Mais um final de ano e você fica olhando para os tênis de corrida e pensando “caramba, quantos Kms percorridos!”. Para não ficar te amolando com as minhas memórias, que nem sempre são assim tão interessantes, aí vai um modelo de reflexão do ano que passou, caso você ainda esteja pensando no seu.
É Kilo ou Quilo?
Vamos começar com um pouco de evolução. Claro que eu não chego nem perto de alguns que passam por aqui em termos de velocidade, mas neste último ano foram várias ocasiões aonde as distâncias ficaram levemente mais rápidas para mim, o que digamos, é um incentivo e tanto. Mas eu vou explicar o que “impulsionou” este organismo um pouco mais rápido nos últimos tempos: deixei alguns quilos em 2013, ou se preferir, emagreci bastante no primeiro semestre do ano. É claro que um treino mais elaborado aqui e ali ajuda, mas carregar menos peso é essencial neste nosso esporte. Daí vem a consequência, relógio triste tendo que mostrar marcas mais rápidas. Não interessa como se escreve, o que importa é que os quilos perdidos não sejam encontrados de novo. (aliás, o recorde da foto já caiu também)
Meias
Não, eu não me referi aos pares que vão entre o seu pé e o tênis. Mas sim às meias maratonas, aquela distância não tão rápida quanto os 10 Km e nem tão desgastante quanto os 42 Km da maratona. Correr 21 Km é o maior barato, é um exercício de velocidade e logística do seu organismo, e este ano no meu calendário foram 6, só não foram mais por falta de tempo e calendários apertados no segundo semestre. E já estou inscrito na primeira prova de 2015, adivinhe em que distância.
Inteira e mais um pouco
Como se não bastasse participar da Maratona de São Paulo, clima desértico e com problemas de abastecimento de água no percurso, ainda resolvi emendar uma ultra em pista pouco tempo depois. Haja tênis!
Poucas corridas, pelo menos no meu calendário
Não é por falta de opção, mas sim por falta de vergonha na cara de alguns organizadores. Veja bem, eu sei que algumas provas de 5 Km trazem kits recheados, alguns mimos e até estrutura diferenciada como estacionamentos ou outros serviços. Mas muita corrida no calendário deste ano não apresentava nada de especial, exceto pelos preços, sempre beirando os 3 dígitos. Correção absurda de inflação, totalmente incompatível com nossos salários.
Aquathlons, Duathlons, Travessias e Triathlons
Já que é para gastar, então fui fazer coisas diferentes, como travessias aquáticas, duathlons e aquathlons. Também participei do Triathlon Internacional de Santos, uma prova séria, onde não é aconselhável se aventurar se não estiver disposto a pisar fundo. Apesar de todas as dificuldades, tudo isso era treino para o que viria no final de maio...
226 Km nadando, pedalando e correndo em um único dia
Sonho, desafio, superação, motivação, insanidade, chame do que você quiser, eu coloquei tudo isso dentro de um liquidificador e bebi até a última gota deste suco. Se preferir, uma imagem mais simples: quando eu ponho alguma coisa na cabeça, ninguém tira. Não sei se algum dia vou ter oportunidade de participar de outro Meio Ironman ou Ironman, mas as experiências de 2012 e 2014 na competição do triathlon que embala o sono de uns e tira o de outros foram simplesmente incríveis. Chega de falar da minha experiência, não precisa ser um Ironman ou qualquer coisa relacionada ao esporte, mas se em algum momento alguma coisa te desafiar, vá em frente.
Eu recomendo.
Pra acabar, a frase do ano
No dia 31/12, saindo para meu último trotinho nas ruas da região onde deixei muita sola de tênis no ano que passou, cruzo com o porteiro do prédio logo cedo e ele pergunta:
- Tá indo pra maratona?
Pensei “Ué, tem maratona hoje?”. Vi a pequena TV ligada na portaria e somei 2+2.
Gentilmente expliquei para o rapaz a diferença entre corrida, maratona e muvuca.
E 2015?
Nada grandioso planejado. Mas quem sabe em 2016...
Deixa pra lá, você já sabe que eu não falo antes da hora.
