domingo, 23 de novembro de 2014

Night Run Júpiter: partiufoguete!

Fazia tempo que eu não ia a uma prova noturna! Mais tempo ainda que eu não enfrentava 5 Km! Tudo bem, na semana anterior, ali pertinho desta prova, eu participava de uma ultramaratona com 10 vezes esta distância, mas corrida é corrida, não importa a quilometragem. Então, se no que conta em uma ultra é a resistência, aqui o que manda é a velocidade. Mais uma edição da Night Run, prova tradicional no calendário, que encerra seu circuito em São Paulo partindo de dentro do sambódromo e usando a pista que já foi da Fórmula Indy na Av. Olavo Fontoura, em ritmo de balada e com muita gente disposta a queimar o asfalto.

O kit foi retirado na loja Decathlon do Morumbi, entrega muito rápida e eficiente, composto na sua edição básica por sacola grande, copo térmico, pulseira led e camiseta de manga comprida, tudo de excelente qualidade. Chegar ao Anhembi em São Paulo é bem fácil para quem mora na Zona Norte como é o meu caso, sendo que optei por deixar o carro um pouco distante, mas como a prova era curta, uma caminhada não faz mal a ninguém e serve como aquecimento.

Largada pontual, 19:30 para os 5 Km, os 10 Km largariam às 20:30 e todos convidados para o agito dos DJs na sequência. Devido ao grande público e ruas um pouco estreitas em alguns pontos, o jeito é usar a sua “manobrabilidade” para conseguir apertar um pouco mais o ritmo sem atropelar ninguém. O pessoal realmente estava a fim de correr, o que deixou a prova mais divertida ainda. Apesar de ter no dia seguinte os 10,5 Km da Ayrton Senna Racing Day, com todo o sobe e desce do autódromo, resolvi soltar as amarras e deixar os tênis livres para voar na pista. E surpresa, um novo recorde nos meus 5 Km, 27:30! Nada digno de pódio, mas sabe como é, nosso relógio é nosso maior adversário.

Após passar pela dispersão, recebi medalha, isotônico, água e frutas, e para quem gosta ainda iria rolar bastante agitação na arena do evento. O frio de uma noite de
novembro (vai entender...) fez com que eu me retirasse sem encontrar os colegas que sabia que estariam lá, mas valeu a pena participar de um prova nestes moldes. Um detalhe interessante foi a possibilidade dos participantes do programa de fidelidade Multiplus trocarem seus pontos pela inscrição, uma ideia muito boa e que seria muito bem vinda para os próximos eventos.

Agradecimentos à Multiplus pela inscrição cedida e ao pessoal da CDN pelo convite, fiquei muito contente por ter participado de um evento grandioso e divertido como esta corrida.

E a bela medalha, com este foguete em relevo, é dedicada aos brilhantes cientistas que na semana anterior pousaram a sonda Philae em um cometa, entrando para a história da exploração espacial humana. Assim como os corredores, eles audaciosamente foram onde ninguém jamais esteve! (lema de Star Trek, bem apropriado para o contexto)



quarta-feira, 19 de novembro de 2014

Aquathlon Solidário de Natal: imperdível!

Todo mundo reclama do preço das provas, e eu reforço o coro, realmente não é fácil sustentar nosso saudável “vício” em corridas de rua e afins. Quando o assunto são os “...athlons” da vida, ou seja, mais de uma modalidade na mesma competição, pode preparar o bolso que não vai ficar barato. Mas e se, além de gratuita, uma prova ainda fosse comprovadamente bacana, bem organizada e ainda arrecadasse doações? Assim foi mais uma edição do Aquathlon Solidário de Natal, um evento organizado pela Federação Paulista de Triathlon (SPTri) com apoio da Prefeitura de São Paulo e do Centro Esportivo, Recreativo e Educativo do Trabalhador – Ceret e que mais uma vez foi um sucesso.

