Todo mundo reclama do preço das provas, e eu reforço o coro, realmente não é fácil sustentar nosso saudável “vício” em corridas de rua e afins. Quando o assunto são os “...athlons” da vida, ou seja, mais de uma modalidade na mesma competição, pode preparar o bolso que não vai ficar barato. Mas e se, além de gratuita, uma prova ainda fosse comprovadamente bacana, bem organizada e ainda arrecadasse doações? Assim foi mais uma edição do Aquathlon Solidário de Natal, um evento organizado pela Federação Paulista de Triathlon (SPTri) com apoio da Prefeitura de São Paulo e do Centro Esportivo, Recreativo e Educativo do Trabalhador – Ceret e que mais uma vez foi um sucesso.
Começou pela boa ideia de fazê-lo um pouco mais cedo neste ano e mais bem divulgado, arrecadando brinquedos para o Serviço Social Perseverança que se encarregará de destiná-los à crianças carentes neste Natal. Aí eu me pergunto: porque não temos mais iniciativas assim? Será que é realmente tão difícil fazer um evento e conseguir o apoio de Prefeitura, serviços sociais e patrocinadores particulares e ainda fazer alguma coisa boa para alguém que precisa? Aguardo respostas.
O local do evento é o querido PET – Parque Esportivo dos Trabalhadores, em área nobre da Zona Leste de São Paulo. O “querido” é por minha conta, pois além de ter sido o palco do primeiro triathlon que participei e da Corrida 24 Horas na Pista que lá acontece todo ano, também foi o local que encontrei na cidade para treinar longos períodos de natação, você já sabe com que objetivo. A piscina do local possui 100m X 50m, a maior da América do Sul. Não tem ideia quanto é isto? Uma piscina semi-olímpica, típica de clubes, tem 25m de extensão.
Uma vez entregue o brinquedo e retirado o kit, é hora de esperar pela bateria de largada correspondente à faixa etária, no meu caso às 11:00 da manhã. Enquanto isso, a garotada de 7 anos em diante dava um show de esportividade em distâncias menores mas que enchiam de orgulho os paizões e mãezonas (que merecem todo nosso respeito por incentivar os filhos a praticar atividade física). Chegada a hora de nossa bateria, fomos para a água extremamente gelada, pois além de não ser uma piscina aquecida, o dia anterior havia sido nublado e o sábado estava ainda com fortes ventos frios. Ainda tive tempo de vestir uma camisa de neoprene para perder menos calor, mas no geral o pessoal trincava os dentes na largada.
Foram 500 metros de natação, 2 voltas de 250 metros contornando grandes boias amarelas na piscina. Uma crítica, que pretendo levar ao conhecimento da organização, diz respeito à dever existir no regulamento alguma regra para que o atleta não “andasse” na piscina, pois como esta era bem rasa, muitos transformaram a prova em um “andathlon” ao contornar as boias. Como disse no ano anterior, quero ver fazer isto no mar. Terminei mais atrás que os demais, mas nadei o tempo todo, fui lá para isso!
Na sequência, hora de “morfar”: tira óculos de natação, touca e camisa de neoprene, põe camiseta da prova, número de peito, meia, calça o tênis, boné e óculos de sol e sai para 3 Km de corrida, divididos em 3 voltas. Pensa que é fácil? Não só pela mudança de musculatura em ação, o parque ainda contém umas subidinhas legais no trajeto, para dar mais emoção. E terminei minha prova com 31:50, naturalmente não dá nenhum pódio, mas estenderam a faixa para a maioria dos atletas, um gesto muito legal. (FOTO: Débora Arantes – ATM/SPTri)
Uma prova incrível, muito bem organizada e divertida, e que com certeza trará novos adeptos aos esportes de troca de modalidades (isto vicia, viu?). Infelizmente, dou nota zero para os atletas que só se inscreveram, ou seja, separaram a vaga e não compareceram ao evento. Das 8 folhas de resultados no arquivo enviado pela organização, mais de 3 são de pessoas que não largaram. Prova gratuita não te dá o direito de tirar a inscrição de quem quer participar!
Que venham os próximos, e que a criançada fique muito feliz ao receber a pilha de brinquedos arrecadados!
Parabéns aos atletas e aos organizadores!
Mais informações e fotos: Aquathlon Solidário de Natal bate recordes em sua segunda edição
quarta-feira, 19 de novembro de 2014
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Parabéns pela participação na prova Rinaldo.
ResponderExcluirProvas com duas modalidades são bem bacanas. Outro dia fiz o meu primeiro Duathlon Terrestre e achei bem legal.
Abraço e boas corridas.
tutta-Baleias/PR
www.correndocorridas.blogspot.com.br
Obrigado Tutta, e parabéns pelo Duathlon!
ExcluirAbraço e bons treinos!