segunda-feira, 3 de dezembro de 2018

Belas, diferentes, nada fáceis: duas provas de 21K imperdíveis!

Cansado de correr sempre na Av. 23 de Maio, ou na região do Pacaembu ou lá no extremo da Marginal Pinheiros? Se você é de São Paulo capital e imediações deve estar com a mesma sensação que eu, às vezes repetir provas ou circuitos que só trocam o nome começa a transformar as competições monótonas e caras. Então, sem precisar se deslocar muito para fora da cidade, vamos a duas meias maratonas que não são para qualquer um, dada sua dificuldade de altimetria, mas que valem a pena como desafios alternativos.

Pontos positivos, ambas são do mesmo organizador, a Caminhos do Mar, com estrutura simples e eficiente, além de preços acessíveis. E finalmente um organizador que tem o respeito pelo corredor e permite retirar o kit no dia da prova!

Pontos (mais ou menos) negativos, são próximas no calendário, o que pode ser um pouco desgastante devido ao percurso que exige bastante dos corredores. E ambas com camisetas quase iguais, excelentes, mas muito parecidas.

Atenção, gastos extras a considerar em cada evento:
- Ingresso para o Parque Estadual da Serra do Mar (R$ 32,00)
- Pedágio na Rodovia Castelo Branco, Praça Barueri (R$ 4,20)
* valores com base na data de publicação desta postagem


Meia Maratona Estrada Velha, 
tudo que desce, sobe...


A prova que dá nome ao organizador é uma das mais incríveis e difíceis que o corredor irá enfrentar nos percursos de 10, 15 ou 21 Km, pois basicamente metade será descida e a outra metade o percurso de retorno, ou seja, subida. Mas o visual desta incrível corrida por dentro do Parque Estadual da Serra do Mar irá levar o
corredor pela estrada velha que liga a via Anchieta até Cubatão, uma viagem no tempo, onde fazer este tipo de doideira por simples diversão seria considerado insano. A descida exigirá muito das pernas do corredor, dada a inclinação da pista, ficando plano somente no trecho onde os atletas passam pelas instalações da Petrobrás em Cubatão com retorno pouco além do pórtico de entrada da cidade. E aí, o que era descida vai virar subida pelo mesmo caminho, onde a maioria irá caminhar em muitos trechos para vencer o aclive.



Uma prova diferente e com visual incrível, que mesmo com chuva durante quase todo o trajeto não tirou a beleza da região. Ver a baixada santista lá do alto, passar ao lado das imensas estruturas da companhia petrolífera como dutos, reservatórios e toda sua complexidade, além da beleza natural deste pequeno pedaço da Mata Atlântica que ainda sobrevive em meio ao crescimento desordenado da região Sudeste, torna o evento mais especial ainda, sem preocupação de terminar com tempos ou recordes.


Como diz o slogam da prova: desafio de prova de montanha, com o conforto e segurança de uma prova de rua, em meio a natureza exuberante!

Meia Maratona de Alphaville,
se não está descendo, está subindo...

Imagine a seguinte situação: após passar o tapete de largada, nada mais será plano. Novamente, 10, 15 ou 21 Km serão ida e volta, então o alívio da descida agora será o martírio da subida na volta, e vice-versa. Em um comparativo com a prova anterior, considero esta
mais dura, pois o sobe e desce exige bastante da musculatura, especialmente na alternância do movimento. Descer tudo e depois subir, por incrível que pareça, pode até ser mais fácil.

Logo após a largada, em frente à uma faculdade na cidade de Barueri, o corredor tem à sua frente colinas e mais colinas nos arredores, passando por bairros planejados e de condomínios fechados, além de muitos trechos de vias somente com a vegetação ao redor. Mais uma prova com estilo que garante o contato da natureza sem precisar sair do asfalto, mas que exige bastante treino de altimetria.

dados do Strava
Quem está acostumado só com a esteira ou com os parques mais planos, melhor pensar duas vezes antes de enfrentar as pirambeiras desta competição. Mas o esforço vale a pena, apesar dos dias seguintes “de molho” para recuperar a musculatura. E de novo, chuva fina em alguns pontos, abafado em outros, como no caso da Caminhos do Mar.


Na primeira nem dava para pensar em melhorar tempo devido à altimetria brusca da subida, mas na segunda, após passar pelo ponto de retorno de metade do percurso com um tempo muito além do meu normal, resolvi brincar de “split negativo” e tentar fazer a segunda metade em menor tempo que a primeira. E consegui, mesmo que seja por alguns segundos apenas.

Vale a pena considerar estas provas para seu próximo calendário, além de outras bem interessantes do organizador Caminhos do Mar.

(só para lembrar: não é post patrocinado, o organizador não me deu inscrições nem desconto, merece os elogios pela qualidade dos eventos... se tivesse que descer a lenha, eu descia, mas só posso exaltar as duas corridas!)

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