quinta-feira, 30 de maio de 2013

Treino solidário: esvaziando a gaveta

aquecimento no vão livre do MASP
O que faz o corredor levantar cedo em um feriado frio, com mais ou menos 10 graus de temperatura lá fora, calçar o tênis e ir para o ponto mais alto da cidade, a Av. Paulista, um verdadeiro corredor de vento gelado? Planilha? Disciplina? Errou, a resposta é “coração quente” e espírito de ajudar o próximo, mesmo praticando um esporte individual. Mais uma vez o colega Antonio Colucci do blog Colucci e as Corridas organiza um treino temático utilizando como base o MASP e percorrendo a cidade vazia pela ocasião do feriado, lembrando um pouco o trajeto de uma tal corrida de rua que costuma ocorrer nestas ruas todo ano. Aqui não citamos nomes, pode dar complicação.

O mais legal desta vez foi a divulgação via Facebook solicitando que os participantes levassem camisetas de corrida a serem doadas para a A.E.C. Kauê, entidade que
utiliza o esporte para inclusão de minorias carentes, entre outras atividades. Incrível, o convite veio bem no dia em que minha gaveta “explodiu” de tantas camisetas de provas e corridas! Sempre faço uma limpeza nas que não gosto e já cheguei até a dar camisetas novinhas e no saquinho por não achar que iria usar. Claro, sem contar os organizadores que entregam “tamanho único”, sendo que eu sou de um “único tamanho”, geralmente um que não encaixa na vestimenta.


Às 09:00, horário previsto para a “largada”, cerca de 80 corredores começaram a se organizar para um alongamento e instruções dos
percursos de 9 Km e 15 Km, saindo da Av. Paulista, descendo a R. da Consolação, Elevado Costa e Silva (ninguém pulou, viu?), região central e subindo pela famigerada Av. Brigadeiro Luis Antônio. Fotos, fotos e mais fotos, e lá vão eles... Só que eu não fui correr, aproveito estes dias de cidade com menos carros para pedalar, e segui o grupo por parte do caminho, fotografando e registrando o espírito de camaradagem mesmo entre aqueles que haviam acabado de se conhecer.

Minha jornada finalizou na região central, onde não dava para fotografar devido à quantidade de desocupados na região (uma vergonha para a cidade) e por ter outros afazeres para o dia. Também não gosto de subir a Brigadeiro de bike, pois é disputar com os ônibus o pequeno espaço da faixa de rolagem. E calçada não é lugar de bicicleta, antes que alguém sugira.

Apesar de não ter corrido com o grupo, já valeu ter participado e ver
a solidariedade de todos, além de mandar algumas camisetas para a campanha. Aliás, segundo dados que li em um dos posts agora há pouco, foram arrecadadas cerca de 500 camisetas de corrida! Com certeza muita gente precisa aprender a fazer mais destes eventos, onde prevalece o companheirismo e a ajuda ao próximo e não apenas o lucro próprio.

Parabéns ao organizador e a todos que participaram!

segunda-feira, 27 de maio de 2013

Energizer Night Race: Fiat Lux!

Pode-se dizer que dei sorte com muita coisa na minha vida esportiva, e uma delas foi ter feito a primeira prova noturna bem organizada e adquirir o gosto por trocar o dia pela noite (eventualmente, é claro). Mas não é da edição deste ano da Energizer Night Race que eu estou falando, mas sim da prova do ano passado (Energizer Night Race: balada iluminada), e por ter gostado do formato e organização, já havia deixado a data reservada no calendário. Quando topei a parceria com a Iguana Sports no início do ano, confesso que a primeira prova que veio à cabeça foi esta.

Seguindo o mesmo formato do ano anterior, a prova aconteceu na USP com percursos de 5 e 10 Km, largada às 20:00 e uma charmosa lanterna de cabeça (headlamp) para todos os participantes. Este último item, como descrevi no ano anterior, poderia até ser considerado bobagem, mas dado o fato que muitas ruas da Cidade Universitária não são bem iluminadas, ajudou em muito a evitar tropeções. É claro, o visual do prova fica muito bacana com aquele
exército de corredores portando luzes na cabeça, ou até mesmo em locais alternativos como no tornozelo ou braço.

A entrega dos kits aconteceu em uma livraria relativamente próxima ao local do evento. Conforme já destaquei aqui várias vezes, se o corredor terá fácil acesso à prova, presume-se que também tenha acesso à região em outros dias. Muito organizador teima em colocar a retirada em pontos totalmente inexplicáveis da cidade, apenas para satisfazer o patrocinador, e quem paga a conta do merchandising é o atleta.

