quarta-feira, 28 de dezembro de 2011

Quer ganhar um calendário de mesa?

Dizem que cada vez mais ganhamos menos brindes no final do ano, e um dos que mais faz falta é um bom calendário de mesa para consultas rápidas. Os geeks de plantão vão dizer que usam o calendário do sistema operacional da máquina ou se forem muito modernos, esfregam na sua cara que o tablet também tem esta funcionalidade. Mas e o bom e velho calendário de mesa, aquele que dá a sensação de virar a folhinha todo mês e o melhor, virar a última e ver que mais um ano se foi?

Pois bem, como eu não vivo sem um desses, não ganhei nenhum legal (exceto o da Revista Contra-Relógio, mas este é de parede) e tenho alguma habilidade com ferramentas gráficas, criei o meu próprio calendário de mesa, como já fiz algumas vezes no passado. Só que ao gerar as folhas pelo software, foram criadas “cópias” de cada um dos meses, ao invés de 4 meses por folha. A ideia veio na hora: presentear os leitores do blog com pelo menos um. Dito e feito, levei na gráfica, mandei cortar, colocar a espiral e pronto!

Estou utilizando a ferramenta de sorteio do Facebook que já é consolidada para estes assuntos, então entre na página do Número de Peito no Facebook e siga as instruções. O prazo para inscrição é 02/01/2012, 16:00 horas. Se tudo correr bem, eu disparo o sorteio na sequencia.

Ai vai um pouquinho da arte:


Pronto, já viu demais, agora só se você ganhar...

Link para participar:

Eu quero um calendário de mesa 2012!

Alguns detalhes importantes:

- Todas as 12 fotos do calendário são de minha autoria, ou durante alguma corrida onde não estava a fim de fazer tempo e saquei a máquina ou celular ou eventos que eu fui só para fotografar.

- Fotos foram tratadas por softwares gratuitos e o calendário foi gerado por uma ferramenta gratuita Calme - Calendars Made Easy. Portanto, se quiser chamar de “artesanal”, sem problemas.

- Trata-se de um sorteio entre amigos e leitores que costumam acompanhar o blog, não é objetivo divulgar qualquer marca ou produto, apenas demonstrar a minha gratidão por vocês estarem sempre juntos no asfalto ou aqui na web.

- O calendário não possui “valor”, portanto o ganhador deverá informar seu endereço para envio pelo correio (por minha conta, é claro), não podendo ser convertido em qualquer valor em espécie. A rapidez do envio para o ganhador depende da agilidade em enviar o endereço, pois estamos em mês de férias e eu também tenho direito a um descanso.

Se tiver alguma dúvida, deixe nos comentários deste post e eu respondo.

E mesmo se o mundo não acabar em 21/12/2012, não se preocupe, o calendário está completo até o dia 31 de Dezembro!

Boa sorte a todos!



terça-feira, 27 de dezembro de 2011

Abra seu coração (e a gaveta também...)

O Natal já passou, mas não é por isso que você deve deixar de tentar fazer o bem e cumprir com seu papel de cidadão em um planeta socialmente desigual. Não é todo mundo que pode gastar o equivalente a 20% de um salário mínimo para participar de uma corrida de rua, aliás, mal consegue ganhar para manter sua família ou viver com dignidade. Então, que tal fazer aquela arrumação de armário e mostrar que coração de corredor realmente é diferente do restante da população? Selecione algumas (ou muitas se preferir) camisetas de corrida e entregue para alguma entidade assistencial ou qualquer indivíduo que realmente necessite de reposição em seu vestuário.

Eu costumo fazer arrumações constantes no guarda-roupas e vou acumulando em um canto até ter o tempo de levar para quem precisa. É claro que dá pena se livrar de uma ou outra, mas as medalhas entregues ao final das provas já são o símbolo da sua conquista, e camisetas fazem um volume danado. Mesmo que você corra 6 dias por semana e ainda use para ir ao supermercado, ainda sobra muita camiseta lá no canto da gaveta que você nem toca.

