Nem vou começar dizendo que o post está um pouco atrasado, bom, está mesmo. Mas antes tarde do que só no próximo ano, então vamos direto ao assunto. Mais uma edição da Corrida Sargento Gonzaguinha, a 49ª., e como sempre o resultado mostrou que uma corrida pode sim ser simples e agradar os atletas. Talvez você já tenha lido bastante sobre esta prova, afinal, com tantas edições com certeza outros blogueiros ou mesmo seus colegas já devem ter contado do que se trata, então prefiro fazer uma reflexão sobre o evento, focando apenas no que chamou a atenção deste humilde corredor.
A prova tem largada e chegada na Escola de Educação Física da Polícia Militar de São Paulo, Zona Norte da capital, com fácil acesso por estar a menos de 300 metros da estação Armênia do Metrô. Mesmo para quem vem de locais mais distantes, a opção de deixar o carro próximo a uma estação e aproveitar o transporte público já é um diferencial que poupa os tradicionais transtornos de procurar vaga para estacionar em dia de corrida. O kit do corredor, retirado no mesmo local na véspera, era composto apenas por uma camiseta de poliamida, número de peito e chip, nada de sacola ou outros badulaques que entopem gavetas. Não me entenda mal, eu até participei de provas que davam bons utensílios de corrida ao longo do ano, mas no caso de uma inscrição a R$ 55,00, está de ótimo tamanho receber um kit mais simples.
Estrutura de guarda-volumes no mesmo local de retirada dos kits e largada na Av. Cruzeiro do Sul, para 15 Km em pleno mês de dezembro. Mas o clima estava favorável na manhã do dia 13, e foi possível estabelecer a velocidade um pouco acima do normal. Era meu objetivo fazer a prova em menos de 01:30:00, o que não seria normal para os meus padrões, um esforço a mais a ser testado. Com percurso praticamente plano, duas “subidas” apenas, ambas nas pontes que fazem parte do trajeto. Nada de mais, depois das Maratonas de Foz e Curitiba, a gente pensa melhor antes de chamar qualquer elevação de “subida”.
Excelente hidratação no percurso, fartura de água, senti apenas que das últimas edições para esta o número de policiais ao longo da via diminuiu um pouco, uma vez que a prova é promovida pela corporação. Tudo muito tranquilo, boa sinalização e sem muita muvuca, os corredores dispersaram rapidamente e cada um seguiu seu ritmo. Uma leve mudança no trecho final, pelo menos desde que participei pela última vez, com a chegada logo na reta da pista de atletismo, sem precisar pisar muito naquela terra preta que entope os tênis de corrida. E para minha surpresa, 01:24:35, recorde pessoal e é claro, meta cumprida.
O kit pós prova era composto por 2 (sim, dois) lanches, bolinho, suco e água. De novo, passe os olhos no texto lá em cima e veja quanto foi a inscrição. Precisa mais do que isso para que uma corrida seja um sucesso? Não me refiro à marca pessoal, acho que há espaço para eventos mais elaborados no calendário, com shows, massagem, mimos no kit, mas de vez em quando é bom simplesmente uma camiseta básica, inscrição a preço justo e é claro, vontade de correr.
E acabou 2015...
Não vou fazer grandes retrospectivas, quem segue o blog já sabe as estripulias que eu aprontei neste ano, e se não, é só consultar os últimos posts. Basta dizer que não foi um ano fácil para ninguém, mas consegui complicar um pouco mais colocando provas longas em mais momentos do que deveria. Novas marcas alcançadas, novas experiências e por sorte nenhuma nova lesão. Participei de boas provas, não posso me queixar, apenas gostaria de ter participado de mais, só que a tal crise afeta o bolso do corredor, quer queira ou não. De novo, não tenho do que reclamar. As conquistas estão aí abaixo.
Então, um excelente 2016 para você, que o ano novo traga muitos Kms de corrida! (desejamos isso todo final de ano, e sei lá, tem dado certo).
Feliz Ano Novo!
terça-feira, 29 de dezembro de 2015
terça-feira, 1 de dezembro de 2015
Maratona de Curitiba, mais uma pra conta
Sim, eu prometo, é a última de 2015, pelo menos para mim. Para quem passa sempre por aqui sabe que eu já passei dos limites neste ano, pelo menos no que se refere a maratonas: São Paulo em maio, Florianópolis em agosto, Foz do Iguaçu em setembro e agora, Curitiba. Isto sem contar as meias e outras provas de longa distância entre 21 e 42 Km... No meu ritmo de sempre, mais uma maratona concluída, e vamos aos fatos.