Um excelente 2015 para você, muitos Kms de ruas, estradas, terra, mar, piscina, pedal, subidas insanas, descidas apocalípticas, sol de rachar, frio de congelar, chuva de molhar os ossos e que tudo o mais que o esporte ao ar livre possa te trazer de bom cruze o seu caminho!
quarta-feira, 31 de dezembro de 2014
quinta-feira, 18 de dezembro de 2014
E este blog completa 6 anos...
Dá para acreditar? Cliche ou não, parece que foi ontem o primeiro post. Surgiram os primeiros seguidores, os primeiros comentários, alguns problemas, alguns invejosos (não sei do que) e o melhor de tudo: conheci pessoas reais e muito bacanas, mas como sempre não vou correr o erro de citar nomes e esquecer alguém. Se você se acha legal e bacana, então é de você que estou falando.
Do túnel do tempo (ou melhor, do fundo meu armário), eu trago a você a reportagem da excelente jornalista Yara Achôa sobre os blogs que começavam a pipocar (opa, no bom sentido aqui) em Novembro de 2008, e que inspiraram a criação do Número de Peito.
Muito blog por aí não tem história nem estória, mas este aqui tem e ainda vai ter muitas pra contar! (já são 419 postagens até hoje!)
Um grande abraço a todos que passam aqui e leem, comentam, divulgam, me ultrapassam nas corridas (o que não é difícil) e dão um “oi!”, convidam para participar de eventos e provas e em especial a todos que tive a satisfação de conhecer pessoalmente!
Do túnel do tempo (ou melhor, do fundo meu armário), eu trago a você a reportagem da excelente jornalista Yara Achôa sobre os blogs que começavam a pipocar (opa, no bom sentido aqui) em Novembro de 2008, e que inspiraram a criação do Número de Peito.
Muito blog por aí não tem história nem estória, mas este aqui tem e ainda vai ter muitas pra contar! (já são 419 postagens até hoje!)
Um grande abraço a todos que passam aqui e leem, comentam, divulgam, me ultrapassam nas corridas (o que não é difícil) e dão um “oi!”, convidam para participar de eventos e provas e em especial a todos que tive a satisfação de conhecer pessoalmente!
Corrida do Klabin: desce, sobe e repete...
Das surpresas das corridas, esta prova bateu todos os recordes. Mesmo assim não deixou de ser muito bem organizada, competitiva e é claro, divertida, que é o que toda prova deve ser pra quem não vive do esporte. A Corrida Natalina do Klabin, evento gratuito promovido por algumas entidades da região do bairro Chácara Klabin em conjunto com a Prefeitura de São Paulo aconteceu no último final de semana com a participação de aproximadamente 300 atletas e que contou com um percurso, digamos, diferente.
As inscrições para o evento traziam um pequeno regulamento de praxe, porém sem muitos detalhes de como seria o trajeto da prova, o que digamos, nem todo mundopresta atenção. Com o kit entregue no próprio dia, o jeito foi esperar para ver o que iria acontecer. Deixei a mochila no guarda-volumes e aproveitei a quase meia hora de antecedência para um pequeno aquecimento descendo a Av. Pref. Fabio Prado e subindo no sentido contrário, uma vez que estava totalmente interditada na região próxima da largada.
Com um pequeno atraso, após o alongamento comandado por um profissional de Educação Física, os corredores largaram ao comando do narrador. Vou explicar: numa região cercada de edifícios de alto padrão e por ser uma região residencial, o jeito foi improvisar a buzina de largada, onde o narrador da prova contou “5...4...3...2...1...Largou!”. Os corredores riram mas partiram no percurso em descida até uma rotatória, onde voltavam no sentido contrário, como eu havia feito no aquecimento. No final do trecho da avenida, viravam no outro sentido e desciam... Logo percebi como seria o formato do evento: 10 Km divididos em doses homeopáticas de aproximadamente 800 metros segundo o meu GPS, o que dava um total de 12 voltas. Descendo e subindo, descendo e subindo.
Muita gente pode achar que a prova foi chata, mas eu achei bem legal este formato, pois era possível saber com que intensidade se correria cada trecho, apesar da repetição. Não vi ninguém reclamar, mas acho que alguns terminaram “cedo demais”, ou seja, talvez tenham saído antes das 12 voltas. Confesso que se não fosse o GPS, teria perdido a conta também, pois o cérebro desliga depois de um tempo no trajeto.
