segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011

Sábado: biathlon, Domingo: meia maratona

Antes que você pergunte o que me deu na cabeça para fazer tal maluquice, eu também não sei. Mas como o mês de fevereiro é apertado, o calendário ficou comprimido. Então, vamos à saga de participar de dois eventos em cidades diferentes no mesmo final de semana.

Gatorade Biathlon Series Guarujá

Lembra de quando eu fiz o triatlo em dezembro? Pois é, este negócio de sair de um ambiente e ir para outro água/bike/corrida é divertido, especialmente porque o organismo não está entendendo nada e você precisa explicar os movimentos tudo de novo. O seu “sistema operacional” está lá fazendo uma coisa repetitiva, do tipo nadar, e você sai em disparada correndo e monta numa bike, ou simplesmente sai trotando. É um barato, se você nunca tentou, experimente.

Então eu encontrei esta prova no Guarujá, cujo preço não era a exorbitância de um triatlo (uns R$ 300,00 em média) e que possuía distâncias curtas: 300 m de natação e 2 Km de corrida na categoria iniciante, ou 500 m de natação e 3 Km de corrida na individual. Mas, peraí, vou dirigir 100 Km até o Guarujá para correr só 2 Km? Nem pensar, vou na categoria individual. Inscrição feita, caiu a ficha: eu nunca nadei no mar, só em piscina aquecida... O jeito foi usar piscina do SESC até dizer chega, e tentar simular o melhor possível o que poderia me esperar no dia. Tentava nadar o máximo possível sem interrupção (difícil no SESC) e até deixava o óculos de natação embaçar para acostumar com a ideia de não ver muita coisa, como no mar turvo do litoral sul de São Paulo.

No sábado da prova, lá estou eu, às 14:30 emparelhado com um monte de marmanjos (mulheres largaram antes) esperando a saída à beira da praia. Alguns só de sunga, outros de roupa de triatlo (eu inclusive, não resisti e comprei uma), todo tipo de doido. E foi dada a largada. Apesar do forte calor dos últimos dias, senti um pouco da água fria do mar, ainda que a roupa de triatlo ajude a diminuir a circulação e a temperatura é mais facilmente mantida. Fiquei quase por último para não atrapalhar quem já conhecia o esquema, mas não terminei por último (e tinha gente mais perdida que eu!). Segui até a primeira boia, contornei e fui em direção à segunda, até contornar a terceira em direção à praia. Quase fui parar na África de tão errado que estava a minha direção. Um sujeito da organização montado em algo que parecia um caiaque berrava “esquerda, esquerda!” para tentar me corrigir, pois a correnteza estava puxando.

Saí do mar e corri, sabe-se lá como, até a área de transição. Tentei tirar a areia do pé o melhor possível para calçar a meia e enfiar o tênis, e parti para os 3 Km. Ainda ultrapassei alguns e segui até a marcação de 1.500m pela areia, onde voltava-se até o calçadão e corria-se pela ciclovia. Ao término do 34m34s, a sensação de ter feito algo diferente.

Só tenho uma palavra a dizer sobre a organização da TH5 Eventos: péssima. Se você tiver algum adjetivo educado pior que “péssima”, me avise. Realmente, eu nunca vi tanto amadorismo em um organizador que teoricamente “organiza” a maioria das provas do litoral paulista. Veja os pontos em que a coisa passou dos limites:

- nenhuma sinalização sobre o local do evento: a única referência era “Praia da Enseada”, a qual não é lá muito pequena no Guarujá. Encontrei um tímido portal de chegada onde passavam no máximo 2 corredores por vez e esta foi a referência toda para saber que estava no local do evento.

- entrega do kit: conferi meu número na listagem afixada ao lado da tenda e fui até a mocinha que entregava os kits. Apesar de estar com a inscrição feita pelo Ativo, ela nem olhou para o papel ou sequer pediu um documento. Simplesmente pediu um número e confirmou o nome (que estava na listagem, como eu disse). Ou seja, qualquer um poderia pegar seu kit e sair na boa!