Se você não sabe qual critério utilizar para doar suas camisetas, estabeleça algumas regras e você vai ver que é mais fácil. Eu, por exemplo, determinei o seguinte critério para a arrumação deste final de ano:

- Provas de organizadores que não tem respeito pelo corredor, afinal, quando você corre com ela na rua ou veste na academia, está fazendo propaganda do organizador e da prova.

- Corridas que não quer lembrar (seja pela marca, patrocinador, performance, ou novamente o critério anterior).

- Camisetas repetidas, afinal, muito organizador aproveita o pano que sobrou do ano anterior, inverte a ordem os logotipos, atualiza o número da prova e pronto, “arte” criada.

- Cores que não são do seu agrado, e aí vai um gosto pessoal, sejam muito berrantes ou tom pastel, você decide aquilo que não quer botar no corpo nem para dormir.

- Camisetas “tortas”: acredite, um organizador que se enquadra em todos os itens acima conseguiu entregar uma camiseta de uma prova mineira, das mais tradicionais do Brasil, com logotipo totalmente torto!

Eu ainda nem terminei minha arrumação, apenas abri a gaveta e tirei uma foto para o post, agora preciso ver como preencher os critérios acima com o meu "estoque".

Mas é claro, este critério é o meu atual, incentivo você a criar sempre o seu próprio.

O que importa é aliviar um pouco seu armário e ajudar quem precisa.



domingo, 18 de dezembro de 2011

Mais um ano de existência, agora já são 3!

Mais uma vez este blog completa o circuito de 365 dias de existência, ou melhor, mais um ano de vida! Você já sabe como começou: uma matéria da Revista Contra-Relógio sobre blogs motivou a criação de um espaço na web onde pudessem ser publicadas notícias, análises de provas, resenhas sobre produtos, enfim, qualquer coisa que fosse do interesse de quem gosta de corridas de rua. Apesar de ser desenvolvedor de sistemas, tenho uma preguiça danada de desenvolver as coisas para mim mesmo, sempre tocando meus projetos quando dá, então a ideia do blog pareceu-me na época a melhor opção a um suposto site que eu teria que desenvolver praticamente do zero e ainda ter que hospedar em algum lugar (ainda não descartada totalmente, diga-se).

Só que nem imaginava que o efeito do blog é o que observei depois de algum tempo: pessoas "conversam" com você através dos comentários, elogiando, dando conselhos, broncas e estão muitas vezes mais presentes na minha vida do que alguns dos meus supostos amigos "reais". Descobri a imensa satisfação de conhecer estas pessoas em carne e osso, e por que não dizer, muito suor, pois é quase sempre em dias de provas. Fui convidado para eventos em empresas do ramo esportivo e testes de produtos, sem contar outras tantas oportunidades que surgiram.

"Quando eu estou aqui..." como diria aquele cantor, vivo momento lindo coisa nenhuma, dá um trabalho danado escrever alguns posts, requer pesquisas, tratamento das imagens para não sobrecarregar a página, revisão de textos e muitas horas de sono. Antes que você pergunte, é claro que vale a pena! O resultado é sempre gratificante, os outros blogueiros e leitores passam, dedicam seu precioso tempo a ler as bobagens que escrevo, deixam seus comentários e o melhor de tudo, voltam.

Por isto mesmo desenvolvemos um sentimento de "carinho" pelos nossos blogs, e eu diria, a quem possa interessar, que é desaconselhável mexer com as coisas que as pessoas gostam. Deixa pra lá, este é um assunto que estou guardando comigo, por enquanto, vou poupá-lo (por enquanto) de saber dos detalhes.

