domingo, 25 de novembro de 2012

Corrida Mexa-se Para Vencer: copiar e colar

Ah como é fácil correr 10K depois de uma Maratona, não é? Vai nessa. Apesar das dores dos dias seguintes já terem passado, uma semana depois do estrago de 42 Km voltei ao asfalto na Corrida e Caminhada Mexa-se Para Vencer 2012, organizada pela Corpore e com patrocínio da Coop, uma cooperativa de consumo com forte presença na região do ABC e em diversas cidades do interior paulista. De um lado, organização impecável das provas da Corpore e do outro um kit recheado de brindes de diversas marcas (e não apenas um pacote de café como alguns insistem em entregar).

Corrida nos percursos de 5K e 10K, além de uma caminhada de 5K largaram do Paço Municipal de Santo André, e eu tive a nítida impressão de terem
“copiado e colado” parte da altimetria do percurso da Maratona de Curitiba. Um sobe e desce danado, em dias mais descansado seria muito legal para uma prova desafiadora, mas a última coisa que as pernas queriam era aquela sensação de subir em marcha reduzida e descer com freio de mão puxado para não estourar os joelhos. Outra coisa que foi “copiada e colada” diz respeito à minha semana: igual as demais, pico de trabalho, pouco sono e nem precisa dizer que aqueles treinos regenerativos ficaram totalmente longe da agenda. Ainda bem que inventaram a piscina e eu pude fazer um pouco de atividade física sem destruir as partes esmigalhadas pela maratona.

O kit pré-prova já estava recheado de produtos das empresas patrocinadoras, alguns em amostras grátis, outros em embalagem normalmente comercializada. Camiseta de poliamida discreta, boné e uma prática garrafinha de água dobrável. A entrega foi rápida, mas
deveria ser feita no próprio local da prova, sendo que tiveram o bom senso de disponibilizar a retirada no dia da corrida. No kit pós-prova, mais alguns brindes e uma bela medalha. Estas duas iniciativas parecem simples, mas fazem toda a diferença: produtos em amostras grátis muitas vezes mudam o hábito de consumo das pessoas, e retirar o kit no própria dia incentiva pessoas de outras cidades a participar.

A largada dos 10K foi pontual, com rápida dispersão e logo de cara saindo do alto de um viaduto e pegando algumas subidas não muito íngremes. A maioria dos caminhantes (não todos, é claro) largou desta vez no momento correto, ou seja, às 08:30 com o pessoal dos 5K, enfrentando parte do nosso percurso e voltando à ampla arena do evento. Como a proposta desta prova é botar as pessoas para fazerem atividades físicas, observei que muita gente nos 10K não aguentou o tranco da corrida e já nos trechos iniciais transformou a corrida em trote e este em
caminhada. Esta distância é ótima, muita gente se empolga com os dois dígitos, mas a altimetria não era das mais amigáveis.

De um modo geral achei o percurso muito bom, separado do trânsito, bem sinalizado e com ótima hidratação. Mesmo com o desconforto nas pernas nos quilômetros iniciais foi possível fechar em 01:05:40, mais o menos o meu ritmo de sempre. Enfim, valeu a “viagem” a Santo André, compensada pela inscrição justa de R$ 30,00. Única observação, no sentido de sugestão: foi indicado um estacionamento minúsculo para os aproximadamente 6.700 inscritos. Existiam outros na região, porém fechados no dia, acredito que não seria muito difícil explicar para os donos a vantagem de abrir na manhã de domingo e faturar um dinheiro certo e honesto.

Resumindo, ótima prova, já “copiei e colei” no calendário do próximo ano.

E a próxima é a Ayrton Senna Racing Day, que já começou com a bobagem de retirar o kit em um shopping distante, fora de mão e completamente elitizado. Ainda aguardo explicações da organização sobre a escolha.

segunda-feira, 19 de novembro de 2012

Maratona de Curitiba: eu já sabia...

Pois é, eu já sabia que não seria uma boa maratona para mim. Seu corpo não precisa dizer o que pensa ou não sobre você correr 42 Km, basta olhar sua agenda de compromissos e a quantidade de sono X stress das últimas semanas. Ah, sem contar a péssima qualidade e insuficiente volume de treinos. Mas quando a prova é em outra cidade, tudo já pago antecipadamente, não há muito o que fazer a não ser enfrentar.

