sexta-feira, 29 de abril de 2011

Prova nova no calendário Corpore: Libbs, 15 Km

Quem conhece as provas da Corpore está sempre antenado com o calendário da entidade. Aliás, dificilmente alguém precisa reclamar de alguma coisa destes eventos, eventualmente apenas um comentário sobre percurso ou camiseta, mas comparado com alguns que até medalha entregam antes da corrida (oops, falei de novo...) isto é irrelevante. Uma crítica, porém, que já tive oportunidade inclusive de conversar com a organização, é sobre o calendário, que oferece sempre as mesmas provas a cada ano. A justificativa é coerente, ou seja, trata-se de um circuito e por isto mesmo a repetição. Mesmo assim, algumas provas novas no calendário sempre chamam a atenção.

É o caso da Corrida Viva a Vida LIBBS-CORPORE, que acontecerá no próxima dia 29/05. Esta data geralmente era marcada pela tradicional prova de 25 Km dividida em 2 percursos de 12,5 Km ou duplas (não era revezamento). A distância para este novo desafio é de 15 Km, praticamente planos, pois acontece na Marginal Pinheiros, largando da Ponte Estaiada. Se nossos amigos cariocas já estão cansados de correr no Aterro do Flamengo, daqui a pouco nós vamos nos encher de largar desta ponte. A diferença é que eles curtem a Praia do Flamengo no percurso, e nós aguentamos o fedorento Rio Pinheiros...

De qualquer forma, uma prova muito bem colocada no calendário: 3 semanas antes da Maratona de São Paulo, ótima para quem vai correr 25K ou 42K, além de nenhuma meia maratona por perto. O horário, melhor ainda: 07:00.

Mesmo que o visual e o percurso não agrade, vale como um ótimo treino.

segunda-feira, 18 de abril de 2011

E agora, um duathlon: correr, pedalar... e correr!

“Duathlon” é o formato da prova que aconteceu ontem em São Bernardo do Campo, SP, onde o atleta (ou aspirante a tal categoria, como é o meu caso), corria 5 Km, montava na bike para pedalar 20 Km e como se não bastasse, ainda corria mais 2,5 Km. Se é doideira, eu entro, e não ia deixar esta passar em branco pelo calendário.

A 1a. etapa do Campeonato Paulista de Duathlon teve organização da Brasil Fit e limitada a 200 atletas, o que significava que eu corria o sério risco de ficar por último (acho que não foi o caso). A largada aconteceu com um pequeno atraso logo após as 09:00 da manhã, e ainda restavam alguns integrantes de uma corrida de 5 Km que aconteceria junto ao evento principal. Na verdade, a corrida quase foi cancelada, mas mesmo assim alguns inscritos compareceram, porém a maioria estava lá para a “tortura” completa. O circuito de corrida foi totalmente plano, composto apenas por duas avenidas próximas ao centro da cidade, mais um zigue-zague de 1 Km para completar o percurso. Hidratação bem posicionada e com água gelada, não tive problemas em agarrar meus copinhos. Ao terminar o trecho, os corredores entravam na área de transição e empurravam a bike até a linha de montagem, onde saiam para 4 voltas de 5 Km no mesmo percurso (sem o zigue-zague da corrida, é claro). Como a avenida era muito larga, não houve problema algum de atropelos, apenas no trecho final passava-se bem rente aos corredores que já estavam no segundo trecho de corrida.

Entre tantas bikes que custam mais que muitos de nossos carros, equipadas com rodas de materiais especiais, clipes de guidão, sapatilhas e outros acessórios, parte a “Nimbus”, minha querida Caloi 10 modelo Speed. E não fez feio, apesar da troca de marchas ser meio tosca para os padrões atuais, foi possível atingir 35 Km/h em alguns trechos, com uma média de 26 Km/h pelo meu ciclocomputador. Fiscais ficavam no ponto de retorno anotando os números das bikes e controlando as voltas, mas de certa forma isto era responsabilidade de cada competidor. No meu caso, foi só prestar atenção no computador e ver quando estava próximo dos 20 Km. De novo para a área de transição, desci da bike com os pés dormentes, uma sensação bem ruim, diga-se.

O relógio corria solto, sendo que eu deveria ter marcado pelo menos as transições, mas esqueci. Só tenho certeza que os últimos 2,5 Km foram um total desastre perto dos 5 Km iniciais. Não só pela diferença do movimento das pernas ao pedalar/correr mas pelo calor que já fritava as cabeças na pista. No total, após 01:28:35 completei o percurso todo, meu primeiro Duathlon! Lembre-se que eu já participei de um Fast Triathlon (nadar/pedalar/correr) e de um Biathlon (nadar/correr) e este formato de prova era novidade para mim. Valeu a pena e espero participar de outros.

Antes de falar da estrutura, deixo bem claro aqui: nota zero para o site Ativo.com, que cobrou o absurdo de R$ 8,80 de “taxa de conveniência” para esta prova...

