quarta-feira, 31 de dezembro de 2014

Assim foi 2014...

Mais um final de ano e você fica olhando para os tênis de corrida e pensando “caramba, quantos Kms percorridos!”. Para não ficar te amolando com as minhas memórias, que nem sempre são assim tão interessantes, aí vai um modelo de reflexão do ano que passou, caso você ainda esteja pensando no seu.

É Kilo ou Quilo?

Vamos começar com um pouco de evolução. Claro que eu não chego nem perto de alguns que passam por aqui em termos de velocidade, mas neste último ano foram várias ocasiões aonde as distâncias ficaram levemente mais rápidas para mim, o que digamos, é um incentivo e tanto. Mas eu vou explicar o que “impulsionou” este organismo um pouco mais
rápido nos últimos tempos: deixei alguns quilos em 2013, ou se preferir, emagreci bastante no primeiro semestre do ano. É claro que um treino mais elaborado aqui e ali ajuda, mas carregar menos peso é essencial neste nosso esporte. Daí vem a consequência, relógio triste tendo que mostrar marcas mais rápidas. Não interessa como se escreve, o que importa é que os quilos perdidos não sejam encontrados de novo. (aliás, o recorde da foto já caiu também)

Meias

Não, eu não me referi aos pares que vão entre o seu pé e o tênis. Mas sim às meias maratonas, aquela distância não tão rápida quanto os 10 Km e nem tão desgastante quanto os 42 Km da maratona.
Correr 21 Km é o maior barato, é um exercício de velocidade e logística do seu organismo, e este ano no meu calendário foram 6, só não foram mais por falta de tempo e calendários apertados no segundo semestre. E já estou inscrito na primeira prova de 2015, adivinhe em que distância.

Inteira e mais um pouco

Como se não bastasse participar da Maratona de São Paulo, clima desértico e com problemas de abastecimento de água no percurso, ainda resolvi emendar uma ultra em pista pouco tempo depois. Haja tênis!

Poucas corridas, pelo menos no meu calendário

Não é por falta de opção, mas sim por falta de vergonha na cara de alguns organizadores. Veja bem, eu sei que algumas provas de 5 Km trazem kits recheados, alguns
mimos e até estrutura diferenciada como estacionamentos ou outros serviços. Mas muita corrida no calendário deste ano não apresentava nada de especial, exceto pelos preços, sempre beirando os 3 dígitos. Correção absurda de inflação, totalmente incompatível com nossos salários.

Aquathlons, Duathlons, Travessias e Triathlons

Já que é para gastar, então fui fazer coisas diferentes, como travessias aquáticas, duathlons e aquathlons. Também participei do Triathlon Internacional de Santos, uma prova séria, onde não é aconselhável se aventurar se não estiver disposto a pisar fundo. Apesar de todas as dificuldades, tudo isso era treino para o que viria no final de maio...

226 Km nadando, pedalando e correndo em um único dia

Sonho, desafio, superação, motivação, insanidade, chame do que você quiser, eu coloquei tudo isso dentro de um liquidificador e bebi até a última gota deste suco. Se preferir, uma imagem mais simples:
quando eu ponho alguma coisa na cabeça, ninguém tira. Não sei se algum dia vou ter oportunidade de participar de outro Meio Ironman ou Ironman, mas as experiências de 2012 e 2014 na competição do triathlon que embala o sono de uns e tira o de outros foram simplesmente incríveis. Chega de falar da minha experiência, não precisa ser um Ironman ou qualquer coisa relacionada ao esporte, mas se em algum momento alguma coisa te desafiar, vá em frente.
Eu recomendo.

Pra acabar, a frase do ano

No dia 31/12, saindo para meu último trotinho nas ruas da região onde deixei muita sola de tênis no ano que passou, cruzo com o porteiro do prédio logo cedo e ele pergunta:

- Tá indo pra maratona?

Pensei “Ué, tem maratona hoje?”. Vi a pequena TV ligada na portaria e somei 2+2.

Gentilmente expliquei para o rapaz a diferença entre corrida, maratona e muvuca.

E 2015?

Nada grandioso planejado. Mas quem sabe em 2016...

Deixa pra lá, você já sabe que eu não falo antes da hora.