A arena da prova foi montada no local onde vários eventos de corrida acontecem, próxima ao portão principal da USP. Clima de balada, apesar de não gostar muito destas coisas, achei legal a agitação toda dos presentes, mesmo os que não estavam ali para correr pareciam bem animados na noite fria de 16 graus em São Paulo. Largada pontual, às 20:00 horas as luzes do pórtico foram apagadas e a iluminação vinha somente das headlamps, um visual e tanto.

Não acredita? Bom, eu até tentei filmar um pouco...



Sem muitas surpresas no percurso, conhecido dos corredores da cidade, a única subida não quebrava tanto assim o ritmo. Um pouco de vai-e-vem por volta de Km 7, mais um pouco no Km 9 e o corredor voltava para a “festa” já animada por um show de música esquentando a noite.


Terminei no meu ritmo de sempre, total de 01:06:42, confirmado por SMS após a prova. Afinal, quem não treina velocidade, só distância, não evolui nada no ritmo e este é o meu caso. Prefiro acostumar o corpo a aguentar percursos maiores do que ir mais rápido.

E para os pipocas, a prova termina em pizza...

Achei estranho não ter nenhuma forma rigorosa de recepção do kit pós-prova, pois o chip era descartável e o número de peito não trazia nenhum tíquete destacável para receber a medalha. Olhando ao meu redor na largada, vi que muita gente estava “pipocando” na prova, correndo sem chip e número, ou seja, exercendo a velha falta de educação costumeira de algumas pessoas (tem gente que nasce impregnada com isto).

Mas na chegada, um paredão de staffs (masculinos e de porte razoável) indicava que os que não estavam com chip deveriam sair por outro lado. Alguns, naturalmente, burlaram a segurança e foram para a mesa de frutas e Gatorade, pegando em seguida a fila das medalhas. Eis que presencio a seguinte cena, composta pelo corredor à minha frente (pipoca), a moça que entregava as medalhas (staff 1) e outro segurança (staff 2):

Staff 1: “Identificação?” (ela se referia ao número de peito)
Pipoca: “Blá-blá-blé,brr, gli,...”
Staff 1: “Não, eu não posso entregar”
Pipoca: “blá-bri-bló!”
Staff 1: “Sem identificação não posso entregar” (e se preparou para entregar a minha merecida medalha)
Staff 2: “Saia aqui, por favor”


Ponto positivo para o Staff, carimbinho de “folgado” para o pipoca! É claro que tivemos aqueles que exerceram a falta de educação em sua plenitude e “furtaram” o que não lhes pertencem, mas fiquei feliz em ver a atitude de quem estava lá para a função de organizar a situação.

Balanço geral

Além do que já destaquei de pontos positivos (staff, pontualidade, formato do evento), destaco 2 críticas construtivas quanto à prova:

- realmente ter um sistema mais rígido para não deixar os pipocas entrarem na área de dispersão, um tíquete ou mesmo devolver o chip descartável.
- instruir o pessoal do Gatorade no percurso a não utilizar conta-gotas para colocar o líquido no copo. No meu tinha uns 2 dedos de isotônico.

Prova muito boa, novamente fica o agradecimento à Iguana Sports pelo convite e com certeza espero estar na edição do próximo ano.

P.S.: Fiat Lux é uma expressão latina traduzida frequentemente como "Faça-se a luz" ou "Haja a luz", remetendo à passagem bíblica da criação divina da luz descrita em Gênesis 1:3. (Fonte: Wikipédia)

Blog de corridas também é cultura!


quarta-feira, 15 de maio de 2013

Divulgação: Energizer Night Race São Paulo

Mais uma indicação de corrida, desta vez uma prova noturna: Energizer Night Race, etapa São Paulo, próximo dia 25/05.

Esta foi a primeira prova noturna que participei, apesar de vários anos nas corridas, nunca tinha corrida em um evento à noite, e a experiência foi muito boa, tanto pela organização quanto pela corrida propriamente dita. A prova é organizada pela Iguana Sports e acontece na Cidade Universitária, local de muitas outras corridas ao longo do ano.

