Inscrever-se em uma prova é a maior alegria, treinar para ela melhor ainda, mas o grande dia pode reservar alguma surpresa que não estava nos planos, e o clima neste caso é a principal delas em São Paulo. Mais uma etapa do Circuito Adidas e desta vez o jeito foi enfrentar uma manhã cinzenta e bastante molhada na cidade, que até poucos dias atrás estava novamente na maior seca. Mesmo assim, valeu a pena.
Basta acompanhar os relatos dos corredores que participaram das outras etapas em diversas cidades e fica claro que a organização é excelente e erra em pouca coisa. Desta vez não foi diferente na etapa paulista. Talvez o preço da prova não agrade a todos, variando de R$ 71,00 a R$ 81,00 dependendo da época de inscrição, mas pode-se dizer que a qualidade do kit pré e pós-prova compensa: a tradicional sacolinha de treino que agrada a todos, camiseta Adidas e boas instruções antes da prova; toalha, Powerade, bolachinhas (até dizer chega, diga-se), frutas e muita água após, além da bela medalha que faz parte de uma mandala em conjunto com as demais do ano. Sugestão: para uma prova tão organizada, o chip já poderia ser do tipo descartável.
Mas para o clima, não tem valor de inscrição que faça aparecer o sol ou inibir a chuva. Antes da prova os corredores já chegavam ao estádio do Pacaembú ensopados, enquanto que outros faziam a alegria dos camelôs comprando capas de chuva a R$ 5,00 ou sabe-se lá mais quanto. Eu saquei a minha de R$ 1,00 que sempre vai na mochila e é descartável para tentar ficar seco e aquecido antes da prova. Fiquei parecendo um Teletubbie plastificado, como na foto ao lado, mas pelo menos não era o único. Afinal, se a chuva parar até a hora da largada, eu só fico molhado de suor. Dito e feito, faltando uns 2 minutos para cornetada, São Pedro desligou o esguicho e partimos apenas com respingos.
O percurso é o tradicional Av. Pacaembú-Elevado Costa e Silva, vai e volta, com suas subidas e descidas, sempre desafiantes. Quando tenho tempo vou aos domingos correr no elevado, que fica fechado para os carros, aproveitando os 2,5 Km de trajeto para fazer várias voltas. Ou seja, estou em casa ali. Fiquei um pouco tenso com as poças de água em alguns trechos, mas até que consegui terminar bem, com 00:59:55 no relógio (confirmado via SMS enviado pela organização da prova após o evento). Isto quer dizer, exatos 10 Km/h!
Uma ótima prova e mesmo não tendo corrido as demais para completar a mandala, valeu o investimento. Tá certo que eu fiquei com uma pontinha de vontade de ir na Meia Maratona das Pontes, mas pensando bem, pegar chuva e correr no meu ritmo talvez não fosse uma boa.
O Circuito das Estações Adidas continua testado e aprovado!
Parabéns a todos que correram nesta e em outras provas deste final de semana!
P.S.: o blog acaba de completar 100 seguidores! Obrigado a todos que em algum momento clicaram no botão “Seguir” e que contribuíram com sua leitura e comentários para chegarmos nesta primeira centena!
domingo, 26 de setembro de 2010
quarta-feira, 22 de setembro de 2010
Correndo e ajudando quem precisa
Se você procurar em qualquer dicionário o significado da palavra “herói”, vai encontrar alguma coisa do tipo: “Aquele que se distingue por seu valor ou por suas ações extraordinárias”. Então, vamos aqui “cantar” dois dos muitos heróis do momento e que seu exemplo sirva de inspiração para nós, simples mortais.
Finalmente, após a consagração da corrida como segundo esporte mais querido do brasileiro, temos atletas que suam a camisa, literalmente, em prol de entidades e causas nobres. Modelo comum lá fora, especialmente nos EUA, correr para ajudar hospitais, doações de órgãos, orfanatos é parte da vida de muitos corredores, que vendem seus quilômetros ou milhas para levantar fundos para entidades necessitadas.
Aproveito o blog para divulgar dois grandes projetos que estão atualmente em andamento, e é claro, conto com a sua ajuda para também divulgar e participar:
Correndo para Doar
O atleta Angelo da Silva se propõe a correr a ultramaratona Bertioga – Maresias em 23/10/2010 sozinho, vendendo quilômetros do percurso para arrecadar fundos para a construção e melhorias do Orfanato Lar Solid Rock.