Um excelente 2015 para você, muitos Kms de ruas, estradas, terra, mar, piscina, pedal, subidas insanas, descidas apocalípticas, sol de rachar, frio de congelar, chuva de molhar os ossos e que tudo o mais que o esporte ao ar livre possa te trazer de bom cruze o seu caminho!

quinta-feira, 18 de dezembro de 2014

E este blog completa 6 anos...

Dá para acreditar? Cliche ou não, parece que foi ontem o primeiro post. Surgiram os primeiros seguidores, os primeiros comentários, alguns problemas, alguns invejosos (não sei do que) e o melhor de tudo: conheci pessoas reais e muito bacanas, mas como sempre não vou correr o erro de citar nomes e esquecer alguém. Se você se acha legal e bacana, então é de você que estou falando.

Do túnel do tempo (ou melhor, do fundo meu armário), eu trago a você a reportagem da excelente jornalista Yara Achôa sobre os blogs que começavam a pipocar (opa, no bom sentido aqui) em Novembro de 2008, e que inspiraram a criação do Número de Peito.

Muito blog por aí não tem história nem estória, mas este aqui tem e ainda vai ter muitas pra contar! (já são 419 postagens até hoje!)

Um grande abraço a todos que passam aqui e leem, comentam, divulgam, me ultrapassam nas corridas (o que não é difícil) e dão um “oi!”, convidam para participar de eventos e provas e em especial a todos que tive a satisfação de conhecer pessoalmente!

Corrida do Klabin: desce, sobe e repete...

Das surpresas das corridas, esta prova bateu todos os recordes. Mesmo assim não deixou de ser muito bem organizada, competitiva e é claro, divertida, que é o que toda prova deve ser pra quem não vive do esporte. A Corrida Natalina do Klabin, evento gratuito promovido por algumas entidades da região do bairro Chácara Klabin em conjunto com a Prefeitura de São Paulo aconteceu no último final de semana com a participação de aproximadamente 300 atletas e que contou com um percurso, digamos, diferente.

As inscrições para o evento traziam um pequeno regulamento de praxe, porém sem muitos detalhes de como seria o trajeto da prova, o que digamos, nem todo mundo
presta atenção. Com o kit entregue no próprio dia, o jeito foi esperar para ver o que iria acontecer. Deixei a mochila no guarda-volumes e aproveitei a quase meia hora de antecedência para um pequeno aquecimento descendo a Av. Pref. Fabio Prado e subindo no sentido contrário, uma vez que estava totalmente interditada na região próxima da largada.

Com um pequeno atraso, após o alongamento comandado por um profissional de Educação Física, os corredores largaram ao comando do narrador. Vou explicar: numa região cercada de edifícios de alto padrão e por ser uma região residencial, o jeito foi improvisar a buzina de largada, onde o narrador da prova contou “5...4...3...2...1...Largou!”. Os corredores riram mas partiram no percurso em descida até uma rotatória, onde voltavam no sentido contrário, como eu havia feito no aquecimento. No final do trecho da
avenida, viravam no outro sentido e desciam... Logo percebi como seria o formato do evento: 10 Km divididos em doses homeopáticas de aproximadamente 800 metros segundo o meu GPS, o que dava um total de 12 voltas. Descendo e subindo, descendo e subindo.

Muita gente pode achar que a prova foi chata, mas eu achei bem legal este formato, pois era possível saber com que intensidade se correria cada trecho, apesar da repetição. Não vi ninguém reclamar, mas acho que alguns terminaram “cedo demais”, ou seja, talvez tenham saído antes das 12 voltas. Confesso que se não fosse o GPS, teria perdido a conta também, pois o cérebro desliga depois de um tempo no trajeto.

Terminei com aproximadamente 01:00:00 de prova, ritmo normal e sem grandes pretensões de recorde hoje, como disse antes, já estou vendo a pista de aterrissagem mais à frente, preciso descansar um pouco depois deste ano totalmente
irregular de corridas e outros compromissos. E que barato, até Papai Noel compareceu e correu todas as voltas! Como dá para ver na foto, o bom velhinho está em forma, provavelmente graças à corrida.

Uma linda medalha ao final, pódio para os mais rápidos e a curiosidade de que tudo parecia uma estrutura de corrida em miniatura, mas com a eficiência de um grande evento. Pena a camiseta ser de algodão, apesar de bonita, não serve para correr. Não há do que reclamar, espero que as próximas edições aconteçam, pois pretendo ir.


