quinta-feira, 31 de janeiro de 2013

¡Adiós Amigos!

Quando embiquei nos metros finais lamacentos da última prova de 2012, a Sargento Gonzaguinha, deu um aperto danado no coração. Tempo planejado? Última corrida de um ano bem legal no asfalto? Frescura de final de ano? Tirando o último motivo, os dois primeiros podem até se aplicar, mas eu sabia que ali seriam os últimos passos de corrida do meu estimado Mizuno Creation 8, que deveria ser “descomissionado” logo após a prova. Para quem acompanha este modelo, sabe que já está indo para sua 14ª. edição, portanto o meu par já acumula 5 anos de bons serviços prestados.

Como é que um par de tênis de corrida dura tanto? Ou melhor, quanto deve durar, ou qual o critério? Qualquer modelo dura isso? Não tem resposta direta para estas e outras perguntas, mas aí vai o caminho das pedras (sem pisar nelas com o tênis de corrida, por favor!).

Antes de mais nada, é preciso ter cuidado com seus tênis. Um par comprado para corrida não é feito nem para o futebol ou até mesmo para o supermercado. Eu, um desastrado por natureza, com certeza vou passar o carrinho de compras em cima dos pés, então olha o risco.

Lavar ou não lavar? No meu caso não tem jeito, eu transpiro muito, e os pés não são exceção. Então de vez em quando precisa de uma limpeza mais pesada, nada de máquina, apenas uma boa escovada com sabão neutro, escova macia e deixar secando fora do sol por alguns dias. A língua é uma chatice para secar, demora muito e precisa estar sequinha para guardar, senão estraga tudo.

Mas o fabricante falou que dura “só” 500 Kms... Lenda. Aliás, dupla lenda. Se conservar, com certeza vai durar bem mais, e muita gente gosta de tênis com menos amortecimento e mais moldados aos pés.
Só não pode estar deformado, este sim é um critério que sobrepõe a quilometragem. Coloque o tênis sobre uma superfície alta e plana, como uma amurada ou mesa e inspecione visualmente, procurando desníveis. Também vale dar uma conferida nas costuras e no desgaste do solado. E para controlar a rodagem, nada melhor que anotar na própria caixa ou criar uma planilha com a evolução.

Não comprar porcaria e revezar os pares, especialmente para quem corre várias vezes na semana, são práticas totalmente aconselháveis. Não precisa ser top de linha, eu tenho comprado modelos cujos preços estão bem no meio dos extremos do menor valor da marca e do maior valor, ou seja, tênis com bom acabamento, bom amortecimento e sem frescura (especialmente modismos). Tem dado certo, mas é claro que isto é particular de cada um, vale a pena você mesmo observar aquilo que mais lhe agrada e dá certo.

Se ao final seus tênis estiverem em bom estado, passe-os adiante em alguma campanha, como a Seu Tênis Não Pode Parar da Corpore. Entidades ligadas ao esporte são beneficiadas com estas doações, pois muito corredor aposenta prematuramente seus tênis para comprar modelos novos ou simplesmente por não gostar de alguma característica.

Lá na foto, o Mizuno rodou, pelas minhas contas, 998 Km e o Adidas está com pouco mais de 900 Km. O Adidas ainda vai rodar um pouco, especialmente em esteira onde o impacto é menor, além de estar sendo utilizado para um experiência que eu vou contar em breve aqui.

O que foi exposto aqui são dicas, e não regras, todos os meus tênis tem vida longa e controlada para saber quando vão ser aposentados. Você vai encontrar uma série de matérias em revistas e na internet com mais informações, ponha em prática aquelas que achar mais interessantes.

Mas, quer queira ou não, um dia seus tênis vão ter que dizer adeus ao aslfalto...

(Se quiser, complemente aí nos comentários com suas dicas e manias para conservar os tênis)

domingo, 27 de janeiro de 2013

Divulgação: Circuito WRun 2013

Vamos aproveitar este início de ano para divulgar uma prova que não vou poder participar, por motivos óbvios: a W Run, que ocorre em 03 de Março em São Paulo e em 28 de Abril no Rio de Janeiro é organizada pela Iguana Sports e já está com as inscrições abertas. A prova é exclusiva para as meninas, então os marmanjos vão ter que ficar de fora, no máximo servindo de motorista, cuidando da criançada enquanto a mamãe se diverte correndo ou, no caso do mais arrojados, preparando o almoço de domingo!

Aí vai o descritivo do evento, enviado pelo organizador:

A corrida feminina mais querida do Brasil está de volta. A primeira etapa é em São Paulo dia 03 de março no Jockey Club.

Percursos de 4km e 8km que podem ser feitos caminhando ou correndo, o importante é se divertir.

Com formato moldado especificamente para atender ao público feminino, a Corrida W Run oferece dois dias de evento, o primeiro com a Beauty & Health Expo e o segundo com a corrida. Na Beauty & Health Expo, as inscritas podem aproveitar as aulas de ginástica, massagem, manicure e muitos outros mimos para a mulherada.

