segunda-feira, 30 de março de 2015

Corrida e Caminhada Olga Kos, bem organizada e acessível

De vez em quando faz bem voltar aos antigos circuitos, aqueles de corridas que você já fez inúmeras vezes e já conhece cada pedra do caminho. Muita gente usa como parâmetro para definir melhorias no tempo, ou fazer o mesmo trajeto em diferentes condições climáticas e daí por diante. Na maioria das vezes, acabamos indo pela facilidade de acesso ou mesmo por gostar da região da prova. E quem mora em São Paulo, capital, e corre regularmente, já deve ter experimentado a região do Pacaembu, indo até o Minhocão e voltando ao estádio de futebol. Chato? Nem pensar, é um percurso bem desafiador pela sua característica de iniciar no plano com leve descida, enfrentar uma pequena subida quando já está aquecido e depois um sobe e desce no elevado, sem contar a pequena mas perceptível inclinação da Av. Pacaembu.

E no domingo dia 22, mais uma prova aconteceu na região, a Corrida e Caminhada Olga Kos pela Inclusão Cultural, promovida pelo Instituto Olga Kos e que reuniu por volta de 3 mil participantes nos 5 Km, 10 Km e caminhada. O que chamou a atenção foi a inscrição a preço muito convidativo para os padrões atuais, R$ 40,00 com sacola, squeeze, camiseta (branca e de ótimo tecido), número de peito, chip descartável e medalha ao final. O único ponto a considerar foi concentrar a retirada de kits em um único dia, no sábado, apesar da facilidade de acesso do local do antigo Clube de Regatas Tietê. Uma fila imensa esperava pelos corredores, mas a eficiência da organização fez com que a entrega fosse rápida.

Tempo meio nublado, com sol forçando a barra entre as nuvens, mas no geral bem agradável para corrida. Largada bem próxima do horário estipulado e infelizmente mais uma prova que não dá a volta na praça circular em frente ao Estádio do Pacaembu. Possivelmente para não tumultuar a entrada do Museu do Futebol, mas uma característica que se observa nas últimas edições dos circuitos que ali acontecem. E partimos para o tal percurso que eu já
descrevi acima, com pequena alteração ao final da Av. Pacaembu, uma subida mais íngreme antes do Minhocão.

E lá pelo meio da prova ainda encontro o colega Leonardo do blog Pisando Por Aí, que eu não via há um bom tempo e que continua no pique das corridas. Público animado e levando a corrida a sério, mesmo depois da dispersão dos 5 Km o pelotão estava forte no ritmo, aproveitando o clima agradável e a boa organização pelo percurso. Excelente hidratação, mas as placas de quilometragem deixaram um pouco a desejar pelo caminho.

Dentro das minhas atuais capacidades, ainda baixei um pouco meu tempo nos 10 Km, terminando em 56:02, apesar de que o GPS queria mais 300 metros para completar a distância. Problema dele, o que vale é o estipulado
pelo organizador. E ao final uma bela medalha, e olha que eu sou chato com isso, é difícil ficar impressionado com medalhas, mas esta é realmente muito bonita e parece de fato uma conquista.

Então dá para fazer uma prova bem organizada, decente, em local agradável por menos de R$ 50,00.

Dá sim, apesar de alguns organizadores acharem que não.

quarta-feira, 11 de março de 2015

O positivo e o negativo na Meia Maratona de São Paulo 2015

Aí você pode dizer: ué, mas falou que não ia participar devido ao preço, e mudou de ideia? Na verdade aproveitei um lote com inscrições em um preço que considero razoável para a distância de 21 Km, R$ 95,00, depois disso, ficou salgado. Mas vamos falar de outros pontos positivos e negativos, altos e baixos da (nova) Meia Maratona de São Paulo 2015, prova que aconteceu no último domingo e que foi excelente no final das contas.

Digo nova pois muita coisa mudou, pelo menos na parte do percurso. Ainda saindo da Praça Charles Miller em frente ao estádio do Pacaembu, a prova acontece principalmente na região central da cidade de São Paulo, passando por diversas ruas simbólicas e pontos turísticos, dependendo é claro, do nível de segurança que o turista aceita em uma cidade grande. As principais alterações foram muito boas, tirando o vai e vem pelo Elevado Costa e Silva (Minhocão) e passagem por regiões como a Luz, local onde atualmente encontra-se a cracolândia, um pouco inapropriada para um evento esportivo. Mas o grande charme do trajeto foi resgatar o trecho das avenidas São João e Ipiranga, como acontecia naquela corrida de 31 de dezembro que vocês já sabem qual é. Fora isso, algumas inversões de percurso comparado com os últimos anos e as subidas e descidas dos viadutos de sempre.


Clima excelente para correr, sol com vento gelado em diversos pontos, sem estar abafado. Neste ano a prova não aconteceu no final de semana do final do horário de verão, o que todo ano gera confusão para os que não
prestam atenção no calendário, outro ponto positivo. Merece elogio a excelente distribuição da hidratação, só passava sede quem queria, tanto pelos postos a cada 2 Km em média como pela fartura de água e até mesmo Gatorade. Sim, estamos falando do mesmo organizador que no ano passado foi saraivado após a desértica Maratona de São Paulo, é muito bom saber que nossas reclamações e comentários surtiram efeito e trouxeram mais qualidade aos eventos.

Infelizmente, para aqueles que buscam dados oficiais, a
Confederação Brasileira de Atletismo (CBAt) anunciou que os resultados da prova não serão homologados para efeito do ranking brasileiro, por ter não ter sido realizada no percurso oficialmente medido. Meu GPS até deu uma certa diferença no final, mas como eu não me importo muito com isso, só fiquei sabendo através da notícia divulgada nas redes sociais:

Meia Maratona de São Paulo não teve resultados homologados

E eu, no meu pace de sempre, terminei em 02:18:06, tempo já conhecido na distância para minha pessoa. Mas a boa notícia é que mesmo com todo stress que passei nos últimos meses, que geraram até uns “quilinhos” a mais na balança, foi possível manter uma marca sem grandes novidades.

E então, cadê os pontos “negativos”?

Exceto pela quantidade de banheiros químicos, que continua insuficiente para esta prova (eu já acostumei ouvir a buzina de largada ainda na fila), não há outras observações a respeito do organizador.

Quem errou e continua errando feito é a atual administração pública da cidade de São Paulo, que permite esta “implosão” do Centro Histórico, com cada vez mais drogados espalhados por todos os cantos, sem contar a necessidade de alterar o percurso para não passar pela cracolândia. Foram dadas outras explicações sobre esta alteração, mas sinceramente, quem conseguiria garantir a segurança de corredores e corredoras passando pela região da Av. Rio Branco? Se alguém tiver a resposta, fique a vontade para comentar abaixo, mas prove qualquer argumento por favor.

Resumindo, temos uma região que além de tudo nos proporciona 21 Km de percurso desafiados, mas que a cada dia está mais devastada pela irresponsabilidade administrativa de nossos governantes.

No mais, a prova continua recomendada, espero apenas que os preços sejam mais atraentes na próxima edição.

P.S.: o blog não está abandonado, é o blogueiro que está sem tempo de atualizá-lo...