Começou pela boa ideia de fazê-lo um pouco mais cedo neste ano e mais bem divulgado, arrecadando brinquedos para o Serviço Social Perseverança que se encarregará de destiná-los à crianças carentes neste Natal. Aí eu me pergunto: porque não temos mais iniciativas assim? Será que é realmente tão difícil fazer um evento e conseguir o apoio de Prefeitura, serviços sociais e patrocinadores particulares e ainda fazer alguma coisa boa para alguém que precisa? Aguardo respostas.

O local do evento é o querido PET – Parque Esportivo dos Trabalhadores, em área nobre da Zona Leste de São Paulo. O “querido” é por minha conta, pois além de ter sido o palco do primeiro triathlon que participei e da Corrida 24 Horas na Pista
que lá acontece todo ano, também foi o local que encontrei na cidade para treinar longos períodos de natação, você já sabe com que objetivo. A piscina do local possui 100m X 50m, a maior da América do Sul. Não tem ideia quanto é isto? Uma piscina semi-olímpica, típica de clubes, tem 25m de extensão.

Uma vez entregue o brinquedo e retirado o kit, é hora de esperar pela bateria de largada correspondente à faixa etária, no meu caso às 11:00 da manhã. Enquanto isso, a garotada de 7 anos em diante dava um show de esportividade em distâncias menores mas que enchiam de orgulho os paizões e mãezonas (que merecem todo nosso respeito por incentivar os filhos a praticar atividade física). Chegada a hora de nossa bateria, fomos para a água extremamente gelada, pois além de não ser uma piscina aquecida, o dia anterior havia sido nublado e o sábado
estava ainda com fortes ventos frios. Ainda tive tempo de vestir uma camisa de neoprene para perder menos calor, mas no geral o pessoal trincava os dentes na largada.

Foram 500 metros de natação, 2 voltas de 250 metros contornando grandes boias amarelas na piscina. Uma crítica, que pretendo levar ao conhecimento da organização, diz respeito à dever existir no regulamento alguma regra para que o atleta não “andasse” na piscina, pois como esta era bem rasa, muitos transformaram a prova em um “andathlon” ao contornar as boias. Como disse no ano anterior, quero ver fazer isto no mar. Terminei mais atrás que os demais, mas nadei o tempo todo, fui lá para isso!

Na sequência, hora de “morfar”: tira óculos de natação, touca e camisa de neoprene, põe camiseta da prova, número de peito, meia, calça o tênis, boné e óculos de sol e sai para 3 Km de corrida,
divididos em 3 voltas. Pensa que é fácil? Não só pela mudança de musculatura em ação, o parque ainda contém umas subidinhas legais no trajeto, para dar mais emoção. E terminei minha prova com 31:50, naturalmente não dá nenhum pódio, mas estenderam a faixa para a maioria dos atletas, um gesto muito legal. (FOTO: Débora Arantes – ATM/SPTri)

Uma prova incrível, muito bem organizada e divertida, e que com certeza trará novos adeptos aos esportes de troca de modalidades (isto vicia, viu?). Infelizmente, dou nota zero para os atletas que só se inscreveram, ou seja, separaram a vaga e não compareceram ao evento. Das 8 folhas de resultados no arquivo enviado pela organização, mais de 3 são de pessoas que não largaram. Prova gratuita não te dá o direito de tirar a inscrição de quem quer participar!


Que venham os próximos, e que a criançada fique muito feliz ao receber a pilha de brinquedos arrecadados!

Parabéns aos atletas e aos organizadores!

Mais informações e fotos: Aquathlon Solidário de Natal bate recordes em sua segunda edição

segunda-feira, 10 de novembro de 2014

Ultramaratona Dizzy Endurance: Não pare na pista!

Mais um episódio do "Novembro Insano": não contente em ter feito uma maratona bem casca-grossa e correndo uma meia maratona antes e outra depois, o cidadão aqui se mete em uma ultramaratona de 50 Km em pista...


Se ninguém percebeu a figurinha aí ao lado escrito “Novembro Insano”, agora é hora de acreditar que é verdade. Explicando melhor: após o clima desértico da Maratona de São Paulo, com todas as suas dificuldades apresentadas, eu já estava inscrito na Athenas SP 21K, o suficiente para botar um ponto final em um ano que teve outras corridas, meias e o Ironman. Mas, sabe como é, eu não sossego.