Para conferir o projeto, acesse: Projeto Correndo para Doar
Desafio Passos Solidários
Carlos Dias, atleta e palestrante já conhecido nos meios esportivos de corrida, irá iniciar nesta semana na Adventure Sports Fair seu projeto de correr 365 ultramaratonas (50km/dia) em 365 dias ao redor do Brasil. O objetivo é arrecadar fundos para a GRAACC, entidade de respeito que combate o câncer infantil.
Não deixe de conferir: Carlos Dias Ultra
Estes caras são verdadeiros heróis, além das façanhas que executam em seus desafios, ajudam outras pessoas e incentivam o esporte.
Parabéns a eles e a todos que praticam o bem!
Finalmente, após a consagração da corrida como segundo esporte mais querido do brasileiro, temos atletas que suam a camisa, literalmente, em prol de entidades e causas nobres. Modelo comum lá fora, especialmente nos EUA, correr para ajudar hospitais, doações de órgãos, orfanatos é parte da vida de muitos corredores, que vendem seus quilômetros ou milhas para levantar fundos para entidades necessitadas.
Aproveito o blog para divulgar dois grandes projetos que estão atualmente em andamento, e é claro, conto com a sua ajuda para também divulgar e participar:
Correndo para Doar
O atleta Angelo da Silva se propõe a correr a ultramaratona Bertioga – Maresias em 23/10/2010 sozinho, vendendo quilômetros do percurso para arrecadar fundos para a construção e melhorias do Orfanato Lar Solid Rock.
Para conferir o projeto, acesse: Projeto Correndo para Doar
Desafio Passos Solidários
Carlos Dias, atleta e palestrante já conhecido nos meios esportivos de corrida, irá iniciar nesta semana na Adventure Sports Fair seu projeto de correr 365 ultramaratonas (50km/dia) em 365 dias ao redor do Brasil. O objetivo é arrecadar fundos para a GRAACC, entidade de respeito que combate o câncer infantil.
Não deixe de conferir: Carlos Dias Ultra
Estes caras são verdadeiros heróis, além das façanhas que executam em seus desafios, ajudam outras pessoas e incentivam o esporte.
Parabéns a eles e a todos que praticam o bem!
domingo, 19 de setembro de 2010
E você, como seleciona suas provas?
Além da confiança que eu tenho na Equipe de Corredores Tavares, sei que as provas que ocorrem fora de São Paulo escolhidas por eles para organizar viagens são sempre muito boas e valem a pena o investimento. Não foi diferente ao receber o e-mail convidando para a Maratona de Curitiba, que ocorrerá em 21/11, com um preço acessível e data livre no calendário. Mas, que calendário? Pois é, se o corredor é desorganizado, se inscreve em tudo o que aparece e não presta atenção às provas próximas,acaba torrando os tubos e causando um desgaste desnecessário ao organismo.
Eu tenho por hábito criar uma tabela com as corridas que vou “pescando” nos anúncios de revista, sites especializados, folhetos distribuídos em provas ou histórico dos anos anteriores. Isto ajuda a montar uma planilha eletrônica, coisa que praticamente todo mundo com acesso a um computador consegue fazer, e controlo o calendário pela ferramenta. Um esquema de cores berrantes (modelo “churrascaria” no meu caso) nas células ajuda a separar facilmente o que realmente interessa do que é meramente informação ou provas alternativas. Ali acima está o meu exemplo, com o calendário dos próximos meses (eu vou apagando os meses anteriores, mas se você quiser, pode manter o histórico).
Mas voltemos ao caso da Maratona de Curitiba: apesar de não ser aconselhável um corredor de ponta como eu (ponta de estoque, digo) correr mais do que duas maratonas por ano, o bichinho da corrida andou injetando veneno nos últimos dias e eu comecei a me coçar pensando no assunto. O que chamou atenção foi a largada às 07:00 da manhã, ajudando gente lenta como eu a enfrentar o calor após o sol aparecer, ainda mais tão próximo do verão. Olhei para o cofrinho, martelo na mão, lá vou eu... mas é melhor conferir o calendário de provas primeiro.
Dito e feito, olhe novamente a planilha: uma semana antes há uma Meia Maratona inédita em São Paulo (carinha, para variar), uma corrida de 7 Km que já estou inscrito na semana seguinte, outra de revezamento também inscrito duas semanas depois, uma de 15 Km bem legal que pretendo ir... e a São Silvestre 40 dias depois. Como diria o Windows: “Abort, Retry, Ignore?”. Pois é, “Abort”!
Caso eu decidisse pela viagem, além dos preciosos reais a serem investidos nas outras provas, iria causar um desgaste danado no corpo. Treinos iriam para ao espaço após a prova e eu chegaria na São Silvestre de muletas. Subir a Brigadeiro já é difícil, pior ainda é chegar em frangalhos pela sua própria imprudência.