Não me entenda mal, a prova é excepcionalmente bem organizada pela Latin Sports, o clima ajudou de forma incrível, começando com termômetros próximos dos 15 graus, largada pontual às 07:15 da manhã e estrutura de hidratação muito bem montada. O percurso não é dos mais fáceis, aliás, um dos mais complicados na distância, pois há um sobe e desce danado pelas ruas da capital paranaense. Não são aclives e declives muito fortes, mas quebram qualquer ritmo, até de quem é atleta de alto rendimento. Longos retões, que apesar de muita gente não gostar, eu acho o máximo, onde dá para controlar muito bem o ritmo. A única crítica sobre organização tem a ver com os banheiros químicos, os quais não estavam posicionados no Km 21 e sim mais adiante, além disto ser uma quantidade insuficiente em uma prova desta distância.
No Km 14 eu já estava apertado, e por sorte achei um parquinho onde havia um banheiro público para um rápido pit stop.

Pelo menos desta vez não fui chacoalhando e dormindo mal em um ônibus de turismo. Apesar destes ônibus serem bem confortáveis, dormir em um banco todo compactado não é o melhor dos descansos. Só de pensar nas quase 6 horas de São Paulo a Curitiba contra 45 minutos de voo, não dá nem para comparar. E o mais legal, a largada ficava a uns 500 metros do hotel, sem necessidade de transporte ou locomoção complicada. Tudo bem até aqui, mas quando não se está legal, nada funciona como deveria.

UnderTraining, OverWorking, NoSleeping...

Dá para criar um dicionário de termos novos com as minhas últimas semanas. Resumidamente, a decisão de participar da maratona veio há pouco mais de 1 mês, o que não é suficiente para regular os treinos para os 42K. Por sorte sobrou condicionamento do Ironman 70.3, sem contar as provas nas últimas semanas, então seria só fazer o ajuste. Tudo ia bem, treinos encaixados na agenda, rodagens de 22 Km no final de semana e até musculação eu estava conseguindo fazer. Porém uma mudança de trabalho, seguido de pico de atividades estragou tudo. Planejava madrugar para ir à academia, mas depois de 12 horas de trabalho em dois locais diferentes, metrô lotado e coisas para fazer em casa, sobrava pouco tempo para dormir. Acordava e não aguentava sair da cama no horário planejado, e as vezes que consegui nas últimas semanas, nada rendeu na academia. Rua, nem pensar, só no final de semana.

No dia da prova, a consequência

Larguei no fundo, fiquei no fundo, não queria forçar logo no início. Tive a impressão até de ficar por último nos primeiros quilômetros, mas é claro que tinha gente forçando demais e que logo perdeu o fôlego e ficou para trás. Planejava seguir um ritmo de 7 min/Km, pelo menos na média, e já larguei abaixo disso. No sobe e desce que viria na sequência, consegui ajustar e estava mais próximo do planejamento. Depois do Pit Stop do Km 14 a coisa rendeu bem até o Km 28. A quebradeira era geral, muita gente já caminhava entre estes dois pontos e cheguei a ver cenas que me deixaram muito triste: corredores voltando na contra-mão, já tirando o número de peito da camiseta e entregando a prova. Ah não, eu vou até o final, isto não sei fazer! Agora que vi a expressão destes guerreiros é que não faço mesmo, me arrasto se for preciso.

Passei bem para os meus padrões pela marca de 21 Km, com pouco mais de 02:35, acima do esperado mas melhor do que meu início de prova. Se conseguisse manter,
e eu sabia que não conseguiria tanto, poderia terminar com 05:20 ou próximo, o que estaria de bom tamanho dado meu falho treinamento. Mas no Km 28 as coisas sempre complicam. Todo ano complicam no Rio na subida da Niemeyer e em São Paulo na Av. Politécnica, e apesar de eu não ter a menor ideia de onde estava em Curitiba, o número mágico fez complicar exatamente neste ponto. Vou sugerir à organização que tire esta placa do trajeto, tipo, pule do 27 para o 29, ninguém vai notar. Resolvi fazer algo que detesto: andar.

Para quem já correu nesta distância sabe que depois que você anda um trecho o corpo pede mais, mesmo que você volte a correr ou trotar. E eu alternava as duas coisas na proporção 40% corrida e 60% caminhada forte. Daí vem um desânimo enorme, aquela sensação de “eu não deveria estar aqui, quero ir para casa” e os números de quilometragem cada vez mais distantes. Olhava para o relógio e contava os minutos para terminar a tortura, deixou de ser uma corrida e se tornou um fardo.