Mas vamos ao que interessa: os posts, as figuras, as broncas? Não, o que interessa é o quadrinho ali ao lado, onde diz "Seguidores", já tem 3 dígitos e não para de crescer. Só o quadrinho não seria suficiente, mas saber que estas pessoas estão lá fora, nas ruas, nos parques e no asfalto nos dias de corrida, e que depois passam por aqui ou me procuram nas provas, isto sim faz toda a diferença!



terça-feira, 13 de dezembro de 2011

SSCover: laranjada nas ruas de São Paulo!

Correr 15K de manhã ou 15K à tarde? As duas coisas no mesmo dia, é claro! Primeiro o dever, depois o lazer. E aí você já deve ter uma ideia de qual foi mais divertido. As pernas ainda doem bastante, mas a sensação de dever cumprido e encerramento do ano de corridas não poderia ser melhor.

De manhã, 15K na maior má vontade

A data do treino da tarde já estava até anunciada, mas ainda não confirmada, quando eu fiz a inscrição para uma prova de 15K que participei nos anos anteriores. Por ser de fácil acesso por Metrô, a logística é mais simples, tanto que demoro no máximo meia hora entre a minha casa e a largada. Porém a prova é de um certo organizador, aquele-que-não-deve-ser-nomeado, e devido à fatos recentes eu estou encerrando minha participação em seus eventos.

Como não gosto de perder inscrições, fui, de muita má vontade, correr meus 15K da tal prova. O percurso é plano e sem novidades, portanto eu já sabia que não precisaria forçar muito. Arrastei minha carroceria pelas ruas da Zona Norte de São Paulo na maior lerdeza, não tanto pela prova, mas por estar em um evento da referida empresa. Camiseta igual à do ano anterior, só com o número da prova atualizado, que eu tive o maior prazer em dar de presente ao primeiro morador de rua que encontrei após retirar o kit. Ninguém pode me condenar por ser solidário a estas pessoas que não desfrutam dos mesmos confortos que nós, certo?

Kit pós-prova composto por uma micro maçã, uma barrinha de cereal e um mini pão de mel. Já participei de provas gratuitas e de menor distância com muito mais atenção ao corredor. A medalha já veio envelhecida, ou sei lá, de um mau gosto tremendo.

O mais curioso é que este organizador passou a semana despejando mensagens em seu microblog dizendo “não participe de provas piratas”, “não corra em avenidas movimentadas”, “cuidado ao correr junto aos veículos” como tentativa de desencorajar o nosso treino de domingo. Mas o mesmo organizador não teve a capacidade de fechar alguns trechos muito movimentados do percurso, como este da foto. “Faça o que eu digo, não faça o que eu faço” é uma frase com menos de 140 caracteres que deveria constar em sua página, ao invés destas provocações.

(obs.: a quem possa interessar, fui ao evento regularmente inscrito – numeral 3938 – portanto, no papel de CONSUMIDOR pagante, tenho todo o direito de dizer o que eu penso do mesmo).

T1

No triathlon, as transições natação/ciclismo e ciclismo/corrida são chamadas respectivamente de T1 e T2. Entre a tal corrida e o nosso treino eu tinha a minha T1, composta de :


Explicando: macarronada congelada + gel de massagem muscular nas pernas + episódio do 24 horas (nem dá para dizer o que estava melhor!)


À tarde, 15K com os amigos

Sem pretensões de corrida, mas sim de treino entre pessoas com a mesma afinidade e que possuem opiniões em comum, aconteceu a SSCover, um percurso de 15K proposto pelo colega Antonio Colucci do blog #aisimcolucci, saindo da Av. Paulista em frente ao MASP, descendo a Consolação, entrando na região Central e subindo a temida Av. Brigadeiro Luis Antonio, terminando, obviamente, na Av. Paulista. Seguimos o percurso (com alguns pequenos desvios devido à obras e outros ajustes) de uma prova recentemente descaracterizada e que acontecia nestes moldes.

