
Feliz Ano Novo para você também! Por uma confluência de corpos celestes, alinhamento de planetas, evidência de números cabalísticos, aquecimento global, ou sei lá o que mais, minha centésima corrida (isto mesmo, número 100!) acabou sendo minha 5ª. São Silvestre, a edição 86 ou de 2010 se preferir. Também marca o fechamento do meu 5o. ano correndo, já que comecei em janeiro de 2006. Por isto e outros motivos, este post tem muita estória para contar...
A provaVamos pular a parte da medalha e deixar para falar da (des)organização depois. Basicamente, fui no meu ritmo de sempre e consegui terminar em 1:42:35, nenhuma marca invejável, mas dada a quantidade de gente, os incontáveis deslocamentos laterais para desviar dos “paredões” de corredores conversando e as subidas infernais, está mais do que bom. O clima nublado e com vento ajudou muito, diga-se.
Quando chegamos mais ou menos ao Km 5, a multidão já berrava “O Marílson ganhou!” e os corredores entoavam gritos como “Marílson! Brasil!” e coisas do tipo. É sempre um incentivo a mais saber que um dos nossos heróis chegou lá na frente. Fora isto, nenhuma novidade: gente fantasiada pelo percurso, multidão gritando o tempo todo, alguns já bêbados, ótimo policiamento e a satisfação de ver que o povo enfrenta de cabeça erguida os 15 Km da prova.
E lá vem a Brigadeiro. É hora do doping sonoro, começando com
Radar Love do Golden Earring. Passei a Faculdade de Direito sacudindo os bracinhos no ritmo do solo de bateria só para esquecer o que estava pela frente. Na sequência, logo no início da subida, começou a tocar
Highway to Hell do AC/DC, totalmente apropriada para a ocasião. Pirambeira danada, mas já sabia o que me aguardava e neste ano fui no ritmo certo e corri o percurso todo. Agora é só acelerar o que dá e passar a chegada. Pronto, missão cumprida, passei pela linha de chegada pela centésima vez em uma corrida!
A (des)organizaçãoÉ chato falar disso de novo, mas quem não estava lá precisa saber o que rola na São Silvestre. Antes da prova, o locutor (coitado...) anunciava que era “uma das melhores provas em termos de organização no país” (coitado de novo...). A largada foi obviamente atrasada e você já deve saber por quem, e o sistema de som apresentou falhas quando a prova realmente começou.
A Polícia Militar de São Paulo, experiente na estrutura destes eventos, não deixava entrar com garrafas e copos, apesar de que alguns conseguiram. Porém o que a PM não sabe é que a Yescom vê a água como algo supérfluo para o corredor, “um plus a mais”, colocando o primeiro posto somente no Km 4. Eu já reclamo disto há anos após a prova, e como sempre nenhuma atitude é tomada. Desta vez não estava sol, mas eu já estava superaquecendo lá pelo Km 3, imagine quem não está acostumado a correr, como é o caso de muita gente que estava lá.
Na chegada, uma decepção maior ainda. Já havíamos sido informados sobre a “dispersão”, ou seja, como se livrar de 21 mil pessoas para deixar a Av. Paulista para o “Show da Virada”. O locutor da chegada, o Chicão, voz conhecida nas corridas de rua, era obrigado a fica pedido para o pessoal “dar mais um trotinho”, “liberar a área” e coisas do tipo. O mais ridículo foi escutá-lo tentando dispersar a comemoração dos nossos heróis da Força Aérea, que chegaram animados e cantando, ou seja, estragou a festa deles após a linha de chegada. Uma pena, um ótimo profissional de corridas direcionado a fazer as besteiras impostas pela (des)organização.
Para completar, o “lanche” era entregue jogando-se sacos a partir de caminhões, e todo mundo pegava no maior

empurra-empurra: corredores, acompanhantes, pedestres, moradores de rua...
Mas lembre-se: você pagou por tudo isto!
E seguindo a sugestão dos leitores, uma nova forma de receber a medalha no próximo ano: biscoitinhos da sorte, aqueles que você recebe junto com a comida chinesa!
Os novos amigosPouco antes da prova, sob organização da Mayumi do Running Kitigai, os blogueiros se reuniram em uma cantina da região para um verdadeiro almoço de massas (eu realmente jantei Miojo na noite anterior, não sei fazer outra coisa...). Bom, as fotos dizem tudo: gente que não se conhecia pessoalmente com afinidade imediata e que por pouco não perdem a hora do restaurante fechar de tanta conversa... e fotos, muitas fotos. Bastava um puxar a máquina e todos queriam um pedacinho daquela reunião fantástica para colocar nos blogs.
Vamos ver se eu não esqueço de ninguém (se esquecer, me avise e corrijo o post):
Mayumi,
Running Kitigai (parabéns de novo, excelente ideia!)
Elis,
Diário de Uma CorredoraDani,
Correndo e EmagrecendoFabi,
A corrida mudou minha vida Miguel,
BALEIAS Corrida de Rua Priscila,
Corridas e MaratonasIvana,
No Mundo das LulusTutta,
Correndo Corridas Sergio e Adriana,
Let’s RunRicardo Hoffmann,
Run for Free(e faltou o Jorge,
JMaratona que não conseguiu nos achar lá no ponto de encontro antes da largada...)
Sem contar as broncas que eu levei dos blogueiros, afinal, dificilmente coloco fotos minhas aqui e a maioria não me reconheceu... até eu abrir a boca e reclamar da Yescom, é claro!
O ano de 2010 foi marcado por um fato muito triste para mim, pois meus supostos “amigos” viviam de agenda cheia e não tinham tempo para nada, inclusive para manter a suposta “amizade”. Passar esta última tarde do ano na companhia destas pessoas das fotos, amigos virtuais até então, foi um presente de Natal totalmente inesperado. E que venham as próximas confraternizações, pois agora você não são apenas virtuais!
Então:
Inscrição para a prova: R$ 85,00
Inscrição para as 100 provas: melhor não somar...
Conhecer ao vivo e a cores os outros blogueiros corredores: não tem preço!
Parabéns a todos que concluíram a São Silvestre!