Veja descritivo da prova (enviado pelo organizador):
Depois de passar pelos Estados Unidos, Canadá, América Latina, Europa e Ásia, chega ao Brasil a ENERGIZER NIGHT RACE. O circuito encerra seu tour mundial com uma corrida aqui no Brasil, em São Paulo, dia 25/05. A Energizer é uma corrida noturna criada especialmente para quem sonha com um mundo mais brilhante. Embalados por muita música, headlamps presas à cabeça e uma noite de diversão garantida! Além disso, é uma chance do corredor contribuir com o One Millions Lights, projeto social que visa levar energia sustentável às comunidades carentes ao redor de todo o mundo.



Para maiores informações, acesse:
Energizer Night Race São Paulo

(pra quem vai, me procure lá, é o cara com a lanterninha na cabeça...)

segunda-feira, 6 de maio de 2013

Eco Duathlon: correr e pedalar é o maior barato!

Parece fácil. Afinal, correr 5 Km, pedalar mais 20 Km e terminar com mais 2,5 Km de corrida novamente, não são distâncias que assustam os que já praticam as duas modalidades. Mas fazer tudo isto na sequência, no meio do stress (benigno) de uma prova, é outra coisa. A prova: 1º Circuito Eco Duathlon, que aconteceu neste domingo em Guarulhos, SP, e eu mal terminei já estava pensando em quando seria a próxima etapa, pois o evento foi muito bem organizado.

Dado os preços absurdos praticados por alguns organizadores de corridas de rua, pagar R$ 80,00 por um evento deste tipo foi uma ótima relação custo/benefício. Neste mesmo mês de maio acontece outra prova do gênero, onde apesar de também confiar na eficiência do organizador, os preços são bem mais salgados. Quem conhece bem estes eventos de corrida sabe que é meio arriscado participar de primeiras edições de provas, pois às vezes a organização não consegue atentar a itens simples e acaba estragando o evento. Você sabe que eu sou exigente com este quesito, e só posso descrever a organização da K10 como “excepcional”, pois tudo funcionou perfeitamente para o atleta.

Eu sou o número 4!

Por já conhecer o formato da prova conhecida como “duathlon”, inclusive nestas distâncias, saber que era gerenciável e muito legal de participar, fiz minha inscrição logo que o site liberou o cadastro. Isto explica o “4” no número de peito e plaquinha da bicicleta, que neste caso não teve nada a ver com estar na elite, e sim pela afobação de realizar a inscrição no evento.

Os kits poderiam ser retirados na véspera em uma loja de bikes em Guarulhos ou no próprio dia do evento, primeiro ponto positivo. Como o município é vizinho de São Paulo e próximo de casa, fui no próprio sábado, restando apenas a retirada do chip no domingo. Não pode ser considerada uma falha, mas sim uma característica, o fato da região do Bosque Maia não possuir um estacionamento decente, sendo que os carros foram deixados na ruas paralelas à prova. Dado o policiamento na região, até que pareceu bem seguro, mas nunca se sabe, rua é rua.


Onde os pipocas não tem vez (No country for old bandits)

“Pipoca” nesta prova, nem pensar. A área de transição foi muito bem cercada e organizada para a acomodação das bikes. Tudo bem que os cavaletes estavam um pouco apertados, mas coube todo mundo, inclusive com uma divisão física entre bikes speed e mountain bike, pois o evento comportava as duas categorias. Largada pontual e lá vão os participantes para os 5 Km de asfalto num percurso que eu já conhecia da corrida que acontece na região no mês de dezembro. Coisa rápida, exceto para este mortal aqui, que não conseguiu convencer as pernas que não estávamos em outra ultramaratona, e sim em uma prova mais curta. Sabe como é, trauma da semana anterior.

Mas dado o meu ritmo normal, terminei a primeira parte em aproximadamente 33 minutos, agora é subir na bike e pedalar. Lá vai aquela mesma heroína que aguentou todo o tranco do Ironman 70.3, a Caloi 10 modificada que desta vez dividia o espaço com outras da espécie. Foram uns 45 minutos em 4 voltas de 5 Km, mesmo percurso do trecho inicial, com algumas subidas e retões onde era possível acelerar o que dava. Foi muito interessante estar na pista com outras bikes speed, triathlon, contra-relógio e mountain bikes.

A parte mais difícil foi sair da bicicleta após este trecho e ainda correr os 2,5 Km finais. As pernas simplesmente travam, e vi muitos corredores passando pela mesma situação. Mas com o tempo o corpo reaprende o movimento e lá vamos nós de novo para um trecho de corrida.


Fim da missão, total de 01:46:03, dentro das minhas possibilidades físicas atuais, está mais do que aceitável.

Quando é que o próximo mesmo?