
Gatorade Biathlon Series Guarujá
Lembra de quando eu fiz o triatlo em dezembro? Pois é, este negócio de sair de um ambiente e ir para outro água/bike/corrida é divertido, especialmente porque o organismo não está entendendo nada e você precisa

Então eu encontrei esta prova no Guarujá, cujo preço não era a exorbitância de um triatlo (uns R$ 300,00 em média) e que possuía distâncias curtas: 300 m de natação e 2 Km de corrida na categoria iniciante, ou 500 m de natação e 3 Km de corrida na individual. Mas, peraí, vou dirigir 100 Km até o Guarujá para correr só 2 Km? Nem pensar, vou na categoria individual. Inscrição feita, caiu a ficha: eu nunca nadei no mar, só em piscina aquecida... O jeito foi usar piscina do SESC até dizer chega, e tentar simular o melhor possível o que poderia me esperar no dia. Tentava nadar o máximo possível sem interrupção (difícil no SESC) e até deixava o óculos de natação embaçar para acostumar com a ideia de não ver muita coisa, como no mar turvo do litoral sul de São Paulo.
No sábado da prova, lá estou eu, às 14:30 emparelhado com um monte de marmanjos (mulheres largaram antes) esperando a saída à beira da praia. Alguns só de sunga, outros de roupa de triatlo (eu inclusive, não resisti e comprei uma), todo tipo de doido. E foi dada a largada. Apesar do forte calor dos últimos dias, senti um pouco da água fria do mar, ainda que a roupa de triatlo ajude a diminuir a circulação e a temperatura é mais facilmente mantida. Fiquei quase por último para não atrapalhar quem já conhecia o esquema, mas não terminei por último (e tinha gente mais perdida que eu!). Segui até a primeira boia, contornei e fui em direção à segunda, até contornar a terceira em direção à praia.

Saí do mar e corri, sabe-se lá como, até a área de transição. Tentei tirar a areia do pé o melhor possível para calçar a meia e enfiar o tênis, e parti para os 3 Km. Ainda ultrapassei alguns e segui até a marcação de 1.500m pela areia, onde voltava-se até o calçadão e corria-se pela ciclovia. Ao término do 34m34s, a sensação de ter feito algo diferente.
Só tenho uma palavra a dizer sobre a organização da TH5 Eventos: péssima. Se você tiver algum adjetivo educado pior que “péssima”, me avise. Realmente, eu nunca vi tanto amadorismo em um organizador que teoricamente “organiza” a maioria das provas do litoral paulista. Veja os pontos em que a coisa passou dos limites:
- nenhuma sinalização sobre o local do evento: a única referência era “Praia da Enseada”, a qual não é lá muito pequena no Guarujá. Encontrei um tímido portal de chegada onde passavam no máximo 2 corredores por vez e esta foi a referência toda para saber que estava no local do evento.
- entrega do kit: conferi meu número na listagem afixada ao lado da tenda e fui até a mocinha que entregava os kits. Apesar de estar com a inscrição feita pelo Ativo, ela nem olhou para o papel ou sequer pediu um documento. Simplesmente pediu um número e confirmou o nome (que estava na listagem, como eu disse). Ou seja, qualquer um poderia pegar seu kit e sair na boa!
- informações: ninguém sabia dizer nada, do local de largada ao formato da prova.
- área de transição: simplesmente um cercado com cestas no meio da praia. Qualquer um entrava ou saia, e seus pertences todos lá. Aliás, nem precisava entrar, quem colocava o tênis e número perto da cerca, corria o risco de alguém simplesmente esticar o braço e pegar o que quisesse.
Enfim, adorei a prova, mas com este organizador, nunca mais.
Meia Maratona Internacional de São Paulo

Eu gosto muito do percurso desta prova: você sai da frente do Estádio do Pacaembu, percorre grande parte do centro da cidade e até repete o trecho do Elevado Costa e Silva. A hidratação, como nos anos anteriores, esteve muito bem distribuída ao longo do percurso, com água gelada e sem gelo (quente, na verdade), camiseta Adidas e medalha muito bonita (pós prova...), largada no horário. Aliás, o horário...
Correr uma meia maratona em pleno verão já é cruel, começar a prova às 08:00h da manhã é desumano. Meia hora mais cedo já faria a diferença, pois o tempo ainda estava nublado e facilitaria para muita gente. Mas o ideal mesmo seria por volta de 07:00h, agradaria todo mundo. Outro ponto negativo é que neste ano o percurso de 10km foi reduzido para 6km, desanimando quem ainda não enfrenta os 21km e queria uma prova um pouco mais longa. Marílson ganhou, estabeleceu recorde e pelos menos 10 mil corredores estavam na prova. Uma festa e tanto.
Não por culpa do biatlo no dia anterior ou do calor de 30 graus, mas sim do cansaço acumulado de duas semanas trabalhando umas 15 horas por dia e sem treino de corrida, foi meu pior tempo em meia maratona: 02h36m18s. De novo, preciso de um adjetivo mais forte que “péssimo”.
Mas o que importava foi feito: eu queria concluir os dois eventos em um final de semana e consegui.
Missão dada é missão cumprida, parceiro!