quarta-feira, 29 de outubro de 2014

Divulgação: Night Run e pontos Multiplus

Muito boa esta ideia: resgatar pontos de programa de fidelidade em corridas de rua! Confira abaixo as informações para o circuito Night Run que acontece em diversas cidades e permite trocar seus pontos do Multiplus por inscrições nas provas:

Resgate inscrições para a Night Run com pontos Multiplus!

Por 6 mil pontos Multiplus, participantes poderão resgatar kits de corrida para as etapas de 5k ou 10k nas cidades do Rio de Janeiro ou de São Paulo

São Paulo, 20 de outubro de 2014 – Os participantes da rede de fidelização Multiplus já podem adquirir seus kits, com pontos, para participar das duas últimas etapas do Night Run, maior circuito de corridas noturnas do mundo. Para garantir seu lugar, basta acessar o link https://www.multiplusfidelidade.com.br/store/nightrun e adquirir, por 6 mil pontos, a uma inscrição para as etapas do Rio de Janeiro (08/11) ou São Paulo (15/11), com percursos de 5k ou 10k.

Os kits, válidos para homens ou mulheres, contêm uma camiseta manga longa, sacola de treino, bracelete de LED e garrafa Moca. Após efetuar o resgate da inscrição no site da Multiplus, o participante receberá um e-mail em até 48 horas úteis, com um código para inscrição no portal da Night Run. O local para retirada do kit será divulgado futuramente pela empresa parceira.

“Por meio de iniciativas como esta, temos o objetivo de promover mais qualidade de vida, saúde e bem-estar para os nossos participantes, e, claro, proporcionar possibilidades de troca cada vez mais interessantes. Ações esportivas e culturais estarão sempre no nosso calendário”, explica o diretor-executivo de Marketing e Vendas da Multiplus, Alexandre Moshe Parczew.

Sobre a Multiplus

A Multiplus (BM&FBOVESPA: MPLU3) é uma rede de fidelização composta por diversas empresas e programas de fidelidade. Criada em junho de 2009 como uma unidade de negócios do Grupo TAM, em outubro de 2009, foi constituída legalmente como uma operação independente e, em fevereiro de 2010, passou a ser listada na BM&FBOVESPA (MPLU3). Hoje, a Multiplus é uma empresa subsidiária da TAM S.A., que detém 72,80% de suas ações.

Ao conectar diferentes empresas e programas de fidelização, a Multiplus permite aos seus participantes acumularem e resgatarem pontos em várias empresas de diferentes segmentos. Atualmente a rede é composta por mais de 470 parceiros e reúne mais de 13 milhões de participantes, que podem ganhar pontos Multiplus direta ou indiretamente (por meio da transferência do programa de um parceiro) em mais de 13 mil estabelecimentos comerciais. Além disso, é possível resgatar pontos por mais de 550 mil opções de produtos e serviços.

As parcerias estratégicas da Multiplus incluem grandes empresas como a TAM Linhas Aéreas, TAM Viagens, Pontofrio.com, Ipiranga, Netshoes, Dafiti, Oi, Accor, Trip Advisor, Booking.com, PBKIDS, Editora Abril, Atlantica Hotels, Droga Raia, entre outros.

Para mais informações sobre a Multiplus, visite pontosmultiplus.com.br.


(informações enviadas para divulgação)

sábado, 25 de outubro de 2014

Maratona de São Paulo 2014: Direito de Resposta

Sejamos justos, ao contrário de muita gente neste país. Este blog foi criado para compartilhar com os corredores coisas boas e ruins das corridas de rua, e o “compartilhar” neste caso surgiu muito antes do sucesso do Facebook e de outras redes sociais que se aproveitam deste termo. Então, como o objetivo aqui não é apenas dar bordoadas nos organizadores ou ficar me vangloriando de minha pífias conquistas como fazem alguns blogueiros, vamos dar ao organizador da Maratona de São Paulo, a empresa Yescom, o direito de responder minha críticas quanto à falta de água durante a prova. Afinal de contas:

