terça-feira, 3 de julho de 2012

Virada Esportiva: 1 final de semana, 2 desafios!

Se correr o bicho pega, e se ficar de bobeira não corre. Este é o lema de quem vive fuçando a Internet atrás de eventos de corrida e afins, como é o meu caso. E por sorte, neste último final de semana tivemos a Virada Esportiva 2012, promovida pela Prefeitura de São Paulo e com diversos eventos gratuitos, entre eles 2 sensacionais corridas, uma Ultramaratona de 24 horas na Pista e um Mini Corrida Vertical. Em qual eu fui? Nas duas, é claro!

Vai correr agora ou quer que embrulha pra viagem?

Resumindo: é o freguês quem escolhe o quanto vai percorrer na pista de atletismo do PET – Parque Esportivo dos Trabalhadores, de 400 metros até onde as pernas aguentarem durante no máximo 24 horas. Quando eu vi o anúncio da corrida já imaginava que nem Jack Bauer enfrentaria 24 horas seguidas correndo em círculos, mas como era possível escolher a quilometragem e sabendo da proximidade da Maratona do Rio, coloquei meus humildes 10 Km na inscrição. Chega quando quiser, sai quantas vezes quiser até cansar, e quem for ultra pode ficar lá queimando o chão o quanto aguentar.


O problema é que eu pretendia correr neste que seria o último final de semana antes da maratona, uma distância simbólica, tipo 28 Km para ter a confiança de ter corrido o equivalente a 2/3 da prova, mas não sabia se iria ter paciência para ficar dando tantas voltas assim em uma pista. Saí para os tradicionais 14 Km de sábado pela manhã e à tarde fui para a corrida, pretendendo correr só 25 voltas (10 Km), mas acabei me empolgando e aumentei para 35 voltas (14 km), totalizando assim o volume esperado. Só que eu sou meio tapado e perdi a conta das voltas, correndo
14.800 metros, ou seja, meu cérebro tosco perdeu a conta de 2 voltas a mais. Afinal, estava divertido e eu gostei de ficar girando na pista, inclusive peguei uma das inversões de sentido, o que ajudou a dissipar o tédio.

A prova foi muito bem organizada, hidratação com água e Gatorade, animada e prometia muitas surpresas pela madrugada, mas eu ainda tinha outro compromisso no dia seguinte...

Putz, escadas, de novo!

Na semana que antecedia tal corrida 24 horas, uma pequena matéria na web informava que haveria uma corrida vertical no prédio da Câmara dos Vereadores de São Paulo Pensei, “isto vai ser uma roubada” (no sentido esportivo, é claro), mas acabei fazendo a inscrição assim mesmo. Batizada de “Mini Corrida Vertical”, eu queria entender quem foi o gênio que acha que subir 14 andares pode ser considerado “mini” qualquer coisa. Tudo bem que da outra vez foram 31 e 24 andares nas outras corridas verticais, mas menosprezar o desafio é bobagem, afinal, escada é escada!

Não imaginando participar de outro evento desses tão cedo, eu voltei a treinar nos últimos dias, ou seja, subindo sempre que podia pelas escadas do Metrô, prédio, trabalho, etc. Pode parecer frase de livro de autoajuda, mas na última semana, “cada escada era uma oportunidade”, de treinar pelo menos. Estava decidido: iria botar em prática a estratégia de subir de 2 em 2 degraus, coisa fácil para o comprimento das minhas pernas, então subi vários lances de escada desta forma, para espanto de alguns passageiros desembarcando no Metrô.

No dia da prova, tudo muito bem organizado, largada em grupos de faixas etárias e liberação individual de cada atleta a cada 20 segundos. Chegou minha vez, e lá vou eu. Só que no 2º. andar a estratégia for por água, ou melhor, escada abaixo. A escadaria do Palácio Anchieta é circular e anti-horária, ou seja, os degraus mais externos são mais largos que os internos. Como eu estava mais preocupado em não atrapalhar os demais, fiquei no lado externo, e as pernas não aguentaram as altas esticadas necessárias para cobrir as distâncias. O ritmo caiu e eu fui bem mais lento que o esperado, finalizando os 14 andares em 03:48.

Chegada em alto estilo no heliporto, com faixa e medalha no pescoço,
e ainda encontrei o Alessandro (4º. Lugar, parabéns!) do blog Correndo Que Me Entendo e seus colegas, todo mundo bem animado e contando suas peripécias escada acima.

Tudo muito bem organizado e seguro, excelente trabalho da Corre Brasil, que organiza a Maratona de Blumenau e a Corrida Vertical em Curitiba.


Cavalo dado não se olha a medalha

Sua avó deve ter te ensinado a não criticar o que é dado de presente, e no caso dos eventos promovidos pela Prefeitura de São Paulo na Virada Esportiva, só posso dizer que a população realmente merece este tipo de presente uma vez por ano (poderia ser mais...). Só que eu tenho uma crítica, que refere-se à divulgação dos eventos, que nem sei se pode ser chamada de “divulgação”. Eu que vivo enfiado em sites de corridas e esporte tive dificuldade em saber de tudo que seria oferecido, e acabei deixando de participar de mais uma etapa da Travessia Guarapiranga que aconteceria no domingo. Se tudo é planejado com antecedência, por que não divulgar mais cedo e preencher melhor as vagas dos eventos? Afinal, as pessoas tem seus planejamentos.


Mas valeu a pena assim mesmo. Espero que estes eventos ganhem cada vez mais força e que as próximas administrações mantenham a Virada Esportiva no calendário da cidade.

2 comentários:

  1. Oie!!!!

    Só você mesmo... “cada escada era uma oportunidade”! Bacana demais!

    Estava inscrita para as 24 horas mas larguei mão depois de ter me inscrito para 3 Meias Maratonas... Se me machucasse lá, já era!

    Parabéns, meu amigo!

    Beijão!

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    1. Pô, que pena, pensei que ia ver você lá na corrida, mas fica para próxima.

      Boa sorte nas provas!

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