
Palhaçada tem limite, mas não com a Editora Abril. Durante anos os corredores aguardaram a chegada da revista de corrida mais tradicional do mundo, a Runner’s World, presente em diversos países e traduzida para muitos idiomas. No ano passado fomos agraciados pela bondade da Editora Abril em publicar as edições da conceituada revista, mesclando matérias traduzidas e outras originais do Brasil, acrescentando muito conhecimento à área de publicações de corrida. Mas nem tudo é perfeito...
Ganhei, nem lembro aonde, o folheto da foto acima prometendo uma exclusiva camiseta dry-fit para quem assinasse a revista por 1 ou 2 anos. Proposta tentadora, a camiseta é muito bonita (eu já havia visto alguns corredores usando por aí) e a revista sairia pelo preço de assinatura, ou seja, melhor que comprar avulso. Não resisti e assinei.
Ao contrário de editoras sérias como a Redijo da Contra-Relógio, que nos presenteiam com calendários, camisetas e bonés, durante mais de um mês aguardei a entrega do brinde e nada. Entrei em contato e recebi uma resposta seca dizendo que receberia “35 dias após o vencimento da segunda parcela da assinatura”. Guardei o e-mail ríspido e contei os 35 dias (corredores sabem lidar legal com números, tempos, etc., né?).
Pior, na tal publicidade dizia que o brinde seria entregue após 35 da primeira parcelas, não da segunda!

Na data estipulada, nada de brinde. Invoquei o Código do Direito do Consumidor, que em seu artigo 35 diz:
Art. 35 - Se o fornecedor de produtos ou serviços recusar cumprimento à oferta, apresentação ou publicidade, o consumidor poderá, alternativamente e à sua livre escolha:
I - exigir o cumprimento forçado da obrigação, nos termos da oferta, apresentação ou publicidade;
II - aceitar outro produto ou prestação de serviço equivalente;
III - rescindir o contrato, com direito à restituição de quantia e eventualmente antecipada, monetariamente atualizada, e a perdas e danos.
Comuniquei a editora sobre suas obrigações (e é claro, sobre os 35 dias...). Deram o prazo de entrega até 11/12/2009 e advinha, nada de brinde.
Eu não tenho cara de palhaço. O jeito foi comunicar o Procon sobre a atitude deles, devidamente munido de propagandas e e-mails. Agora a casa caiu, eu quero meu brinde.
E não renovo ou assino esta ou qualquer outra publicação da editora.
Nunca mais.