domingo, 31 de janeiro de 2010

Abaixo-assinado: São Silvestre na Av. Paulista, sempre!

Convocamos você, leitor, blogueiro e companheiro de corridas a participar do abaixo assinado online pela continuidade da Corrida Internacional de São Silvestre na Av. Paulista.

Hoje completa um mês desde a última edição, quando já se cogitava alterar o percurso para não atrapalhar os eventos de comemoração do ano novo na região (esta é estória verdadeira, e não o que contam sobre a estrutura da prova estar além do limite da avenida). Temos ainda exatos 11 meses para a próxima edição, sendo que a organização decide com muita antecedência o percurso da prova.

Convido os corredores a se manifestarem contra a retirada da prova da Av. Paulista, o símbolo maior da cidade de São Paulo e que torna o evento tão especial. Criei o abaixo assinado online no link abaixo para que possamos mostrar à organização do evento que este não é o desejo de apenas um ou outro corredor.

Abaixo-Assinado: Continuidade da Corrida de São Silvestre na Av. Paulista

Copie a figura acima para o seu blog, distribua o link, ajude a manter a corrida mais famosa do Brasil com seu percurso louco, divertido e antes de mais nada, tradicional.

sexta-feira, 29 de janeiro de 2010

"Correndo do Destino", com Brad Pitt

Muito antes de se render aos encantos e excentricidades de Angelina Jolie, Brad Pitt corria (e muito!) nesta produção modesta sobre a rivalidade entre dois irmãos, transportada para as pistas de atletismo.

"Correndo do Destino" (Across The Tracks, EUA, 1991) conta a estória de Billy (Rick Schroder) e Joe (Brad Pitt) tentando se entender quando o primeiro é posto em liberdade condicional após o roubo de um carro e o outro está prestes a receber uma bolsa de estudos pelo seu desempenho nas pistas. Com tantos problemas causados pelo irmão, Joe o convida para um treino e é claro que o cidadão assimila rapidamente o prazer do esporte, até demais, pois nas competições de 800 m acaba vencendo Joe e ameaçando a descoberta do garoto pelo treinador da universidade.

Filme simples, pouco empolgante para quem não gosta muito de corridas, porém bem feito, inclusive com sprints muito bons por parte de Pitt, que sempre foi um ator versátil e manteve-se em forma para seus mais diferentes papéis. Tudo bem que ele já tinha 28 anos de idade quando interpretou o adolescente Joe, mas você nem irá perceber esta diferença toda durante o filme. Além de fácil de encontrar nas locadoras e banquinhas de promoção de DVDs nos supermercados, está sempre em oferta nos melhores sites.



Bom divertimento!

terça-feira, 26 de janeiro de 2010

XII Troféu Cidade de São Paulo: boa, mas já foi melhor

Segunda-feira, 08:30 da manhã, congestionamento na Av. 23 de Maio. Pelo menos desta vez foi por um bom motivo: oito mil corredores comemoravam o feriado e aniversário da cidade da melhor forma possível, ou seja, no asfalto. Mais uma edição do Troféu Cidade de São Paulo, organizado pela JJS Eventos ocorreu neste dia 25 de Janeiro, e seguindo a tendências das últimas corridas, foi possível observar o de sempre: percurso tradicional e falhas de organização. De novo este assunto? Sim, por incrível que pareça, de novo.

A bagunça começou pela retirada do kit, que ocorre no Supermercado Carrefour da R. Pamplona. Apesar de ser em uma região central, não é roteiro para muita gente, mas facilita por possuir estacionamento e estrutura para a retirada. Indicar o tamanho da camiseta no momento da inscrição é bobagem, pois na distribuição dos kits cada um escolhe a que quiser. Tinha gente reclamando e muito corredor de cara feia. O kit era composto por uma edição da Contra-Relógio do ano passado, chip, número e uma camiseta preta... em pleno verão! Tecido bom, mas só serve para usar na academia ou em dias sem sol.

Sol... apesar de ter desabado um aguaceiro danado no sábado, o domingo amanheceu sem uma nuvem. A temperatura estava na faixa dos 21 C lá pelo meio da prova, então não ficou muito abafado e eu resolvi não arriscar a camiseta preta para não suar ainda mais. A largada foi um tumulto e tanto, afinal, corredores de 10 e 6 Km estavam misturados com caminhantes de 6 Km. Passado o atropelo inicial, a parte boa da prova: o percurso é o tradicional Ibirapuera - Av. 23 de Maio – Av. República do Líbano – Ibirapuera, mas este já começa em direção à Av. 23 de Maio, facilitando encarar aquelas subidas danadas logo no início. A hidratação estava boa, apenas falha no primeiro posto, onde o tradicional berro “gente, tem mais água lá na frente” deixou muito corredor como eu sem resfriamento por mais 2 Km, pois havia somente uma bancada armada.