Encontrei a colega Fabi do blog A Corrida Mudou Minha Vida e finalmente conheci outro colega até então virtual, o Eduardo Acácio do blog Por Que Eu Corro, nós todos na foto aí ao lado. Também conheci pessoalmente outras celebridades e figuras do mundo da corrida no dia, como o jornalista Vicent Sobrinho da (na minha modesta opinião) melhor revista de corrida da atualidade, a Contra-Relógio. Caramba, estes blogueiros conhecem todo mundo, imaginou se alguma empresa tentar prejudicar ou atacar publicamente um deles? Com certeza vai “vazar” pra todo lado, queimando a imagem das pessoas que ainda acham que podem inibir a liberdade de expressão dos cidadãos deste país.

Debaixo de um sol de torrar os ânimos de qualquer um, mas mesmo assim muito animados, uma multidão (e eu não vou chutar números, especialmente em porcentagem, vai que eu erro) saiu contornando os pedestres em grande número que estavam na calçada da Av. Paulista passeando na sensacional tarde da via mais querida da cidade. Muitos nos incentivavam pelo caminho, um ou outro achava estranho e até mesmo os motoristas nos davam passagem na maioria dos cruzamentos. Perigoso, né?

Nos primórdios da civilização, um certo Xerxes teria dito:
“Como assim? Só 300 espartanos?
Isto não é nem 1% do meu exército persa!”

Porém o Rei Leonidas responderia em seu perfil no Twitter:
“Mas vc vai ver os 300 #pontafirme que eu vou levar!”

Como era treino, e não corrida, fizemos duas paradas, uma no final do Elevado Costa e Silva (Minhocão) e outra no último trecho de subida da Brigadeiro. Descansamos, hidratamos e seguimos viagem, um pelotão laranja subindo e festejando a entrada na Av. Paulista e o retorno ao nosso ponto de concentração no MASP. Ninguém se feriu, uma ou outra bolha (tipo a minha) no máximo. Deixamos muito suor no caminho, ninguém caiu desidratado (ou do Elevado). Concluímos todos juntos e mais animados que no início e ganhamos até medalha! (após o treino, diga-se, só quem não tem respeito pelo esforço do corredor entrega a conquista antes do final).

Poderia passar o resto do dia aqui contando os detalhes ou a animação do pessoal, mas você ia ficar com água na boca e se arrepender de não ter participado. Se participou, que legal, fizemos história juntos, de forma unida, organizada e pacífica, registrado para quem quiser ver. Aí vai um pequeno vídeo:



(o vídeo foi produzido com a ferramenta gratuita Pinnacle Video Spin e a trilha sonora é do site de música livre Audionautix)

O Colucci deve ter sido bombardeado de agradecimentos e cumprimentos pela organização do treino, então além disso, deixo para ele e todos os participantes o seguinte pensamento de Edmund Burke:

“Para que o mal triunfe, é necessário
apenas que os bons nada façam.”



Nota explicativa – camiseta

Caro corredor, recentemente recebi um e-mail de um leitor do blog perguntando sobre uma determinada camiseta com aquele meu posicionamento que já é de conhecimento de todos sobre um evento esportivo que ocorrerá em breve (quem acompanha o blog sabe do que se trata).

Pois bem, gostaria apenas de esclarecer que eu não “vendo” ou “envio” camisetas sobre este ou qualquer outro tema. O item de vestuário em questão foi produzido apenas para uma pessoa, eu, portanto não há como “encomendar” ou “adquirir”, pois o objetivo em momento algum foi comercializar ou distribuir qualquer coisa. Aliás, no post sobre um evento de corrida recente eu utilizei o termo “encomendar” com a grafia entre aspas como neste texto, de forma a ironizar o fato, uma pergunta feita durante uma corrida por outro corredor, pois não há encomenda de qualquer forma deste ou qualquer outro item relacionado.