Com o orçamento curto para voos e outras formas rápidas de transporte, o jeito foi cobrir a distância entre as capitais paulista e paranaense de carro, um bate-e-volta de final de semana, nada aconselhável em termos normais. Mas sabe como é, crise, economia instável, etc. Cheguei em Curitiba e fui direto para a loja de esportes para a retirada dos kits, tudo bem organizado e próximo ao hotel em que ficaria hospedado. Sem disposição para muito bate-perna na cidade, rápida ida ao shopping center para almoçar e descanso, domingo tem 42.125 metros de asfalto com uma altimetria das mais cansativas.
Neste link do site Linha de Chegada é possível conferir os detalhes da prova de 2013, provavelmente o mesmo percurso desta edição de 2015, se teve alterações foram mínimas. O que interessa é que o trajeto total tem em torno de 15 Km de subidas, 17 Km de descidas e o resto é plano. Mas não pense que é plano “bacaninha”, há um trecho com retas infinitas que estraçalham a musculatura e o ânimo do corredor, coincidindo com o trecho mais chato da prova e também perto dos 30 Km, que já é desgastante o suficiente. Em 2012 eu já havia aprendido isso tudo, a diferença é que para este 15 de Novembro estava previsto um clima mais ameno e até mesmo chuva, que na proporção correta até ajuda a refrescar os atletas. E desta vez esta prova ia encontrar alguém mais experiente e preparado, coisa que em 2012 eu falhei imensamente ao me inscrever.
A largada teve um contratempo imperdoável causado pela organização: os chips seriam retornáveis, o que causou longas filas para as 3 distâncias, 5, 10 e 42 Km. Largada atrasada, corredores que estavam na fila começaram a vaiar e alguns tiveram que abortar até mesmo as filas dos banheiros. Foi neste momento que encontrei o colega Tutta do Correndo Corridas, já preocupado com o horário de largada. Com pequeno atraso os maratonistas partiram para sua jornada, e eu, atrapalhado até dizer chega com meu celular que não colaborava e iniciava o aplicativo de cronometragem, passei o pórtico com mais de 2 minutos de atraso. Lá vamos nós, mais 42 Km.
Até o Km 20 as coisas estavam acima do que havia sido planejado, eu estava em um pace de aproximadamente 06:10 minutos/Km, o que era mais rápido do que havia pensado em fazer nesta primeira metade da prova. Foi quando cruzei com a colega Ivana do Status: Na Correria, que também estava aproveitando o tempo nublado para acelerar um pouco mais. A caldeira continuou queimando lenha em alta velocidade até o Km 28 (sempre ele!), onde precisei diminuir o ritmo e até caminhar um pouco pelo cansaço. O pior de tudo foi uma inversão de humor de meu estômago, que resolveu rejeitar alguma das guloseimas já testadas anteriormente e quase devolveu o conteúdo ao asfalto. Better out than in, como diz o Shrek.
No Km 32, como sempre, os motores voltam a funcionar e só reduzi um pouco mais à frente devido ao tempo que já ficava abafado perto do meio-dia, obrigando todo mundo a repensar as estratégias. Deste ponto em diante, apesar da excelente estrutura de hidratação da prova, diversas equipes e até pessoas que não faziam parte do evento passaram a nos presentear com refrigerante, isotônico, balinhas de goma, paçocas e mais uma porção de regalos para nos incentivar. Atitude bacana do curitibano, vamos até relevar a meia dúzia de idiotas que ficou buzinando nos cruzamentos lá atrás, afinal, todo lugar tem paspalhos deste tipo. Cena inesquecível para mim foram duas menininhas, gritando “água”, “gelo” e me entregaram estes itens tão preciosos para quem já agonizava com o clima abafado.
As subidas e descidas não davam sossego à musculatura, e quando entrei na região do centro da cidade já estava com o motor em chamas, mas próximo da chegada. Mudei um pouco o playlist para alguma coisa mais conclusiva e fechei a prova dentro da meta de menos de 5 horas: 04:59:19. Não, eu não dobro a meta, só cumpro.
O que eu fiz neste ano, especialmente no segundo semestre, realmente não é aconselhável. Foram 4 maratonas, sendo 3 no segundo semestre.