Ir e voltar, quantas vezes for necessário!

sábado, 13 de dezembro de 2014

A Medalha Inesperada

Quem me conhece diz que eu me inscrevo em tudo, de corridas de saco de batata à maratonas, toda semana eu coloco uma fotinho no Facebook ou um post novo no blog contando alguma peripécia... e é claro, a imagem da medalha que comprova o fato!

Mas na outra semana, mesmo sem ter sido prometida qualquer gratificação, bonificação, prêmio em dinheiro, fama, glória ou veículo 0 Km, resolvi me inscrever em um evento de corrida em esteira da academia Smart Fit, a qual passei a frequentar neste ano. Seriam 20 minutinhos, onde o instrutor iria ao final anotar a “distância” percorrida pelos hamsters, oops, corredores, e venceria quem corresse mais “longe”. Sem pretensões, e por ser um dia de esteira mesmo, troquei os tradicionais 15 minutos
de transport + 30 minutos no equipamento de corrida pelo desafio, apenas pela brincadeira de participar de alguma coisa na academia.

Totalmente sem noção, acelerei para velocidades insanas para o meu preparo, como 12,5 no painel, o que correspondia a uns 04:45 min/Km. Após os 20 minutos programados pelo instrutor, o aparelho exibiu a mensagem de sempre, “Moderar”, sendo que neste caso deveria ter sido “Moderar! Moderar! Moderar, caramba!”. E a conta fechou em 3,76 Km, algo meio impensável para os meus padrões de rua.

Eis que recebo um e-mail na semana seguinte dizendo que fiquei em 20º. lugar na competição (devia ter uns 20 pessoas inscritas mesmo), 3,76 Km, parabéns e que deveria passar na unidade para retirar uma medalha. O Universo é cruel mesmo, esta foi a única semana do ano que por falta de tempo fiquei totalmente afastado da academia, mas teria que passar lá para retirar meu prêmio!

Debaixo de uma chuva de molhar até os ossos, saí do trabalho e fui lá buscar mais uma medalha para a coleção.

E eu resisto?

Medalha! Medalha! Medalha!

(agradecimentos à Smart Fit pelo "presente")

terça-feira, 9 de dezembro de 2014

Meia Maratona SESC de Revezamento, de ponta a ponta

Pra falar a verdade, eu já estava com o trem de pouso baixado e travado neste final de ano. Afinal, foram diversos eventos longos e o corpo merecia um descanso. Por este motivo, escolhi provas de 10 Km ou pouco mais só para não enferrujar. Nesta edição da Meia Maratona SESC de Revezamento, promovida pelo SESC Ipiranga, eu estava inscrito em dupla, ou seja, correria 10,5 Km e outra corredora faria o restante. Mas, dado o clima desértico que vivemos, uma série crise respiratória fez com que o revezamento fosse para o espaço, pois ela não estava em condições de correr no dia. É triste ver um número de peito jogado no lixo, uma medalha que não foi retirada, um kit que sobrou... ah, recolher trem de pouso, manete de potência no máximo, nariz pra cima e arremeter! Resumindo, lá vou eu para mais uma meia maratona, mesmo sem estar treinando para a distância recentemente.

Tem também o custo altíssimo desta prova, R$ 16,00 (dezesseis reais) para os que são inscritos como comerciários no SESC, mais um motivo para não jogar a inscrição fora. Sim, estou sendo irônico. Eu já conhecia esta prova e
sabia que valia a pena, pois em geral as provas do SESC são simples e com organização impecável, então valia o esforço de se deslocar até a região do Ipiranga em São Paulo para correr mais esta edição. Kit retirado na véspera, depois de um trânsito infernal causado pelos paulistanos e turistas compradores que estavam torrando os tubos nas lojas logo cedo, composto por número de peito, camiseta, sacolinha e um bastão, o qual continha os chips de cronometragem nas pontas.

No dia da corrida, o sol já prometia muito calor logo cedo, e aí vem o problema do horário da largada: 08:30 da manhã, bem tarde para esta época do ano. Já manifestei várias vezes aqui a minha predileção por provas com horário bem cedo, afinal, sou da opinião de quem gosta de dormir até mais tarde no dia da corrida não gosta de correr, e sim de fazer social com os coleguinhas apenas. Largada pontual, os portadores do final “1” no número partiram para o primeiro trecho de 5.250 metros, em equipes de 2 ou 4 atletas.
Passado o pórtico, resta saber onde enfiar o bastão, e antes que alguém seja grosseiro e dê uma resposta imprópria, eu utilizei a braçadeira do celular para encaixar o treco. Eu sei, sou mais esperto que a maioria dos ursos, como diria o Zé Colmeia.

