Eu costumo dizer que as melhores provas do calendário acontecem na segunda metade do ano, e aí vai mais uma que já está marcada para os próximos: Meia Maratona de Revezamento SESC que é organizada em São Paulo pela unidade Ipiranga, e que como toda prova da entidade, é garantia de evento de ótima qualidade e preço acessível. Para se ter uma ideia, minha afiliação como comerciário garantiu uma inscrição de modestos R$ 15,00, enquanto que os avulsos pagavam R$ 30,00. Lá pra baixo eu falo mais à respeito.
O calor desértico do sábado na hora de retirar o kit já dava indicações de que não ia ser fácil enfrentar as pirambeiras da região do Ipiranga no sobe e desce com a cabeça torrando no sol. Mas para sorte de todos os corredores, ao final do dia uma chuva “lavou” o calor do dia e deixou o domingo até mesmo nublado na maior parte do tempo. O pouco mormaço que ainda estava no ar nem era do sol que tentava abrir espaço entre as nuvens, mas provavelmente do bafo do dia anterior. Clima sensacional para correr. Sobre o kit, bem simples mas de boa qualidade: camiseta azul marinho, números de peito e sacolinha (eu não sei mais o que fazer com estas sacolinhas...).
Às 08:00 em ponto, após um animado aquecimento realizado pelo pessoal do SESC, foi dada a largada em primeira marcha e tração nas quatro patas. Isto porque você já inicia em uma subida rumo ao Museu do Ipiranga, a qual se estende por quase 1 Km. Se você acredita que dá para sair rasgando logo de cara, também deve acreditar naquela baboseira de “grito de independência”. Após este trecho, diga ao povo que corro.
Para quem já correu as provas Bombeiros da Corpore, Troféu Independência ou Longevidade, sabe que não é um percurso dos mais fáceis, mas dá para encarar. Tem um sobe e desce danado, sendo o único trecho plano a Av. D. Pedro I. Como as equipes de revezamento eram de 2 ou 4 integrantes, o pessoal que iria fazer 10,5 como era o meu caso, enfrentava tudo em dobro. Mesmo assim, não foi cansativo em termos de paisagem, e sim uma forma de saber em que pontos dava para puxar um pouco mais na segunda volta.
Enquanto estava lá no Km 6 me preparando para a subida final do meu trecho, fui identificado pelo corredor Alessandro Guimarães do blog Correndo Que Me Entendo. Conversamos até a área de transição e ele deu prosseguimento em sua preparação para a Maratona de Curitiba. Alessando, foi uma satisfação conhece-lo e sucesso no seu desafio!
O kit pós-prova era composto por medalha, frutas, suco e barrinhas de cereal, infelizmente nada salgado, o que me fez parar no SESC Ipiranga e comer um pão de queijo (que desculpa boba só para saborear esta iguaria da cozinha mineira!), regado a um balde de cappuccino, é claro. Retirada de chip muito organizada no dia da prova, guarda-volumes com divisão por números de peito e ótima área com atividades para quem estava esperando, com massagem, máquina de fotos e outros entretenimentos. Ou seja, um verdadeiro evento de corrida.
Voltando à questão do preço: se por toda esta estrutura paga-se no máximo R$ 30,00, por que eu devo me inscrever em eventos patrocinados por lojas esportivas de shopping centers onde a inscrição custa 4 vezes este valor? Não vou citar diretamente o evento, mas ele acontece nas próximas semanas, e eu achei um absurdo, um valor meramente elitista, que visa separar o “corredor diferenciado” que pode pagar por isto. O SESC mais uma vez está de parabéns pela prova e pela acessibilidade que promoveu nesta edição. Uma pena que eu não vou na Corrida Rústica em 20/11, mas fica aí a dica para quem tem acesso ao SESC Interlagos , uma prova que participei no ano passado e que vale muito a pena.
Ainda não saiu o tempo oficial, mas não estou muito preocupado. Pelo meu relógio, os 10,5 Km foram feitos em 01:09:36, mas eu esqueci de descontar a área de transição da primeira volta. Como meu joelho está “em observação” devido à uma dor que vai e volta, não forcei, especialmente nas descidas. Não é hora de se machucar, com tantas provas legais neste final de ano.
segunda-feira, 31 de outubro de 2011
segunda-feira, 24 de outubro de 2011
Precisa-se de Corredores: Ayrton Senna Racing Day
Estou em busca de dois heróis (ou heroínas) para compor uma equipe de revezamento para a próxima edição da Ayrton Senna Racing Day, que acontecerá em São Paulo no dia 04/12. A prova é uma maratona de revezamento, onde na equipe de 4 corredores que é o meu objetivo, cada integrante percorrerá 2 voltas no autódromo de interlagos. Da nossa equipe dos anos anteriores, 2 membros não poderão participar da corrida, portanto lanço aqui o convite aos blogueiros e colegas de corrida que queiram eventualmente participar deste evento fantástico e super organizado, uma prova que já faz parte do meu calendário nos últimos anos e que infelizmente corremos o risco de não participar por falta de equipe.
