E a falta de tempo continua. Até esteira eu tive que fazer nesta semana que passou, coisa que detesto, simplesmente para ter a sensação de correr um pouco. Parecia um hamster ensandecido vestindo uma camiseta da Meia Maratona de Praia Grande, suando em bicas e movendo as perninhas freneticamente sem sair do lugar. Tempo para musculação? Nem pensar, aí o jeito é improvisar...
Já faz algum tempo que eu emprego uma ideia doida para não deixar as pernas amolecerem: ando com 1 Kg a mais em cada perna usando caneleiras. É isso mesmo, aquela coisa que as pessoas usam para fazer abdominais, que eu também negligencio pela falta de tempo, é utilizada para pequenas caminhadas.
Para não bancar o ridículo na rua, o jeito é usar uma calça jeans que possua uma boca um pouco mais larga ou até mesmo de agasalho, assim ninguém percebe. Os músculos posteriores da coxa, que são os primeiros a reclamar nas subidas, entram em ação com o aumento da carga. Uma caminhada até a padaria em ritmo acelerado ou subir alguns lances de escada já ajudam a sentir um pouco de força a mais nas pernas, especialmente quando o tempo é curto para treinar de verdade.
Então aí vão algumas coisas que aprendi, caso você resolva experimentar (por sua conta e risco, diga-se):
- no começo, evite longos trajetos, suas pernas podem não gostar muito da ideia. Caminhe dentro de casa até se acostumar a “rebocar” o peso extra.
- tente com caneleiras de 0,5 Kg a 1 Kg, mais do que isto você força muito e pode se machucar.
- use um tênis com amortecimento, afinal você vai pousar este peso extra a cada passada.
- atenção aos joelhos: eles também podem reclamar e neste caso o estrago pode ser grande.
-não arraste os pés: o peso a mais faz com que a tendência seja arrastar o mais próximo do solo, mas aí o movimento fica todo prejudicado. Elevar demais também força articulações desnecessárias, como as do próprio joelho.
- não aperte muito e nem deixe folgada ao redor dos tornozelos. Firme, sem sair do lugar.
- sempre use meias, ou vai conseguir uma irritação de pele danada, mas você pode contornar isto buscando uma com material mais macio (a da foto, só com meia!).
- ao menor sinal de dor, pare e tire as caneleiras. Melhor voltar para casa carregando na mão aqueles sacos de limalha de ferro do que arranjar uma lesão.
- eu nunca tentei correr com elas e neste caso é aconselhável orientação de quem entende do assunto.
Lembrando que isto não é um treino oficial, eu não sou formado em medicina esportiva e adaptei este negócio simplesmente por estar afastado da academia nos dias em que a agenda está cheia. Minhas pernas já acostumaram, mas eu duvido que alguém indique esta técnica. E as caminhadas são realmente pequenas, apenas um esforço extra no hábito saudável de andar de vez em quando.
Sabe como é, não dá para relaxar agora, eu tenho contas para acertar com a subida da Brigadeiro no final do ano...
domingo, 24 de outubro de 2010
domingo, 17 de outubro de 2010
Quando é que foi mesmo?
Imagine a seguinte cena, num futuro um pouco distante: sua netinha olha para o quadro de medalhas de corrida, que neste ponto já lota umas três paredes da sua casa, e pergunta “Vô, que medalha legal esta aqui da Maratona do Rio! Que dia que foi esta corrida?”. A memória já não ajuda tanto assim, então o jeito é recorrer aos óculos na ponta do nariz, apertar os olhos e ler a inscrição na medalha... mas onde está a informação de data, local e distância daquela prova? Pois é, talvez não pela memória ou os óculos, mas você algum dia vai procurar esta informação nas suas medalhas e não vai encontrar, pois desde já, não está lá!
Rodolfo Lucena, autor dos livros “Maratonando” e “+Corrida”, já havia alertado para este problema, e enquanto eu fazia um “censo” (agora virou moda!) das minhas medalhas, dei de cara com diversas delas que não dizem os dados básicos da prova. Independente se são bem acabadas ou não, parece que é mais importante gravar os logotipos dos patrocinadores do que os dados da sua conquista. E você pensa que acontece só em provas bobinhas de 5K, organizadas de forma artesanal? De jeito nenhum, eu acabo de vasculhas as medalhas das Maratonas do Rio e São Paulo deste ano e nada de dizer as datas! Vou ter que olhar o arquivo do blog e achar os respectivos dias para terminar meu “censo”.