Sobre a organização, tivemos um quase desentendimento na semana anterior ao evento. Foi comunicado via e-mail que uma série de mudanças seriam realizadas: do local e data de entrega dos kits ao percurso muita coisa mudou, transformando bastante o evento original no qual eu estava inscrito. Cheguei a pedir reembolso da inscrição, mas a confiança que o organizador tinha no novo modelo serviu de garantia de que esta havia sido a decisão correta. A prova teve uma organização simples e eficiente, melhor que muito organizador que se mete a fazer coisas que estão além de sua estrutura. Foi possível estacionar com segurança ao lado da concessionária de automóveis que sediava o evento, porém a fila para utilizar os banheiros foi um ponto absolutamente negativo na estrutura. Cronometragem sem chip (etiquetas na depositadas em uma urna nas transições) e camiseta de algodão, uma pena, pois não vai ser usada para eventos esportivos. Um simplório “troféu” de plástico no lugar da medalha, mas não posso me considerar descontente por isto, qualquer reconhecimento já vale. O que gerou insatisfação mesmo foram estas mudanças de última hora, pois já estava com todo meu esquema preparado. Vamos torcer para que não ocorra nos próximos, o organizador merece o crédito pelo sucesso do evento.


Enfim, vale a pena fazer estas doidices de vez em quando, se você ainda não experimentou, eu recomendo!

fotos: Márcia

sexta-feira, 15 de abril de 2011

Curso gratuito: Prevenção de Lesão no Esporte

A UNIP - Universidade Paulista, promove em Abril e Maio o curso gratuito "Prevenção de Lesão no Esporte" em quatro de seus campi. Entre os temas abordados estão iniciação na prática esportiva, lesões mais comuns em cada esporte, fisioterapia esportiva e preventiva, modalidades de tratamento, reabilitação esportiva entre outros.

As inscrições podem ser feitas diretamente pelo site da UNIP e o curso é oferecido aos sábados das 09:00 às 13:00.

Uma ótima oportunidade para você atualizar seus conhecimentos e tomar os cuidados corretos na sua prática esportiva.

segunda-feira, 11 de abril de 2011

Meia Maratona Corpore 2011: a revanche!

Há 43 dias atrás, o relógio aí da foto mostrou algo que me deixou “p” da vida: terminei uma Meia Maratona em 02:36:18, tempo pior do que quando participei da minha primeira prova na distância de 21,1 Km há uns 3 anos atrás. Mas neste domingo, o sujeitinho conheceu o doce gosto da revanche, tendo que mostrar que a mesma distância foi completada em 02:18:05, voltando ao meu ritmo normal de prova. Pode não ser lá grande coisa, mas já é aceitável.

A já tradicional Meia Maratona Internacional Corpore em sua 12a. ediçao, apesar de percurso quase todo plano, teve seus altos e baixos. Na verdade, o único ponto “baixo” da prova foi o percurso que mais uma vez foi alterado para cumprir com as exigências (frescuras, diga-se) da USP com relação aos eventos esportivos que acontecem na Cidade Universitária. Depois de percorrer as ruas arborizadas da região do Parque Villa Lobos, o corredor cruza a ponte sobre a Marginal Pinheiros e passa no Km 13 pela chegada... e daí para a frente, mais de 1/3 da prova é composto pela avenida da Raia Olímpica e aquele cenário pós-apocalíptico da Av. Politécnica. O percurso desta prova já foi muito melhor, com trechos dentro e fora da USP, motivando bem mais o corredor a curtir o passeio.

Mas vamos à parte boa, aliás, ótima. Começa pela impecável organização da Corpore, que sinaliza tudo o que interessa para o participante, cria uma arena dentro do CEPEUSP com ótima movimentação e executa todo o resto com qualidade. Camiseta muito bonita, inclusive com o termo “Half Marathon” nas costas, junto com a bandeira do Brasil, daquelas que você com certeza vai colocar na mala quando for correr lá fora. Medalhas diferenciadas para as distâncias de 5 Km e Meia Maratona, data gravada e muito bem trabalhada. Hidratação a cada 2 Km aproximadamente, sempre com água fresca, sem contar o Gatorade no Km 10. Mais Gatorade na chegada e kit pós-prova com guloseimas doces, frutas e um lanchinho de queijo muito bom (algo salgado, finalmente!). Quem quisesse, ainda podia ir de bicicleta e estacionar no BikePark da organização. Enfim, dá gosto pagar por uma prova assim... e eu ainda ganhei uma inscrição do patrocinador!

