segunda-feira, 30 de maio de 2011

Corrida Libbs, o expresso polar!

Domingo, madrugada fria, abaixo de 10 graus lá fora, cama quentinha... e o relógio desperta às 04:40. Fazer o quê, é dia de correr... Mas o que é mais legal é o fato de eu estar saindo de um resfriado de quase duas semanas, que impediu qualquer preparo na rua. O jeito foi ficar no conforto da academia, leia-se, a aporrinhação que é fazer esteira. Mesmo assim, o jeito é sair da cama e juntar os equipamentos já arrumados no dia anterior, pois serão 15 Km no frio de São Paulo quase entrando no inverno.

A prova em questão é a Corrida Viver a Vida Libbs, evento mais ou menos novo no calendário da Corpore. Na verdade a prova equivalente nos anos anteriores era feita em um percurso de 12,5 Km em uma ou duas voltas, individual ou duplas, dependendo do gosto do freguês. Neste novo formato, além do frio, os corredores enfrentaram 15 Km (ou 4 Km) de Marginal Pinheiros, largando (para variar) da Ponte Estaiada e seguindo ao lado do Rio Pinheiros, fedorento como sempre. Para quem foi nas outras edições do Circuito Athenas, uma inclusive na semana passada, sem muita novidade no trajeto, exceto pela largada na ponte.

Assim como eu, muita gente vestia duas camisetas e calça (de corrida ou outras nada a ver). Para total espanto destes pinguins, alguns corriam só de camiseta regata e shorts... vai entender, cada um tem uma percepção diferente da temperatura externa. Lá pelas 07:00, hora da largada, o sol aparecia com força, iluminando os prédios da Av. Berrini, a ponte, os corredores, e não aquecendo nada. O ar continuava extremamente gelado, forçando as vias respiratórias a trabalhar em dobro para aquecê-lo antes de chegar aos pulmões. Enquanto isso, o resto do corpo se divertia naquela temperatura de frigorífico, aquecendo e resfriando quase imediatamente.

Após 01:34:48, terminei a prova, satisfeito por manter o ritmo de 06:19 min/Km, mesmo depois de tanta tosse, remédios, espirros e tudo o que acompanhou a última semana de resfriado. Em alguns trechos fui bem mais rápido, mas a coisa pegava quando enfrentava uma fileira de prédios que causavam uma sombra fria no percurso, gelando o ar mais ainda. Uma dica se você for correr na Marginal Pinheiros: não fique nas faixas laterais, pois o desnível (caimento) força muito as pernas. Eu ainda estou com a perna direita doendo por não ter percebido isto antes, somente no meio da prova percebi que o esforço nesta estava muito grande, gerando desconforto e dores.

A Corpore como sempre teve um cuidado excepcional com a prova, com cores de camisetas e medalhas diferenciadas para homens e mulheres (a da foto é emprestada, a minha é a azul, ok?), estrutura bem montada, entrega dos kits na própria sede no dia anterior e até mesmo informações sobre os estacionamentos da região,R$ 15,00 a R$ 20,00 em média. O kit pós-prova poderia ter sido um pouco melhor, como sempre faltou alguma coisa salgada. As mulheres ainda ganhavam uma segunda camiseta e uma viseira no Espaço Mulher. Sugestão para a Corpore: criem um “Espaço Homem” e distribuam cerveja ao final da prova!

Esqueça o resfriado, as dores, as contas a pagar... próxima parada: Maratona de São Paulo, 42 Km, daqui a menos de 3 semanas...




quinta-feira, 26 de maio de 2011

Corrida de gente diferenciada

Correr em São Paulo está cada vez mais caro. Qual a novidade? O que chama mais a atenção é a falta total de padronização nos “preços” das corridas: pode-se ir de um evento totalmente gratuito e bem organizado, ou que seja, com inscrições a preços módicos, ou estourar o bolso em uma corridinha de 7 Km. Vamos falar deste último caso: Corrida da Amizade / Friendship Day, em sua 3a. Edição neste ano.