Aproveito para deixar aqui meus apelos para os leitores:
1 – se você é organizador de provas, sabemos que o patrocinador tem prioridade, mas as corridas geralmente são pagas e o mínimo que poderia ser feito é a gravação dos dados básicos na medalha;
2 – se você é corredor e até mesmo blogueiro, passe a exigir estes detalhes nas próximas provas, através de posts no seu blog, e-mails de reclamação e qualquer alerta que possa ser dado neste sentido.
Afinal, você não quer deixar de contar para os seus netos a estória completa daquela prova onde você superou seus limites e deixou os quenianos para trás...
Rodolfo Lucena, autor dos livros “Maratonando” e “+Corrida”, já havia alertado para este problema, e enquanto eu fazia um “censo” (agora virou moda!) das minhas medalhas, dei de cara com diversas delas que não dizem os dados básicos da prova. Independente se são bem acabadas ou não, parece que é mais importante gravar os logotipos dos patrocinadores do que os dados da sua conquista. E você pensa que acontece só em provas bobinhas de 5K, organizadas de forma artesanal? De jeito nenhum, eu acabo de vasculhas as medalhas das Maratonas do Rio e São Paulo deste ano e nada de dizer as datas! Vou ter que olhar o arquivo do blog e achar os respectivos dias para terminar meu “censo”.
Aproveito para deixar aqui meus apelos para os leitores:
1 – se você é organizador de provas, sabemos que o patrocinador tem prioridade, mas as corridas geralmente são pagas e o mínimo que poderia ser feito é a gravação dos dados básicos na medalha;
2 – se você é corredor e até mesmo blogueiro, passe a exigir estes detalhes nas próximas provas, através de posts no seu blog, e-mails de reclamação e qualquer alerta que possa ser dado neste sentido.
Afinal, você não quer deixar de contar para os seus netos a estória completa daquela prova onde você superou seus limites e deixou os quenianos para trás...
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quarta-feira, 13 de outubro de 2010
Corrida Santos Dumont: missão cumprida!
Talvez a falta de tempo das últimas semanas esteja fazendo com que eu corra um pouco mais rápido que o habitual. Afinal, já havia completado os 10 Km do Circuito Adidas Primavera abaixo de 1 hora (OK, 59:55) e olha que é um sobe e desce danado naquele percurso. Quando fiz a inscrição para a Corrida Santos Dumont, que aconteceu mais uma vez no feriado de 12/10, achei que seria desaforo fazer um percurso totalmente plano em tempo maior. Porém treinar durante a semana nem pensar, o máximo que consegui fazer foi uma escapada no domingo com a bike e um pouco de academia na segunda. Então vamos aos fatos...
A prova mais uma vez foi bem organizada pela JJS Eventos, tendo largada na área militar do Aeroporto Campo de Marte, uma vez que é apoiada pelo Comando Aéreo Regional (COMAER). Os kits foram retirados no Hospital Edmundo Vasconcelos, patrocinador oficial da prova e a entrega ocorreu de forma organizada. A camiseta até que é bonitinha, e este foi o único “agrado” que o corredor recebeu nesta prova.
A corrida começou no horário marcado e com um número não muito alto de participantes. Afinal, não é uma região central (Zona Norte de São Paulo) e aconteceu em um feriado prolongado. Hidratação bem distribuída pelo percurso, clima frio com sol, retas intermináveis como a do trecho que atualmente é parte do circuito da Fórmula Indy na Av. Olavo Fontoura. A única crítica, para variar, fica por conta da largada dos caminhantes, que deve ocorrer sempre após a dos corredores. No mais, tudo de bom.
Ah, o meu tempo? Ficou em 59:02, mesmo sem treino. Ou seja, missão cumprida!
Deixo para você este vídeo do pessoal da Força Aérea, que corre os 10K a base de seus hinos de batalha...
Parabéns a eles e a todos os que concluíram a prova!
A prova mais uma vez foi bem organizada pela JJS Eventos, tendo largada na área militar do Aeroporto Campo de Marte, uma vez que é apoiada pelo Comando Aéreo Regional (COMAER). Os kits foram retirados no Hospital Edmundo Vasconcelos, patrocinador oficial da prova e a entrega ocorreu de forma organizada. A camiseta até que é bonitinha, e este foi o único “agrado” que o corredor recebeu nesta prova.
A corrida começou no horário marcado e com um número não muito alto de participantes. Afinal, não é uma região central (Zona Norte de São Paulo) e aconteceu em um feriado prolongado. Hidratação bem distribuída pelo percurso, clima frio com sol, retas intermináveis como a do trecho que atualmente é parte do circuito da Fórmula Indy na Av. Olavo Fontoura. A única crítica, para variar, fica por conta da largada dos caminhantes, que deve ocorrer sempre após a dos corredores. No mais, tudo de bom.
Ah, o meu tempo? Ficou em 59:02, mesmo sem treino. Ou seja, missão cumprida!