“Posso não concordar com uma só palavra sua, mas defenderei até a morte o seu direito de dizê-lá." Voltaire


No dia seguinte à prova, abri o site e ainda espumando de raiva, escrevi uma curta mensagem no Fale Conosco, diretamente para Infraestrutura, uma vez que não havia um item para reclamações:

“Mais uma vez notou-se a irresponsabilidade na organização da prova quanto à hidratação do atleta. O posto de Gatorade no Km 18 e o de água do Km 36 estavam desativados quando passei, o posto de Gatorade no Km 37 quase vazio, sem contar a distância absurda de 3 Km entre cada posto em um dia de baixa umidade do ar e muito calor. O resultado foi o que presenciei, diversos corredores caídos na Marginal Pinheiros e muitas ambulâncias no trecho final. Sou morador de São Paulo e já cogitei cortar esta prova do meu calendário mais de uma vez, acredito que agora não tenho mais opção, quando quiser correr uma maratona vou procurar em outra cidade, dado o descaso da organização quanto à segurança do atleta. Claudio”

Acredito que não fui o único a reclamar, e por este motivo já deveriam ter uma resposta pronta, que reproduzo aqui:

“Agradecemos o seu contato com a Organização.
Em resposta a sua solicitação esclarecemos que:
As suas observações foram encaminhadas a área técnica de prova para avaliação e verificação se houve um consumo excessivo ou distribuição além do previsto. O que constatamos até o presente, é que houve um momento de reposição e redistribuição para esse posto por conta de muitos atletas consumirem a água na ida e na volta no mesmo trecho.
Todos os postos de água foram super estimados mantendo a distância média de 2,5km entre os mesmos para que não houvesse falta de água. Foram disponibilizados 420 mil copos de água e na coleta final entre os postos ainda sobraram 120 mil copos disponíveis para conferência. Caso alguma falha seja constatada na operação deste posto de percurso tomaremos as devidas providencias junto a equipe responsável substituindo a mesma imediatamente. A titulo de informação foram disponibilizados 19 postos de apoio com água, ambulância e sanitários, 2 postos de Isotônico, 1 posto de Gel, 1 posto de batata (carboidrato), 10 mil quilos de gelo entre todos os outros serviços disponíveis no evento.
Qualquer dúvida, estamos a sua disposição.
Obrigado.
Atenciosamente,
Yescom/Organização Técnica”


Muito bem, vamos aos fatos:

1) Que bom que responderam, mensagem mecânica ou não, tem muita gente que nem isto faz.
2) Você já viu uma pessoa com sede? Que tal umas 600 pessoas com sede debaixo de sol de 38 graus e fazendo atividade física, ou melhor, que pagaram para fazer aquela atividade física? Pois bem, eu fui um dos que atravessou a pista e foi pedir água do outro lado, estava com os lábios rachando e sabe-se lá em que estágio de desidratação, portanto o que os corredores fizeram foi simplesmente preservar sua sobrevivência.
3) Acredito que tenham sobrado realmente estes 120 mil copos, mas vejamos: uma vez que o único ponto de abastecimento que passaríamos novamente desde o início da prova era o Km 4 / Km 39, porque não levaram a água dos outros postos, após a passagem dos corredores, para os que estavam na Marginal Pinheiros? Simples logística, simples pensamento... simples! Sobraram copos porque foram guardados, como deveriam ter sido feitos somente ao FINAL do evento.
4) No Manual do Atleta constavam os postos de hidratação, o que comprova que realmente estavam à 2,5 Km EM MÉDIA. Porém o pior trecho, sem sombra, com horário próximo do meio-dia para a maioria dos atletas, postos 34,1 e 36,5 estavam zerados, deixando a distância entre os Kms 31 e 39 um verdadeiro martírio. Nisto se baseia a minha reclamação.
5) Ao contrário de alguns políticos inescrupulosos, não pedi a cabeça de ninguém, não precisa mandar ninguém embora, basta fazer certo da próxima vez, para que a vida dos corredores não seja colocada em risco. Mesmo assim, a empresa enviou diversos links durante a semana oferecendo vaga de emprego para trabalhar em eventos...