Só consegui engatar de verdade quando faltavam uns 4 Km. Percebi que um senhor vinha na tentativa de trote do meu lado enquanto eu caminhava e sugeri que tentássemos terminar pelo menos trotando para ficar bonito ao final. Deu certo, estávamos puxando um ao outro. Ele com as câimbras, eu com as bolhas. Ah, se não percebeu na foto lá em cima, ganhei duas delas no Km 15, não sabia ao certo o que fazer, então deixei dentro do tênis mesmo. Chegaram ao final quase do tamanho da medalha. Acho que fiquei mais contente de ver o tal senhor engatar de verdade no 41 e me deixar para trás do que finalmente passar a linha de chegada com 05:46:32. Péssimo, horrível, um lixo de tempo. Compatível com minha qualidade de vida nas últimas semanas.

Motorista curitibano, cadê a educação?

Todo ano a maratona de Curitiba traz algum relato ou menção à falta de educação do motorista curitibano durante a prova. Pensei que isto tivesse melhorado, mas pelo jeito não. Logo cedo, lá pelo Km 7 alguns já desciam a mão na buzina querendo passar pelo trânsito controlado pelos policiais, como se o evento fosse um estorvo para a cidade, e não uma forma de trazer divisas e participar do calendário esportivo. O mais incrível, isto acontecia com maior incidência em bairros de classe média alta do percurso, provando que altura da classe social não é diretamente proporcional ao nível de educação. Tal atitude não é compatível com o atendimento que tivemos no comércio e nas ruas da cidade, um povo educado e acolhedor, mas que possui alguns indivíduos que quando estão atrás de um volante acham que mandam e desmandam em todo mundo. Além do mais, antes da prova todos ganharam uma fitinha pedindo paz no trânsito, por que será? E eu pensava que só nós paulistanos fossemos estressados no trânsito!

Então, aí vai um recadinho:

NÃO IMPORTA AONDE VOCÊ ESTEJA, TER UM CARRO NÃO TE TORNA ESPECIAL, E O MUNDO NÃO É SEU SÓ PORQUE VOCÊ DIRIGE ESTA PORCARIA DE QUATRO RODAS!
(QUE NA MAIORIA DAS VEZES NEM PAGO ESTÁ)

De qualquer forma, as autoridades policiais que controlavam o trânsito estão de parabéns, pois seguravam os estressados, davam bronca e até multas para quem enchia o saco ao longo do percurso. Como no caso do idiota que enfiou o carro bem na minha frente para entrar à direita e pedir informação para o guarda, recebendo a informação e uma chamada logo na sequência.

E agora, maratona à granel:

25/11 – Corpore Mexa-se – 10Km
02/12 – Revezamento Ayrton Senna – 10 Km
09/12 – Volkswagen Run – 10 Km
16/12 – Prova Sargento Gonzaguinha – 15 Km

Somando tudo, até passa dos 42 Km, mas vai ser em doses homeopáticas.

Depois disso, correr só em 2013 (se o mundo não acabar, é claro)

sexta-feira, 16 de novembro de 2012

Divulgação: Corrida Solidária Família Ibis

Olha aí uma dica enviada pelo organizador da prova, vale a pena conferir:

A rede de hotéis ibis, pertencente ao grupo Accor, dá o seu primeiro “trote” no mundo das corridas de rua com a estreia de sua prova beneficente em Piracicaba. Haverá R$10 mil em prêmios, além de hospedagens grátis aos vencedores da corrida.

A família ibis, líder na América Latina do segmento de hotelaria econômica, promove no próximo dia 09 de dezembro a I Corrida Solidária Família ibis, em Piracicaba, interior de São Paulo, a 160km da capital. Com percursos de cinco e dez quilômetros para corredores e cinco quilômetros para caminhantes, a largada será às 8h, nas dependências do Shopping Piracicaba, localizado na Av. Limeira, 722, no bairro Vila Resende. Ao todo serão oferecidos R$10 mil em prêmios, além de troféus para os cinco primeiros colocados, masculino e feminino, nas provas de corrida. Os grandes vencedores da corrida de dez quilômetros ganharão também diárias grátis aos finais de semana de 2013 em quaisquer hotéis da família ibis na América Latina, mediante disponibilidade do hotel. Todos os concluintes ganharão medalhas.

A I Corrida Solidária Família ibis tem como objetivo incentivar a prática da atividade física e a melhoria da qualidade de vida. A intenção também é promover a integração social entre as comunidades ao doar parte da verba arrecada ao Fundo Social de Piracicaba. Essas diretrizes estão alinhadas às premissas do Planet 21 – programa global de sustentabilidade do grupo Accor. O evento contará com equipes de foto e filmagem, além de área VIP para patrocinadores e autoridades, espaço para clínicas, academias e equipes de corrida, divulgação de patrocinadores e atendimento médico especializado.