Saída em primeira marcha, pois estávamos paralelos à temida Av. Nazaré, que assusta os corredores nas provas que acontecem na região. Logo de cara uma pirambeira e o percurso ao redor do Museu do Ipiranga passa em frente ao SESC Ipiranga e desce em direção à Av. Dom Pedro I e volta para a região do Parque da Independência. E aí repete, mais 3 vezes no meu caso, que iria para os 21 Km. Apesar de totalmente irregular de acordo com o regulamento, não fui lá atrás de grandes marcas ou pódio, fui apenas para me divertir. E ambas inscrições foram pagas, diga-se.

Ar seco, muito calor, mas excelente hidratação pelo caminho, com água e até Gatorade ao final. Terminei em 02:24:53, dentro dos meus padrões. Prova muito bem organizada, o SESC novamente está de parabéns pela realização do circuito, uma pena que não tenha mais todas as etapas como há alguns anos atrás. A única ressalva é quanto ao site de inscrições, muito ruim e que não permitia trocar o meio de pagamento, obrigando a cancelar e fazer nova inscrição, além de não oferecer informações sobre retirada de kit, percurso ou resultados.


Mesmo assim, corrida totalmente recomendada, em quantas voltas você estiver disposto a encarar.

Deixo aqui para você esta imagem do Museu do Ipiranga, com destaque para o semáforo: em alguns pontos simbólicos de São Paulo, os semáforos de pedestres recebem um desenho diferente do tradicional bonequinho. Pouca gente percebe, é um pequeno detalhe bem bacana.

sábado, 6 de dezembro de 2014

Ayrton Senna Racing Day 2014: faça chuva, faça sol

Da série “provas imperdíveis”, mais uma que dificilmente deve faltar no calendário do corredor: Maratona de Revezamento Ayrton Senna Racing Day, que chegou à sua 11ª. edição no último dia 16/11 no Autódromo de Interlagos. E lá fui eu mais uma vez, equipe de quatro corredores dispostos a dividir a distância de uma maratona, 42 Km, em doses homeopáticas de 10,5 Km para cada um, em um percurso desafiador no sobe e desce da pista que na semana anterior recebeu as máquinas da Fórmula 1.

Promovida pelo Instituto Ayrton Senna e organizada pela Latin Sports, a já tradicional competição ocorre sempre nesta época do ano, onde o calor será um candidato bem provável, restando apenas o fator sol/chuva, com predominância do primeiro caso. Apesar do tema deste ano ser “O rei da chuva, sempre!”, alusivo ao fato do campeão ser indomável debaixo de qualquer aguaceiro, infelizmente a estiagem que atinge a capital paulistana continuou, e mais uma vez os corredores enfrentaram o sol forte desde cedo. Um pouco de vento gelado colaborou no início, mas ao longo do dia a temperatura aumentou bastante, ainda mais pelo horário de largada que passou a ser 08:00 da manhã, uma hora mais tarde que nas edições anteriores. Este é um ponto que
até mesmo sugeri na pesquisa de satisfação enviada após a prova, a volta ao horário das 07:00, uma vantagem para os grupos de atletas mais lentos, dando oportunidade a todos.

Bem pontual, a largada contou com o personagem Senninha disparando a corneta e liberando a pista para os corredores da primeira etapa, que revezariam em 2, 4 ou 8 na distância. Novamente o acesso às áreas do autódromo reservada às equipes de corrida de carros deu lugar à grupos entusiasmados,
assessorias esportivas e muitos acompanhantes que puderam curtir um pouco da emoção de estar no palco de tantas disputas automotivas. Para completar a festa, Food Trucks, aqueles veículos preparados para vender guloseimas apetitosas estiveram próximos, matando a fome dos presentes. O acesso aos boxes, porém, era exclusivo dos atletas, sendo que cada equipe poderia manter somente 1 corredor por vez na sequência de largada.