Conclusão: como tudo na vida, é necessário sacrificar algumas coisas para conseguir outras. A corrida nos ensina isto logo cedo, cortando baladas, sessões de cinema fora de horário, comidas gordurosas e algumas horas de sono nos finais de semana. O jeito é expandir o ensinamento para tudo na vida, inclusive nossa própria organização para participar de provas.
Mas, e você, o que te leva a fazer ou não uma prova? Estou curioso...
Eu tenho por hábito criar uma tabela com as corridas que vou “pescando” nos anúncios de revista, sites especializados, folhetos distribuídos em provas ou histórico dos anos anteriores. Isto ajuda a montar uma planilha eletrônica, coisa que praticamente todo mundo com acesso a um computador consegue fazer, e controlo o calendário pela ferramenta. Um esquema de cores berrantes (modelo “churrascaria” no meu caso) nas células ajuda a separar facilmente o que realmente interessa do que é meramente informação ou provas alternativas. Ali acima está o meu exemplo, com o calendário dos próximos meses (eu vou apagando os meses anteriores, mas se você quiser, pode manter o histórico).
Mas voltemos ao caso da Maratona de Curitiba: apesar de não ser aconselhável um corredor de ponta como eu (ponta de estoque, digo) correr mais do que duas maratonas por ano, o bichinho da corrida andou injetando veneno nos últimos dias e eu comecei a me coçar pensando no assunto. O que chamou atenção foi a largada às 07:00 da manhã, ajudando gente lenta como eu a enfrentar o calor após o sol aparecer, ainda mais tão próximo do verão. Olhei para o cofrinho, martelo na mão, lá vou eu... mas é melhor conferir o calendário de provas primeiro.
Dito e feito, olhe novamente a planilha: uma semana antes há uma Meia Maratona inédita em São Paulo (carinha, para variar), uma corrida de 7 Km que já estou inscrito na semana seguinte, outra de revezamento também inscrito duas semanas depois, uma de 15 Km bem legal que pretendo ir... e a São Silvestre 40 dias depois. Como diria o Windows: “Abort, Retry, Ignore?”. Pois é, “Abort”!
Caso eu decidisse pela viagem, além dos preciosos reais a serem investidos nas outras provas, iria causar um desgaste danado no corpo. Treinos iriam para ao espaço após a prova e eu chegaria na São Silvestre de muletas. Subir a Brigadeiro já é difícil, pior ainda é chegar em frangalhos pela sua própria imprudência.
Conclusão: como tudo na vida, é necessário sacrificar algumas coisas para conseguir outras. A corrida nos ensina isto logo cedo, cortando baladas, sessões de cinema fora de horário, comidas gordurosas e algumas horas de sono nos finais de semana. O jeito é expandir o ensinamento para tudo na vida, inclusive nossa própria organização para participar de provas.
Mas, e você, o que te leva a fazer ou não uma prova? Estou curioso...
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quinta-feira, 16 de setembro de 2010
São Silvestre: inscrições abertas, mais caras, e eu sei que você vai!
E a São Silvestre continua na Paulista! Apesar de não ter havido uma adesão tão grande no nosso abaixo assinado virtual criado no início do ano, quando surgiram os boatos de tirar a prova do cartão postal da cidade, parece que a organização resolveu deixar as coisas como sempre foram. Veja este trecho do regulamento:
"O EVENTO terá a LARGADA na Avenida Paulista em frente ao MASP e CHEGADA na mesma avenida em frente ao prédio da Fundação Cásper Líbero no número 900, conforme o percurso detalhado divulgado no site do EVENTO."
Mas ai deles se tirarem a Av. Brigadeiro Luis Antônio! Tem graça não esmerilhar o corpo no último trecho de corrida do ano? Você lá, suando em bicas, ou encharcado até os ossos com as prováveis chuvas de verão, tendo que subir 1.700 m de pista correndo e pagando todos os seus pecados de 2010! Eis que você gira 90 graus no final da subida, esquina da Av. Paulista, e o público está lá torcendo e aplaudindo os loucos sobreviventes nos últimos metros da corrida.
Mas tudo tem um preço na vida (e ele aumenta a cada ano neste caso):
R$ 85,00 (oitenta e cinco reais) de 15 de Setembro a 30 de Setembro de 2010.
R$ 90,00 (noventa reais) de 01 de Outubro a 30 de Outubro de 2010.
R$ 95,00 (noventa e cinco reais) de 01 de Novembro a 30 de Novembro de 2010, OU QUANDO O NÚMERO MÁXIMO DE INSCRITOS FOR ATINGIDO.
Reclama mas vai, não dá para entender o corredor, não é mesmo?