Maiores informações:
Corrida Solidária Família Ibis – Piracicaba/SP


domingo, 11 de novembro de 2012

Circuito Correr e Caminhar: mega treino de subidas!

O site da prova dizia: “Dificuldade dos percursos das corridas: de moderado a difícil, com aclives e declives. Percurso 10k misto asfalto e terrada.” Muita gente não leu. Eu li, mas fazer o que, já estava inscrito, aliás, inscrição gratuita e não tinha nada a perder. Do pouco que eu conhecia o Jardim Botânico de São Paulo, nem imaginava que poderia ter tanta subida e descida como no percurso do Circuito Correr e Caminhar para Viver Bem que aconteceu neste domingo. Treinar subidas é ótimo, especialmente quando você tem pela frente uma prova deste tipo, como é o caso do percurso irregular da Maratona de Curitiba na próxima semana. Como meu tempo de 01:08:25 não foi nenhum exemplar digno de figurar me livros de recordes, serviu para ensinar as pernas que quem manda aqui sou eu, e quando eu digo que é para subir, suba. Tipo, I say ‘jump’, you say ‘how high, sir?’

Horários meio estranhos, mas compreensíveis: caminhada e corrida 5K largavam às 08:00 e a corrida 10K às 09:00. Pelo menos o circuito ficou mais tranquilo, pois a dispersão dos corredores e caminhantes foi muito rápida, apenas um pouco de atraso na largada devido à lenta entrega de chips. A prova inteira aconteceu nas dependências
do Jardim Botânico, por alamedas e trilhas para cima, para baixo, para os lados e em ritmo insano. Tudo bem sinalizado, mas a chuva do dia anterior deixou alguns pontos com bastante lama, cuidado redobrado para os desastrados como eu, que nem podem imaginar uma lesão neste momento. Seguíamos em fila dupla pela mata adentro, parecendo um bando de Hobbits fugindo dos Orcs da Terra Média. Minha semelhança com o Frodo termina aí, eu não tinha intenção nenhuma de queimar o anel ao final da jornada (sem trocadilhos, por favor, este blog é sério).

Árvores cercavam o percurso em todos os pontos, provendo uma sombra deliciosa para correr. Lá pelo Km 5 um fato inédito: um grupo de patos (ou seriam marrecos?) resolveu “migrar” de um lago para outro, atravessando o circuito. Patos folgados,
embicaram na pista e cruzaram em grupo! Mas você não vai quere arranjar briga com um pato, muito menos com um grupinho deles, certo? Consegui até acelerar antes deles passarem, senão ia voar pena (dos patos, é claro). Daí para a frente o percurso se repetia em mais uma volta, ou seja, todas as pirambeiras que ficaram para trás voltaram ainda mais íngremes.

Mas a pior de todas foi a do Km 6, o negócio só terminava na placa de Km 7 e parecia não ter fim. Dentro da trilha pela mata meu MP3 player tocava Chris Rea, “Road To Hell”, e eu só consegui pensar em uma palavra para descrever a música: apropriada! Percebi também que vestir uma camiseta diferente te transforma em um alvo, e como eu estava com a laranja da Maratona do Rio, parece que muitos me “adotaram” como coelho em diversos pontos. E como bom coelho, fugi de muitos deles.

Prova legal, bem organizada, bonita medalha, estacionamento no local. O percurso foi um dos mais incríveis e difíceis que eu já encarei, minhas pernas estão doendo como se tivesse sido uma meia maratona. Mas esta aqui comemora a medalha de número 150, então tinha que ser suada mesmo. E para completar, conheci blogueiros que já eram famosos nos comentários e nas nossas leituras, como sempre gente muito legal: Leonardo do Pisando Por Aí, Rafael Marrone e o Corretor Corredor.


Diabetes

O evento contava com o patrocínio de uma grande empresa do ramo farmacêutico, e o tema foi a conscientização para um dos piores males da vida moderna, o Diabetes. Por falar nisso, seus exames estão em dia? Mesmo correndo e praticando atividade física, não brinque com doenças silenciosas, que só dão o alerta quando é tarde demais. Para esta específica, visite o site Diabetes Nós Cuidamos do patrocinador da prova

Tudo perfeito, se não fosse a Legião da Má Vontade (LMV)

No momento da retirada do kit, percebi que a camiseta tamanho G viraria um “top” para mim, não devido à barriga, mas à minha altura. Pedi para trocar, e o mau humorado que me atendia disse que não poderia mais, pois “estava aberta”. Bom, não lembro da camiseta ter sido entregue lacrada, mas talvez meu DNA tenha contaminado o material. Bom, camiseta entregue e já direcionada para a sacolinha de doações, alguém com certeza vai precisar. Ah, e se você é da organização da prova, eu não gosto de usar palavreado pesado nos posts, então me manda um e-mail e eu te explico o que pode ser feito com as camisetas que sobraram.

