Teimosia tem limite. Para o resto da população do planeta pode ser, mas no meu caso isto não se aplica. Se eu tivesse um treinador ele teria me matado, ou talvez até “se despedisse” diante da insanidade de correr uma meia maratona uma semana antes de uma completa. Mas, como eu não tenho treinador por falta de tempo, me preocupo apenas se o tempo final está dentro do regulamento e o pior de tudo, não aguento ver uma meia maratona no calendário e não me inscrever, o jeito foi seguir meus instintos e fazer a inscrição para a XIII Meia Maratona de Santo André, que aconteceu no Dia das Crianças (bem apropriado para esta aqui).
Mas não foram só instintos, pois eu já havia pensando em fazer esta prova desde o primeiro semestre. Diz a lenda que foram mais de 3 alterações de datas, eu contei somente 2, e isto empurrou a prova para a véspera da temida Maratona de São Paulo na semana seguinte. Já havia desistido da ideia, mas um colega de empresa que mora na cidade bombardeando meu e-mail, uma série de propagandas e alguns incentivos extras fizeram com que eu arriscasse a parada. Na verdade o principal incentivo veio da colega Ivana do blog Status: Na Correria, que mandou um recado (os juristas chamam de “intimação”) solicitando a minha presença na prova, apenas para treinar para o desafio da semana seguinte. Combinado que não íamos bater recordes e deixar os quenianos vencerem desta vez, aceitei a proposta.
A retirada de kit aconteceu em uma academia em um shopping da região, que naturalmente patrocinava o evento. Um pouco de fila, mas um belo kit de participação. Vale a pena dizer que a prova, com distâncias de 5, 10 e 21 Km tinha o custo honesto de R$ 70,00, difícil de encontrar nos dias atuais em São Paulo. Uma onda de calor insuportável resolveu pousar na capital paulista na última semana, e os corredores já estavam agitados trocando mensagens nas redes sociais sobre como seria o caldeirão de domingo. O relógio aí ao lado dá uma ideia: 25 graus de temperatura às 04:54 da manhã.
Pequena viagem até a cidade vizinha no mesmo local onde acontecem outras provas como a Mexa-se e demais corridas locais, o Paço Municipal, uma região muito bonita, com avenidas largas e bastante estrutura. Encontrei a amiga Ivana conforme combinado e confirmei que ninguém ia entrar para o Guiness, pelo menos hoje, íamos manter um ritmo de 06:30 a 06:45 por minuto, só para acrescentar milhagem no programa de fidelidade do tênis, e quem sabe trocar por uma performance melhor na maratona.
Tudo muito bem organizado na área de largada, e a corneta soou no horário, 07:30, um pouco tarde para uma prova nesta distância. Tomamos as ruas da região, um exército de corredores nas 3 distâncias e para nossa surpresa, um grande percentual nos 21 Km. Sim, dá gosto ver que o pessoal é casca grossa e enfrenta um perrengue desses com sol e tudo! Hidratação sensacional, com muitos postos de água gelada e até Gatorade no Km 14. Antes disso, no 13, esponjas ensopadas de água gelada, que proporcionaram um delicioso “banho de gato” debaixo daquele sol de deserto. Se você tiver a curiosidade de ver a altimetria no gráfico acima, vai entender que não é uma prova das mais fáceis, mas muito boa em termos de percurso. O trânsito fluía normalmente nas demais faixas de uma das avenidas, e os corredores ocupavam apenas a pista da esquerda, sem nenhum stress com os motoristas.
E como já era de se esperar, após 21 Km de muito blá-blá-blá (não falamos mal de ninguém, ok?) e bastante raios ultravioleta, cruzamos o pórtico com 02:30:00, um pouquinho acima dos 06:45 por minuto mas terminamos super bem, prontos para a encrenca daqui a 7 dias. Missão cumprida, rodagem feita, agora é esperar pela maratona.
segunda-feira, 13 de outubro de 2014
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Mega calorão, hein!!! Mas valeu muito pois o pessoal deu um show de organização!!!
ResponderExcluirObrigada pela companhia!!!
Abração e até domingo!!!
Ivana
statusnacorreria.blogspot.com
Valeu amiga! Domingo tem mais sol na telha pra gente sofrer.
ExcluirAbraço!
Muito bem, amigo, PA RA BÉNS !!!
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