terça-feira, 23 de junho de 2015

Corrida Eu Atleta. Eu? Atleta?

Eis que eu resolvo fazer alguns exames mais elaborados e solicito ajuda do cardiologista, o qual, após já saber meu histórico de insanidades, me recebe na consulta com a frase “Ah, você que é o atleta, né?”. Respondi simplesmente “não doutor, atleta busca resultado, eu sou esportista, procuro me divertir apenas”. Mas de vez em quando vale a pena brincar de “atleta” e buscar um resultadozinho ou outro, só para ficar bonito na foto.

Mas vamos ao que interessa: manhã super gelada em São Paulo, meados do mês de Junho e para completar, início da estação mais fria do ano. O dia 21 de Junho é o Solstício de Inverno, ou seja, o período em que o Hemisfério Norte está mais inclinado em direção do sol. E nada de maratonas, meias ou coisas do tipo, é hora de curtir uma prova de 10 Km mesmo, daquelas que já viraram rotina e que merecem ser revisitadas de vez em quando, mesmo que o objetivo seja em breve correr mais uma insana distância de 42.195 metros (em breve...)

O circuito Eu Atleta passa por diversas cidades brasileiras, e o nome da prova é um convite para que os que não são “atletas”, como este esportista aqui, saiam do sofá e enfrentem um desafio. Pode ser os 10 Km ou 5 Km ou mesmo uma
caminhada de 4,3 Km, o que vale é participar de uma atividade física que como sabemos, só traz benefícios. O circuito na capital paulistana é o tradicional Assembleia Legislativa-Av. República do Líbano- Ibirapuera-Av. 23 de Maio e volta até a largada. Com diversos sobes e desces para incrementar o trajeto, serve para quem procura sair um pouco do percursos planos, como é o meu caso.

Largada pontual e rápida dispersão, não era uma daquelas provas superpovoadas, apesar de considerável número de corredores. Com o retorno para o pessoal de 5 Km ficou mais livre ainda, mas sempre na companhia de outros participantes pela Av. 23 de Maio. Boa hidratação a cada 2 Km, o cuidado era não deixar de beber água, apesar do tempo frio da manhã.

E para aproveitar o conforto com a distância e conhecimento do traçado da prova, resolvi sentar a bota e acelerei acima do meu normal. Só 10 Km pede um pouco mais de esforço do que uma meia maratona, e o clima era favorável a apertar o passo. Resultado, para minha satisfação uma pequena quebra de recorde pessoal, terminando o percurso em 56:58 pelo tempo oficial, além de um trecho alucinado a 5:03 min/Km. Medalha simples e bem trabalhada, assim vale a pena.

Por falar em valer a pena, fazer a inscrição antecipada há alguns meses rendeu um bom desconto, com valor de R$ 50,00. Esta iniciativa do organizador Yescom vem se repetindo em outras provas, e trata-se de uma ótima ideia para quem já tem um planejamento de corridas para o ano. Mais uma boa prova para o calendário, vale a pena considerar as próximas edições.


Ah, é claro, dei uma de atleta e “corri” atrás de resultado, pelo menos desta vez.

Fonte consultada sobre o Solstício de Inverno: http://www.calendarr.com/brasil/inicio-do-inverno/
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domingo, 21 de junho de 2015

Mizuno 21K, valendo (quase) cada centavo

Vamos começar explicando o título: a prova só não foi perfeita, nota 10, impecável, pelo circuito, que apesar de plano era simplesmente um vai e volta pela mesma pista da Marginal Pinheiros em São Paulo. Para quem já correu outros circuitos que acontecem regularmente na região, sabe que além do desagradável cheiro do rio ao lado da via, o cenário é chato e sem atrativos. O desafio ficava apenas para a quebra de recordes pessoais ou gerais, pois a prova foi posicionada em uma época do calendário paulistano onde as temperaturas são mais amenas, além do que já foi dito acima, ausência de subidas e descidas e somente duas curvas de 180 graus.

Mas tirando este detalhe do trajeto, a prova foi muito bem organizada e com diferenciais que muitas empresas do setor de corrida ainda precisam incorporar em seus
eventos de 21 Km. A entrega de kits foi realizada na mesma região da prova, pois como este humilde blogueiro defende, se a pessoa tem acesso à largada, tem acesso à retirada dos kits também (lógica simples, mas tem gente que não entende e coloca a retirada em outro ponto da cidade). No edifício WTorre da Marginal Pinheiros, nos dias de entrega dos kits os corredores contavam com estrutura muito bem organizada, alguns comes e bebes à disposição, loja da marca esportiva patrocinadora da prova e até a presença dos campeões do Ironman Florianópolis também patrocinados pelo organizador. Tudo muito bem elaborado, com acesso de trânsito fácil e estação de metrô bem ao lado .

Kit composto por mochila de treino (e não apenas aquele saquinho com o nome da prova e uma tirinha de barbante), viseira, gel de
carboidrato, número de peito e mais alguns itens. Destaque para a camiseta prova, que além de muito bonita, contava apenas com a marca do fabricante, Mizuno, e o logotipo do evento, nada de patrocinadores estampando suas marcas nas costas. Sim, dá até para usar para passear no shopping, se foi isto que você pensou. Outro destaque foi o folheto com as informações sobre a prova, desde mapa com altimetria, indicações de fluxo de trânsito e estacionamento e instalação do chip descartável.

No dia da prova, um pouco de muvuca no trânsito, como já era de se esperar, mas utilizei o estacionamento do shopping como indicado e com fácil acesso à largada. Um ponto
porém prejudicou a organização como um todo: a largada atrasou uns 15 minutos, talvez pelo grande número de inscritos e formato do acesso às baias. A prova também contou com uma distância alternativa, onde duplas poderiam compor o percurso de 21 Km, correndo 10,5 Km cada uma com largada simultânea e soma dos tempos.

Durante o percurso, farta hidratação, além de postos de Gatorade, um de apoio com banheiro químico, distribuição de gel de carboidrato e até a deliciosa esponja molhada, que você pode usar para refrescar cabeça e pescoço. Ainda bem que eu decidi usar a viseira do kit, ajudou a esfriar o couro cabeludo. Temperatura agradável, próxima de 20 graus, não tão frio quanto se esperava mas boa para correr.

E porque eu falei dos centavos? Bom, foram muitos, as inscrições
chegaram a R$ 120,00 no último lote, o que pode enquadrar a prova na categoria “um pouco cara”, mas a boa organização e qualidade do kit compensou o investimento. Meu tempo? Nada perto de quebra de recordes, terminei em 02:26:27, meu objetivo aqui era mais um treino de ritmo para outros eventos longos que virão na sequência, o que foi atingido conforme planejado.

Concluindo, prova muito boa, recomendada, organização e atletas de parabéns. Dependendo de época e valores, com certeza eu volto a participar.