Terminei com aproximadamente 01:00:00 de prova, ritmo normal e sem grandes pretensões de recorde hoje, como disse antes, já estou vendo a pista de aterrissagem mais à frente, preciso descansar um pouco depois deste ano totalmente irregular de corridas e outros compromissos. E que barato, até Papai Noel compareceu e correu todas as voltas! Como dá para ver na foto, o bom velhinho está em forma, provavelmente graças à corrida.
Uma linda medalha ao final, pódio para os mais rápidos e a curiosidade de que tudo parecia uma estrutura de corrida em miniatura, mas com a eficiência de um grande evento. Pena a camiseta ser de algodão, apesar de bonita, não serve para correr. Não há do que reclamar, espero que as próximas edições aconteçam, pois pretendo ir.
Ir e voltar, quantas vezes for necessário!
As inscrições para o evento traziam um pequeno regulamento de praxe, porém sem muitos detalhes de como seria o trajeto da prova, o que digamos, nem todo mundopresta atenção. Com o kit entregue no próprio dia, o jeito foi esperar para ver o que iria acontecer. Deixei a mochila no guarda-volumes e aproveitei a quase meia hora de antecedência para um pequeno aquecimento descendo a Av. Pref. Fabio Prado e subindo no sentido contrário, uma vez que estava totalmente interditada na região próxima da largada.
Com um pequeno atraso, após o alongamento comandado por um profissional de Educação Física, os corredores largaram ao comando do narrador. Vou explicar: numa região cercada de edifícios de alto padrão e por ser uma região residencial, o jeito foi improvisar a buzina de largada, onde o narrador da prova contou “5...4...3...2...1...Largou!”. Os corredores riram mas partiram no percurso em descida até uma rotatória, onde voltavam no sentido contrário, como eu havia feito no aquecimento. No final do trecho da avenida, viravam no outro sentido e desciam... Logo percebi como seria o formato do evento: 10 Km divididos em doses homeopáticas de aproximadamente 800 metros segundo o meu GPS, o que dava um total de 12 voltas. Descendo e subindo, descendo e subindo.
Muita gente pode achar que a prova foi chata, mas eu achei bem legal este formato, pois era possível saber com que intensidade se correria cada trecho, apesar da repetição. Não vi ninguém reclamar, mas acho que alguns terminaram “cedo demais”, ou seja, talvez tenham saído antes das 12 voltas. Confesso que se não fosse o GPS, teria perdido a conta também, pois o cérebro desliga depois de um tempo no trajeto.
Terminei com aproximadamente 01:00:00 de prova, ritmo normal e sem grandes pretensões de recorde hoje, como disse antes, já estou vendo a pista de aterrissagem mais à frente, preciso descansar um pouco depois deste ano totalmente irregular de corridas e outros compromissos. E que barato, até Papai Noel compareceu e correu todas as voltas! Como dá para ver na foto, o bom velhinho está em forma, provavelmente graças à corrida.
Uma linda medalha ao final, pódio para os mais rápidos e a curiosidade de que tudo parecia uma estrutura de corrida em miniatura, mas com a eficiência de um grande evento. Pena a camiseta ser de algodão, apesar de bonita, não serve para correr. Não há do que reclamar, espero que as próximas edições aconteçam, pois pretendo ir.
Ir e voltar, quantas vezes for necessário!
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Corridas 2014
sábado, 13 de dezembro de 2014
A Medalha Inesperada
Quem me conhece diz que eu me inscrevo em tudo, de corridas de saco de batata à maratonas, toda semana eu coloco uma fotinho no Facebook ou um post novo no blog contando alguma peripécia... e é claro, a imagem da medalha que comprova o fato!
Mas na outra semana, mesmo sem ter sido prometida qualquer gratificação, bonificação, prêmio em dinheiro, fama, glória ou veículo 0 Km, resolvi me inscrever em um evento de corrida em esteira da academia Smart Fit, a qual passei a frequentar neste ano. Seriam 20 minutinhos, onde o instrutor iria ao final anotar a “distância” percorrida pelos hamsters, oops, corredores, e venceria quem corresse mais “longe”. Sem pretensões, e por ser um dia de esteira mesmo, troquei os tradicionais 15 minutos de transport + 30 minutos no equipamento de corrida pelo desafio, apenas pela brincadeira de participar de alguma coisa na academia.