Eu não gosto de falar mal da Corpore, a instituição é a mais séria que eu conheço, vi poucas provas tão bem organizadas quanto às deles, mas neste caso não tem jeito. O fato é que você paga a bagatela de R$ 80,00 para percorrer um trecho de 7 km na região dos Jardins, área nobre da cidade, patrocinado por entidades como o Clube Monte Líbano e o Shopping Eldorado. Ou seja, “gente diferenciada”, como é o meu caso, que mora em “bairro” não está convidada para esta festa. Então, o questionamento: paga-se pela estrutura da prova ou o preço é simplesmente um limitante de nível social?

A matemática é simples: o preço atual da Maratona de São Paulo que acontece no dia 19/06 está em R$ 65,00, e para quem quiser conferir na calculadora 6 x 7 Km = 42 Km. Ou seja, seis vezes o percurso, preço mais acessível (OK, é da Yescom, chateação na certa...). E o incrível é que o lema da prova é “somos todos iguais”! Acho que é como no livro “A Revolução dos Bichos” de George Orwell: “todos são iguais, porém alguns são mais iguais que os outros”.

Enfim, este evento é “da amizade” e o precinho é “camarada”!

(respeito sua vontade se você for, faça uma boa prova, mas eu não consigo ficar quieto quanto vejo estas disparidades)




terça-feira, 24 de maio de 2011

Deixa ver se eu entendi: 2 Maratonas no Rio?

Enquanto eu acabava de me convencer a fazer a inscrição da Maratona de São Paulo (19/06), passei rapidamente pela página da Yescom e encontrei a figurinha ao lado, indicando mais uma Maratona no Rio de Janeiro, desta vez em 02/10/2011. Para quem não sabe, a evento oficial desta distância na Cidade Maravilhosa é a Maratona Caixa da Cidade do Rio de Janeiro, que acontece no próximo dia 17/07 e que é o motivo de eu estar tentando não participar da nossa aqui em São Paulo. Afinal, 2 maratonas em menos de um mês, para um pseudo-sedentário como eu, vai ser um estrago e tanto. Tudo bem, lavou, tá novo...

Mas voltando à questão da segunda prova: será que uma cidade (brasileira) comporta 2 maratonas em um mesmo ano, com pouco mais de 2 meses entre uma e outra? São no mínimo 42 Km de vias interditadas, o que não é fácil para qualquer logística, além de nem todo mundo ter parafusos a menos como eu e participar de eventos desta distância tão próximos.

No próprio site da Yescom ainda não há maiores informações, porém eu já fico imaginando: será que os cariocas (e todo o povo que topar encarar) está disposto a largar para os 42 K lá pelas 09:00 da manhã, como a Yescom faz aqui em São Paulo, em pleno sol escaldante do Rio de Janeiro chegando no verão?

Vamos esperar para ver no que vai dar...




terça-feira, 17 de maio de 2011

"Corra Lola, Corra": para quem gosta de correrias

Dizem que a Maratona de Berlim é a melhor do mundo para baixar seus tempos, afinal, o clima é ótimo, a geografia plana da cidade colabora bastante, e até mesmo o recorde atual dos 42K foi quebrado lá pelo etíope Haile Gebrselassie em 2008. Talvez pensando nesta característica da capital alemã o roteirista Tom Tykwer (e diretor, compositor e sabe-se lá mais o que no filme) tenha se inspirado para "Corra Lola, Corra" (Lola Rennt ou Run Lola Run, Alemanha, 1998) não sobre corridas, mas sobre correrias.

Lola, interpretada por Franka Potente, vive 3 vezes a mesma estória (o que desagrada muita gente que não curte filmes diferentes): literalmente correr atrás de alternativas para conseguir 100.000 francos e salvar o pescoço de seu namorado, Manny, que perdeu a quantia antes de conseguir entregar à uma perigosa quadrilha de contrabandistas.

Tem horas que dá inveja dos tiros que a garota de cabelos avermelhados consegue desenvolver nas belas ruas da cidade, sempre embalada por música eletrônica digna de ser ouvida em treinos (ela também participou das gravações da trilha).