O que me irrita de verdade não é a resposta da organização, como disse, acho que foram corretos em mandar sua justificativa. Agora vem o meu direito de resposta: o que tira qualquer um do sério é ler por aí que algumas pessoas “não viram a falta de água” e ainda dando conselhos imbecis como se fossem verdadeiras autoridades em corridas de rua, como por exemplo, se pronunciar sobre qual tempo o corredor deve fazer na prova para não ter este tipo de problema. O tempo limite da maioria das maratonas no Brasil é 6 horas, mais do que suficiente para que seja completada em ritmo leve. Mas os números abaixo mostram que a edição deste ano da Maratona de São Paulo foi totalmente atípica (este números não são oficiais, calculei a partir dos resultados publicados na listagem dos 42 Kms):

940 atletas completaram com 5 horas ou mais, de um total de 2942 concluintes. Proporcionalmente, 32% dos concluintes, quase um terço dos atletas, terminou a prova com mais de 5 horas de duração! Isto apenas prova que muitos “quebraram” e posso te dizer que conheço alguns que chegaram nestas marcas absurdas não por falta de treino, mas pelas condições extremas, pois são maratonistas com boa experiência na distância. Mesmo assim, sucumbiram ao calor e ao desgaste.

Pois bem, publiquei a resposta da organização, apresentei os números e dei o recado para quem se acha o máximo.

Neste texto, uma excelente comparação: Maratona de São Paulo X Maratona de Nova York. Ninguém quer que a Maratona de Sâo Paulo acabe, queremos apenas que a prova melhore.


Antes de acabar, uma estorinha final: voltei para a esteira na sexta e num trotinho regenerativo de 4 Km meu squeeze soltou a tampa e ambos, e e equipamento, tomamos um banho. Fiquei pensando “o pior é ter que ficar sem água até o final”, mas considerando-se o que passei no domingo, aquilo ia ser fichinha...

terça-feira, 21 de outubro de 2014

Maratona de São Paulo 2014: Ruas de Fogo!

Como seria bom se no momento da inscrição da prova, além do tamanho da camiseta, você escolhesse com que condição climática vai correr. Mas não é assim na vida real, corrida é o reality show mais cruel que você pode imaginar, especialmente quando ela tem 42.195 metros de extensão, acontece no final de semana mais quente do ano na cidade nos últimos 84 anos, com organização ruim e bem no dia da mudança para o horário de verão. Aí vem mais um post daqueles, tire as crianças da sala, pois o bicho vai pegar.

Com a velha desculpa da “Copa do Mundo”, muleta de muita gente no mundo das corridas neste ano de 2014, a 20ª. edição da Maratona de São Paulo foi adiada para o mês de outubro, uma época de temperaturas incertas, mas que normalmente beiram o calor do verão que se aproxima. Para completar, o Estado de São Paulo vem sofrendo com uma seca histórica, que muito político inescrupuloso chega a usar para atacar a gestão atual, como se votar no candidato A ou B vai fazer chover e
resolver nosso iminente problema de falta de água. Também no dia 19/10 os relógios deveriam ser adiantados em 1 hora, chegada do horário de verão, o que custou a mesma 1 hora de sono dos corredores. Junte tudo isto e você terá às 08:00 da manhã, um horário péssimo para largada de uma prova deste tamanho um calor de 25 graus. A receita do sucesso está dada, o cozinheiro é o de sempre, o organizador atual desta prova, o qual não irei citar o nome mas todo mundo já sabe.