Mas tudo tem um motivo, então, aguarde...
Com o orçamento curto para voos e outras formas rápidas de transporte, o jeito foi cobrir a distância entre as capitais paulista e paranaense de carro, um bate-e-volta de final de semana, nada aconselhável em termos normais. Mas sabe como é, crise, economia instável, etc. Cheguei em Curitiba e fui direto para a loja de esportes para a retirada dos kits, tudo bem organizado e próximo ao hotel em que ficaria hospedado. Sem disposição para muito bate-perna na cidade, rápida ida ao shopping center para almoçar e descanso, domingo tem 42.125 metros de asfalto com uma altimetria das mais cansativas.
Neste link do site Linha de Chegada é possível conferir os detalhes da prova de 2013, provavelmente o mesmo percurso desta edição de 2015, se teve alterações foram mínimas. O que interessa é que o trajeto total tem em torno de 15 Km de subidas, 17 Km de descidas e o resto é plano. Mas não pense que é plano “bacaninha”, há um trecho com retas infinitas que estraçalham a musculatura e o ânimo do corredor, coincidindo com o trecho mais chato da prova e também perto dos 30 Km, que já é desgastante o suficiente. Em 2012 eu já havia aprendido isso tudo, a diferença é que para este 15 de Novembro estava previsto um clima mais ameno e até mesmo chuva, que na proporção correta até ajuda a refrescar os atletas. E desta vez esta prova ia encontrar alguém mais experiente e preparado, coisa que em 2012 eu falhei imensamente ao me inscrever.
A largada teve um contratempo imperdoável causado pela organização: os chips seriam retornáveis, o que causou longas filas para as 3 distâncias, 5, 10 e 42 Km. Largada atrasada, corredores que estavam na fila começaram a vaiar e alguns tiveram que abortar até mesmo as filas dos banheiros. Foi neste momento que encontrei o colega Tutta do Correndo Corridas, já preocupado com o horário de largada. Com pequeno atraso os maratonistas partiram para sua jornada, e eu, atrapalhado até dizer chega com meu celular que não colaborava e iniciava o aplicativo de cronometragem, passei o pórtico com mais de 2 minutos de atraso. Lá vamos nós, mais 42 Km.
Até o Km 20 as coisas estavam acima do que havia sido planejado, eu estava em um pace de aproximadamente 06:10 minutos/Km, o que era mais rápido do que havia pensado em fazer nesta primeira metade da prova. Foi quando cruzei com a colega Ivana do Status: Na Correria, que também estava aproveitando o tempo nublado para acelerar um pouco mais. A caldeira continuou queimando lenha em alta velocidade até o Km 28 (sempre ele!), onde precisei diminuir o ritmo e até caminhar um pouco pelo cansaço. O pior de tudo foi uma inversão de humor de meu estômago, que resolveu rejeitar alguma das guloseimas já testadas anteriormente e quase devolveu o conteúdo ao asfalto. Better out than in, como diz o Shrek.
No Km 32, como sempre, os motores voltam a funcionar e só reduzi um pouco mais à frente devido ao tempo que já ficava abafado perto do meio-dia, obrigando todo mundo a repensar as estratégias. Deste ponto em diante, apesar da excelente estrutura de hidratação da prova, diversas equipes e até pessoas que não faziam parte do evento passaram a nos presentear com refrigerante, isotônico, balinhas de goma, paçocas e mais uma porção de regalos para nos incentivar. Atitude bacana do curitibano, vamos até relevar a meia dúzia de idiotas que ficou buzinando nos cruzamentos lá atrás, afinal, todo lugar tem paspalhos deste tipo. Cena inesquecível para mim foram duas menininhas, gritando “água”, “gelo” e me entregaram estes itens tão preciosos para quem já agonizava com o clima abafado.
As subidas e descidas não davam sossego à musculatura, e quando entrei na região do centro da cidade já estava com o motor em chamas, mas próximo da chegada. Mudei um pouco o playlist para alguma coisa mais conclusiva e fechei a prova dentro da meta de menos de 5 horas: 04:59:19. Não, eu não dobro a meta, só cumpro.
O que eu fiz neste ano, especialmente no segundo semestre, realmente não é aconselhável. Foram 4 maratonas, sendo 3 no segundo semestre.
Mas tudo tem um motivo, então, aguarde...
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Maratonas 2015
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