As inscrições para o quarteto custam R$ 360,00 (ou seja, R$ 90,00 para cada corredor) e incluem um kit sempre bem cuidado, medalha e acesso ao autódromo, inclusive com estacionamento interno. Cara, você vai largar dos boxes da Fórmula-1, o que mais você quer? Confira meu relato dos anos anteriores (e você sabe que eu sou crica e reclamo quando não gosto... não foi o caso destes eventos):
2010: Ayrton Senna Racing Day: “S” de Sensacional!
2009: Ayrton Senna Racing Day: fantástica!
Veja também o site oficial do evento:
AYRTON SENNA RACING DAY 2011
Para efeito de melhor organização das corridas deste final de ano, preciso colocar uma data final para formarmos esta equipe: 31/10. As inscrições são até 15/11 e o número máximo de inscritos sempre é completado, portanto não podemos dar bobeira ou ficamos de fora. Também aproveito que nosso intuito não é competir, e sim participar da prova, sendo considerado uma média de aproximadamente 06:30 min/Km para os 2 corredores que já temos na equipe. Se você quer ir para buscar pódio ou mostrar performance, é uma pena, mas esta equipe não vai atender seus objetivos.
Se estiver interessado, mande um e-mail para nropeito@gmail.com e conversamos sobre os detalhes.
Conto com sua participação na nossa equipe!
As inscrições para o quarteto custam R$ 360,00 (ou seja, R$ 90,00 para cada corredor) e incluem um kit sempre bem cuidado, medalha e acesso ao autódromo, inclusive com estacionamento interno. Cara, você vai largar dos boxes da Fórmula-1, o que mais você quer? Confira meu relato dos anos anteriores (e você sabe que eu sou crica e reclamo quando não gosto... não foi o caso destes eventos):
2010: Ayrton Senna Racing Day: “S” de Sensacional!
2009: Ayrton Senna Racing Day: fantástica!
Veja também o site oficial do evento:
AYRTON SENNA RACING DAY 2011
Para efeito de melhor organização das corridas deste final de ano, preciso colocar uma data final para formarmos esta equipe: 31/10. As inscrições são até 15/11 e o número máximo de inscritos sempre é completado, portanto não podemos dar bobeira ou ficamos de fora. Também aproveito que nosso intuito não é competir, e sim participar da prova, sendo considerado uma média de aproximadamente 06:30 min/Km para os 2 corredores que já temos na equipe. Se você quer ir para buscar pódio ou mostrar performance, é uma pena, mas esta equipe não vai atender seus objetivos.
Se estiver interessado, mande um e-mail para nropeito@gmail.com e conversamos sobre os detalhes.
Conto com sua participação na nossa equipe!
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Corridas 2011
quinta-feira, 13 de outubro de 2011
8a. Corrida Santos Dumont: voando baixo
Pouco antes de escrever este post, fiz as inscrições para as últimas provas do ano, pelo menos para corridas, pois pode ser que eu ainda tome coragem para um “...athlon” qualquer. Mas diga-se que este ano foi cheio de decepções com provas e organizadores, sem falar especificamente daquela-organizadora-que-não-devemos-dizer-o-nome (tipo o vilão do Harry Potter). E que sensação agradável ao ver que a 8ª. edição da Corrida Santos Dumont só melhora a cada ano, onde é visível que a organizadora JJS Eventos observa os pontos a serem revisados e de fato trabalha para resolver cada situação.
A prova acontece tradicionalmente no dia 12 de Outubro, em comemoração à Semana da Asa, e por este motivo tem como ponto de largada e chegada a base aérea do Aeroporto Campo de Marte, onde funciona o PAMA – Parque de Material da Aeronáutica. Amplo espaço para todas as estruturas de prova (kits, guarda-volumes, banheiros, pódio, etc.) e fácil movimentação de quem está lá para correr, caminhar ou somente acompanhar. O percurso é totalmente plano. Não entendeu ainda? Vou explicar: a maior elevação que você vai ter pela frente são as lombadas e um pouquinho da Av. Brás Leme. Ou seja, pode sentar a bota que não vai ter subida para quebrar o seu ritmo.