E lá vem outra Maratona

Longa estória, se eu sobreviver na próxima semana, quem sabe consiga relatar os fatos. Não estava nos planos e treinar sem planejamento, com pouco tempo, além de trabalhar mais do que deveria, não é uma boa ideia no caso dos 42 Km.

Mas como dizem, missão dada...

segunda-feira, 5 de novembro de 2012

Corrida da Longevidade: entre trotes e tiros

Era para ser um dia de triathlon, a penúltima maluquice do ano. Mas, na hora de fazer a inscrição, descobri que a prova havia sido transferida de São Vicente para Bertioga, mudando totalmente a logística de viagem. Apesar do argumento apresentado pelo organizador em contato por e-mail, decidi não participar. Outra opção era o Circuito Athenas, como sempre sensacional, o qual eu havia sido convidado pelo pessoal da Iguana Sports, mas devido ao tal triathlon já estar nos planos, não pude aceitar. O jeito, ao final, foi fazer uma inscrição tardia para a Corrida da Longevidade Etapa São Paulo, que eu já conhecia por ter participado das duas edições anteriores.

Este circuito de corridas já é tradicional em diversas cidades do Brasil e mantém não apenas a qualidade de um ano para outro, como também conquista novos adeptos de corridas e caminhadas. Em São Paulo a prova acontece na região do Ipiranga, palco de muitas corridas do nosso calendário (e daquela estória pra boi dormir, o tal “grito”) com percurso de 6 Km de corrida com altimetria bem dura nas subidas e caminhada de 3 Km. Percebe-se pelo público que muita gente é nova no esporte ou que é o primeiro evento, o que torna a prova bem agradável. Ah, e nós sabemos que este povo vai ser mordido pelo “bichinho da corrida” e no dia seguinte já vai sair procurando novos desafios!

Por esta característica, mais o relevo, buscar tempos melhores não é uma boa opção. O trânsito de gente que insiste em largar na frente e não aguenta o tranco, anda em grupo, e para variar, sai caminhando entre os corredores, acaba com o ritmo de qualquer um. Resumindo, é um ótimo treino: de prova cheia, com diversos perfis de corredores, de relevo e um excelente exemplo de organização. Por ter subsídios da Lei de Incentivo ao Esporte, mais o patrocínio de uma instituição financeira forte, as inscrições no valor de R$ 20,00 terminam rápido. E o melhor, a renda da prova é destinada a projetos de corrida de entidades sérias, uma ótima iniciativa. Camiseta muito bonita e boa, chip descartável, (mais um) squeeze, medalha bem acabada e farta mesa de frutas ao final.

Além destes pontos, gostei de duas coisas sutis, mas que fazem a diferença: no sistema de som, o narrador deu o recado várias vezes para que as pessoas não sujassem a área do Parque da Independência, utilizando as lixeiras. O outro ponto positivo era a presença de um bicicletário de verdade. Quem acompanhou o post da outra corrida sabe do que eu estou falando. Uma pena que desta vez não pude ir de bicicleta, pela distância e outros fatores.

A única coisa que não gostei foi a minha performance, fechando a prova em 38:45 (pequena diferença do tempo oficial do meu relógio, não sei porque). Noite mal dormida ou dores nas pernas no Km 1, apenas não consegui sair no ritmo que queria. Por isto aproveitei para “trotar” quando o trânsito de corredores apertava e forçar o ritmo nos retões da Av. D. Pedro I. Neste ano não entrei na caminhada que acontece logo em seguida como fiz nos anos anteriores, contentei-me apenas com a corrida, já estava de bom tamanho.

Bom, era para ser um triathlon, poderia ter sido uma meia maratona, tive que me contentar com os 6 Km. Neste momento, tudo é treino para a Maratona de Curitiba, daqui a 2 semanas (oops, acho que esqueci de contar, esta sim será a última maluquice do ano...)

P.S.: caros colegas corredores-blogueiros, fico chateado em não ter lido seus blogs nas últimas semanas, mudanças de trabalho limitaram meus acessos à web, mas vou fazer o possível para botar a leitura em dia.