Excelente hidratação ao longo do percurso, água e um posto de Gatorade, staff muito bem posicionado e muito espaço para correr. A inscrição não é das mais baratas (total de R$ 135,00 por participante), mas o kit de excelente qualidade com camiseta, boné e squeeze, possibilidade de
correr no autódromo e o fato de reverter o valor para o Instituto Ayrton Senna, já compensa. Infelizmente preciso novamente destacar a bagunça causada pela organização do autódromo, pois somente um dos portões foi aberto para os veículos entrarem e saírem, causando longas filas, muito atraso na entrada e muita demora na saída. Eu já estive no autódromo para assistir campeonatos de velocidade em outras ocasiões, há outros portões que também podem ser utilizados, mas todo ano temos este problema no acesso ao evento. Uma pena, de resto a prova é perfeita.

Nossa equipe mais uma vez concluiu o desafio, apesar das adversidades. A homenagem que criamos para este ano foi a MacLaren MP4, máquina que o campeão pilotou em seus dias de glória e que estampamos com muito carinho em nossas camisetas.


Quanto a este mortal aqui, repeti o gesto de alguns meses atrás, quando terminei o Ironman carregando uma bandeira com a frase estampada junto à foto do piloto: “Quando penso que cheguei ao meu limite, encontro forças para ir além”.

Pois é, Ayrton, cruzamos a linha de chegada juntos, de novo!

domingo, 23 de novembro de 2014

Night Run Júpiter: partiufoguete!

Fazia tempo que eu não ia a uma prova noturna! Mais tempo ainda que eu não enfrentava 5 Km! Tudo bem, na semana anterior, ali pertinho desta prova, eu participava de uma ultramaratona com 10 vezes esta distância, mas corrida é corrida, não importa a quilometragem. Então, se no que conta em uma ultra é a resistência, aqui o que manda é a velocidade. Mais uma edição da Night Run, prova tradicional no calendário, que encerra seu circuito em São Paulo partindo de dentro do sambódromo e usando a pista que já foi da Fórmula Indy na Av. Olavo Fontoura, em ritmo de balada e com muita gente disposta a queimar o asfalto.

O kit foi retirado na loja Decathlon do Morumbi, entrega muito rápida e eficiente, composto na sua edição básica por sacola grande, copo térmico, pulseira led e camiseta de manga comprida, tudo de excelente qualidade. Chegar ao Anhembi em São Paulo é bem fácil para quem mora na Zona Norte como é o meu caso, sendo que optei por deixar o carro um pouco distante, mas como a prova era curta, uma caminhada não faz mal a ninguém e serve como aquecimento.

Largada pontual, 19:30 para os 5 Km, os 10 Km largariam às 20:30 e todos convidados para o agito dos DJs na sequência. Devido ao grande público e ruas um pouco estreitas em alguns pontos, o jeito é usar a sua “manobrabilidade” para conseguir apertar um pouco mais o ritmo sem atropelar ninguém. O pessoal realmente estava a fim de correr, o que deixou a prova mais divertida ainda. Apesar de ter no dia seguinte os 10,5 Km da Ayrton Senna Racing Day, com todo o sobe e desce do autódromo, resolvi soltar as amarras e deixar os tênis livres para voar na pista. E surpresa, um novo recorde nos meus 5 Km, 27:30! Nada digno de pódio, mas sabe como é, nosso relógio é nosso maior adversário.

Após passar pela dispersão, recebi medalha, isotônico, água e frutas, e para quem gosta ainda iria rolar bastante agitação na arena do evento. O frio de uma noite de
novembro (vai entender...) fez com que eu me retirasse sem encontrar os colegas que sabia que estariam lá, mas valeu a pena participar de um prova nestes moldes. Um detalhe interessante foi a possibilidade dos participantes do programa de fidelidade Multiplus trocarem seus pontos pela inscrição, uma ideia muito boa e que seria muito bem vinda para os próximos eventos.

Agradecimentos à Multiplus pela inscrição cedida e ao pessoal da CDN pelo convite, fiquei muito contente por ter participado de um evento grandioso e divertido como esta corrida.

E a bela medalha, com este foguete em relevo, é dedicada aos brilhantes cientistas que na semana anterior pousaram a sonda Philae em um cometa, entrando para a história da exploração espacial humana. Assim como os corredores, eles audaciosamente foram onde ninguém jamais esteve! (lema de Star Trek, bem apropriado para o contexto)



quarta-feira, 19 de novembro de 2014

Aquathlon Solidário de Natal: imperdível!