A maior parte da prova acontece na Av. Olavo Fontoura, e para quem não conhece, é aí que os carros da Fórmula Indy aceleram a 300 Km/h na etapa São Paulo do campeonato mundial. Asfalto um pouco grudento (tipo o do autódromo) mas retinho, sem buracos ou muito caimento nas laterais. Ficou com inveja? Então aí vai o melhor de tudo: clima nublado, com nuvens estáveis e sem sinal de chuva, propício para correr. Ou seja, tudo de bom.
Voltando à organização, o corredor/caminhante poderia retirar o kit no Hospital Edmundo Vasconcelos, patrocinador da prova, na véspera ou no próprio dia do evento. Caramba, será que ninguém pensou nisto antes? Quantas vezes eu torrei tempo e combustível, e até estacionamento, para pegar kit na véspera! Às 07:00 da manhã meu kit estava lá me esperando, com camiseta laranja, número de peito, chip descartável e gel de carboidrato. No kit pós-prova, guloseimas do patrocinador Montevérgine e isotônico Marathon. Tudo isso pelo preço justo de R$ 50,00, outro exemplo a ser seguido pelos organizadores. E o melhor de tudo, que eu sempre escrevo aqui: largada dos caminhantes em baia separada! Partem os corredores para os 5 ou 10 Km e na sequência os caminhantes curtem o percurso do mesmo jeito, sem atropelo ou muvuca.
Eu vi seu blog!
Ainda irritado pelo fiasco do meu Biathlon três dias antes (leia abaixo) e com a tal tosse chata, além de uma divertidíssima cirurgia dentária na noite anterior, saí meio desembestado dentro dos limites e mantive o ritmo de 06:12 / Km, fechando em 01:01:42 (pelo meu cronômetro). Tá mais do que bom, dadas as condições acima, outra surra no meu relógio. Na verdade, todo mundo voou baixo nesta prova, clima e percurso ajudaram muito, e percebi que os corredores conseguiam manter o ritmo confortavelmente.
Ao final, medalha (ufa, esta prova tinha! Ver relato do biathlon...) bem bonita e a satisfação de encontrar o colega Ultramaratonista Jorge Cerqueira, do blog JMaratona, que aliás foi campeão na categoria militar. Jorge, parabéns, e espero que você venha faturar mais títulos aqui em São Paulo!
Dois comentários finais:
Parabéns ao Comando da Aeronáutica no auxílio da organização, não só pelo espaço do PAMA cedido ao evento, mas pela atenção dos soldados no local e na distribuição de água.
Se você ainda não foi nesta prova, não perca tempo, mudanças podem ocorrer nos próximos anos. Há rumores de que o espaço do Aeroporto Campo de Marte e do próprio PAMA sejam desativados para a construção da estação do Trem-bala até a Copa do Mundo ou Olimpíada. Daí, a prova com certeza terá grandes alterações.
Para fechar, aproveitando o título do post anterior: “prova sensacional, performance muito boa!”.
A prova acontece tradicionalmente no dia 12 de Outubro, em comemoração à Semana da Asa, e por este motivo tem como ponto de largada e chegada a base aérea do Aeroporto Campo de Marte, onde funciona o PAMA – Parque de Material da Aeronáutica. Amplo espaço para todas as estruturas de prova (kits, guarda-volumes, banheiros, pódio, etc.) e fácil movimentação de quem está lá para correr, caminhar ou somente acompanhar. O percurso é totalmente plano. Não entendeu ainda? Vou explicar: a maior elevação que você vai ter pela frente são as lombadas e um pouquinho da Av. Brás Leme. Ou seja, pode sentar a bota que não vai ter subida para quebrar o seu ritmo.
A maior parte da prova acontece na Av. Olavo Fontoura, e para quem não conhece, é aí que os carros da Fórmula Indy aceleram a 300 Km/h na etapa São Paulo do campeonato mundial. Asfalto um pouco grudento (tipo o do autódromo) mas retinho, sem buracos ou muito caimento nas laterais. Ficou com inveja? Então aí vai o melhor de tudo: clima nublado, com nuvens estáveis e sem sinal de chuva, propício para correr. Ou seja, tudo de bom.
