terça-feira, 28 de janeiro de 2014

Troféu Cidade de São Paulo: ligando os motores...

Sim, eu sei, o ano já começou e lá se vai o primeiro mês, mas eu ainda não havia achado uma corrida para este início de 2014. Poucas opções, muita gente viajando, e eu já estava mentalmente preparado para voltar ao asfalto (oficialmente) só em fevereiro. Eis que um colega de trabalho vem me lembrar, no último dia de inscrição, do Troféu Cidade de São Paulo, prova tradicional que acontece no dia do aniversário da metrópole, e que neste ano caiu em um sábado. Com outro compromisso esportivo para o domingo, que depois eu conto, resolvi encarar esta que é uma prova muito especial para mim.

Inscrição na casa dos R$ 50,00 para um kit simples, número, chip (normal, não descartável) e uma camiseta azul-Smurf com o logotipo do evento. Apesar de ter sido uma retirada bem rápida em uma loja do supermercado que patrocina a prova, tenho uma crítica: ninguém conferiu se “eu” era “eu mesmo”, ou seja, não pediram documento e muito menos olharam o comprovante de inscrição. “Outra pessoa” poderia ser “eu” e ninguém ia se responsabilizar pelo kit faltante quando “eu” estivesse lá e começasse a reclamar.

Parar carro na região do Ibirapuera não é nada fácil, então fui de transporte público, a melhor opção neste caso. Encontrei o colega Alessandro do Correndo Que Me Entendo e o Rodrigo do Corrida de Rua MS um pouco antes
da prova, e depois fui para a largada. Pontual, elite largou às 07:30 debaixo de um sol insano e os demais às 07:35. Parabéns ao organizador neste ponto, provas com muita gente dificilmente largam no horário, mas por outro lado, (ainda) é necessário instruir os caminhantes a não largarem no meio dos corredores!

Percursos de 10 e 6,3 Km pela já tradicional Av. 23 de Maio e um trecho da Av. República do Líbano, bastante sobe e desce, a única coisa que não descia e só subia era o sol, fritando bonés, cabelos e tudo o mais. Logo no início nosso colega O Corretor Corredor estava lá como sempre fotografando, filmando e registrando nosso "sofrimento" e ainda corremos um trecho juntos.

Pé no acelerador e mantive as marcas do ano passado, fechando em 00:59:09, pelo menos um pequeno recorde registrado pelo GPS nos 5 Km. Mas sabe como é, se tivesse apertado um pouco mais, aqueles menos 10 segundos... deixa prá lá, oportunidade não vai faltar.

Uma pequena muvuca para retirar o kit pós-prova, uns 10 minutos de fila, e lá estava a primeira medalha do ano.

Esta corrida existe? Sim, esta corrida é real!

Há 8 anos eu fui convidado (intimado, na verdade) pelos colegas da empresa onde trabalhava a começar a correr. Achei aquilo muito radical, então concordei em ir na caminhada que acontecia junto com esta prova, meros 5 Km. Como já disse aqui antes, ao ver aquele povo voltando no sentido contrário, desembestado pela pista oposta da Av. 23 de Maio, só me ocorreu
uma coisa: “quero estar do outro lado na próxima!”. Pronto, o tal bichinho da corrida fez um estrago danado, e até hoje eu fico fuçando em sites, procurando eventos, inscrições, bom, o resto você já sabe.

O banco que patrocinava a corrida nem existe mais (muito menos o dinheirinho que eu guardava lá), mas eu ainda tenho o número de peito, camiseta e até o envelope. Antes que você fale, sim, talvez eu tenha até os alfinetes daquele kit! Na verdade eu fiquei fascinado por receber um número de peito igual ao dos atletas de verdade, e daí você já pode imaginar de onde veio o nome do blog...

O único arrependimento: não ter descoberto a corrida antes!


Em 2014 vou participar de menos provas, como já disse no final do ano. Mas esta tinha que fazer parte, afinal, ela é o “kickoff”, o “rollout” de projetos muito maiores.

Aguarde.

quinta-feira, 16 de janeiro de 2014

Vale Quanto Pesa...???

Dependendo da sua idade, ou melhor, se você já passou dos 30, provavelmente deve se lembrar de uma marca de sabonete chamada “Vale Quanto Pesa”. Eu era criança mais ficava intrigado o porquê deste nome, e hoje que faço as compras no supermercado sei que cada centavo economizado é bem vindo. Ah, então vai falar neste post sobre qual o melhor sabonete para após a corrida? Não, vou falar do quanto vale o dinheiro que você gasta em uma inscrição de corrida de rua. Ou o quanto não deveria gastar. Resumindo, se vale (ou não) o quanto custa, ou o quanto pesa no seu orçamento de corridas.

Em quase 8 anos participando de corridas de rua, identifico 2 formas das minhas presenças nas provas: quando ganho a inscrição ou quando pago do meu bolso. Neste último caso, superei os 3 dígitos no valor que vem logo após o “R$” poucas vezes nas últimas 186 participações, geralmente em provas com logísticas diferenciadas que até chegam a justificar os valores. Mas pagar 3 dígitos em uma corridinha qualquer, isto eu não faço. Já fica de alerta aos organizadores para este ano: meu salário não é corrigido com os mesmos números que vocês corrigem o preço das corridas.

Parece que recentemente houve uma preocupação excessiva por parte de algumas empresas em registrar nomes de corridas, gerando inclusive alguns desconfortos entre organizadores de provas. Vamos cortar caminho e ir direto ao ponto: a preocupação dos organizadores deveria ser ficar com bobeira com nome das provas ou se preocupar em proporcionar um evento decente para os corredores? Por “decência” não estou me referindo a kits cheio de bugigangas, que apesar de ser legal ganhar, não podem ser trocados por itens básicos como estrutura, segurança, acessibilidade, apoio médico, hidratação e um que poucos organizadores se preocuparam até hoje: controle dos “pipocas”, que acham que podem participar do evento e ainda sair com kit e medalha ao final, igual a quem pagou. Ah, é claro, e também investir em contratar pessoas que tratem o corredor com respeito, ou seja, treiná-las antes de colocar para atender. Neste último caso, tenho um exemplo interessante: na minha última
participação na prova que acontecia no meio da tarde e que agora passou para a manhã, os kits pós-prova eram jogados de cima de um caminhão para os corredores. Infelizmente já escurecia e meu celular não conseguiu fazer uma boa foto, mas eu lembro muito bem da cena.

Falem bem, falem mal, mas...

Já sabe o resto. O problema é: e se não falarem de você? Simples, você será esquecido! Você, ou qualquer outra coisa, quando ninguém fala ou comenta a respeito, está fadado ao oblívio, ou seja, sua existência não fará mais diferença. Lembra do vilão do Harry Potter, o Vol... não vou falar, senão ele volta (e dá processo!) . Por mais ingênua que seja a ideia daquele vilão, a mensagem era clara, se você não quer que algo seja lembrado, não fale o nome! É por isto que neste ano que passou você não me ouviu falar de alguns eventos no calendário, por mim eles podem ser esquecidos, uma vez que não ofereceram o suficiente para que eu voltasse a participar. E já que nomes não podem ser citados, pois viraram propriedade, não vou falar mesmo.

E o motivo desta discussão

Este é o primeiro post do ano, trago um assunto polêmico logo de cara, afinal janeiro você quase não gasta dinheiro (IPVA, IPTU, ”I“ sabe-se lá mais o quê). Minha estratégia para 2014: menos provas, mais treinos, provas selecionadas a dedo. Já te aviso que teremos menos posts e menos coberturas, mas com certeza o blog não vai deixar de estar interessante.

Aguarde...