Totalmente sem noção, acelerei para velocidades insanas para o meu preparo, como 12,5 no painel, o que correspondia a uns 04:45 min/Km. Após os 20 minutos programados pelo instrutor, o aparelho exibiu a mensagem de sempre, “Moderar”, sendo que neste caso deveria ter sido “Moderar! Moderar! Moderar, caramba!”. E a conta fechou em 3,76 Km, algo meio impensável para os meus padrões de rua.
Eis que recebo um e-mail na semana seguinte dizendo que fiquei em 20º. lugar na competição (devia ter uns 20 pessoas inscritas mesmo), 3,76 Km, parabéns e que deveria passar na unidade para retirar uma medalha. O Universo é cruel mesmo, esta foi a única semana do ano que por falta de tempo fiquei totalmente afastado da academia, mas teria que passar lá para retirar meu prêmio!
Debaixo de uma chuva de molhar até os ossos, saí do trabalho e fui lá buscar mais uma medalha para a coleção.
E eu resisto?
Medalha! Medalha! Medalha!
(agradecimentos à Smart Fit pelo "presente")
Mas na outra semana, mesmo sem ter sido prometida qualquer gratificação, bonificação, prêmio em dinheiro, fama, glória ou veículo 0 Km, resolvi me inscrever em um evento de corrida em esteira da academia Smart Fit, a qual passei a frequentar neste ano. Seriam 20 minutinhos, onde o instrutor iria ao final anotar a “distância” percorrida pelos hamsters, oops, corredores, e venceria quem corresse mais “longe”. Sem pretensões, e por ser um dia de esteira mesmo, troquei os tradicionais 15 minutos de transport + 30 minutos no equipamento de corrida pelo desafio, apenas pela brincadeira de participar de alguma coisa na academia.
Totalmente sem noção, acelerei para velocidades insanas para o meu preparo, como 12,5 no painel, o que correspondia a uns 04:45 min/Km. Após os 20 minutos programados pelo instrutor, o aparelho exibiu a mensagem de sempre, “Moderar”, sendo que neste caso deveria ter sido “Moderar! Moderar! Moderar, caramba!”. E a conta fechou em 3,76 Km, algo meio impensável para os meus padrões de rua.
Eis que recebo um e-mail na semana seguinte dizendo que fiquei em 20º. lugar na competição (devia ter uns 20 pessoas inscritas mesmo), 3,76 Km, parabéns e que deveria passar na unidade para retirar uma medalha. O Universo é cruel mesmo, esta foi a única semana do ano que por falta de tempo fiquei totalmente afastado da academia, mas teria que passar lá para retirar meu prêmio!
Debaixo de uma chuva de molhar até os ossos, saí do trabalho e fui lá buscar mais uma medalha para a coleção.
E eu resisto?
Medalha! Medalha! Medalha!
(agradecimentos à Smart Fit pelo "presente")
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terça-feira, 9 de dezembro de 2014
Meia Maratona SESC de Revezamento, de ponta a ponta
Pra falar a verdade, eu já estava com o trem de pouso baixado e travado neste final de ano. Afinal, foram diversos eventos longos e o corpo merecia um descanso. Por este motivo, escolhi provas de 10 Km ou pouco mais só para não enferrujar. Nesta edição da Meia Maratona SESC de Revezamento, promovida pelo SESC Ipiranga, eu estava inscrito em dupla, ou seja, correria 10,5 Km e outra corredora faria o restante. Mas, dado o clima desértico que vivemos, uma série crise respiratória fez com que o revezamento fosse para o espaço, pois ela não estava em condições de correr no dia. É triste ver um número de peito jogado no lixo, uma medalha que não foi retirada, um kit que sobrou... ah, recolher trem de pouso, manete de potência no máximo, nariz pra cima e arremeter! Resumindo, lá vou eu para mais uma meia maratona, mesmo sem estar treinando para a distância recentemente.