Combinei novamente com a colega Ivana do blog Status: Na Correria que íamos correr até o Km 25, que era a prova em que estava inscrita e que depois eu continuaria até os 42 K. Para nossa surpresa, tivemos a companhia de outro blogueiro das antigas, o Eduardo Acácio, do Por Que Eu Corro, que estava ali para fazer os 10 Km. Grupo definido, vamos começar logo esta doideira, mas foram 10 minutos para chegar até o pórtico de largada e acionar os GPSs. Até que não houve muito atropelo e os corredores encontraram seus ritmos nas largas avenidas da região, onde o pessoal dos 10 Km fez o retorno antes do primeiro túnel. Nós continuamos e no segundo túnel, bem mais extenso, passando sob a Av. Marginal Pinheiros e consequentemente o Rio Pinheiros também, saímos exaustos do fogo para a frigideira. O Sol não deu sossego e as
temperaturas do asfalto, ar, bonés e dos pobres corpos dos corredores começaram a elevar drasticamente. Após um trecho pequeno que cruzava a ponte da Cidade Universitária e voltava, entramos na USP para a chatice da raia olímpica e a tal Av. Politécnica, que ninguém suporta. No percurso deste ano, a chegada dos 25 Km foi esticada para a região do Jockey Club. E as temperaturas, subindo.

Percebemos que muitos corredores já começavam a andar por volta do Km 15, sendo que a maioria que estava ali já havia enfrentado pelo menos uma meia maratona da vida. Com um pouco de revezamento entre caminhada forte e corrida, segui com a Ivana até o 25, nos despedimos já combinando a Circuito Athenas daqui 2 semanas e segui meu caminho em direção à ponte da Cidade Jardim, contornando o Parque do Povo e desembocando na Av. Marginal
Pinheiros, desta vez por cima e com sol fritando tudo à sua volta. Seriam praticamente 10 Km na pista expressa fechada para a prova, tumultuando todo o trânsito ao seu redor. Mas o pior ainda estava por vir: com quase 38 graus de temperatura, postos de hidratação, tanto de água quanto de Gatorade, “secaram” e a organização nada fez para melhorar a situação. Nestas horas você vê quem não se preocupa com você e quem realmente tem um lugar garantido no céu: diversos voluntários surgiram do nada, com garrafas de água, outros de bike traziam água e isotônico de outros postos, sem contar as assessorias de corrida, que passaram a atender todos os atletas que passavam, independente da cor das camisetas. E a organização? Fez sua parte, varrendo os copinhos do chão e cobrindo as
bacias aonde deveriam estar os copos de água.

Parecia um episódio de “The Walking Dead”: corredores-zumbi, e eu entre eles, arrastavam-se debaixo do sol em linha nem sempre reta. No Km 36, o pessoal que voluntariamente distribui fruta todos os anos e salva nossa pele, já estava ligando para alguém na (des)organização informando nossa precária situação. Lá atrás, diversos atletas já estavam caídos na Marginal Pinheiros, sendo acudidos por outros companheiros ou simplesmente aguardando a chegada das ambulâncias, que zuniam na Av. Juscelino Kubistchek. A irresponsabilidade da
(des)organização atingiu o cúmulo, não deixando os veículos posicionados neste que seria o ponto mais crítico da maratona.

Consegui voltar a correr no Km 40, pois o apoio bike da Equipe de Corredores Tavares me ofereceu um isotônico em um copinho. Agradeci o rapaz e disse para ele que no ano passado era eu ali, com a mesma camiseta e com o mesmo propósito, mas não em situação tão dramática. Passei a linha de chegada com a marca estapafúrdia de 05:58:47, minha pior atuação em maratonas, não por falta de treino, mas por ter desidratado feito um cactos lá atrás. Gigantesca medalha, a minha de número 200, que terá um lugar especial devido à batalha que esta prova representou.


Desistir nunca foi uma opção.

Neste vídeo você pode conferir o problema da água:





Deixo aqui registrado:

- Meu respeito e admiração por todos que concluíram esta epopeia fervente, em qualquer distância. Verdadeiros heróis!

- Meu agradecimento aos colegas Ivana e Eduardo, pela companhia, boa conversa e pela força!

- Meu muito obrigado aos valentes voluntários que nos ajudaram no trecho final, sem nenhuma obrigação, mas que não aceitaram o fato de estarmos abandonados derretendo no asfalto.