Então, inscreva-se!
Aliás, que pena, fui ao banco hoje, senão eu já levava o boleto...
"O EVENTO terá a LARGADA na Avenida Paulista em frente ao MASP e CHEGADA na mesma avenida em frente ao prédio da Fundação Cásper Líbero no número 900, conforme o percurso detalhado divulgado no site do EVENTO."
Mas ai deles se tirarem a Av. Brigadeiro Luis Antônio! Tem graça não esmerilhar o corpo no último trecho de corrida do ano? Você lá, suando em bicas, ou encharcado até os ossos com as prováveis chuvas de verão, tendo que subir 1.700 m de pista correndo e pagando todos os seus pecados de 2010! Eis que você gira 90 graus no final da subida, esquina da Av. Paulista, e o público está lá torcendo e aplaudindo os loucos sobreviventes nos últimos metros da corrida.
Mas tudo tem um preço na vida (e ele aumenta a cada ano neste caso):
R$ 85,00 (oitenta e cinco reais) de 15 de Setembro a 30 de Setembro de 2010.
R$ 90,00 (noventa reais) de 01 de Outubro a 30 de Outubro de 2010.
R$ 95,00 (noventa e cinco reais) de 01 de Novembro a 30 de Novembro de 2010, OU QUANDO O NÚMERO MÁXIMO DE INSCRITOS FOR ATINGIDO.
Reclama mas vai, não dá para entender o corredor, não é mesmo?
Então, inscreva-se!
Aliás, que pena, fui ao banco hoje, senão eu já levava o boleto...
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quarta-feira, 15 de setembro de 2010
Prêmio Blogbooks, 2a. fase - Muito Obrigado!
Entenda que, apesar do blog já contar com 185 posts redigidos por mim nestes últimos quase dois anos, eu não sei nem por onde começar este aqui. Então, o jeito é contar os fatos e ver se a inspiração aparece.
Na última Bienal Internacional do Livro em São Paulo no mês passado, fui apresentado ao concurso cultural Blogbooks no stand da Editora Singular, onde uma gentil atendente convidou-me a cadastrar meus blogs para concorrer à publicação de um livro. Apesar de ter cadastrado o Número de Peito e o Ciclovia Digital, este último possui ainda pouco material e eu concentrei a campanha de votação apenas no primeiro, o qual já foi motivo de muitas alegrias desde sua criação no final de 2008.
Ter sido convidado para correr ao lado do ultramaratonista Dean Karnazes, participar de eventos de grandes marcas de equipamentos esportivos, escrever um post para o blog "Correr por Prazer" de Portugal e testar em primeira mão produtos esportivos foram apenas alguns momentos do mundo virtual que se transformaram em experiências incríveis no mundo real.
Mas o que causou maior satisfação entre todos os bons momentos, e de forma totalmente inesperada, foi ver o número de colegas de corridas de rua que passaram a participar e seguir o blog com seus comentários, experiências, críticas e especialmente sua exigência de público fiel ao segundo esporte mais popular do país.
E agora, graças a estas mesmas pessoas (sim, não são apenas ícones na barra aí ao lado, elas existem!) o Número de Peito entrou para o seleto grupo dos blogs mais votados para participar da segunda fase do concurso em sua categoria.
A todos vocês corredores, eu só posso agradecer o reconhecimento e espero vê-los sempre aqui, ou no mínimo nas corridas e maratonas que tanto adoramos. Também aos amigos e visitantes que atenderam ao chamado para esta campanha e votaram, fica registrada a minha gratidão e o convite para sempre visitarem este humilde blog.
Continuem torcendo nesta fase e muito obrigado!
Na última Bienal Internacional do Livro em São Paulo no mês passado, fui apresentado ao concurso cultural Blogbooks no stand da Editora Singular, onde uma gentil atendente convidou-me a cadastrar meus blogs para concorrer à publicação de um livro. Apesar de ter cadastrado o Número de Peito e o Ciclovia Digital, este último possui ainda pouco material e eu concentrei a campanha de votação apenas no primeiro, o qual já foi motivo de muitas alegrias desde sua criação no final de 2008.
Ter sido convidado para correr ao lado do ultramaratonista Dean Karnazes, participar de eventos de grandes marcas de equipamentos esportivos, escrever um post para o blog "Correr por Prazer" de Portugal e testar em primeira mão produtos esportivos foram apenas alguns momentos do mundo virtual que se transformaram em experiências incríveis no mundo real.
Mas o que causou maior satisfação entre todos os bons momentos, e de forma totalmente inesperada, foi ver o número de colegas de corridas de rua que passaram a participar e seguir o blog com seus comentários, experiências, críticas e especialmente sua exigência de público fiel ao segundo esporte mais popular do país.
