
É claro que a natureza do evento exigia uma logística muito mais apurada, e isto aconteceu desde o dia do lançamento do site para as inscrições até o momento onde deixei a arena. Foi explicado claramente desde o início que a inscrição não garantia a participação no evento, e o corredor já era informado logo de cara que deveria apresentar atestado médico recente para eventos de corrida no dia da prova, além de frisar os riscos de um evento esportivo em um ambiente indoor e com escadas.
Sinceramente, eu não acreditava que o atestado iria ser cobrado, mas providenciei mesmo assim. Logo após o “bom dia” do pessoal do staff, a primeira pergunta era se estava de porte do atestado e documento. Muita gente bobeou e ficou de fora ali mesmo, até por falta de carimbo do médico no atestado. Sem kit. Sem choro. Ponto positivo, a preocupação com a segurança era prioridade e foi observada à risca. Para quem acompanhou o fato de eu estar lesionado há algum tempo atrás, fui examinado e entrevistado pelo meu médico antes da liberação do atestado, ou seja, nenhuma irresponsabilidade minha ou dele.
Através de e-mail e lista no site os participantes foram convocados com todas as informações complementares, de horários à estacionamento conveniado. As largadas seriam em baterias a cada 10 minutos, e o corredor receberia as últimas instruções pouco antes da largada.
Fazendo história

E foi dada a largada... Após as instruções finais, liberação de algumas portas e circulação, partimos para o desafio. Corremos uns 50 metros entre a entrada do prédio da Nestlé e o início das escadas, passando pelo saguão principal. O pelotão dispersou rápido, e como já era de se esperar, fiquei por último. Sem problemas, eu sei minha velocidade, e também sei que não desisto. Nos andares ímpares havia pessoal da organização caso alguém quisesse pegar o elevador para voltar e a cada quatro andares atendimento médico de emergência. Nem parecia uma prova no Brasil, de tantos detalhes bem pensados.
Andei, por assim dizer, em vários pontos e cheguei ao heliponto no 31º andar após 09:39. De certa forma era a minha meta, concluir antes de 10 minutos. A vista compensa, e você fica abobalhado por terminar uma maluquice destas. O Namiuti e o pessoal da bateria dão os parabéns, o staff já organiza a descida e nos felicita guiando o grupo para o elevador. Fomos recebidos meio como “heróis” no saguão principal, tipo, a primeira bateria voltou... inteira!

Como treinar para um evento destes? Simples:
1 - More em prédio, como é o meu caso
2 - De preferência, more em um andar acima do oitavo (é o meu caso, de novo)
3 - Tenha uma empresa de manutenção de elevadores irresponsável como a que temos aqui, assim você fica sem elevador por quase uma semana e tem que subir de escada várias vezes.
Pronto, agora só basta colocar velocidade, o que digamos, não é fácil.
O tradicional locutor de provas de rua Chicão anunciava que cada minuto nesta corrida equivalia a dez minutos em uma prova normal. Além de ter conferido esta sensação, o que achei mais difícil foi a exigência de grupos musculares das pernas que não são treinados com regularidade, mesmo quando praticamos subidas. E como você deve adivinhar, vou assumir o erro de sempre: não faço musculação e isto implica em perda de força.
Conclusão

Enfim, parabéns a todos, que trabalharam ou que enfrentaram a subida!