Tem também o custo altíssimo desta prova, R$ 16,00 (dezesseis reais) para os que são inscritos como comerciários no SESC, mais um motivo para não jogar a inscrição fora. Sim, estou sendo irônico. Eu já conhecia esta prova e sabia que valia a pena, pois em geral as provas do SESC são simples e com organização impecável, então valia o esforço de se deslocar até a região do Ipiranga em São Paulo para correr mais esta edição. Kit retirado na véspera, depois de um trânsito infernal causado pelos paulistanos e turistas compradores que estavam torrando os tubos nas lojas logo cedo, composto por número de peito, camiseta, sacolinha e um bastão, o qual continha os chips de cronometragem nas pontas.
No dia da corrida, o sol já prometia muito calor logo cedo, e aí vem o problema do horário da largada: 08:30 da manhã, bem tarde para esta época do ano. Já manifestei várias vezes aqui a minha predileção por provas com horário bem cedo, afinal, sou da opinião de quem gosta de dormir até mais tarde no dia da corrida não gosta de correr, e sim de fazer social com os coleguinhas apenas. Largada pontual, os portadores do final “1” no número partiram para o primeiro trecho de 5.250 metros, em equipes de 2 ou 4 atletas. Passado o pórtico, resta saber onde enfiar o bastão, e antes que alguém seja grosseiro e dê uma resposta imprópria, eu utilizei a braçadeira do celular para encaixar o treco. Eu sei, sou mais esperto que a maioria dos ursos, como diria o Zé Colmeia.
Saída em primeira marcha, pois estávamos paralelos à temida Av. Nazaré, que assusta os corredores nas provas que acontecem na região. Logo de cara uma pirambeira e o percurso ao redor do Museu do Ipiranga passa em frente ao SESC Ipiranga e desce em direção à Av. Dom Pedro I e volta para a região do Parque da Independência. E aí repete, mais 3 vezes no meu caso, que iria para os 21 Km. Apesar de totalmente irregular de acordo com o regulamento, não fui lá atrás de grandes marcas ou pódio, fui apenas para me divertir. E ambas inscrições foram pagas, diga-se.
Ar seco, muito calor, mas excelente hidratação pelo caminho, com água e até Gatorade ao final. Terminei em 02:24:53, dentro dos meus padrões. Prova muito bem organizada, o SESC novamente está de parabéns pela realização do circuito, uma pena que não tenha mais todas as etapas como há alguns anos atrás. A única ressalva é quanto ao site de inscrições, muito ruim e que não permitia trocar o meio de pagamento, obrigando a cancelar e fazer nova inscrição, além de não oferecer informações sobre retirada de kit, percurso ou resultados.
Mesmo assim, corrida totalmente recomendada, em quantas voltas você estiver disposto a encarar.
Deixo aqui para você esta imagem do Museu do Ipiranga, com destaque para o semáforo: em alguns pontos simbólicos de São Paulo, os semáforos de pedestres recebem um desenho diferente do tradicional bonequinho. Pouca gente percebe, é um pequeno detalhe bem bacana.
Tem também o custo altíssimo desta prova, R$ 16,00 (dezesseis reais) para os que são inscritos como comerciários no SESC, mais um motivo para não jogar a inscrição fora. Sim, estou sendo irônico. Eu já conhecia esta prova e sabia que valia a pena, pois em geral as provas do SESC são simples e com organização impecável, então valia o esforço de se deslocar até a região do Ipiranga em São Paulo para correr mais esta edição. Kit retirado na véspera, depois de um trânsito infernal causado pelos paulistanos e turistas compradores que estavam torrando os tubos nas lojas logo cedo, composto por número de peito, camiseta, sacolinha e um bastão, o qual continha os chips de cronometragem nas pontas.
No dia da corrida, o sol já prometia muito calor logo cedo, e aí vem o problema do horário da largada: 08:30 da manhã, bem tarde para esta época do ano. Já manifestei várias vezes aqui a minha predileção por provas com horário bem cedo, afinal, sou da opinião de quem gosta de dormir até mais tarde no dia da corrida não gosta de correr, e sim de fazer social com os coleguinhas apenas. Largada pontual, os portadores do final “1” no número partiram para o primeiro trecho de 5.250 metros, em equipes de 2 ou 4 atletas. Passado o pórtico, resta saber onde enfiar o bastão, e antes que alguém seja grosseiro e dê uma resposta imprópria, eu utilizei a braçadeira do celular para encaixar o treco. Eu sei, sou mais esperto que a maioria dos ursos, como diria o Zé Colmeia.