E agora, graças a estas mesmas pessoas (sim, não são apenas ícones na barra aí ao lado, elas existem!) o Número de Peito entrou para o seleto grupo dos blogs mais votados para participar da segunda fase do concurso em sua categoria.
A todos vocês corredores, eu só posso agradecer o reconhecimento e espero vê-los sempre aqui, ou no mínimo nas corridas e maratonas que tanto adoramos. Também aos amigos e visitantes que atenderam ao chamado para esta campanha e votaram, fica registrada a minha gratidão e o convite para sempre visitarem este humilde blog.
Continuem torcendo nesta fase e muito obrigado!
segunda-feira, 13 de setembro de 2010
Meia Maratona de Praia Grande: dá-lhe calor!
Certa vez eu li na Revista O2 uma matéria sobre as Meias Maratonas com o título “Metade da distância, dobro da diversão”. Concordo plenamente com a revista, ou seja, não é uma viagem como a Maratona e não tão curta como uma prova de 10K. Mesmo debaixo de todo o calor que fez no Litoral Sul de São Paulo neste último final de semana, a Meia Maratona de Praia Grande, organizada pela TriEsportes, foi ao mesmo tempo um sucesso e um osso duro de roer.
A entrega dos kits ocorreu na quinta e sexta-feira para quem é da região e no próprio domingo antes da prova, beneficiando quem não mora no litoral. Sem brindes, apenas número de peito, chip e camiseta, e um comunicado explicando que o horário e percurso das provas de 10 Km e caminhada 5 Km havia sido alterado. Os atletas para o 21K largaram às 08:30 e os demais às 09:00, debaixo de um sol muito forte e uma brisa agradável.
Para quem não gosta de retas intermináveis, esta prova não é aconselhável: você larga na Av. Presidente Kennedy e vai numa carreira só até quase o Km 10. Daí entra em uma rua com mais ou menos 1 Km, passa o meio da prova e enfrenta o retão da Av. Castelo Branco, na orla da praia e por fim mais uma rua de mais ou menos 1 Km para voltar à região da largada. Na ida, brisa e sol nas costas, mas na volta só o sol de frente e subindo no céu a todo vapor. E o percurso, totalmente plano!
Fui no meu ritmo conservador até este segundo retão e resolvi apertar o passo a partir dali, mas o calor prejudicou um pouco o desempenho. Corri o percurso inteiro e ultrapassei muita gente que ferveu o motor, mais do que eu imaginava. Terminei em 02:20:26 pelo meu relógio, num ritmo de uns 6:40 min/Km. Não é minha melhor marca na distância, mas fiquei feliz com o resultado, pois corri sem a tornozeleira de recuperação daquela lesão e debaixo de sol muito forte.
Ainda tem gente boa no mundo...
Quem me conhece sabe que é difícil eu “viajar” com pouca bagagem, e na corrida não é diferente. Além do inseparável MP3 player, levo documentos, chave do carro e gel de carboidrato, além do celular para emergências, tudo no bat-cinto de utilidades. Enquanto pegava o gel no Km 9, acabei afrouxando um pouco o porta celular e não percebi. Passei pelo Km 11, onde algumas pessoas incentivavam os corredores chamando pelo nome (isto foi legal: muita torcida nesta prova!) e depois de mais uns 100 metros após passar por eles ainda ouvi um pouco de barulho. No MP3, Jive Bunny martelava sucessos dos anos 60 no meu ouvido e eu não percebi que ainda me chamavam pelo nome... foi quando olhei para trás e vi uns garotos no maior desespero para me alcançar e devolver o celular, que havia ido ao chão sem eu perceber. Agradeci aos meninos que entregaram o aparelho e berraram “vai, vai!” no maior incentivo. Tive vontade de bater a cabeça em uma das árvores do calçadão da praia, só de raiva por ter me desligado tanto, mas continuei a corrida grato por ainda haver pessoas de boa índole no planeta (políticos, esta última frase não foi para vocês). Valeu garotos, vocês são demais!
Uma reflexão: o universo devolve tudo aquilo que você faz, independente da sua religião. Outro dia, estava terminando um treino programado para 1 hora e diminuindo o ritmo, quando um sujeito passou feito desembestado por mim... com o cadarço do tênis chicoteando para todo lado. Parando ou não, lá vou eu esbaforindo atrás do cidadão para avisá-lo de um provável tombo. “t-t-t-tênis..” foi só o que consegui falar quando o alcancei e apontei para o cadarço. Ele agradeceu e parou enquanto eu desacelerava um pouco. Ontem, foi minha vez de receber algo, sem esperar nada em troca.