Eis que sou apresentado (na minha busca diária em calendários de corrida) a uma ultramaratona de 50 Km em pista, e o pior, perto de casa, uns 10 minutos de carro ou ônibus. Mas o que fisgou o pseudo-atleta aqui foi a frase “temida pelo seu extremo desgaste psicológico” como anunciada no site do organizador, a Endurance Eventos. Literalmente, fiquei babando de vontade de participar, e como já havia feito uma anteriormente, a UltraRunner Praia Grande (na categoria 50 Km), sabia que eles estavam certos. Preço um pouco acima do normal, R$ 180,00, mas dada a estrutura que uma prova dessas deve ter, o valor é justificado. Diga-se, este valor afasta aventureiros ou aqueles que só vivem de inscrição cortesia, que vão lá “tentar”, quem entra é para finalizar, e isto é uma política que deveria ser melhor aplicada nas provas longas atuais. Outro ponto muito positivo foi a entrega de 3 termos de autorização preenchidos e assinados na retirada de kit.

Aí você pergunta, “correr em pista não precisa fechar ruas e pagar taxas para a Prefeitura, então porque tão caro?”. Em primeiro lugar, a prova acontece em locais fechados, neste caso o Clube Esperia na Zona Norte de São Paulo, que precisou fechar a pista de atletismo e algumas quadras de tênis na área interna desta para receber os atletas. Mas o que chama a atenção é a fartura de comes e bebes servidos durante a prova, infinitos copos de água, isotônicos, frutas, bolachas, mel e uma refeição quente (purê de batata) servida em um determinado horário. Um tonel com água gelada e esponjas foi disponibilizado ao lado da pista, e que alívio para o ar abafado do dia, apesar da ausência do sol.

A prova ainda contava com duas distâncias, 50 Km a serem completados em 8 horas ou 100 Km a serem completados em 12 horas no máximo. E aqui não tem choro, o relógio bateu, game over para quem não finalizou. Outras regras incluíam não jogar lixo na pista ou arredores e pacers, todas sob pena de advertência e desclassificação. Infelizmente o sistema de cronometragem por chip foi danificado pela forte chuva na noite anterior, obrigando a organização a disponibilizar staff ao longo da pista para a marcação manual de voltas. E foi uma marcação precisa, eu com meu dispositivo contador que você já conhece conferia o painel eletrônico na tenda e estava sempre bem afinado com os números oficiais. Em uma pista de 375 metros como esta do clube, são necessárias 133 voltas para 50 Km. Aja voltas!

Fui no meu ritmo normal até o Km 25, onde passei com umas 3 horas, o esperado, porém as coisas complicaram daí para frente. Uma dor chata voltou a atacar meu pé durante a semana anterior, e sem ter como consultar um médico sobre o assunto devido à
proximidade da prova, fui assim mesmo. Da metade para a frente tive diversos momentos de desconforto no pé, sem contar o cansaço físico que bateu forte devido ao tempo abafado. Planejava terminar em até 07:00, mas passei um pouco e terminei com aproximadamente 07:35.

Tudo muito bom do ponto de vista de organização, sendo que os sócios da empresa organizadora, a Endurance Eventos, são atletas de resistência e sabem o que nós precisamos nestas horas. Ao contrário de organizadores “sem rosto” que nunca calçaram um tênis de corrida, estes caras são especialistas no assunto. O patrocínio principal ficou a cargo da lanchonete Dizzy, outros estabelecimentos e marcas famosas do esporte. Como a organização teve o cuidado de nos enviar uma pesquisa de satisfação, deixei para comentar alguns pequenos detalhes que poderiam ser revisados diretamente com eles, não há necessidade destacar aqui.

Fica registrado aqui os cumprimentos pelo sucesso da prova aos organizadores, e que venham as próximas!

(e as minhas próximas? semana que vem tem mais, o Novembro Insano ainda não acabou...)


segunda-feira, 3 de novembro de 2014

Circuito Athenas SP III 2014: 21 é o novo 10!