- Meu desprezo pela (des)organização da prova, que só se preocupa em enviar e-mails de propaganda de seus eventos e cobrar inscrições absurdas, que não são revertidas em estrutura para os corredores. Eu não pago inscrição de prova pelo kit cheio de frescuras, pago pelo serviço dado ao atleta, e este falhou com toda certeza.

Leituras sugeridas sobre esta prova:

Maratona de SP: falta água, e atletas passam por apuros; ‘heróis’ os salvam

A gestão da Maratona de SP: Inovaram?

Nas corridas de longa distância, calor mata mais que coração, diz estudo de Israel


segunda-feira, 20 de outubro de 2014

Corrida Vertical: chama o síndico!

Muita gente não acredita que existe, mas eu posso te garantir: esta é a 4ª. vez que participo de uma Corrida Vertical, ou seja, subir correndo, de preferência desembestado, até um determinado andar de um arranha-céus. Quem não é do mundo das corridas logo pensa “que é isso, coisa de doido!”, mas os demais simplesmente fazem aquela cara de babão e dizem “eu quero! onde encontro isso?”.

Na verdade há um circuito mundial de corridas deste tipo, geralmente nos grandes edifícios do planeta em uma meia dúzia de países. O Brasil está timidamente entrando neste circuito, tanto em número de provas quanto em altura (ou quantidade de escadas, se preferir), mas com algumas boas participações. Você pode saber um pouco mais sobre estes eventos no site Corrida Vertical. Mas vamos ao que interessa.

O mais legal é que tanto esta quanto as outras 3 participações foram gratuitas, e muito bem organizadas com a parceria entre empresas/órgãos que sediam as competições, prefeitura e patrocinadores. As inscrições esgotaram-se rapidamente, como em qualquer evento sem custo da atualidade, e por uma sorte danada eu estava na hora e momento exato fuçando aonde não deveria, ou seja, no Facebook e vi alguns colegas comentando sobre a edição deste ano. Só havia um
problema: no dia seguinte eu correria a Maratona de São Paulo, 42 Km, e teria que na véspera subir 21 andares de escada correndo. Prudentemente ponderei os fatos por uns 4,5 segundos e resolvi fazer a inscrição.

No sábado, 18/10, fui para o prédio da Editora Abril na Av. Marginal Pinheiros em São Paulo e cheguei para retirar o kit. Eu e mais uma fila gigantesca que dava voltas na área reservada à estrutura do evento. Foram uns 45 minutos de espera, mas tudo bem, estava com tempo de sobra. Um guarda-volumes e uma farta mesa de comes e bebes à disposição dos corredores, além de uma área de massagem para o final da prova. Aliás, comes e bebes muito interessantes, acho que me empolguei com a
variedade, sem maiores consequências estomacais. Ainda encontrei diversos colegas, entre eles o Fábio Namiuti e o Corretor Corredor, que estavam animados com o desafio.

Divididos em baterias, os corredores eram liberados de 5 em 5, com instruções bem descontraídas do staff, que indica que deveríamos passar um por vez na entrada da escadaria, já que a porta era estreita. E lá vamos nós de novo, 30 metros da largada até a porta, e cada um no seu ritmo. O mais legal foi ouvir de diversas partes “amanhã tem 42K!”, ou seja, todo mundo num ritmo conservador. Curiosamente cada andar possuía uma placa dizendo “não corra nas escadas”, mas acho que isto só valia para os funcionários que usam o prédio no dia a dia. Aqui não tem ninguém normal.