E sobre a prova...
A organização foi fantástica, água a cada 2 Km, gelada ou fresca, você escolhia. Staff a cada esquina, tapetes intermediários, no Km 5 e na metade da prova (para nenhum engraçadinho cortar caminho), bela camiseta e linda medalha - dourada para 21 Km, prateada para 10 Km, e bronze para caminhada 5 Km. A inscrição foi tranquila e a retirada do kit bem organizada. Largadas ocorreram no horário e a arena foi muito bem montada, facilitando circulação e dispersão pós-prova.
Fica apenas o comentário sobre os kits, pré-prova como já dito, e pós-prova que não existiu, apenas a medalha, banana e água. Mas o ponto que precisa urgentemente ser revisado é o horário de largada, pois 08:30 da manhã no litoral para percorrer 21 Km é bem desgastante. Claro que eu vi o microfone de uma certa rede de TV, o que pode sugerir influências globais neste caso...
No geral, uma ótima prova, boa para se passar o final de semana em Praia Grande e que merece uma nova visita no próximo ano.
Boa semana!
A entrega dos kits ocorreu na quinta e sexta-feira para quem é da região e no próprio domingo antes da prova, beneficiando quem não mora no litoral. Sem brindes, apenas número de peito, chip e camiseta, e um comunicado explicando que o horário e percurso das provas de 10 Km e caminhada 5 Km havia sido alterado. Os atletas para o 21K largaram às 08:30 e os demais às 09:00, debaixo de um sol muito forte e uma brisa agradável.
Para quem não gosta de retas intermináveis, esta prova não é aconselhável: você larga na Av. Presidente Kennedy e vai numa carreira só até quase o Km 10. Daí entra em uma rua com mais ou menos 1 Km, passa o meio da prova e enfrenta o retão da Av. Castelo Branco, na orla da praia e por fim mais uma rua de mais ou menos 1 Km para voltar à região da largada. Na ida, brisa e sol nas costas, mas na volta só o sol de frente e subindo no céu a todo vapor. E o percurso, totalmente plano!
Fui no meu ritmo conservador até este segundo retão e resolvi apertar o passo a partir dali, mas o calor prejudicou um pouco o desempenho. Corri o percurso inteiro e ultrapassei muita gente que ferveu o motor, mais do que eu imaginava. Terminei em 02:20:26 pelo meu relógio, num ritmo de uns 6:40 min/Km. Não é minha melhor marca na distância, mas fiquei feliz com o resultado, pois corri sem a tornozeleira de recuperação daquela lesão e debaixo de sol muito forte.
Ainda tem gente boa no mundo...
Quem me conhece sabe que é difícil eu “viajar” com pouca bagagem, e na corrida não é diferente. Além do inseparável MP3 player, levo documentos, chave do carro e gel de carboidrato, além do celular para emergências, tudo no bat-cinto de utilidades. Enquanto pegava o gel no Km 9, acabei afrouxando um pouco o porta celular e não percebi. Passei pelo Km 11, onde algumas pessoas incentivavam os corredores chamando pelo nome (isto foi legal: muita torcida nesta prova!) e depois de mais uns 100 metros após passar por eles ainda ouvi um pouco de barulho. No MP3, Jive Bunny martelava sucessos dos anos 60 no meu ouvido e eu não percebi que ainda me chamavam pelo nome... foi quando olhei para trás e vi uns garotos no maior desespero para me alcançar e devolver o celular, que havia ido ao chão sem eu perceber. Agradeci aos meninos que entregaram o aparelho e berraram “vai, vai!” no maior incentivo. Tive vontade de bater a cabeça em uma das árvores do calçadão da praia, só de raiva por ter me desligado tanto, mas continuei a corrida grato por ainda haver pessoas de boa índole no planeta (políticos, esta última frase não foi para vocês). Valeu garotos, vocês são demais!
Uma reflexão: o universo devolve tudo aquilo que você faz, independente da sua religião. Outro dia, estava terminando um treino programado para 1 hora e diminuindo o ritmo, quando um sujeito passou feito desembestado por mim... com o cadarço do tênis chicoteando para todo lado. Parando ou não, lá vou eu esbaforindo atrás do cidadão para avisá-lo de um provável tombo. “t-t-t-tênis..” foi só o que consegui falar quando o alcancei e apontei para o cadarço. Ele agradeceu e parou enquanto eu desacelerava um pouco. Ontem, foi minha vez de receber algo, sem esperar nada em troca.
E sobre a prova...