Saída em primeira marcha, pois estávamos paralelos à temida Av. Nazaré, que assusta os corredores nas provas que acontecem na região. Logo de cara uma pirambeira e o percurso ao redor do Museu do Ipiranga passa em frente ao SESC Ipiranga e desce em direção à Av. Dom Pedro I e volta para a região do Parque da Independência. E aí repete, mais 3 vezes no meu caso, que iria para os 21 Km. Apesar de totalmente irregular de acordo com o regulamento, não fui lá atrás de grandes marcas ou pódio, fui apenas para me divertir. E ambas inscrições foram pagas, diga-se.
Ar seco, muito calor, mas excelente hidratação pelo caminho, com água e até Gatorade ao final. Terminei em 02:24:53, dentro dos meus padrões. Prova muito bem organizada, o SESC novamente está de parabéns pela realização do circuito, uma pena que não tenha mais todas as etapas como há alguns anos atrás. A única ressalva é quanto ao site de inscrições, muito ruim e que não permitia trocar o meio de pagamento, obrigando a cancelar e fazer nova inscrição, além de não oferecer informações sobre retirada de kit, percurso ou resultados.
Mesmo assim, corrida totalmente recomendada, em quantas voltas você estiver disposto a encarar.
Deixo aqui para você esta imagem do Museu do Ipiranga, com destaque para o semáforo: em alguns pontos simbólicos de São Paulo, os semáforos de pedestres recebem um desenho diferente do tradicional bonequinho. Pouca gente percebe, é um pequeno detalhe bem bacana.
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Corridas 2014
sábado, 6 de dezembro de 2014
Ayrton Senna Racing Day 2014: faça chuva, faça sol
Da série “provas imperdíveis”, mais uma que dificilmente deve faltar no calendário do corredor: Maratona de Revezamento Ayrton Senna Racing Day, que chegou à sua 11ª. edição no último dia 16/11 no Autódromo de Interlagos. E lá fui eu mais uma vez, equipe de quatro corredores dispostos a dividir a distância de uma maratona, 42 Km, em doses homeopáticas de 10,5 Km para cada um, em um percurso desafiador no sobe e desce da pista que na semana anterior recebeu as máquinas da Fórmula 1.
Promovida pelo Instituto Ayrton Senna e organizada pela Latin Sports, a já tradicional competição ocorre sempre nesta época do ano, onde o calor será um candidato bem provável, restando apenas o fator sol/chuva, com predominância do primeiro caso. Apesar do tema deste ano ser “O rei da chuva, sempre!”, alusivo ao fato do campeão ser indomável debaixo de qualquer aguaceiro, infelizmente a estiagem que atinge a capital paulistana continuou, e mais uma vez os corredores enfrentaram o sol forte desde cedo. Um pouco de vento gelado colaborou no início, mas ao longo do dia a temperatura aumentou bastante, ainda mais pelo horário de largada que passou a ser 08:00 da manhã, uma hora mais tarde que nas edições anteriores. Este é um ponto que até mesmo sugeri na pesquisa de satisfação enviada após a prova, a volta ao horário das 07:00, uma vantagem para os grupos de atletas mais lentos, dando oportunidade a todos.
Bem pontual, a largada contou com o personagem Senninha disparando a corneta e liberando a pista para os corredores da primeira etapa, que revezariam em 2, 4 ou 8 na distância. Novamente o acesso às áreas do autódromo reservada às equipes de corrida de carros deu lugar à grupos entusiasmados, assessorias esportivas e muitos acompanhantes que puderam curtir um pouco da emoção de estar no palco de tantas disputas automotivas. Para completar a festa, Food Trucks, aqueles veículos preparados para vender guloseimas apetitosas estiveram próximos, matando a fome dos presentes. O acesso aos boxes, porém, era exclusivo dos atletas, sendo que cada equipe poderia manter somente 1 corredor por vez na sequência de largada.