Daí até a minha passada pelo pórtico de chegada com 01:00:15, ocorreu tudo bem, exceto pela incoerência de distribuirem gel de carboidrato no Km 8. Porém, a entrega dos kit pós-prova foi uma nova palhaçada. Os corredores tinham que atravessar o gramado em volta do Obelisco absolutamente enlameado (lembra do aguaceiro?), o que deixou todo mundo furioso por sujar os tênis. Filas gigantescas se formaram, pois os kits eram montados na hora: sacola plástica, maçã, isotônico (Marathon) e medalha. E só.

Você que está aí lendo este post e sabe que eu venho reclamando bastante de organizações de corrida ultimamente, por favor responda: vale a pena gastar R$ 50,00 para participar de uma prova assim? Dinheiro literalmente suado, dava para calçar o tênis e correr em outro lugar, já que não se pode contar com estrutura decente na prova.

Estou riscando um monte de provas do calendário e cogitando correr em outros lugares, gastando então em viagens e deslocamentos ao invés de dar dinheiro para estas entidades que organizam provas em São Paulo. Infelizmente, o Troféu SP pode ser uma delas, apesar do carinho que tenho por esta prova, que foi a primeira em que participei há 4 anos atrás (como caminhante, diga-se). Vamos esperar as próximas e ver como as coisas se ajeitam neste ano.

Boa semana!

segunda-feira, 18 de janeiro de 2010

Organização: será que agora vai?

OK, eu não vou falar mal da Yescom, muito pelo contrário. Adiantei minha inscrição para a Meia Maratona de São Paulo e tive a agradável surpresa de que foram criadas 4 "faixas" para que os corredores escolham em quanto tempo vão concluir a prova: até 01h40min, de 01h40min à 01h55min, de 01h55min à 02h15min e acima de 02h15min. O mesmo vale para a prova de 10 Km, com números proporcionais à estes.

Será que finalmente vamos ter uma largada menos tumultuada? Sinceramente, duvido, não pela iniciativa da organização (louvável!), mas pela mania do brasileiro de querer levar vantagem em tudo, como diz a tal "Lei de Gerson". Tem gente que não se enxerga e vai colocar que terminará a prova em menos de 01h40min, quando nem sabe quanto é a distância de uma Meia Maratona, e ninguém vai poder fazer nada para impedir que este indivíduo se inscreva nesta faixa e consequentemente largue lá na frente. Eu tentei ser honesto e coloquei até 02h15min, afinal minha última meia maratona foi 02h18min e eu gostaria de baixar este tempo (um incentivo a mais, diga-se).

Mas tudo tem que ter um começo, e este já diz alguma coisa. Ah, além de aproveitar o o valor convidativo para antecipar a inscrição, assinante da Contra-Relógio tem 10% de desconto também.

Bom início de temporada de corridas à todos!

P.S.: para quem tem menos de 35 anos de idade e não sabe o que é a Lei de Gerson é melhor não saber, mas pergunte ao Google assim mesmo...

terça-feira, 12 de janeiro de 2010

O que esperar dos organizadores de provas em 2010?

Antes do ano começar já dava para ter uma idéia das possíveis respostas para esta pergunta: novos preços, mesmos percursos, menos provas no calendário. Só que agora a tal crise já passou, e apesar de ter deixado sequelas, as desculpas para explicar os itens acima e outros estão bem esfarrapadas.

Separei alguns casos de organizadores de provas de rua em São Paulo, destacando algumas observações feitas neste início de ano:

Corpore: sem dúvida possui a mais eficiente organização em corridas de rua, não só devido à larga experiência de mais de 25 anos, mas pela quantidade e diversidade de eventos que organizou. O problema é que o circuito diminui a cada ano, sendo que neste início de ano até a já tradicional prova Oral-B, que não é a de abertura, mas sim a primeiro do calendário, foi confirmada somente faltando 3 semanas para o evento. Os preços já estão reajustados e as provas de curta distância que sobraram são as mesmas de sempre. Questionados sobre valores e circuitos, a organização indicou fatos como por exemplo a possibilidade de utilização da Cidade Universitária somente por 7 vezes ao ano. São Paulo é uma cidade pequena, só temos a USP mesmo para correr.

Yescom: passada a palhaçada da falta de organização na São Silvestre, a organização já tem preços novos, sendo que as inscrições para provas como as Maratonas e Meias já começaram há meses, como se fossem as grandes provas internacionais. A Yescom ainda tem muito o que aprender sobre como organizar uma prova no nível de uma Maratona de Nova York para que as vagas se encerrem muito antes do evento, e o chamariz acaba sendo o desconto para quem se antecipar, ou seja, melhor captação de recursos para a prova. Sobre organização não chega a ser igual à Corpore, apesar de aceitável na maioria das vezes, e de vez em quando eles abrem um ou outro percurso novo.

