Eu só tinha 2 opções: fazer ou não a inscrição para a Meia Maratona Internacional de São Paulo. Na verdade todo mundo tinha as mesmas opções, então o problema era definir se valia a pena ou não participar da prova. Coloquei tudo na balança. A favor: vontade de participar de uma Meia, 10% de desconto na inscrição por ser assinante da Revista Contra-Relógio, poucas provas neste início de ano, facilidade no acesso. Contra: não ter tido tempo de treinar nem dormir nada na última semana (e eu já sabia que isto iria acontecer) e o desrespeito do organizador por ter mudado a data da Maratona de SP após o início das inscrições. Mesmo assim, decidi arriscar.
E deu certo: o maior medo era enfrentar a prova destreinado, estressado e cansado debaixo de um sol de 30 e tantos graus, mas uma deliciosa frente fria entrou rasgando no final de semana e deixou o clima com cara de ar condicionado. Eu continuava destreinado e acumulando o sono perdido da semana anterior, mas pelo menos o clima estava sensacional para uma corrida. Pena uma dor tardia na coxa, que não é lesão, e sim brinde de uma semana cheia de problemas e preocupações, a tal “somatização”. Carreguei a danada pelos 21 Km, só aparecia quando eu fazia a graça de tentar acelerar, mas não impediu manter o ritmo de sempre. Mexi no cronômetro no momento errado e acabei bagunçando a minha marcação, mas foi por volta de 02:28:00 (no site está o tempo bruto, calculei por aí). É o que tem pra hoje, na próxima eu me cuido melhor.
Fale o que quiser do organizador Yescom, especialmente atire pedras na questão da Maratona de SP (a qual não irei participar), mas acredito que o trabalho nesta prova pode ser classificado como eficiente. A entrega dos kits foi rápida, a largada aconteceu no horário, boa quantidade de postos de hidratação (poderiam servir água gelada), Gatorade no Km 13 e ao final, medalha muito bonita. Como pontos contra, apenas deveria ter mais banheiros químicos, que não aguentaram a demanda antes da largada e melhor preparação do staff. Há relatos de corredores não inscritos que pegaram medalha e lanche ao final, além do cidadão de uma das bancas que parecia estar servindo Gatorade somente para ele (o corredor quase se lançava sobre a mesa para pegar o copo!).
A maior crítica, que na verdade fica como sugestão é sobre o tal “internacional” da prova. Não vou discutir valores de premiação, pois não tenho conhecimento do quanto pagam lá fora. A questão maior é transformar o evento em algo turístico para quem visita a cidade. Antes de mais nada, melhorar alguns pontos do percurso, como por exemplo, tirar a incursão à cracolândia. Uma passada rápida pela estação da Luz já daria o tom de ponto turístico da cidade, não precisa adentrar naquela região negligenciada pelo poder público. Por que não abrir o estádio do Pacaembú e fazer a largada e chegada lá? Ficou muito bom o trecho que passa pelo Memorial da América Latina, este sim um ponto turístico importante da cidade, e o subidão que vem na sequência para chegar novamente ao Elevado Costa e Silva, o Minhocão. Putz, e eu não vi ninguém se jogar de lá! (alguém lembra desta estória???)
Outra situação esquisita: a associação de moradores da região pediu que o som não ficasse tão alto, pois queriam dormir até mais tarde. Resultado: recados dados quase sussurrando e não cheguei a ouvir quando a largada foi dada. Por que não pedem também para as torcidas organizadas fazerem silêncio em dia de jogo? Ah, é mais fácil encher o saco dos corredores. Lembrando: estas são as pessoas que se disseram “gente diferenciada” quando o Metrô estudou a possibilidade de abrir uma estação na região.
Mas no geral a prova foi muito boa, senti os corredores focados no percurso, sem grupinhos se arrastando e conversando, apenas a camaradagem de sempre ao longo dos 21,1 Km. Se dessem uma “tunada” nesta prova, seria um evento único e atrairia gente de todo canto. Não é das mais fáceis, não é tão difícil e a distância compensa uma viagem à capital mundial do stress, São Paulo.
Correndo com dor e despreparado de novo? Pois é, velhos hábitos são duros de matar...
segunda-feira, 18 de março de 2013
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Show de bola Rinaldo! Parabéns por mais uma conquista, mesmo que sofrida!
ResponderExcluirAbraços
Paulo
Corre Coração
Valeu Paulo, abraço!
ExcluirÈ isso Claudio assino embaixo , alias o primeiro semestre pra mim é um desastre correr, mas eu insisto, o minhocão até hoje eu lembro da historia do suicidio em massa kkkk
ResponderExcluirProcurei você lá mas não encontrei, cheguei muito perto do horário de largada. Ah, alguém se lembra do suicídio coletivo...
ExcluirAbraço!
Muito bem relatado Rinaldo.
ResponderExcluirAté deu vontad de ir aí em 2014, quem sabe?
Quanto à Yescom, participei de duas provas com eles e só senti problemas no som também, no geral foram bem organizadas.
Abraços
Corridas do Luizz
A prova é bem legal, vale a pena.
ExcluirBons treinos!
Muito bem descrito, amigo ! Meu carinho e admiração.
ResponderExcluirObrigado amiga!
ExcluirRinaldo,
ResponderExcluirA frente fria ajudou, mas vejo que seu condicionamento físico não anda tão abalado. Cravou um ótimo tempo. Parabéns por mais uma prova realizada.
Adorei o relato.
Abraço e bons km's!!!
Helena
correndodebemcomavida.blogspot.com
Dava até para ir melhor, mas eu já sabia que a semana ia ser de stress, por isso quase não fiz a inscrição. Mas valeu a pena, seja como for, acabou sendo um belo treino.
ExcluirAbraço!