A organização foi fantástica, água a cada 2 Km, gelada ou fresca, você escolhia. Staff a cada esquina, tapetes intermediários, no Km 5 e na metade da prova (para nenhum engraçadinho cortar caminho), bela camiseta e linda medalha - dourada para 21 Km, prateada para 10 Km, e bronze para caminhada 5 Km. A inscrição foi tranquila e a retirada do kit bem organizada. Largadas ocorreram no horário e a arena foi muito bem montada, facilitando circulação e dispersão pós-prova.
Fica apenas o comentário sobre os kits, pré-prova como já dito, e pós-prova que não existiu, apenas a medalha, banana e água. Mas o ponto que precisa urgentemente ser revisado é o horário de largada, pois 08:30 da manhã no litoral para percorrer 21 Km é bem desgastante. Claro que eu vi o microfone de uma certa rede de TV, o que pode sugerir influências globais neste caso...
No geral, uma ótima prova, boa para se passar o final de semana em Praia Grande e que merece uma nova visita no próximo ano.
Boa semana!
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sábado, 11 de setembro de 2010
Livro: "Do que eu falo quando falo de corrida"
Lançado na segunda-feira. Comprado na quarta. Terminado na sexta. Caramba, dá prá baixar ainda mais este tempo? Ô se dá, basta você abrir na primeira página e quando perceber estará na última. Eu leio tão rápido quanto corro, ou seja, quase uma tartaruga, mas mesmo assim não resisti à narrativa de Haruki Murakami neste livro que não é apenas sobre corrida, mas sobre a influência desta atividade no estilo literário do consagrado autor japonês.
E desde quando corredor gosta de escrever? Ora, veja a quantidade de blogs de corredores e perceba que não contentes em gastar o solado dos tênis, também dão um jeito de compartilhar com o resto do mundo suas experiências! Além do mais, este não é mais um livro do tipo “a corrida mudou totalmente minha vida e blá blá blá”, apesar do autor não negar que ao dedicar-se exclusivamente ao universo literário foi necessário adquirir hábitos saudáveis como praticar uma atividade física que tivesse afinidade e parar de fumar.
“No começo, também me sentia um pouco constrangido de que as pessoas da vizinhança me vissem correndo – a mesma sensação que tive ao ver pela primeira vez o título romancista colocado entre parênteses depois de meu nome.”
À medida que lia a obra, percebi diversas semelhanças entre a trajetória do autor e minha própria estória: seu ritmo de corrida é quase o mesmo que o meu (uns 10 Km/h), começou a correr aos 33 anos de idade devido à mudança de vida, sente sua velocidade diminuindo ao longo dos anos, não gosta de ter que andar em provas, não é uma pessoa competitiva que gosta de esportes coletivos, entre tantas outras coincidências. Mas é claro que ele tem muito mais para contar, pois seus feitos são bem mais extraordinários que os meus.
“O tempo total que consegui obter não era nada de que se gabar, e cometi uma porção de pequenos erros ao longo do caminho. Mas dei o melhor de mim e fiquei com uma sensação agradável de dever cumprido.”
Murakami mudou de vida ao vender seu bar e tornar-se escritor, ao mesmo tempo em que adotava a corrida como atividade física. Tem por hábito correr uma maratona por inverno em algum lugar do planeta, e fazer um triatlo a cada verão. Resolveu enfrentar sozinho o percurso contrário à lenda da Maratona, ou seja, saiu de Athenas e correu até Maratona... sozinho! Seu único apoio era a van da reportagem de uma revista e a narrativa é diferente de qualquer outra obra do gênero. Não é um atleta de pódio, é um corredor como eu e você que comete alguns erros nas corridas, fica chateado consigo mesmo e assimila a lição aprendida em cada prova.
“Cruzar a linha final, não caminhar em nenhum trecho e desfrutar a corrida.
Essas três coisas, nessa ordem, são minhas metas.”
DO QUE EU FALO QUANDO FALO DE CORRIDA
(What I talk about when I talk about running)
Autor: HARUKI MURAKAMI
Preço médio: R$ 30,00
Editora: ALFAGUARA BRASIL (leia um trecho no site da editora)
1a. edição 2010
152pág.
Onde encontrar: Livraria Cultura
Entrevista de Murakami para a Runner’s World (em inglês)
Eu posso não ser genial como Murakami, mas você ainda pode votar e ajudar o Número de Peito a virar um livro...
E desde quando corredor gosta de escrever? Ora, veja a quantidade de blogs de corredores e perceba que não contentes em gastar o solado dos tênis, também dão um jeito de compartilhar com o resto do mundo suas experiências! Além do mais, este não é mais um livro do tipo “a corrida mudou totalmente minha vida e blá blá blá”, apesar do autor não negar que ao dedicar-se exclusivamente ao universo literário foi necessário adquirir hábitos saudáveis como praticar uma atividade física que tivesse afinidade e parar de fumar.