JJS Eventos: de estrutura simples, as provas deste organizador são boas, mas os percursos são sempre os mesmos a cada ano (o mesmo não ocorre com os preços). São provas clássicas, como o Troféu São Paulo, Troféu Independência, etc., resta apenas diversificar um pouco e melhorar as combinações de cores nas camisetas, que de vez em quando são de gosto duvidoso.

Circuito SEME (Secretaria Municipal de Esportes de São Paulo): uma iniciativa fantástica, ou seja, promover corridas de 5 Km gratuitas nos bairros periféricos de São Paulo e assim levar o esporte para os que não podem pagar uma inscrição ou se deslocar até um evento, ou mesmo aqueles que nunca participaram do clima festivo das corridas. É incrível ver a alegria das pessoas ao receberem uma medalha ou mesmo a camiseta do evento, algo novo para a maioria dos participantes. O problema é que os circuitos são geralmente de 2 voltas e limitados a 2 mil pessoas, sendo que pela Internet são disponibilizadas em torno de 100 vagas que se esgotam em pouco mais de 15 minutos após a abertura. Resta saber se em 2010 a situação continuará assim, ou até mesmo se o circuito permanecerá existindo (afinal, em ano de eleições há lugares mais interessantes para se gastar dinheiro...).

Há muitos outros casos de organizadores menores que fizeram um bom trabalho em 2009, como a BPM Sports ou os tradicionais Circuito Adidas e Circuito Caixa, mas não vamos nos estender tanto assim.

O fato é que continuamos pagando pela participação em provas, mas chega a dar desânimo quando lembramos de falta de organização, kits só com chip e número de peito ou trajetos repetidos.

Provavelmente será um ano com mais treinos do que provas. Talvez até seja interessante economizar em algumas aqui e investir em viagens para correr em locais novos, mas isto vai do bolso e tempo de cada um.

Boas provas e treinos!

segunda-feira, 4 de janeiro de 2010

Tênis Nike com preços convidativos

Para quem já estava à espera das trocas de coleções para aproveitar as queimas de estoques, uma boa notícia: a World Tennis e a Tennis One estão com ótimos preços nos modelos básicos Nike Alaris II+ e Nike Air Citius II+, pelo precinho camarada de R$ 129,99 o par. Em uma pesquisa rápida pela Internet, ambos modelos possuem o preço variando de R$ 159,00 a R$ 249,00, então realmente é uma promoção considerável. Lembra daquela estória de imposto sobre os tênis importados? Pois é, talvez seja interessante pensar com carinho em adquirir um modelo antes que o preço dispare.

O Alaris é mais indicado para pronadores, enquanto que o Citius é para corredores com pisada neutra ou supinada. Ambos são compatíveis com o sistema Nike+, ou seja, possuem o compartimento para encaixe do sensor que se comunica com a Nike Sports Band e iPod. Não são top de linha, mas parecem aguentar bem um percurso de 10 Km.

Aqui em São Paulo é possível encontrar estas lojas em praticamente todos os shopping centers, ou comprar pelas respectivas lojas virtuais pelo mesmo preço. Particularmente, eu gosto de experimentar quando não conheço o produto, especialmente quando é um item tão específico quanto este.

Neste link você encontra um pouco mais de detalhes sobre o Citius, fornecidos pelo site Tênis de Corrida.

(ah, pode me xingar se eu te fiz gastar dinheiro com estas ofertas...)

Bons treinos!

sexta-feira, 1 de janeiro de 2010

São Silvestre: faltou organização, sobrou gente

Feliz Ano Novo!

É uma pena, mas eu tenho que começar o ano na base da reclamação, e para variar um pouco, vamos falar da Yescom.

Só há uma palavra para descrever a organização da 85a. São Silvestre: Péssima! Paga-se uma fortuna por esta prova tão querida, praticamente a inscrição de duas provas normais do calendário e nem um décimo da logística de uma prova comum. Vamos deixar o kit pré e pós-prova de lado, não adianta mais falar disso, e vamos ao que interessa, ou seja, a prova em si.

Muvuca na largada? Pessoal fantasiado? Isto faz parte, o problema é bem mais sério: hidratação. Veja o meu breve relato da prova:

Largada: fiquei brigando com meu MP3 player e larguei meio rápido, depois controlando a descida da Consolação. Já sei que não dá para correr nos primeiros 2 Km, é muita bagunça. Lá pelo Km 4 desisti de correr, não aguentava mais os deslocamentos laterais para ultrapassar os grupos que caminhavam e conversavam, como se estivessem no Shopping Center. Vou curtir a prova, dane-se o tempo.