Por bem, achei melhor encerrar este assunto, pois meu parecer já foi dado. Da mesma forma, ainda não é proibida a expressão das ideias em nosso país.

domingo, 4 de dezembro de 2011

Corrida Corpore de Natal: gratuita, perfeita e com boas surpresas

Certa vez, ao voltar de férias, o voo atrasou e muito. Ao longo da viagem, fomos informados que devido ao fato de alguns passageiros possuírem conexões em São Paulo, “o comandante estava autorizado a utilizar a velocidade máxima da aeronave”. Bom, hoje eu era o meu próprio comandante na Corrida Corpore de Natal e autorizei colocar os manetes de potência no (meu) máximo. Motivos não faltaram, conforme relato a seguir, e o resultado você confere ao final.

A Corrida de Natal costuma fechar o calendário da Corpore, mas nos últimos anos passou por algumas mudanças, não diminuindo o clima de festa da prova. Lembro que quando participei em 2006, a prova acontecia no Ibirapuera com percurso de 5,5 Km, largávamos às 17:00 do sábado e não havia marcação de tempo com chip, por se tratar de um evento festivo. Na prova deste último domingo largamos pontualmente às 08:00 na raia olímpica da USP mas usamos chip, mesmo assim o clima de competitividade era o de cada corredor contra seus relógios.

O melhor de tudo, é que a prova era gratuita. Contudo, ao ver o anúncio há algumas semanas atrás, as 3.000 vagas já estavam preenchidas e com lista de espera. Eu imaginava que seria inviável alguém desistir de uma prova gratuita, estas listas geralmente dizem respeito às inscrições que não são pagas até uma certa data, mas mesmo assim confirmaram minha presença. Para meu total desespero, eu esperei até a última hora, que seria o dia 29/11, onde no dia seguinte se encerrariam as inscrições de um Simulado de Triathlon. Por não ter nenhum evento para este domingo, já chateado por não formar equipe para a Ayrton Senna Racing Day e ter desistido de viajar para Belo Horizonte para a Volta da Pampulha, fiz inscrição para o tal simulado no final da noite daquele dia. E para minha total surpresa, no início da manhã do dia seguinte, minha inscrição na corrida foi confirmada.

Eu estava disposto a dar um “no show” na corrida, mas por não ter passado muito bem no final do sábado, achei que nadar na água fria da represa, pilotar uma bicicleta na estrada e correr (uma coisa atrás da outra, diga-se) não seria uma boa ideia. Plano B, juntei tudo que era de corrida e a poltrona ficou vazia no simulado. Paciência, eu vou nos próximos. A gratuidade da inscrição foi devido à Lei de Incentivo ao Esporte do Estado de São Paulo utilizando recursos de ICMS devidos pelas Empresas e pelo apoio da Netshoes e AES Eletropaulo que destinaram recursos para o Projeto. Quem sabe a moda pega e outras entidades aderem à modalidade?

Mas não se engane: prova gratuita não é sinônimo de organização mambembe, especialmente quando falamos da Corpore. A mesma estrutura de todas as provas estava montada de forma eficiente, com retirada de kit com camiseta, chip e número de peito, sem contar a própria arena. O percurso totalmente plano, a temperatura de 18 graus no momento da largada e o retão da raia olímpica eram um convite à velocidade.

Ao me deparar com o ponto de retorno, vi que estávamos fazendo um percurso muito parecido com aquele trecho insuportável da Maratona de São Paulo (logo após o Km 30) o que me fez acelerar pra valer, queria dar o troco naquele asfalto que já riu da minha cara várias vezes. Total da brincadeira, 5 Km em 28:48, meu melhor tempo na distância. Sei que não é lá grandes coisas, mas é bom ver a expressão infeliz do relógio de vez em quando.

Esta foi a primeira vez que vi o Sr. David Cytrynowicz, presidente da Corpore, correr uma prova, apesar de que é óbvio que já correu muitas outras. Sr. David, parabéns pela disposição e profissionalismo dos que estão sob seu comando!