À medida que lia a obra, percebi diversas semelhanças entre a trajetória do autor e minha própria estória: seu ritmo de corrida é quase o mesmo que o meu (uns 10 Km/h), começou a correr aos 33 anos de idade devido à mudança de vida, sente sua velocidade diminuindo ao longo dos anos, não gosta de ter que andar em provas, não é uma pessoa competitiva que gosta de esportes coletivos, entre tantas outras coincidências. Mas é claro que ele tem muito mais para contar, pois seus feitos são bem mais extraordinários que os meus.
Murakami mudou de vida ao vender seu bar e tornar-se escritor, ao mesmo tempo em que adotava a corrida como atividade física. Tem por hábito correr uma maratona por inverno em algum lugar do planeta, e fazer um triatlo a cada verão. Resolveu enfrentar sozinho o percurso contrário à lenda da Maratona, ou seja, saiu de Athenas e correu até Maratona... sozinho! Seu único apoio era a van da reportagem de uma revista e a narrativa é diferente de qualquer outra obra do gênero. Não é um atleta de pódio, é um corredor como eu e você que comete alguns erros nas corridas, fica chateado consigo mesmo e assimila a lição aprendida em cada prova.
Essas três coisas, nessa ordem, são minhas metas.”
DO QUE EU FALO QUANDO FALO DE CORRIDA
(What I talk about when I talk about running)
Autor: HARUKI MURAKAMI
Preço médio: R$ 30,00
Editora: ALFAGUARA BRASIL (leia um trecho no site da editora)
1a. edição 2010
152pág.
Onde encontrar: Livraria Cultura
Entrevista de Murakami para a Runner’s World (em inglês)
Eu posso não ser genial como Murakami, mas você ainda pode votar e ajudar o Número de Peito a virar um livro...
Marcadores:
Livros
quarta-feira, 8 de setembro de 2010
E a votação continua...
Já que é proibido colocar outdoors de campanha eleitoral nas ruas, estou colocando o meu aqui na web para divulgar mais uma vez o Prêmio Blog Books, que vai escolher alguns blogs para serem transformados em livros. A votação vai até 12/09, então incentivo você novamente a votar no Número de Peito para concorrer na categoria Esportes.
Acesse: 2o. Prêmio BlogBooks - vote no Número de Peito
Eu já pensei em anunciar no horário eleitoral gratuito da TV, mas acho que nesta hora os leitores estão fazendo alguma coisa mais produtiva, como por exemplo, lendo os blogs.
Boa semana!
Acesse: 2o. Prêmio BlogBooks - vote no Número de Peito
Eu já pensei em anunciar no horário eleitoral gratuito da TV, mas acho que nesta hora os leitores estão fazendo alguma coisa mais produtiva, como por exemplo, lendo os blogs.
Boa semana!
domingo, 5 de setembro de 2010
Siga-me, se puder!
Mais uma coisa para gerenciar: perfil no Twitter! Desde que este negócio de “microblog” foi criado, eu tenho a sensação de que se trata apenas de uma solução à procura de um problema.
Cuidar de blogs é divertido, as pessoas visitam, comentam seus textos, fotos, notícias... mas e quando só se tem 140 caracteres para digitar a mensagem? Para quem gosta de escrever, é uma tarefa tão desgastante quando treinar malabarismo em uma sala de 1 metro quadrado.
Mas eu vou dar uma chance a mais uma forma de rede social e esperar o resultado. Já que cometi “orkuticídio” há algum tempo atrás por só ter encheção de paciência nesta outra rede, talvez seja hora de ampliar um pouco os horizontes.
Então aí vai: acesse @ex_sedentario no Twitter e confira micronotícias no microblog deste microcérebro que vos escreve...
(e me avise para que eu possa segui-lo também!)
Cuidar de blogs é divertido, as pessoas visitam, comentam seus textos, fotos, notícias... mas e quando só se tem 140 caracteres para digitar a mensagem? Para quem gosta de escrever, é uma tarefa tão desgastante quando treinar malabarismo em uma sala de 1 metro quadrado.
Mas eu vou dar uma chance a mais uma forma de rede social e esperar o resultado. Já que cometi “orkuticídio” há algum tempo atrás por só ter encheção de paciência nesta outra rede, talvez seja hora de ampliar um pouco os horizontes.
Então aí vai: acesse @ex_sedentario no Twitter e confira micronotícias no microblog deste microcérebro que vos escreve...
(e me avise para que eu possa segui-lo também!)
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