Deixo para você este vídeo do pessoal da Força Aérea, que corre os 10K a base de seus hinos de batalha...
Parabéns a eles e a todos os que concluíram a prova!
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segunda-feira, 11 de outubro de 2010
É “nóis” na Runner’s!
Digo “nóis” pois não fui o único que saiu na foto: na largada da Corrida Vertical em 29/08, eu e o colega Fábio Namiuti do blog Arquivo de Corridas de Fábio Namiuti fomos clicados no momento da largada (eu estou em primeiro plano – ou por último, se preferir – e o Namiuti está logo a frente, de calção amarelo). Afinal, era a primeira bateria de um novo evento, e os fotógrafos e jornalistas estavam empolgados. A foto está na edição de Outubro da revista Runner’s World, em uma matéria muito boa sobre este tipo de corrida.
Mesmo tendo saído de costas na foto, já valeu pelos 5 segundos de fama!
Mesmo tendo saído de costas na foto, já valeu pelos 5 segundos de fama!
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sábado, 9 de outubro de 2010
Cartinha ao treinador
Semana do cão: em alguns dias saí antes das 7:00 e voltei quase no dia seguinte, trabalhando e fazendo curso. O dono da academia está mais rico e eu menos condicionado. Correr na rua? Só quando começou a chover na quinta ou para atravessar a faixa de pedestres na sexta (sensação boa, durou pouco). Dor nas costas devido a excesso de peso na mochila. No sábado acordei com o corpo todo duro e dolorido de stress da semana, dia frio e com chuva, então nem pensar em forçar o corpo lá fora, apesar da vontade.
Eis que estou colocando a leitura em dia com algumas revistas de corrida paradas em cima da mesa e dou de cara com uma matéria onde “treinadores” aconselham a terminar bem uma maratona, algo do tipo “tem gente que se orgulha de dizer que terminou com dores e se arrastando blá blá blá..”. Já tive que dar um esculacho na turma de ontem em sala de aula, aí vai outro:
“Sr. Treinador, não terminei uma, mas sim três maratonas em frangalhos, neste estado de doer tudo até os fios de cabelos e me orgulho muito disso. Com todo tempo escasso que tenho para treinar, e não pela falta de vontade, fiz mais do que muita gente que fica na frente da TV o final de semana todo, que dorme quinze horas seguidas no sábado ou que acha que fazer atividade física é coisa para maluco. Pretendo completar outras tantas maratonas neste mesmo estado ou pior, e isto não é problema seu. Antes de escrever imbecilidades na revista, pare e pense que este é um país com mais gente obesa do que subnutrida. Afinal, a página onde constava o seu e outros nomes ‘ilustres’ do esporte é um tanto áspera e não dá nem para limpar a b...”
Tudo bem, me empolguei de novo (os alunos de ontem que o digam). Existem não apenas dois, mas diversos tipos de atletas nas provas de rua, e eu estou na categoria que chamo de “recreacional”. Vou nas provas que posso pagar inscrição e que podem ser encaixadas no meu calendário, faço academia sem neuras e apenas para manter o condicionamento, corro porque gosto, tempo de prova é apenas um presente quando é mais baixo que o esperado. Portanto, esporte para mim não é obrigação ou atividade remunerada. Se tiver que completar outras tantas provas no pace entre 6 e 7 min/Km ou mais, sem problemas, eu não tenho por hábito desistir das coisas e não é o relógio que vai me desanimar. Comecei, vou terminar.
Portanto, da próxima vez eu mando esta “cartinha” para a redação da revista e com certeza deixo de comprar as próximas edições. As já compradas, vão para a lixeira de papel reciclável.
Afinal, já tenho coisas demais para fazer do que ficar lendo opiniões de quem não sabe como é o meu dia. Ou de pessoas que não sabem a sensação de um dia ter sido sedentário e alguns anos depois cruzar a linha de chegada dos 42 Km.
Bom final de semana e feriado, no seu ritmo, seja ele qual for!
Eis que estou colocando a leitura em dia com algumas revistas de corrida paradas em cima da mesa e dou de cara com uma matéria onde “treinadores” aconselham a terminar bem uma maratona, algo do tipo “tem gente que se orgulha de dizer que terminou com dores e se arrastando blá blá blá..”. Já tive que dar um esculacho na turma de ontem em sala de aula, aí vai outro:
“Sr. Treinador, não terminei uma, mas sim três maratonas em frangalhos, neste estado de doer tudo até os fios de cabelos e me orgulho muito disso. Com todo tempo escasso que tenho para treinar, e não pela falta de vontade, fiz mais do que muita gente que fica na frente da TV o final de semana todo, que dorme quinze horas seguidas no sábado ou que acha que fazer atividade física é coisa para maluco. Pretendo completar outras tantas maratonas neste mesmo estado ou pior, e isto não é problema seu. Antes de escrever imbecilidades na revista, pare e pense que este é um país com mais gente obesa do que subnutrida. Afinal, a página onde constava o seu e outros nomes ‘ilustres’ do esporte é um tanto áspera e não dá nem para limpar a b...”
