Dos que se aventuram a ficar pendurados na tirolesa do Vale do Anhangabaú aos que enfrentam pedaladas noturnas, não tem como uma pessoa não-sedentária ficar parada no final de semana do evento. Neste ano, aproveitei para participar novamente da Corrida 24 Horas na Pista e da Travessia Guarapiranga. Pois é, eu estava meio preguiçoso...
Rodando não, “ródando” (como diria o Raul)
Eu já havia decidido no ano passado, ao participar desta prova, que neste ano iria para ficar as 24 horas, com barraca e tudo. Mas, como você verá ao final deste post, não era uma boa ideia forçar demais, então usei o evento apenas como treino, muito mais divertido do que correr sozinho na rua, naturalmente.
Começando às 14:00 da tarde do sábado, debaixo de um sol de rachar os bonés, os corredores rodaram pela pista do PET (Parque Esportivo dos Trabalhadores) até as 14:00 do dia seguinte. Conferi o evento no período noturno, pouco depois do pôr-do-sol, ainda com clima abafado do dia quente. Rodar 400 metros é fácil, quero ver você fazer isso repetidas vezes. No meu caso, rodei uns 10 Kms, o suficiente para justificar a participação no evento.
Quer ver como é uma corrida em pista? Clique no vídeo e curta um pouco:
Entrando numa fria
O sábado ensolarado prometia um domingo mais quente ainda. Mas para surpresa de todos, o dia amanheceu nublado e chuvoso. Inscrito na Travessia Guarapiranga, prova excelente que já havia participado em duas outras ocasiões, não teve jeito, coloquei a roupa de neoprene na mala e atravessei a cidade até o local da prova.
Quem se arriscou e entrou na água só de sunga ou maiô, logo de cara sentiu o gelo que estava a gigantesca área da represa. Alguns optaram por não fazer esta aclimatação, e digamos, dançaram. Dada a largada, os nadadores seguiram para a água e o festival de interjeições, exclamações e apelo às entidades divinas começou por todos os cantos, dada a baixa temperatura onde teriam que nadar. Confira a largada da prova:
Não tem jeito, já estou aqui mesmo, vou aproveitar para dar umas braçadas. O bom de usar a roupa de neoprene é a retenção do calor, além da flutuabilidade melhorada, o que usa menos energia. Após 22 minutos e alguns segundos, missão cumprida, mais 1.000 metros para a conta.
Mas porque não fazer uma única prova e fazer direito, tipo, ficar as 24 horas lá na pista? Simples, é hora de mais uma maratona...
O último grande desafio do ano (mas não o último desafio) é na próxima semana, daí seria desgastante rodar mais do que a distância prevista. Resumindo, o tal “polimento”, mesmo que a lataria ainda apresente sinais de ferrugem.
Parabéns à Prefeitura de São Paulo. Posso não concordar com muita coisa nas últimas administrações públicas da cidade, mas a manutenção da Virada Esportiva é algo que torcemos para que continue sempre presente.