Muita gente, e com certeza você deve passar por isto também, arregala os olhos quando dizemos que corremos 10 Km. Afinal, correr já é uma atividade que nem todo mundo se arrisca por mais de uns poucos metros, o que dizer então de uma distância com 2 dígitos em quilômetros! Mas quando você vai um pouco mais longe e diz que já correu uma meia maratona, 21 Km, muita gente se assusta de verdade. E nesta segunda-feira, com certeza teve muito escritório, loja, sala de aula com alguns exemplares de orgulhosos corredores que completaram a 3ª. e última etapa de São Paulo do Circuito Athenas, nas distâncias de 5, 10 e 21 Km. Mas o que realmente chamou a atenção foi a quantidade de corredores que foram para o desafio da meia maratona, o que demonstra que o brasileiro está tomando cada vez mais gosto pela distância.

A prova não sofreu alterações com relação às edições anteriores desta etapa, com percurso predominante plano, restando somente as danadas subidas da Ponte Estaiada na região sul da cidade. Com tempo agradável, apesar de um pouco abafado, muitos corredores
que há 2 semanas estavam naquele mesmo trecho sofrendo pela falta de água na Maratona de São Paulo, desta vez puderam aproveitar para apertar um pouco mais o passo. A largada muuuuito cedo, 07:00 da manhã, já espanta aqueles corredores preguiçosos que só querem provas da moda com largada tarde. Quem está aqui é ponta firme, dorme depois, o que interessa é correr sem fritar no sol. Como o percurso é vai-e-vem, você encontra diversos colegas corredores, nem vou citar os guerreiros que encontrei pelo caminho para não correr o risco de esquecer nenhum nome.

A largada nas imediações da Ponte Transamérica aconteceu no horário, apesar de muitos corredores ainda estarem dispersos na área das barracas montada no estacionamento do evento. Aliás, uma pequena reclamação: fiz a inscrição com um pouco de antecedência, pagando R$ 79,00, um preço justo pela distância, qualidade do kit e evento, porém cada veículo desembolsava R$ 38,00 (R$ 40,00 no estacionamento ao lado) para ficar estacionado pelo curto período da prova. Será que os organizadores não conseguem um desconto para quem vai participar da corrida? Praticamente metade do valor da inscrição pago para estacionar
o carro. Vale lembrar que há uma estação de trem muito perto, porém pessoas como eu, que moram a quase 30 Km de distância da largada dependem do carro para chegar no horário (no ano passado eu bem que tentei...).

Kit muito bom, camiseta de ótima qualidade, meia com gravação do nome da prova e data, retirada muito fácil e organizada em uma loja de esportes. Excelente hidratação durante todo o percurso, com água a cada 2 Km e Gatorade em 2 pontos do trecho final. Aqui não tem miséria, não faltou nada e todos beberam o quanto quiseram. No final uma situação bem interessante: cada uma das distâncias possui uma fila diferente para pegar a medalha, a qual indicava o quanto o atleta havia corrido. Um espertinho que estava com o número de 10 Km tentou pegar uma medalha de 21 Km, mas foi devidamente “direcionado” para a fila correta. Este não vai chegar no escritório contando vantagem no dia seguinte!


Uma outra coisa que deixou a desejar foi a quase ausência de kit pós-prova, sendo disponibilizada apenas uma bandeja com água, outra com maçãs e uma tenda de Gatorade. Nada de salgado ou doce. Um pequeno ponto a ser melhorado, se serve de crítica construtiva ao evento. Detalhe: por uma falha de comunicação não corria prova com cortesia do organizador, como disse, paguei do bolso, portanto os elogios e críticas são sinceros, aqui eu não vendo minha opinião em troca de presentinhos como fazem alguns.

Novamente a colega Ivana do blog Status: Na Correria teve a paciência de me aguentar pelo percurso todo, e em “modo econômico” fizemos os 21 Km em 02:31:00, afinal duas semanas atrás eu enfrentava os 42 Km e na próxima semana... bom deixa pra lá, depois eu conto, afinal este foi apenas o primeiro evento do NOVEMBRO INSANO!!!

Aguarde!