inclusive, é claro, o peso corporal, entre outras variáveis.

Por fim, uma frase para você pensar no assunto:

“Não se gerencia o que não se mede, não se mede o que não se define, não se define o que não se entende, e não há sucesso no que não se gerencia”

(William Edwards Deming)


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