Sucesso inesperado tanto na Alemanha quanto no resto do mundo, o filme ganhou prêmios e arrecadou muita grana sem ser nenhuma superprodução. Vale a pena uma passadinha na locadora, mas este é um filme diferente, ou seja, é necessário novamente "calibrar" a mente para o cinema alemão ou você volta aqui no blog para reclamar.

Fique com o clip musical:


Bom divertimento e nem pense neste tipo de correria aqui em São Paulo!



quinta-feira, 5 de maio de 2011

Corridas Estranhas...

Há muito tempo atrás, quando eu nem pensava em ter um blog... Bom, na verdade, enquanto eu dava uma geral nas fotos das medalhas destes últimos 5 anos de corridas de rua, recordei alguns momentos desta “carreira” de corredor, e diga-se quem nem todos foram muito especiais. Mesmo assim, estas corridas serviram para que eu aprendesse algumas coisas sobre o esporte e as provas. Como é possível? Simples: participando de corridas muito estranhas...

Corrida GRAAC, antes da Corpore

Houve uma época que a famosa corrida GRAACC não era organizada pela Corpore, que assumiu o evento em 2007, se não me engano. É melhor que eu não saiba quem organizava mesmo, pois era bem “desorganizada”. O fato é que na edição de 2006 que participei, não lembro de ter passado por tapete algum na largada. Tive um tempo oficial, mas acho que contava a partir da largada da massa. Para mim foi mais estranho ainda, pois foi minha primeira prova de 10 Km, e a recordação que eu tenho é daquelas viaturas do CET um pouco atrás de mim, do tipo, “será que você não pode ir um pouquinho mais rápido?”.

Nike 10K Bowerman

Esta não é do tipo “recordação ruim” e sim “por que não teve mais?”. A prova era alusiva ao Bill Bowerman, um dos fundadores da Nike e treinador de Steve Prefontaine (veja post num futuro próximo) e acontecia na USP... ah, já entendi, mais uma daquelas que infernizavam os residentes da Cidade Universitária, pois aconteciam provas em quase todas as semanas. O percurso era muito legal, 10 Km dentro da USP e camiseta Dry-fit da Nike, daquelas de tecido tecnológico. A minha resiste bravamente, é de estimação.

Corrida pela Paz (Corpore x Yescom)

Acredite, esta prova era da Corpore até 2006. Largava-se em frente da Amcham (Câmara Americana de Comércio Brasil-Estados Unidos), era alusiva aos atentados do World Trade Center e você podia usar toda a estrutura do prédio para retirar kit, ficar acomodado antes da prova, banheiros, vestiários, etc. Daí passou para a Yescom (leia-se, Rede Globo) e o foco foi mostrar a Ponte Estaiada na Marginal Pinheiros. Curiosidade, a Amcham fica na R. da Paz na Zona Sul, mais um motivo para o nome da prova.

Corrida da Diversidade

Não vou falar nada. A “diversidade” era referente a uma determinada “parada” que acontece todos os anos na cidade de São Paulo. Só que eu não sabia!

(tudo bem, foi uma corrida normal, público normal, tudo normal... acho)

Da Rua para a Pista

Sabe aquelas coisas que você se arrepende? Esta é uma delas. A proposta era correr uma distância de 5 Km na pista de atletismo do Ginásio do Ibirapuera. O que pode parecer interessante, no meu caso foi uma chatice, meu tênis não era compatível com aquela pista grudenta, eu perdi a contagem de voltas e como éramos divididos em baterias, é claro que eu fiquei por último.

Projeto Arrastão

Ela ainda acontece, até onde eu sei, e é uma iniciativa muito legal de um grupo que visa profissionalizar comunidades necessitadas. Só que no ano em que participei, 2007, ela aconteceu na Sociedade Hípica no Brooklin, ou seja, um zigue-zague danado de 5 Km em terra e grama que destruía qualquer joelho.

Corrida Vertical

Esta eu já contei aqui (Corrida Vertical: para o alto e avante!), mas vale a pena recordar: subir 31 andares de escada, junto com um bando de doidos... será que vai ter de novo neste ano?





E você, já participou de alguma corrida fora dos padrões ou que tem recordações esquisitas? Conte aí, talvez na época você ainda não tivesse um blog de corridas, assim como eu não tinha na época destas provas.