Excelente hidratação ao longo do percurso, água e um posto de Gatorade, staff muito bem posicionado e muito espaço para correr. A inscrição não é das mais baratas (total de R$ 135,00 por participante), mas o kit de excelente qualidade com camiseta, boné e squeeze, possibilidade de correr no autódromo e o fato de reverter o valor para o Instituto Ayrton Senna, já compensa. Infelizmente preciso novamente destacar a bagunça causada pela organização do autódromo, pois somente um dos portões foi aberto para os veículos entrarem e saírem, causando longas filas, muito atraso na entrada e muita demora na saída. Eu já estive no autódromo para assistir campeonatos de velocidade em outras ocasiões, há outros portões que também podem ser utilizados, mas todo ano temos este problema no acesso ao evento. Uma pena, de resto a prova é perfeita.
Nossa equipe mais uma vez concluiu o desafio, apesar das adversidades. A homenagem que criamos para este ano foi a MacLaren MP4, máquina que o campeão pilotou em seus dias de glória e que estampamos com muito carinho em nossas camisetas.
Quanto a este mortal aqui, repeti o gesto de alguns meses atrás, quando terminei o Ironman carregando uma bandeira com a frase estampada junto à foto do piloto: “Quando penso que cheguei ao meu limite, encontro forças para ir além”.
Pois é, Ayrton, cruzamos a linha de chegada juntos, de novo!
Promovida pelo Instituto Ayrton Senna e organizada pela Latin Sports, a já tradicional competição ocorre sempre nesta época do ano, onde o calor será um candidato bem provável, restando apenas o fator sol/chuva, com predominância do primeiro caso. Apesar do tema deste ano ser “O rei da chuva, sempre!”, alusivo ao fato do campeão ser indomável debaixo de qualquer aguaceiro, infelizmente a estiagem que atinge a capital paulistana continuou, e mais uma vez os corredores enfrentaram o sol forte desde cedo. Um pouco de vento gelado colaborou no início, mas ao longo do dia a temperatura aumentou bastante, ainda mais pelo horário de largada que passou a ser 08:00 da manhã, uma hora mais tarde que nas edições anteriores. Este é um ponto que até mesmo sugeri na pesquisa de satisfação enviada após a prova, a volta ao horário das 07:00, uma vantagem para os grupos de atletas mais lentos, dando oportunidade a todos.
Bem pontual, a largada contou com o personagem Senninha disparando a corneta e liberando a pista para os corredores da primeira etapa, que revezariam em 2, 4 ou 8 na distância. Novamente o acesso às áreas do autódromo reservada às equipes de corrida de carros deu lugar à grupos entusiasmados, assessorias esportivas e muitos acompanhantes que puderam curtir um pouco da emoção de estar no palco de tantas disputas automotivas. Para completar a festa, Food Trucks, aqueles veículos preparados para vender guloseimas apetitosas estiveram próximos, matando a fome dos presentes. O acesso aos boxes, porém, era exclusivo dos atletas, sendo que cada equipe poderia manter somente 1 corredor por vez na sequência de largada.
Excelente hidratação ao longo do percurso, água e um posto de Gatorade, staff muito bem posicionado e muito espaço para correr. A inscrição não é das mais baratas (total de R$ 135,00 por participante), mas o kit de excelente qualidade com camiseta, boné e squeeze, possibilidade de correr no autódromo e o fato de reverter o valor para o Instituto Ayrton Senna, já compensa. Infelizmente preciso novamente destacar a bagunça causada pela organização do autódromo, pois somente um dos portões foi aberto para os veículos entrarem e saírem, causando longas filas, muito atraso na entrada e muita demora na saída. Eu já estive no autódromo para assistir campeonatos de velocidade em outras ocasiões, há outros portões que também podem ser utilizados, mas todo ano temos este problema no acesso ao evento. Uma pena, de resto a prova é perfeita.
Nossa equipe mais uma vez concluiu o desafio, apesar das adversidades. A homenagem que criamos para este ano foi a MacLaren MP4, máquina que o campeão pilotou em seus dias de glória e que estampamos com muito carinho em nossas camisetas.
Quanto a este mortal aqui, repeti o gesto de alguns meses atrás, quando terminei o Ironman carregando uma bandeira com a frase estampada junto à foto do piloto: “Quando penso que cheguei ao meu limite, encontro forças para ir além”.
Pois é, Ayrton, cruzamos a linha de chegada juntos, de novo!
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