sexta-feira, 15 de fevereiro de 2013

Bloco de Carnaval

Devido a problemas pessoais, um post totalmente atrasado, mas ainda em tempo. O Carnaval acabou, hora de trabalhar ou começar qualquer outra coisa que você tenha se proposto a fazer. Apesar de não muito animado nos dias do feriado devido a uma série de questões, pelo menos alguma coisa consegui fazer no sentido de manter as engrenagens funcionando. Uma delas eu conto depois, a outra é uma técnica usada pelo pessoal do Triathlon para melhorar a performance e as transições: treino em “bloco”, ou seja, aproveitar o tempo de treino para fazer mais de um esporte. Sem pretensões de grandeza, já adianto que foi apenas um teste, 20 minutos de bike + 50 minutos de corrida, mas que serviu para mostrar que dá para colocar em prática com alguns ajustes.

Pedalar e correr na sequência pode ser um exercício muito legal, mas que não é tão fácil de ser executado dependendo de alguns fatores. Na academia é a chatice pura, sair da bike estática e ir para a esteira, também estática. Nas ruas de São Paulo não temos nenhum parque público apropriado para executar os dois esportes na sequência, sendo o problema, naturalmente, onde deixar a bike antes ou depois da corrida (ou entre as sessões), tanto pela logística quanto pela segurança. Alguns fazem isto na USP, onde as assessorias esportivas montam suas áreas para as transições, mas é claro, você precisa contratar os serviços. Já se for por sua conta e risco, você pode acabar como alguns corredores, furtados no Parque do Ibirapuera após deixarem as bikes devidamente acorrentadas e sairem para um trote.

Para alguém que mora em apartamento, como no meu caso, é bem complicado trocar de atividade na sequência. Mesmo deixando a bike na garagem (coisa que eu não gosto de fazer), deveria ter como trocar de equipamentos. A solução encontrada foi utilizar o rolo de treino para pedalar e deixando tudo pronto para trocar para a corrida. Dentro de casa as coisas são mais fáceis, mas é realmente necessário deixar tudo ajeitado. Abrir gavetas procurando bonés, trocar de tênis na última hora e coisas do tipo, só estragaria a “transição”. Também não vale dar uma olhadinha no Facebook ou nos e-mails entre as modalidades, aí sim vai tudo por água abaixo.

Tirar sapatilha, trocar camiseta, colocar tênis e boné e pronto, só pegar o elevador e sair para a rua. Descer de escada não tem benefício nesta hora, a não ser forçar o joelho, deixa o exercício para o asfalto. E por ser um teste, é claro que saiu uma série de coisas erradas, mas serviu para “calibrar” as próximas tentativas. Falta agora fazer uma transição piscina/corrida ou vice-versa, ainda a definir os detalhes.

Encontrei algumas matérias sobre o assunto, porém as melhores estão em inglês (“bloco” para eles é chamado de “brick”), se alguém tiver alguma para indicar pode deixar nos comentários:

Introduction to Bricks

Get it Together with Brick Training

Effective Brick Sessions

Pode até não reproduzir as condições de um triathlon de verdade, mas a troca de movimentos do pedal para a corrida já é um ótimo treinamento para o corpo, mesmo se você não pretende encarar este tipo de prova.


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