Novamente o convite foi oferecido pela Iguana Sports, organizadora da prova e que tem mostrado muita competência no que se refere à estrutura de corridas de rua. Quem me conhece sabe que eu sou exigente, e mesmo tendo recebido a inscrição como cortesia, sou bem criterioso no quesito organização, inclusive mais a frente vai ver que um ponto me desagradou, mas que servirá como incentivo à melhoria. A retirada de kits aconteceu na véspera em um centro de convenções com amplo espaço, sem tumulto e com diversos patrocinadores oferecendo seus produtos relacionados à corrida. A marca esportiva Asics também montou um belo stand com diversos aparatos de ótima qualidade para quem leva o esporte a sério.
No dia da prova, cheguei à região do Jockey Club de São Paulo por volta de 06:30 horas, onde os termômetros marcavam 10 graus e nem sinal do sol aparecer. Arrumei o que precisava e parti para o guarda-volumes faltando uns 10 minutos para a prova, mas aí tivemos o ponto problemático: filas enormes de corredores que já desesperados viam que o horário de largada se aproximava. Observei que não era a operação do staff que estava devagar e sim a sinalização das faixas de números de peito que estavam muito próximas e pouco visíveis, o que fez com que uma grande fila fosse formada enquanto os demais pontos estavam vazios. Fora isso, um pequeno atraso na largada e parti para mais uma prova de 21.097 metros.
O frio acompanhou os corredores pelo percurso todo, apenas com um sol tímido ao final, mas que logo invadiu o espaço aéreo esquentando um pouco o dia. Minha impressão ao longo do percurso, tirando o blá-blá-blá inicial que ouvi ao meu redor, era de total concentração dos atletas, como se estivessem levando a sério a quebra de marcas pessoais. Legal isso, o apelo da prova estava fazendo efeito e a maioria estava concentrada em suas metas. Destaco como ponto forte a hidratação farta de água e Gatorade, aliás, nunca tomei tanto isotônico em uma prova desta distância.
Como não estou em condições de quebra de recordes pessoais, mundiais ou olímpicos, resolvi mudar o desafio de baixar meu tempo para algo mais aceitável: aproveitar o percurso plano de uma prova rápida, porém longa, para tentar manter o ritmo ao longo do caminho. Com o auxílio do GPS coloquei como meta manter aproximadamente 06:30 minutos/Km, ou seja, um ritmo próximo do que faço em provas de 10 Km. Apesar de terminar em 02:19:46, conferindo o resultado final deu um ritmo de 06:39 min/Km, sendo que as marcações do GPS registraram pouca diferença entre os quilômetros.
Resumindo, missão cumprida, a prova não apenas atendeu minhas expectativas de desafio pessoal, mas acabou também entrando para meu calendário anual de corridas. Para falar a verdade, penso até em corrê-la em outras cidades nas próximas edições, mas isso nos próximos anos.
Além de SMS enviado para os celulares após a prova com os tempos oficiais, os corredores puderam também gerar um certificado de participação com tempo e classificação, importante para comprovação de resultados. Ao final o corredor recebia sua merecida medalha, mais Gatorade, uma toalha com o logotipo da prova e um lanche (salgado, finalmente!). O valor da inscrição, R$ 100,00, não é dos mais baratos, mas dada a qualidade do evento, extensão do percurso, estrutura e kit de participação, diria que é justo. Vou retomar este assunto de custo de provas em outro post, tem gente que ainda não entendeu que não se faz uma prova deste porte com inscrição gratuita, mas vamos conversar sobre isto em outra ocasião.
O que importa é que tive a satisfação de participar de minha terceira meia maratona neste ano e semana que vem tem mais corrida... meia maratona, para variar.