Vamos começar pela entrega do kit. Por ser uma prova que essencialmente irá atrair pessoas de outras cidades, uma pequena estrutura de distribuição no próprio dia já resolveria o problema. Para os paulistanos, como este aqui, era obrigatório retirar uma das 2 opções de kit (completo ou simples, uma boa ideia) em duas opções de data na própria semana em uma loja de esportes na região de Moema. Até aí tudo bem, a questão era o horário até 18:00, em uma área sujeita a trânsito pesado. Mesmo trabalhando a menos de 5 Km do local, levei quase 1 hora entre ida e volta, sem contar o tempo de fila, pois não tinha como retirar no final do dia. Enquanto aguardava em pé pela minha vez, a palavra “incoerência” não saia da minha cabeça.
Com horário de largada um pouco mais tarde, aí sim pensando nos corredores de outros locais, a simpática cidade de Igaratá recebeu uma quantidade considerável de veículos, tumultuando o trânsito, mas foi fácil estacionar nos arredores da largada. Uma falha que deve ter causado alguns transtornos foi quanto aos horários diferenciados para os corredores de 10 e 23 Km, pois estes largavam 15 minutos mais cedo. Sistema de som pouco eficiente no momento da largada e na divisão de percurso percebi que alguns haviam saído antes dos demais, o que naturalmente gera resultados incorretos. E é claro, vamos acrescentar o fato “não leio o regulamento nunca”, que é comum aos corredores de rua, portanto a desinformação quanto aos procedimentos.
Mas o percurso compensa tudo isso. Estradas de terra batida, um pouco de trilhas, por assim dizer e muito sobe e desce em montanha. É divertido ver o pessoal lá na frente, no alto, e você sabendo que ainda tem aquela pirambeira toda para alcança-los. Como estamos falando de uma área rural, é comum cruzar com vaqueiros, gado e muito, muito verde. A hidratação, também no regulamento que alguns não leram, era feita através de garrafões de água para abastecimento de squeezes e mochilas, portanto não havia copinhos para quem não prestou atenção aos detalhes. Bem organizado, mas no Km 13 faltou água, e olha que ainda vinha muita gente depois de mim.
Não vamos ficar falando só do que o organizador acertou ou errou, no geral a prova foi muito boa, dado que a estrutura é fora dos centros urbanos. A grande crítica vai para alguns corredores, desprovidos de educação e senso de responsabilidade, que emporcalharam a trilha com embalagens de gel de carboidrato, entre outros lixos que não faziam parte da paisagem. Ao longo do percurso fiquei horrorizado, não pelo volume, mas por ver que alguns realmente não tem qualquer noção de conservação do meio ambiente.
E após 02:49:18 cruzei o pórtico de chegada, carregando nossa linda e majestosa bandeira neste período tão difícil que vivemos. O fotógrafo Marcos Viana "Pinguim" estava lá e registrou o momento nesta bela foto. O que justifica uma diferença tão grande para a última maratona há exatamente um mês atrás, quando fiz 21 Km em 02:13:08 é a dureza do percurso. Subidas de até 4 Km de extensão e inclinações que variam até 28 graus, é de se imaginar que não dá para fazer a proporção de “apenas mais 2 Km”.
É claro que eu volto, prova deliciosa e bonita, apenas fica a crítica aos pontos relatados, que não tiram de maneira alguma o brilho do evento.
Correr na zona rural é maravilhoso. O ânimo é outro não é Rinaldo?
ResponderExcluirAbraço e parabéns pela participação.
tutta/Baleias-PR
www.correndocorridas.blogspot.com.br
Amigo Tutta, sinto falta de mais provas como esta, diversão pura para quem só vive no asfalto.
ExcluirBoas corridas!