- informações: ninguém sabia dizer nada, do local de largada ao formato da prova.

- área de transição: simplesmente um cercado com cestas no meio da praia. Qualquer um entrava ou saia, e seus pertences todos lá. Aliás, nem precisava entrar, quem colocava o tênis e número perto da cerca, corria o risco de alguém simplesmente esticar o braço e pegar o que quisesse.

Enfim, adorei a prova, mas com este organizador, nunca mais.

Meia Maratona Internacional de São Paulo

E por falar em organização, vamos a mais uma prova da Yescom! Mas sabe de uma coisa, existem duas Yescom: a que faz tudo que a Rede Globo manda e estraga os eventos como a São Silvestre e outra que organiza provas de forma decente. Que bom que este evento é dirigido pela segunda, já que é transmitido somente na forma de “compacto” pela emissora.

Eu gosto muito do percurso desta prova: você sai da frente do Estádio do Pacaembu, percorre grande parte do centro da cidade e até repete o trecho do Elevado Costa e Silva. A hidratação, como nos anos anteriores, esteve muito bem distribuída ao longo do percurso, com água gelada e sem gelo (quente, na verdade), camiseta Adidas e medalha muito bonita (pós prova...), largada no horário. Aliás, o horário...

Correr uma meia maratona em pleno verão já é cruel, começar a prova às 08:00h da manhã é desumano. Meia hora mais cedo já faria a diferença, pois o tempo ainda estava nublado e facilitaria para muita gente. Mas o ideal mesmo seria por volta de 07:00h, agradaria todo mundo. Outro ponto negativo é que neste ano o percurso de 10km foi reduzido para 6km, desanimando quem ainda não enfrenta os 21km e queria uma prova um pouco mais longa. Marílson ganhou, estabeleceu recorde e pelos menos 10 mil corredores estavam na prova. Uma festa e tanto.

Não por culpa do biatlo no dia anterior ou do calor de 30 graus, mas sim do cansaço acumulado de duas semanas trabalhando umas 15 horas por dia e sem treino de corrida, foi meu pior tempo em meia maratona: 02h36m18s. De novo, preciso de um adjetivo mais forte que “péssimo”.

Mas o que importava foi feito: eu queria concluir os dois eventos em um final de semana e consegui.

Missão dada é missão cumprida, parceiro!

quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011

Teste de produto: toalhas Tek Towel

Já faz algum tempo que eu estava buscando uma solução para o volume da mala da academia: tênis mais leves e um pouco menores, carregar menos tranqueiras, enfim, dar um jeito de diminuir o “pacote”. Um dos pontos que não tinha solução era a toalha. Para minha sorte, o pessoal da Proativa ofereceu-me a oportunidade de testar a Tec Towel, uma toalha tecnológica de microfibra que absorve muito mais água que uma toalha comum, e consequentemente, ocupa menos espaço.

Como eu sou um mamífero coberto de pelos, sempre achei que estas toalhas não iriam dar conta do problema de sair seco do vestiário. Mesmo assim, aceitei fazer o teste e não fiquei decepcionado, o produto realmente seca de forma muito mais eficiente que as tradicionais toalhas felpudas. Apesar de ter recebido uma do tipo “S” (pequeno), consegui fazer o teste e vou utilizá-la regularmente, pois o ganho de volume compensa o tempo extra para secar. Isto porque o deslize do produto pelo corpo é um pouco mais demorado, para absorver melhor a água.

Quem passa sempre aqui sabe que eu falo o que me dá na telha, especialmente quando alguma coisa não agrada. Não foi o caso deste produto, que resolveu um problema e que merece ser recomendado.

Obrigado ao pessoal da ProAtiva por ter selecionado este blog para o teste!