Tudo bem, me empolguei de novo (os alunos de ontem que o digam). Existem não apenas dois, mas diversos tipos de atletas nas provas de rua, e eu estou na categoria que chamo de “recreacional”. Vou nas provas que posso pagar inscrição e que podem ser encaixadas no meu calendário, faço academia sem neuras e apenas para manter o condicionamento, corro porque gosto, tempo de prova é apenas um presente quando é mais baixo que o esperado. Portanto, esporte para mim não é obrigação ou atividade remunerada. Se tiver que completar outras tantas provas no pace entre 6 e 7 min/Km ou mais, sem problemas, eu não tenho por hábito desistir das coisas e não é o relógio que vai me desanimar. Comecei, vou terminar.
Portanto, da próxima vez eu mando esta “cartinha” para a redação da revista e com certeza deixo de comprar as próximas edições. As já compradas, vão para a lixeira de papel reciclável.
Afinal, já tenho coisas demais para fazer do que ficar lendo opiniões de quem não sabe como é o meu dia. Ou de pessoas que não sabem a sensação de um dia ter sido sedentário e alguns anos depois cruzar a linha de chegada dos 42 Km.
Bom final de semana e feriado, no seu ritmo, seja ele qual for!
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domingo, 3 de outubro de 2010
Meus 600K
"O que não se pode medir, não se pode melhorar". OK, eu não estou tão inspirado assim hoje, esta frase é de Edward Deming, célebre consultor americano da área de qualidade. Mas voltemos à corrida: eu com certeza não vou para a tal Nike 600K que todo mundo está falando, apenas acabei de completar esta marca de seis dezenas de quilômetros de corrida percorridos neste ano de 2010. Para quem fizer uma média por semana ou mês, vai achar pouco, e é mesmo. Mas com certeza é mais atividade física do que muita gente fez na última década.
E como eu sei que “rodei” tudo isso? Simples, de novo vou apelar para meu amigo MS Excel, onde anoto as provas, treinos e esteira que vou fazendo. É claro que quando se trata de treino é meio difícil saber o quanto se percorreu em um parque ou mesmo acreditar nos números da esteira. O primeiro vai na base da percepção do esforço e o segundo na confiabilidade do equipamento. Ou seja, temos que considerar uns 5% de diferença no número, o que não é tanto assim.
Quando o ano virou eu estava com vontade de correr uma maratona lá fora e pensava em rodar ao menos “2010 Kms” para mostrar a mim mesmo que mereço o presente. Mas os compromissos profissionais, do tipo trabalhar 12 horas por dia atrapalham tudo, sem contar as lesões e dias de preguiça. Somando tudo na minha planilha, ao final de Setembro deu o número redondo “600” e eu logo assimilei à prova da Nike que acontecerá em breve. Posso até não estar na prova (e nem tenho tempo para isto, diga-se), mas já valeu ter completado alguma marca neste ano.
Já medi, agora é hora de melhorar.
Aliás, Outubro virou no calendário e eu preciso marcar mais 7 Km...
Boa semana!
E como eu sei que “rodei” tudo isso? Simples, de novo vou apelar para meu amigo MS Excel, onde anoto as provas, treinos e esteira que vou fazendo. É claro que quando se trata de treino é meio difícil saber o quanto se percorreu em um parque ou mesmo acreditar nos números da esteira. O primeiro vai na base da percepção do esforço e o segundo na confiabilidade do equipamento. Ou seja, temos que considerar uns 5% de diferença no número, o que não é tanto assim.
Quando o ano virou eu estava com vontade de correr uma maratona lá fora e pensava em rodar ao menos “2010 Kms” para mostrar a mim mesmo que mereço o presente. Mas os compromissos profissionais, do tipo trabalhar 12 horas por dia atrapalham tudo, sem contar as lesões e dias de preguiça. Somando tudo na minha planilha, ao final de Setembro deu o número redondo “600” e eu logo assimilei à prova da Nike que acontecerá em breve. Posso até não estar na prova (e nem tenho tempo para isto, diga-se), mas já valeu ter completado alguma marca neste ano.
Já medi, agora é hora de melhorar.
Aliás, Outubro virou no calendário e eu preciso marcar mais 7 Km...
Boa semana!
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