Voltando à organização, o corredor/caminhante poderia retirar o kit no Hospital Edmundo Vasconcelos, patrocinador da prova, na véspera ou no próprio dia do evento. Caramba, será que ninguém pensou nisto antes? Quantas vezes eu torrei tempo e combustível, e até estacionamento, para pegar kit na véspera! Às 07:00 da manhã meu kit estava lá me esperando, com camiseta laranja, número de peito, chip descartável e gel de carboidrato. No kit pós-prova, guloseimas do patrocinador Montevérgine e isotônico Marathon. Tudo isso pelo preço justo de R$ 50,00, outro exemplo a ser seguido pelos organizadores. E o melhor de tudo, que eu sempre escrevo aqui: largada dos caminhantes em baia separada! Partem os corredores para os 5 ou 10 Km e na sequência os caminhantes curtem o percurso do mesmo jeito, sem atropelo ou muvuca.
Eu vi seu blog!
Ainda irritado pelo fiasco do meu Biathlon três dias antes (leia abaixo) e com a tal tosse chata, além de uma divertidíssima cirurgia dentária na noite anterior, saí meio desembestado dentro dos limites e mantive o ritmo de 06:12 / Km, fechando em 01:01:42 (pelo meu cronômetro). Tá mais do que bom, dadas as condições acima, outra surra no meu relógio. Na verdade, todo mundo voou baixo nesta prova, clima e percurso ajudaram muito, e percebi que os corredores conseguiam manter o ritmo confortavelmente.
Ao final, medalha (ufa, esta prova tinha! Ver relato do biathlon...) bem bonita e a satisfação de encontrar o colega Ultramaratonista Jorge Cerqueira, do blog JMaratona, que aliás foi campeão na categoria militar. Jorge, parabéns, e espero que você venha faturar mais títulos aqui em São Paulo!
Dois comentários finais:
Parabéns ao Comando da Aeronáutica no auxílio da organização, não só pelo espaço do PAMA cedido ao evento, mas pela atenção dos soldados no local e na distribuição de água.
Se você ainda não foi nesta prova, não perca tempo, mudanças podem ocorrer nos próximos anos. Há rumores de que o espaço do Aeroporto Campo de Marte e do próprio PAMA sejam desativados para a construção da estação do Trem-bala até a Copa do Mundo ou Olimpíada. Daí, a prova com certeza terá grandes alterações.
Para fechar, aproveitando o título do post anterior: “prova sensacional, performance muito boa!”.
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segunda-feira, 10 de outubro de 2011
Biathlon Atletas Solidários: prova boa, performance ruim
Sabe aquela propaganda “Existem dias ruins e dias bons”, na minha versão para a 4a. Etapa do Biathlon Atletas Solidários, “este foi um dia péssimo”. Mas antes que você pense que eu vou descarregar minha ira no organizador, eu já assumo a culpa do fracasso, apesar de que vai espirrar na organização assim mesmo.
O ano está acabando, e com a falta de desafios proporcionada pela alteração da São Silvestre (que eu continuo afirmando que não vou) e o cancelamento tardio do Fast Triathlon Experience, o jeito foi buscar provas diferentes, e uma coisa que eu queria era dedicar um pouco mais de tempo ao triathlon. Estas provas são um pouco caras, na faixa de R$ 300,00, então o jeito é treinar em provas menores e mais acessíveis. Quando esbarrei com a proposta do evento Atletas Solidários, que acontece em Santos (aproximadamente 70 Km de São Paulo), achei ótimo, prova que custa 10% de um triathlon e que proporciona a logística nadar/correr para praticar a transição de modalidades. A prova consistia de 500 metros de natação nas águas turvas da proximidade do Áquario Municipal de Santos (Canal 6) e mais 3 Km de corrida na avenida da praia.
Organizada pela YPS Eventos, a prova deixou um pouco a desejar, mas pode ser considerada boa. Para isto, seguindo o padrão dos blogueiros que gostam de uma análise mais detalhada, destaco na os prós e contras:
A favor:
- ótimo horário de largada, 09:00, que facilita para os estrangeiros como eu chegarem de outras cidades
- pontualidade e organização nas largadas das baterias
- estrutura de caiaques e pranchas no mar, além de salva-vidas dos bombeiros nas proximidades
- staff atencioso
- número de atletas bem dimensionado para o evento
- prova beneficente, renda arrecadada será destinada a compra de brinquedos para crianças carentes no final do ano
Contras:
- problemas com a camiseta: apesar de ser opcional (R$ 7,00), o fornecedor não entregou na data e o organizador se prontificou a envio pelo correio ou permitia a retirada na próxima semana. Como eu não queria causar problemas, aceitei uma da etapa anterior, poupando a organização de ter que enviar posteriormente.