Sobre o produto, veja características técnicas:

Produto: TEK TOWEL
Marca: Sea to Summit - marca australiana

Características:
- Feita em microfibra, cada Kg dessa toalha absorve até 5 Kg de água, ou seja, uma pequena toalha seca completamente um adulto.
- Não precisa guardar molhada ou úmida, guarda-se como uma toalha normal
- Vantagens: leve, compacta, ultra absorvente e de secagem rápida
- Utilizações: para depois do treino, na praia, na academia e onde mais suar

Tamanhos:
Extra Small 30 x 60 cm 80 g
Small 40 x 80 cm 140 g
Medium 50 x 100 cm 200 g
Large 60 x 120 cm 285 g
Extra Large 75 x 150 cm 445 g

Onde encontrar:
SubSub

sábado, 19 de fevereiro de 2011

Hoje é o Dia do Esportista, parabéns!

Mesmo que você seja como eu, que precisa encaixar na agenda qualquer corridinha, já está valendo.

É melhor ser esportista de final de semana do que sedentário em tempo integral!

sexta-feira, 18 de fevereiro de 2011

"Filhos do Paraíso": corrida para assistir e pensar

Em meio a tantas notícias conturbadas sobre o Irã, vamos falar de uma pérola do cinema deste país: "Filhos do Paraíso" (Bacheha-Ye aseman, Irã, 1997), uma produção modesta que utiliza o nosso esporte predileto para a definição do caráter e dedicação de uma criança.

Talvez seja necessário "calibrar" um pouco a nossa mente acostumada com os enlatados norte-americanos antes de assistir, pois o filme possui um ritmo um pouco diferente que o tradicional apelo das superproduções. Mesmo assim, ganhou vários prêmios e foi indicado ao Oscar de melhor filme estrangeiro.

Esta é a estória de Ali, um menino de 9 anos de família pobre e que vive com seus pais e sua irmã, Zahra. Por acidente, Ali perde o único par de sapatos da irmã e, tentando esconder o fato dos pais, passa a revezar seu único par de tênis com Zahra. As correrias diárias para trocar os tênis entre os
períodos de aula transformam Ali em um corredor por natureza, fazendo-o encarar uma disputa de 4 Km para tentar a terceira colocação, a qual lhe daria como prêmio um novo par de tênis.

Apesar do final bem esquisito, o filme nos faz pensar na nossa própria realidade, onde nos preocupamos com tantos aparatos e tecnologias para a corrida, enquanto que uma criança humilde simplesmente mostra todo seu empenho na busca de um resultado.

Este trecho de vídeo que está no YouTube talvez seja a melhor parte do filme, mas se tiver a chance de assistí-lo por completo, não perca!

terça-feira, 8 de fevereiro de 2011

Que tal correr uma maratona por dia... durante um ano?

Antes que você pense que este é outro dos meus delírios, saiba que tem gente mais louca que eu. Aliás, muito mais louca que Dean Karnazes, que já havia feito isto durante 50 dias e outros tantos ultramaratonistas que se propõem a estas doideiras. O nome deste novo herói é Stefaan Engles, um belga de 49 anos de idade, que completou no último dia 5 o desafio iniciado há um ano: correr uma maratona por dia.

A chegada foi em Barcelona, mas além da Europa, o cidadão pisou forte na América, Canadá e México no último ano. Foram 15 Kg perdidos, 25 pares de tênis esmigalhados e quando ele não estava inspirado corria no pace de 10 Km/h, terminado os 42 Km em 4 horas (quem me dera...). Sua melhor marca, 2h56min, muito abaixo do que nós mortais sequer sonhamos em fazer correndo uma "simples" maratona por ano.

Além disso, na infância os médicos alertaram que devido à asma ele deveria manter-se longe dos esportes. Esse é dos meus, o médico manda, ele não faz!

Ah, e é claro, ele vai escrever um livro também...

Colaborou para esta matéria o colega Danilo, que mora lá na Austrália e quando viu esta notícia lembrou de mim aqui, mandando o link.

Será que eu passo esta ideia de maluco???

Veja mais:

Tiozão ignora asma e corre 365 maratonas em um ano

Site oficial do MarathonMan365

Marathon Man breaks world record – 365 in a year