Km 4 e alguma coisa: primeiro posto de hidratação, em uma prova com 30 graus de temperatura e 52% de umidade do ar. Primeira, segunda, terceira bancada sem água, enfiei a mão no gelo derretido para esfriar um pouco o pulso e só consegui água sem gelo na quarta bancada. Muita gente para trás ficou sem água.

Km 5 a 7: Elevado Costa e Silva, bastante calor, mas o asfalto aqui já é amigo do meu tênis, pois corro pelo menos uma vez por mês lá aos domingos. Menos grupos conversando, mas muita gente já ensaia andar e começa a parar sem aviso, um problema para quem vem no ritmo.

Km 7 a 9: no segundo posto de hidratação, Km 7, novamente na quarta bancada eu consigo água, desta vez quente. Bebi um gole e atirei o copo no chão de tanta raiva. O sol chicoteava as costas dos corredores na Av. Marquês de São Vicente, mais de um Km de sauna. No Km 9, subida do Viaduto Rudge, um ponto muito difícil, mas eu estava indo bem, ultrapassando mais caminhantes. Daí veio meu pior momento em corridas de rua em 4 anos: senti os desagradáveis sintomas da desidratação, tontura, desorientação e por alguns segundos esqueci até onde estava.

Elvis não morreu? Se não morreu, não morre mais. Tinha pelo menos uns 3 Elvis pela prova, e como um deles correu ao meu lado neste meu pior trecho, eu só ouvia as pessoas falando "olha lá, Elvis não morreu!". Ser ultrapassado por um cara naquela vestimenta toda realmente deu vontade de matar o sujeito. Elvis(s), parabéns, vocês reinaram ontem!

Km 10 ao 12: a coisa só melhorou no Km 10, onde os prédios já protegiam dos raios do sol e um vento começava a bater. De novo, água só na quarta bancada do Km 10, desta vez um pouco menos quente, por não estar no sol. A Av. Rio Branco é plana, então foi possível acelerar um pouco e até arrisquei o gel de carboidrato, que pensei poder fazer mal devido ao calor, mas que no fim ajudou.

Km 12 ao 15: já não tinha mais pique na subida da Brigadeiro e novo stress com hidratação, tive que parar para pegar um copo, enquanto o responsável pela distribuição ficava "brincando" no gelo derretido. Peguei também uma pedra de gelo, esfreguei bem nos braços e sem saber o que fazer com aquele troço gelado na mão ofereci para uma corredora ao lado, que aceitou prontamente. Caminhei um trecho por superaquecer de novo, mas subi o final no ritmo e entrei na Av. Paulista cornetando (levei uma corneta pequena no cinto) e fim de mais uma São Silvestre. Total: 01:41:58, não um tempo muito respeitável, mas nem esquento mais com isso (literalmente).

O que aconteceu de errado? Simples: organização. A prova já estava superlotada com 21 mil participantes, fora os "pipocas", que detonaram os postos de hidratação e prejudicaram os corredores, ou seja, a água estava contada! Deixei a transmissão da prova gravando e hoje percebi que até a distribuição de água para a elite foi precária. Em eventos oficiais, geralmente a elite recebe um squeeze ou até mesmo copo, mas separado do resto dos corredores!

Eu sou paulistano e a São Silvestre tem um sentido especial para mim: o percurso é legal, passa por quase todas as empresas em que trabalhei, na frente de duas em que presto serviço atualmente, ao lado da faculdade onde dou aulas e pelas faculdades que cursei como aluno, e eu percebo tudo isto ao longo do caminho, no último dia de mais um ano que termina. Por estes e outros motivos eu fico muito chateado quando a incompetência da organização, aliada à imbecilidade da Rede Globo em alterar o horário para cada vez mais cedo só para começar o "Show da Virada" atrapalha tudo.

Agora, para te deixar um pouco triste, a "organização" da prova pretende tirá-la da Av. Paulista. Afinal, 21 mil corredores atrapalham mais que 2 milhões de pessoas pulando na festa de virada. Não acredita? Vejas as notícias:

Organização pensa em mudar percurso da S. Silvestre (Terra)

Atletas da São Silvestre dividem Paulista com bebida e salgadinhos (Folha Online)

São Silvestre admite mudar percurso para poder crescer (Esporte Brasil)

Vamos torcer e nos mobilizar para que isto não aconteça, ou a prova corre o risco de perder seu charme, por ser a única que utiliza nosso maior cartão postal, a Av. Paulista.

Valeu a pena? Claro que sim, superar dificuldades é a nossa vida de corredor!

Bom ano a todos!
(menos para a Yescom e para a Globo)