- Banheiros químicos (ou qualquer coisa do tipo): inexistentes
- Taxa (abusiva) do ativo.com na inscrição: R$ 4,20
- área de transição muvucada: quem já fez um triathlon ou qualquer modalidade relacionada, sabe que a área de transição deve ser tratada com muita atenção. Afinal, os equipamentos do atleta ficam ali para as trocas de modalidade (tênis, bike, roupa de borracha, etc.). Eu achei muito estranho que ao cruzar a linha de chegada da corrida, uma pessoa da organização estava anunciando que um atleta havia esquecido a roupa de borracha e equipamento de natação na área. Oras, a prova não havia terminado, e aquele equipamento era meu! Tudo bem que eu cheguei quase por último (veja abaixo os motivos), mas enquanto o último atleta não passa, a área não deve ser desmontada. Peguei o equipamento e fui atrás da minha maior decepção na prova...
- Nada de medalha: o que posso dizer é que, em alguma tela da inscrição, em algum momento, eu vi que quem fizesse a inscrição até 10 dias antes do evento garantiria a medalha de participação, após este prazo, teria que retirar com o organizador. Mas ao terminar a prova, conversei com a coordenação do evento e descobri que esta regra era de outra prova, naquela em que eu estava não era prevista a entrega de medalhas. Pela primeira vez em 116 provas, fiquei sem medalha.
E a minha performance... (quer mesmo falar disso?)
Após pintarem o número da minha inscrição no meu braço, 24 (e sem piadas a respeito, por favor, leia como 2-4, ok?), fui para a área de largada. Mar batido só de olhar, todo encrespado. O tempo feio já indicava que a água estava boa para os pinguins, não para os atletas, e eu detesto até banho de chuveiro frio. Não deu outra, entrei na água e o 1mm de neoprene da roupa não segurou nem por 10 segundos o calor do corpo. Quase travei ali na areia mesmo, mas segui em frente. Ao enfiar a cabeça no mar (turvo e esverdeado, mas isto eu já sabia), entrou água no meu ouvido e o direito parou de funcionar, sensação muito desagradável. A tosse que me acompanhou durante a semana toda voltou com força total, em pleno mar, e lá se vai qualquer tentativa de controlar a respiração. Se meu médico ler este post, nem olha mais na minha cara...
Para completar, depois de algumas braçadas, o óculos de natação embaçou e com a soma de tudo isso, lá se vai qualquer tentativa de vencer a correnteza. Você sabia que a a água é 1000 vezes mais densa do que a do ar, e tem um coeficiente de arrasto 10 vezes maior do ar? Não? Então tente nadar com a cabeça fora da água e você vai entender. Como a minha teimava em enfrentar a água gelada, com ouvido doendo e sem visão alguma, arrasto total. Alguns se agarraram aos caiaques da organização e nem sei se continuaram a prova, mas eu fui adiante, nadando do jeito que conseguia, apesar da baixa velocidade. Que bom que não estava de relógio, deve ter sido um desastre de proporções épicas o tempo total dos 500 m.
Cheguei de volta ao continente com pique de ainda correr os 3 Km, aliás, acho que correria bem mais, estava feliz por estar novamente no asfalto firme.
Acho que somando tudo, performance ruim não vale medalha mesmo, ainda que seja somente de participação. Quem sabe na próxima eu melhoro e mereça algum tipo de reconhecimento.
E pensar que no mesmo dia aconteceu o evento máximo do Triathlon, o Ironman de Kona, no Havaí.
Vai sonhando, um dia você chega lá.
O ano está acabando, e com a falta de desafios proporcionada pela alteração da São Silvestre (que eu continuo afirmando que não vou) e o cancelamento tardio do Fast Triathlon Experience, o jeito foi buscar provas diferentes, e uma coisa que eu queria era dedicar um pouco mais de tempo ao triathlon. Estas provas são um pouco caras, na faixa de R$ 300,00, então o jeito é treinar em provas menores e mais acessíveis. Quando esbarrei com a proposta do evento Atletas Solidários, que acontece em Santos (aproximadamente 70 Km de São Paulo), achei ótimo, prova que custa 10% de um triathlon e que proporciona a logística nadar/correr para praticar a transição de modalidades. A prova consistia de 500 metros de natação nas águas turvas da proximidade do Áquario Municipal de Santos (Canal 6) e mais 3 Km de corrida na avenida da praia.