Todo mundo reclama do preço das provas, e eu reforço o coro, realmente não é fácil sustentar nosso saudável “vício” em corridas de rua e afins. Quando o assunto são os “...athlons” da vida, ou seja, mais de uma modalidade na mesma competição, pode preparar o bolso que não vai ficar barato. Mas e se, além de gratuita, uma prova ainda fosse comprovadamente bacana, bem organizada e ainda arrecadasse doações? Assim foi mais uma edição do Aquathlon Solidário de Natal, um evento organizado pela Federação Paulista de Triathlon (SPTri) com apoio da Prefeitura de São Paulo e do Centro Esportivo, Recreativo e Educativo do Trabalhador – Ceret e que mais uma vez foi um sucesso.

Começou pela boa ideia de fazê-lo um pouco mais cedo neste ano e mais bem divulgado, arrecadando brinquedos para o Serviço Social Perseverança que se encarregará de destiná-los à crianças carentes neste Natal. Aí eu me pergunto: porque não temos mais iniciativas assim? Será que é realmente tão difícil fazer um evento e conseguir o apoio de Prefeitura, serviços sociais e patrocinadores particulares e ainda fazer alguma coisa boa para alguém que precisa? Aguardo respostas.

O local do evento é o querido PET – Parque Esportivo dos Trabalhadores, em área nobre da Zona Leste de São Paulo. O “querido” é por minha conta, pois além de ter sido o palco do primeiro triathlon que participei e da Corrida 24 Horas na Pista
que lá acontece todo ano, também foi o local que encontrei na cidade para treinar longos períodos de natação, você já sabe com que objetivo. A piscina do local possui 100m X 50m, a maior da América do Sul. Não tem ideia quanto é isto? Uma piscina semi-olímpica, típica de clubes, tem 25m de extensão.

Uma vez entregue o brinquedo e retirado o kit, é hora de esperar pela bateria de largada correspondente à faixa etária, no meu caso às 11:00 da manhã. Enquanto isso, a garotada de 7 anos em diante dava um show de esportividade em distâncias menores mas que enchiam de orgulho os paizões e mãezonas (que merecem todo nosso respeito por incentivar os filhos a praticar atividade física). Chegada a hora de nossa bateria, fomos para a água extremamente gelada, pois além de não ser uma piscina aquecida, o dia anterior havia sido nublado e o sábado
estava ainda com fortes ventos frios. Ainda tive tempo de vestir uma camisa de neoprene para perder menos calor, mas no geral o pessoal trincava os dentes na largada.

Foram 500 metros de natação, 2 voltas de 250 metros contornando grandes boias amarelas na piscina. Uma crítica, que pretendo levar ao conhecimento da organização, diz respeito à dever existir no regulamento alguma regra para que o atleta não “andasse” na piscina, pois como esta era bem rasa, muitos transformaram a prova em um “andathlon” ao contornar as boias. Como disse no ano anterior, quero ver fazer isto no mar. Terminei mais atrás que os demais, mas nadei o tempo todo, fui lá para isso!

Na sequência, hora de “morfar”: tira óculos de natação, touca e camisa de neoprene, põe camiseta da prova, número de peito, meia, calça o tênis, boné e óculos de sol e sai para 3 Km de corrida,
divididos em 3 voltas. Pensa que é fácil? Não só pela mudança de musculatura em ação, o parque ainda contém umas subidinhas legais no trajeto, para dar mais emoção. E terminei minha prova com 31:50, naturalmente não dá nenhum pódio, mas estenderam a faixa para a maioria dos atletas, um gesto muito legal. (FOTO: Débora Arantes – ATM/SPTri)

Uma prova incrível, muito bem organizada e divertida, e que com certeza trará novos adeptos aos esportes de troca de modalidades (isto vicia, viu?). Infelizmente, dou nota zero para os atletas que só se inscreveram, ou seja, separaram a vaga e não compareceram ao evento. Das 8 folhas de resultados no arquivo enviado pela organização, mais de 3 são de pessoas que não largaram. Prova gratuita não te dá o direito de tirar a inscrição de quem quer participar!


Que venham os próximos, e que a criançada fique muito feliz ao receber a pilha de brinquedos arrecadados!

Parabéns aos atletas e aos organizadores!

Mais informações e fotos: Aquathlon Solidário de Natal bate recordes em sua segunda edição

segunda-feira, 10 de novembro de 2014

Ultramaratona Dizzy Endurance: Não pare na pista!