Inscrições- As inscrições podem ser feitas pelo site www.circuitowrun.com.br em duas opções:

Luxo: R$99
Super Luxo: R$129


Para se inscrever (só as meninas, viu?), acesse:
Circuito WRun

Parceria

Neste ano vamos divulgar algumas provas da Iguana Sports a pedido da organização. Quem me conhece sabe que eu elogio e faço críticas à organização das provas que participo, sendo que aceitei esta proposta por já ter corrido algumas provas do Circuito Athenas e a Energizer Night Race e ter gostado muito da seriedade da empresa. Alguns corredores criticaram o fato dos blogueiros divulgarem provas a troco de inscrições, porém eu acho a parceria saudável, pois trata-se de um incentivo a mais para a divulgação e participação nos eventos.

Chamou a atenção o fato de ter sido dada liberdade para escrever sobre os prós e contras de cada corrida, fato que muito organizador que libera cortesias não permite. Neste caso, se ocorrerem situações fora do esperado vamos relatar, mas sabendo que a organização espera este retorno para melhorar a qualidade dos eventos.

Mais informações sobre esta e as próximas provas da Iguana Sports em breve.

quinta-feira, 10 de janeiro de 2013

O que não se mede, não se gerencia

O primeiro post de 2013 vai ainda falar sobre 2012. Tem gente que não vê a hora de esquecer o ano anterior, mas seja ele bom ou ruim, é necessário que a cada período possamos avaliar o andamento de nossos projetos. Nada melhor que a troca de calendário para colocar os famosos “checkpoints”! Como eu tenho certeza que você tem objetivos na sua corrida (ou triathlon, ou malhação, ou simplesmente perder a barriga de chope...) nada melhor que criar ou usar algum tipo de controle para suas atividades físicas.

A frase do título deste post, “O que não se mede, não se gerencia” é atribuída a W. Edwards Deming, célebre consultor americano na área administrativa, e eu já usei aqui várias vezes. Se eu usei e estou usando de novo, é porque eu acredito nesta ideia. Mas usando outra frase famosa, só que de autoria popular, “casa de ferreiro, espeto de pau..”. Trabalho com desenvolvimento de sistemas há quase 20 anos, então o mínimo que eu deveria ter seria um super sistema que diz até qual a temperatura dos meus fios de cabelo em uma corrida, certo? Errado, eu uso o famigerado, velho e bom Excel (pronuncia-se “ekicél”, viu?). Para encerrar as citações, uma frase de minha autoria: “Todo sistema nasce em uma planilha Excel”.

Só que como eu não tenho tempo de terminar o tal sistema que comecei e preciso dos números, o jeito é continuar anotando tudo nas planilhas. Bem organizadas, dividi as do ano passado em 3 partes: Natação, Corrida e Pedal. Bom, no ano passado eu tive motivos de sobra para este tipo de controle como você já sabe, e neste ano resolvi expandir para controlar outras atividades, inclusive a tal musculação que vivo negligenciando.

Funcionou: ao fechar as 3 planilhas, vi exatamente o que pode ser constatado ao longo do ano, ou seja, eu deveria ter dedicado mais tempo e Kms à corrida. É um verdadeiro martírio treinar para um triathlon, quando você está nadando pensa “eu deveria estar correndo”, quando você está correndo pensa “eu poderia estar pedalando” e advinha, quando está pedalando... “deveria estar nadando!”. Onde então ocorreu o erro? Não fechar “parciais” desta planilha ao longo do ano e caprichar um pouco mais aonde o sapato, ou melhor, o tênis apertava. Vamos aos números de 2012:

- Natação: 104 Km (piscina, mar, represa, banheira...)
- Pedal: 1.127 Km (sem contar ergométrica, rolo e spinning, mas considerando passeios)
- Corrida: 849 Km (incluindo esteira)

Não, não me dê os parabéns, está tudo errado. Além do volume baixo para as peripécias que fiz no ano anterior, é absolutamente desproporcional, eu deveria ter pedalado e corrido um pouco mais, especialmente quando percebi que estava confortável na água. Percebeu aonde quero chegar? Se você não mede, não gerencia, e se não gerencia, o resultado só pode ser abaixo do esperado. Para provar a teoria, quem acompanhou os últimos posts do ano sabe que eu tive um tremendo revés na corrida, aumentando muito meus tempos de conclusão de provas.

Outra coisa que faltou: talvez um pouco mais de detalhes nas planilhas, anotei apenas algumas situações simples, como tênis novo, insolação, falta de ânimo e pequenos detalhes. Também deveria ter feito uma análise mais criteriosa, pois em todas elas há o horário de início da atividade, e neste caso é possível saber “quando” no meu dia eu rendo mais. Enfim, ideias.

Tenho outros objetivos para este ano. Muito provavelmente passe mais tempo na corrida do que nas outras modalidades, mas a lição foi válida: vou avaliar melhor esta planilha, pelo menos enquanto o tal sistema não fica pronto. Se é que algum dia vai ficar.

Em breve eu vou trazer outro tópico de administração que será colocado em prática neste ano, quem sabe você não resolve utilizá-lo também. Aguarde!

Aliás, como é que você controla suas jornadas esportivas? Conte aí nos comentários...