Este ponto é interessante: pode parecer tendencioso, mas dificilmente você vê o patrocinador ter a preocupação de realmente melhorar a qualidade do evento (em um recente evento da própria Corpore, o patrocinador só conseguiu estragar a camiseta com seu nome em letras garrafais). No caso da Netshoes, foi algo que eu vi poucas vezes em provas, acontecendo mais em situações onde a corrida é totalmente organizada por uma marca esportiva, como no caso do Circuito Adidas. A empresa já realiza ações de marketing em outras categorias como o futebol e agora propõe-se a investir no mercado de corrida no Brasil. Na arena do evento, sua tenda contava com massagem e teste de pisada.

Além desta preocupação de enviar convites para os corredores, a empresa entregou um kit com alguns mimos, como mochila, squeeze, caneta e uma apresentação descritiva da empresa. Entendeu o que eu falei? Entregou em casa! Eu sei que isto tudo deve dar um trabalho danado, mas veja o resultado: a marca mostra sua preocupação em aparecer e ser associada à um evento de qualidade, e consegue. Agradecimento especial ao Pedro, que enviou a cortesia (na verdade para a namorada, minha inscrição já estava feita).

E quanto à minha participação, descontei toda a minha ira de ser gerenciado por pessoas incompetentes no trabalho diretamente no asfalto (e que se dane se estão lendo isto, vocês são incompetentes ao extremo!). Na verdade, entrar na Av. Politécnica me lembrou a segunda-feira da semana passada: eu pensei “vai ser um porre, mas dá para ver o fim próximo”. Boa metáfora, preciso encaixar melhor minhas provas para desestressar dos dias complicados da vida profissional.

Para quem correu 5 ou 21 Km, parabéns e até a próxima!

segunda-feira, 4 de abril de 2011

Corrida Autismo e Realidade: um caminhante rápido

Ainda não sei se posso ser considerado “pipoca” ou não nesta prova. Talvez ao final você possa dar a resposta, não gosto de ficar com esta dor na consciência... O caso é o seguinte: aconteceu neste domingo cinzento em São Paulo a 1ª. Corrida e Caminhada Autismo e Realidade, prova alusiva ao distúrbio que afeta 1 em cada 110 crianças no mundo e que faz parte de um movimento mundial para conscientizar as pessoas de como ajudar não só os portadores mas as respectivas famílias.

A corrida, que saía do início da Ponte Estaiada e tomava a pista expressa da Marginal Pinheiros, era composta de duas voltas de 4 Km e a caminhada de apenas uma volta. A corrida era paga e a caminhada gratuita, e como eu não tinha pretensões de fazer a prova, acabei indo com um grupo para somente caminhar. Ao chegar no local, tivemos conhecimento da regra do evento: os caminhantes somente poderiam largar após a passada do último corredor da primeira volta. Como eu já sei que muita gente se inscreve na corrida e já larga caminhando, fiquei imaginando que horas seria isto.

Nem pensar em ficar esperando. Corri até o carro, no melhor estilo super-herói-procurando-cabine-telefônica, peguei meu torrone, juntei o MP3 player e tomei um gole d’água. Hora de correr, afinal, eu possuía número de peito, camiseta do evento e estava inscrito. Só mudei a modalidade na última hora.

Voltei e peguei o pelotão já largando e a organização se preparando para segurar os caminhantes. Desembestei pela ponte e segui o cortejo. No percurso, eu parecia aqueles motoristas patéticos que tapam a placa no dia do rodízio do carro: escondia o número embaixo da camisa (estava com porta-número) ou corria no cangote de algum grupo para não ser visto. Foi aí que eu percebi vários outros “caminhantes” com números brancos, ou seja, muita gente entrou no mesmo bonde.

Muito bem, após 00:50:32 terminei os 8 Km e recebi medalha da mesma forma, pois a caminhada também dava este direito ao participante. Do meu ponto de vista, não atrapalhei ninguém, bebi a mesma água que beberia caminhando e levei kit do mesmo jeito. Só não tive meu tempo oficial, mas quem precisa disto quando se está de relógio? E é claro, havia “pipocas” oficiais, correndo sem número inscrição ou qualquer outro vínculo, piores do que eu.

Sobre a prova, foi muito bem organizada pela Ideeia, que trabalha em conjunto com a Yescom, ou seja, todo o processo seguia os mesmos padrões normais das corridas desta, da inscrição pelo site à estrutura do evento. Ótima hidratação, bela camiseta, boa dispersão e cumprimento dos horários. Pena somente esta questão do horário da caminhada, pois como já alertei várias vezes, largar todos ao mesmo tempo é palhaçada, mas segurar por quase 50 minutos é mais esquisito ainda. Ao final o piloto Rubens Barrichello entregou o prêmio aos primeiros colocados do masculino e feminino.

Sobre a entidade, vale a pena conferir seu trabalho e divulgar: Autismo e Realidade. Que a minha participação meio-clandestina sirva para levar a mensagem da conscientização deste distúrbio e auxiliar na inclusão destas pessoas na sociedade.

Agora chega de brincar, semana que vem tem 21 Km.

Boa semana e se quiser pode me chamar de “pipoca”...