Mais um episódio do "Novembro Insano": não contente em ter feito uma maratona bem casca-grossa e correndo uma meia maratona antes e outra depois, o cidadão aqui se mete em uma ultramaratona de 50 Km em pista...


Se ninguém percebeu a figurinha aí ao lado escrito “Novembro Insano”, agora é hora de acreditar que é verdade. Explicando melhor: após o clima desértico da Maratona de São Paulo, com todas as suas dificuldades apresentadas, eu já estava inscrito na Athenas SP 21K, o suficiente para botar um ponto final em um ano que teve outras corridas, meias e o Ironman. Mas, sabe como é, eu não sossego.

Eis que sou apresentado (na minha busca diária em calendários de corrida) a uma ultramaratona de 50 Km em pista, e o pior, perto de casa, uns 10 minutos de carro ou ônibus. Mas o que fisgou o pseudo-atleta aqui foi a frase “temida pelo seu extremo desgaste psicológico” como anunciada no site do organizador, a Endurance Eventos. Literalmente, fiquei babando de vontade de participar, e como já havia feito uma anteriormente, a UltraRunner Praia Grande (na categoria 50 Km), sabia que eles estavam certos. Preço um pouco acima do normal, R$ 180,00, mas dada a estrutura que uma prova dessas deve ter, o valor é justificado. Diga-se, este valor afasta aventureiros ou aqueles que só vivem de inscrição cortesia, que vão lá “tentar”, quem entra é para finalizar, e isto é uma política que deveria ser melhor aplicada nas provas longas atuais. Outro ponto muito positivo foi a entrega de 3 termos de autorização preenchidos e assinados na retirada de kit.

Aí você pergunta, “correr em pista não precisa fechar ruas e pagar taxas para a Prefeitura, então porque tão caro?”. Em primeiro lugar, a prova acontece em locais fechados, neste caso o Clube Esperia na Zona Norte de São Paulo, que precisou fechar a pista de atletismo e algumas quadras de tênis na área interna desta para receber os atletas. Mas o que chama a atenção é a fartura de comes e bebes servidos durante a prova, infinitos copos de água, isotônicos, frutas, bolachas, mel e uma refeição quente (purê de batata) servida em um determinado horário. Um tonel com água gelada e esponjas foi disponibilizado ao lado da pista, e que alívio para o ar abafado do dia, apesar da ausência do sol.

A prova ainda contava com duas distâncias, 50 Km a serem completados em 8 horas ou 100 Km a serem completados em 12 horas no máximo. E aqui não tem choro, o relógio bateu, game over para quem não finalizou. Outras regras incluíam não jogar lixo na pista ou arredores e pacers, todas sob pena de advertência e desclassificação. Infelizmente o sistema de cronometragem por chip foi danificado pela forte chuva na noite anterior, obrigando a organização a disponibilizar staff ao longo da pista para a marcação manual de voltas. E foi uma marcação precisa, eu com meu dispositivo contador que você já conhece conferia o painel eletrônico na tenda e estava sempre bem afinado com os números oficiais. Em uma pista de 375 metros como esta do clube, são necessárias 133 voltas para 50 Km. Aja voltas!

Fui no meu ritmo normal até o Km 25, onde passei com umas 3 horas, o esperado, porém as coisas complicaram daí para frente. Uma dor chata voltou a atacar meu pé durante a semana anterior, e sem ter como consultar um médico sobre o assunto devido à
proximidade da prova, fui assim mesmo. Da metade para a frente tive diversos momentos de desconforto no pé, sem contar o cansaço físico que bateu forte devido ao tempo abafado. Planejava terminar em até 07:00, mas passei um pouco e terminei com aproximadamente 07:35.

Tudo muito bom do ponto de vista de organização, sendo que os sócios da empresa organizadora, a Endurance Eventos, são atletas de resistência e sabem o que nós precisamos nestas horas. Ao contrário de organizadores “sem rosto” que nunca calçaram um tênis de corrida, estes caras são especialistas no assunto. O patrocínio principal ficou a cargo da lanchonete Dizzy, outros estabelecimentos e marcas famosas do esporte. Como a organização teve o cuidado de nos enviar uma pesquisa de satisfação, deixei para comentar alguns pequenos detalhes que poderiam ser revisados diretamente com eles, não há necessidade destacar aqui.

Fica registrado aqui os cumprimentos pelo sucesso da prova aos organizadores, e que venham as próximas!