Após 05:03 cheguei ao 21º. andar, 504 degraus, sendo que não corri necessariamente em todos. Muitas vezes subindo de 2 em 2 degraus, ou mesmo “na boa”, sem preocupação com o tempo final. O que importa é que não parei para respirar em lugar algum do trajeto, um
bom indicador para o desafio do dia seguinte. Muita gente se pergunta o que há de diferente nestas corridas em termos de esforço, sendo que além dos grupos musculares serem um pouco diferentes, também há a questão do espaço confinado, que é muito diferente de correr na rua ou até mesmo esteira. Mas não deixa de ser divertido, e se o síndico do seu prédio deixar você treinar, com certeza vai conseguir fazer uma boa prova.

segunda-feira, 13 de outubro de 2014

Meia Maratona de Santo André: treino para os 42K

Teimosia tem limite. Para o resto da população do planeta pode ser, mas no meu caso isto não se aplica. Se eu tivesse um treinador ele teria me matado, ou talvez até “se despedisse” diante da insanidade de correr uma meia maratona uma semana antes de uma completa. Mas, como eu não tenho treinador por falta de tempo, me preocupo apenas se o tempo final está dentro do regulamento e o pior de tudo, não aguento ver uma meia maratona no calendário e não me inscrever, o jeito foi seguir meus instintos e fazer a inscrição para a XIII Meia Maratona de Santo André, que aconteceu no Dia das Crianças (bem apropriado para esta aqui).

Mas não foram só instintos, pois eu já havia pensando em fazer esta prova desde o primeiro semestre. Diz a lenda que foram mais de 3 alterações de datas, eu contei somente 2, e isto empurrou a prova para a véspera da temida Maratona de São Paulo na semana seguinte. Já havia desistido da ideia, mas um colega de empresa que mora na cidade bombardeando meu e-mail, uma série de propagandas e alguns incentivos
extras fizeram com que eu arriscasse a parada. Na verdade o principal incentivo veio da colega Ivana do blog Status: Na Correria, que mandou um recado (os juristas chamam de “intimação”) solicitando a minha presença na prova, apenas para treinar para o desafio da semana seguinte. Combinado que não íamos bater recordes e deixar os quenianos vencerem desta vez, aceitei a proposta.

A retirada de kit aconteceu em uma academia em um shopping da região, que naturalmente patrocinava o evento. Um pouco de fila, mas um belo kit de participação. Vale a pena dizer que a prova, com distâncias de 5, 10 e 21 Km tinha o custo honesto de R$ 70,00, difícil de encontrar nos dias atuais em São Paulo. Uma onda de calor
insuportável resolveu pousar na capital paulista na última semana, e os corredores já estavam agitados trocando mensagens nas redes sociais sobre como seria o caldeirão de domingo. O relógio aí ao lado dá uma ideia: 25 graus de temperatura às 04:54 da manhã.

Pequena viagem até a cidade vizinha no mesmo local onde acontecem outras provas como a Mexa-se e demais corridas locais, o Paço Municipal, uma região muito bonita, com avenidas largas e bastante estrutura. Encontrei a amiga Ivana conforme combinado e confirmei que ninguém ia entrar para o Guiness, pelo menos hoje, íamos manter um ritmo de 06:30 a 06:45 por minuto, só para acrescentar milhagem no programa de fidelidade do tênis, e quem sabe trocar por uma performance melhor na maratona.


Tudo muito bem organizado na área de largada, e a corneta soou no horário, 07:30, um pouco tarde para uma prova nesta distância.
Tomamos as ruas da região, um exército de corredores nas 3 distâncias e para nossa surpresa, um grande percentual nos 21 Km. Sim, dá gosto ver que o pessoal é casca grossa e enfrenta um perrengue desses com sol e tudo! Hidratação sensacional, com muitos postos de água gelada e até Gatorade no Km 14. Antes disso, no 13, esponjas ensopadas de água gelada, que proporcionaram um delicioso “banho de gato” debaixo daquele sol de deserto. Se você tiver a curiosidade de ver a altimetria no gráfico acima, vai entender que não é uma prova das mais fáceis, mas muito boa em termos de percurso.
O trânsito fluía normalmente nas demais faixas de uma das avenidas, e os corredores ocupavam apenas a pista da esquerda, sem nenhum stress com os motoristas.

