Pra falar a verdade, eu já estava com o trem de pouso baixado e travado neste final de ano. Afinal, foram diversos eventos longos e o corpo merecia um descanso. Por este motivo, escolhi provas de 10 Km ou pouco mais só para não enferrujar. Nesta edição da Meia Maratona SESC de Revezamento, promovida pelo SESC Ipiranga, eu estava inscrito em dupla, ou seja, correria 10,5 Km e outra corredora faria o restante. Mas, dado o clima desértico que vivemos, uma série crise respiratória fez com que o revezamento fosse para o espaço, pois ela não estava em condições de correr no dia. É triste ver um número de peito jogado no lixo, uma medalha que não foi retirada, um kit que sobrou... ah, recolher trem de pouso, manete de potência no máximo, nariz pra cima e arremeter! Resumindo, lá vou eu para mais uma meia maratona, mesmo sem estar treinando para a distância recentemente.
Tem também o custo altíssimo desta prova, R$ 16,00 (dezesseis reais) para os que são inscritos como comerciários no SESC, mais um motivo para não jogar a inscrição fora. Sim, estou sendo irônico. Eu já conhecia esta prova e sabia que valia a pena, pois em geral as provas do SESC são simples e com organização impecável, então valia o esforço de se deslocar até a região do Ipiranga em São Paulo para correr mais esta edição. Kit retirado na véspera, depois de um trânsito infernal causado pelos paulistanos e turistas compradores que estavam torrando os tubos nas lojas logo cedo, composto por número de peito, camiseta, sacolinha e um bastão, o qual continha os chips de cronometragem nas pontas.
No dia da corrida, o sol já prometia muito calor logo cedo, e aí vem o problema do horário da largada: 08:30 da manhã, bem tarde para esta época do ano. Já manifestei várias vezes aqui a minha predileção por provas com horário bem cedo, afinal, sou da opinião de quem gosta de dormir até mais tarde no dia da corrida não gosta de correr, e sim de fazer social com os coleguinhas apenas. Largada pontual, os portadores do final “1” no número partiram para o primeiro trecho de 5.250 metros, em equipes de 2 ou 4 atletas. Passado o pórtico, resta saber onde enfiar o bastão, e antes que alguém seja grosseiro e dê uma resposta imprópria, eu utilizei a braçadeira do celular para encaixar o treco. Eu sei, sou mais esperto que a maioria dos ursos, como diria o Zé Colmeia.
Saída em primeira marcha, pois estávamos paralelos à temida Av. Nazaré, que assusta os corredores nas provas que acontecem na região. Logo de cara uma pirambeira e o percurso ao redor do Museu do Ipiranga passa em frente ao SESC Ipiranga e desce em direção à Av. Dom Pedro I e volta para a região do Parque da Independência. E aí repete, mais 3 vezes no meu caso, que iria para os 21 Km. Apesar de totalmente irregular de acordo com o regulamento, não fui lá atrás de grandes marcas ou pódio, fui apenas para me divertir. E ambas inscrições foram pagas, diga-se.
Ar seco, muito calor, mas excelente hidratação pelo caminho, com água e até Gatorade ao final. Terminei em 02:24:53, dentro dos meus padrões. Prova muito bem organizada, o SESC novamente está de parabéns pela realização do circuito, uma pena que não tenha mais todas as etapas como há alguns anos atrás. A única ressalva é quanto ao site de inscrições, muito ruim e que não permitia trocar o meio de pagamento, obrigando a cancelar e fazer nova inscrição, além de não oferecer informações sobre retirada de kit, percurso ou resultados.
Mesmo assim, corrida totalmente recomendada, em quantas voltas você estiver disposto a encarar.
Deixo aqui para você esta imagem do Museu do Ipiranga, com destaque para o semáforo: em alguns pontos simbólicos de São Paulo, os semáforos de pedestres recebem um desenho diferente do tradicional bonequinho. Pouca gente percebe, é um pequeno detalhe bem bacana.
terça-feira, 9 de dezembro de 2014
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