Organizada pela YPS Eventos, a prova deixou um pouco a desejar, mas pode ser considerada boa. Para isto, seguindo o padrão dos blogueiros que gostam de uma análise mais detalhada, destaco na os prós e contras:
A favor:
- ótimo horário de largada, 09:00, que facilita para os estrangeiros como eu chegarem de outras cidades
- pontualidade e organização nas largadas das baterias
- estrutura de caiaques e pranchas no mar, além de salva-vidas dos bombeiros nas proximidades
- staff atencioso
- número de atletas bem dimensionado para o evento
- prova beneficente, renda arrecadada será destinada a compra de brinquedos para crianças carentes no final do ano
Contras:
- problemas com a camiseta: apesar de ser opcional (R$ 7,00), o fornecedor não entregou na data e o organizador se prontificou a envio pelo correio ou permitia a retirada na próxima semana. Como eu não queria causar problemas, aceitei uma da etapa anterior, poupando a organização de ter que enviar posteriormente.
- Banheiros químicos (ou qualquer coisa do tipo): inexistentes
- Taxa (abusiva) do ativo.com na inscrição: R$ 4,20
- área de transição muvucada: quem já fez um triathlon ou qualquer modalidade relacionada, sabe que a área de transição deve ser tratada com muita atenção. Afinal, os equipamentos do atleta ficam ali para as trocas de modalidade (tênis, bike, roupa de borracha, etc.). Eu achei muito estranho que ao cruzar a linha de chegada da corrida, uma pessoa da organização estava anunciando que um atleta havia esquecido a roupa de borracha e equipamento de natação na área. Oras, a prova não havia terminado, e aquele equipamento era meu! Tudo bem que eu cheguei quase por último (veja abaixo os motivos), mas enquanto o último atleta não passa, a área não deve ser desmontada. Peguei o equipamento e fui atrás da minha maior decepção na prova...
- Nada de medalha: o que posso dizer é que, em alguma tela da inscrição, em algum momento, eu vi que quem fizesse a inscrição até 10 dias antes do evento garantiria a medalha de participação, após este prazo, teria que retirar com o organizador. Mas ao terminar a prova, conversei com a coordenação do evento e descobri que esta regra era de outra prova, naquela em que eu estava não era prevista a entrega de medalhas. Pela primeira vez em 116 provas, fiquei sem medalha.
E a minha performance... (quer mesmo falar disso?)
Após pintarem o número da minha inscrição no meu braço, 24 (e sem piadas a respeito, por favor, leia como 2-4, ok?), fui para a área de largada. Mar batido só de olhar, todo encrespado. O tempo feio já indicava que a água estava boa para os pinguins, não para os atletas, e eu detesto até banho de chuveiro frio. Não deu outra, entrei na água e o 1mm de neoprene da roupa não segurou nem por 10 segundos o calor do corpo. Quase travei ali na areia mesmo, mas segui em frente. Ao enfiar a cabeça no mar (turvo e esverdeado, mas isto eu já sabia), entrou água no meu ouvido e o direito parou de funcionar, sensação muito desagradável. A tosse que me acompanhou durante a semana toda voltou com força total, em pleno mar, e lá se vai qualquer tentativa de controlar a respiração. Se meu médico ler este post, nem olha mais na minha cara...
Para completar, depois de algumas braçadas, o óculos de natação embaçou e com a soma de tudo isso, lá se vai qualquer tentativa de vencer a correnteza. Você sabia que a a água é 1000 vezes mais densa do que a do ar, e tem um coeficiente de arrasto 10 vezes maior do ar? Não? Então tente nadar com a cabeça fora da água e você vai entender. Como a minha teimava em enfrentar a água gelada, com ouvido doendo e sem visão alguma, arrasto total. Alguns se agarraram aos caiaques da organização e nem sei se continuaram a prova, mas eu fui adiante, nadando do jeito que conseguia, apesar da baixa velocidade. Que bom que não estava de relógio, deve ter sido um desastre de proporções épicas o tempo total dos 500 m.
Cheguei de volta ao continente com pique de ainda correr os 3 Km, aliás, acho que correria bem mais, estava feliz por estar novamente no asfalto firme.
Acho que somando tudo, performance ruim não vale medalha mesmo, ainda que seja somente de participação. Quem sabe na próxima eu melhoro e mereça algum tipo de reconhecimento.
E pensar que no mesmo dia aconteceu o evento máximo do Triathlon, o Ironman de Kona, no Havaí.
Vai sonhando, um dia você chega lá.
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