(e as minhas próximas? semana que vem tem mais, o Novembro Insano ainda não acabou...)


segunda-feira, 3 de novembro de 2014

Circuito Athenas SP III 2014: 21 é o novo 10!

Muita gente, e com certeza você deve passar por isto também, arregala os olhos quando dizemos que corremos 10 Km. Afinal, correr já é uma atividade que nem todo mundo se arrisca por mais de uns poucos metros, o que dizer então de uma distância com 2 dígitos em quilômetros! Mas quando você vai um pouco mais longe e diz que já correu uma meia maratona, 21 Km, muita gente se assusta de verdade. E nesta segunda-feira, com certeza teve muito escritório, loja, sala de aula com alguns exemplares de orgulhosos corredores que completaram a 3ª. e última etapa de São Paulo do Circuito Athenas, nas distâncias de 5, 10 e 21 Km. Mas o que realmente chamou a atenção foi a quantidade de corredores que foram para o desafio da meia maratona, o que demonstra que o brasileiro está tomando cada vez mais gosto pela distância.

A prova não sofreu alterações com relação às edições anteriores desta etapa, com percurso predominante plano, restando somente as danadas subidas da Ponte Estaiada na região sul da cidade. Com tempo agradável, apesar de um pouco abafado, muitos corredores
que há 2 semanas estavam naquele mesmo trecho sofrendo pela falta de água na Maratona de São Paulo, desta vez puderam aproveitar para apertar um pouco mais o passo. A largada muuuuito cedo, 07:00 da manhã, já espanta aqueles corredores preguiçosos que só querem provas da moda com largada tarde. Quem está aqui é ponta firme, dorme depois, o que interessa é correr sem fritar no sol. Como o percurso é vai-e-vem, você encontra diversos colegas corredores, nem vou citar os guerreiros que encontrei pelo caminho para não correr o risco de esquecer nenhum nome.

A largada nas imediações da Ponte Transamérica aconteceu no horário, apesar de muitos corredores ainda estarem dispersos na área das barracas montada no estacionamento do evento. Aliás, uma pequena reclamação: fiz a inscrição com um pouco de antecedência, pagando R$ 79,00, um preço justo pela distância, qualidade do kit e evento, porém cada veículo desembolsava R$ 38,00 (R$ 40,00 no estacionamento ao lado) para ficar estacionado pelo curto período da prova. Será que os organizadores não conseguem um desconto para quem vai participar da corrida? Praticamente metade do valor da inscrição pago para estacionar
o carro. Vale lembrar que há uma estação de trem muito perto, porém pessoas como eu, que moram a quase 30 Km de distância da largada dependem do carro para chegar no horário (no ano passado eu bem que tentei...).

Kit muito bom, camiseta de ótima qualidade, meia com gravação do nome da prova e data, retirada muito fácil e organizada em uma loja de esportes. Excelente hidratação durante todo o percurso, com água a cada 2 Km e Gatorade em 2 pontos do trecho final. Aqui não tem miséria, não faltou nada e todos beberam o quanto quiseram. No final uma situação bem interessante: cada uma das distâncias possui uma fila diferente para pegar a medalha, a qual indicava o quanto o atleta havia corrido. Um espertinho que estava com o número de 10 Km tentou pegar uma medalha de 21 Km, mas foi devidamente “direcionado” para a fila correta. Este não vai chegar no escritório contando vantagem no dia seguinte!


Uma outra coisa que deixou a desejar foi a quase ausência de kit pós-prova, sendo disponibilizada apenas uma bandeja com água, outra com maçãs e uma tenda de Gatorade. Nada de salgado ou doce. Um pequeno ponto a ser melhorado, se serve de crítica construtiva ao evento. Detalhe: por uma falha de comunicação não corria prova com cortesia do organizador, como disse, paguei do bolso, portanto os elogios e críticas são sinceros, aqui eu não vendo minha opinião em troca de presentinhos como fazem alguns.

Novamente a colega Ivana do blog Status: Na Correria teve a paciência de me aguentar pelo percurso todo, e em “modo econômico” fizemos os 21 Km em 02:31:00, afinal duas semanas atrás eu enfrentava os 42 Km e na próxima semana... bom deixa pra lá, depois eu conto, afinal este foi apenas o primeiro evento do NOVEMBRO INSANO!!!

Aguarde!