E como já era de se esperar, após 21 Km de muito blá-blá-blá (não falamos mal de ninguém, ok?) e bastante raios ultravioleta, cruzamos o pórtico com 02:30:00, um pouquinho acima dos 06:45 por minuto mas terminamos super bem, prontos para a encrenca daqui a 7 dias. Missão cumprida, rodagem feita, agora é esperar pela maratona.

quarta-feira, 1 de outubro de 2014

Ibihorto, um treino diferente

Sabe aquelas coisas que você todo ano fica embaçando para fazer ou participar e de repente dá certo? Aí você pensa “deveria ter feito isto antes”. Pois bem, não vou falar de alguma corrida perdida no calendário, mas de um treino que acontece todo ano e que sempre aparecia alguma coisa, nem que fosse uma desculpa e no final eu não ia: correr de um parque a outro em São Paulo, no caso, do Parque do Ibirapuera na região Central até o Horto Florestal na Zona Norte. Sim, para quem sabe o quanto isto rende, são 20 e poucos Kms de ruas e algumas subidas danadas no finalzinho. Mas valeu a pena.

Este treino de confraternização é chamado Ibihorto e organizado anualmente pelo pessoal da Turma do Horto. Não tem quem corra aqui na Zona Norte e nunca tenha cruzado com algum deles, mesmo fora do Parque Alberto Löfgren (Horto Florestal). Abaixo do
logotipo vem o principal objetivo do animado grupo: Qualidade de Vida, um recurso raro mas que eles administram muito bem. Por ser cadastrado no site da equipe, sempre recebo os e-mails com viagens, passeios e esta doideira de cruzar metade da cidade correndo, numa distância que chega bem próximo da marca da meia maratona. Tudo muito bem organizado, o participante escolhia se queria a inscrição com transporte (R$ 75,00) ou se encontraria diretamente na largada no Ibirapuera (R$ 60,00), com simbólico desconto de R$ 10,00 para as meninas. Camiseta entregue na véspera e de uso obrigatório, uma vez que estaríamos correndo pelas ruas com apoio móvel.

No domingo, próximo de 06:00 da manhã, o grupo já se reunia no Horto Florestal, e daí partia para o Ibirapuera em 2 ônibus escolares, onde uma turma faria o percurso total e outra somente parte. O trajeto foi bem animado, muitas conversas sobre eleições, economia, crise mundial... ah, nada disso, o papo era corrida o tempo todo, para variar. Na famosa Praça do Porquinho (sim, descobri onde fica!) uma sessão de alongamentos, mais um pouco de animação e uma buzina improvisada na garganta de um dos organizadores para dar início à saga. Quase 1 Km dentro do parque
e saímos para a travessia rumo ao Horto.

O grupo dispersou um pouco, cada um no seu ritmo e pequenos outros grupos se formaram com passadas semelhantes. Nosso suporte era composto por carros dos organizadores que nos acompanhavam em alguns trechos, motos e até uma bike, sem contar os diversos membros da equipe espalhados pelo caminho para dar direcionamento e hidratação. Aliás, hidratação melhor que muita corrida por aí.


Na figura acima um pouco do percurso, pelas avenidas Brasil, Sumaré, ponte do Limão, Engenheiro Caetano Álvares e a chegada na região da Serra da Cantareira.

Muita animação dos que já estavam lá, felizes por completar o trajeto. Fui para fazer uma rodagem, e 20 Km foram percorridos em 02:15:00, o ritmo que eu queria para este treino. Bela medalha, mais hidratação, sorteio de alguns brindes e uma excelente mesa de frutas. (na foto a lado, uma Melancia-Sin City...)

Em resumo, foi ótimo conhecer a turma, estão de parabéns pela união, amizade e especialmente pela incrível organização do evento.

Ah, nem precisa dizer, o Ibihorto já está no meu calendário do próximo ano.

Conhece o Horto Florestal?

É um pedacinho da Mata Atlântica na Serra da Cantareira, um parque excelente e bem disputado nos finais de semana. Vale a pena chegar cedo para poder aproveitar as atrações, mais ainda se o objetivo for a corrida. Neste site há um breve resumo do local, vale a pena conferir:

http://www.vidabuena.com.br/passeios-no-parque/249-conheca-o-horto-florestal-de-sao-paulo.html