Ao final, tive a satisfação de ser identificado (de novo pela camiseta) pela Fabi do blog A Corrida Mudou Minha Vida!!!. Fomos recepcionados por “Papais Noéis” de azul que distribuíam medalhas de papel, e chegamos a pensar que seria esta a tal medalha da prova. Na verdade, tratava-se apenas de um desconto na loja da Netshoes. Lembre-se: estamos falando da Corpore, a nossa linda medalha de metal, junto com um Gatorade e um kit pós prova com lanche, frutas e água nos esperava mais à frente. Alô organizdores, aprendam como se faz! A Fabi ainda apresentou-me ao Ismael do Um Blog para Corredores outro corredor blogueiro muito gente fina.

Prova gratuita, bem organizada, medalha sensacional, estrutura de evento grande, estacionamento fácil e gratuito, recorde no relógio e encontrar os companheiros blogueiros... Feliz Natal para você também!



sábado, 26 de novembro de 2011

"Melhor que o Caminho é o Caminhar": leitura obrigatória para corredores

Encontrar bons livros sobre corrida de rua não é fácil, a tarefa é mais difícil ainda quando eles foram escritos por seus companheiros blogueiros com quem você tem a satisfação de cruzar nas provas, trocar algumas palavras e tirar uma fotos. Então, conheçam (se é que possível não conhecer) o Fábio Namiuti, autor do best seller (se ainda não é, vai ser) Melhor que o caminho é o caminhar, onde nosso caro colega conta sua trajetória, do fim iminente de sua saúde como obeso e fumante até a perseverança de participar continuamente e evolutivamente de corridas em sua cidade, São José dos Campos, SP, e em diversas cidades do país.

Criador e mantenedor do blog O Arquivo de Corridas de Fábio Namiuti, seu primeiro livro é uma biografia que nos apresenta sua batalha para sair do buraco provocado pela alimentação errada e modo de vida fumante, seguido de relatos emocionantes, reais e divertidos das provas e eventos em que participou.

Em uma passagem de seu livro, Namiuti explica que foi o penúltimo em sua bateria na Corrida Vertical, uma escalada de 31 andares no prédio da Nestlé aqui em São Paulo. Só que se ele foi o penúltimo, aqui você pode conferir as humildes palavras de quem foi o último na mesma bateria e que conheceu o autor neste evento. Foi aquela cena típica de um ver o outro se contorcendo para tirar uma foto digital com sua própria câmera e oferecer ajuda. Como os números de peito continham os nomes, observamos quase que simultaneamente que já nos conhecíamos pelos nossos posts e comentários nos blogs. Mais fotos, momento histórico de conhecer ao vivo e a cores os blogueiros do ciberespaço, para ser registrado e naturalmente, publicado. Na foto aí ao lado, outra situação em que nos esbarramos, no “forno” do Circuito de Corridas do Carteiro 2011 em Osasco, SP.

De toda a narrativa, que prende a atenção do início ao fim, a que eu mais gostei foi a da sua primeira São Silvestre, que aconteceu um ano antes que a minha estreia nesta prova, e que apesar das condições climáticas um pouco diferentes enfrentadas por ele, a riqueza dos detalhes do percurso em muito me fez lembrar da minha empolgação na primeira participação no evento. Aconselho esta leitura para quem ainda acha que as alterações para o percurso atual são melhores, com certeza você não vai conseguir gerar um relato tão empolgante e que transmite tão bem a emoção de concluir o circuito original na Av. Paulista.

Leitura boa você não consegue largar, como na foto ao lado, pendurado no metrô e com meu fiel volume à mão. Merchandising gratuita, de vez em quando alguém esticava o olho para ler um trecho junto comigo, então eu deixava a capa bem à vista.

Dois recadinhos para o Namiuti:

1) Seu livro não ficará na estante. Assim como outros dois volumes de autores-corredores, Dean Karnazes e Rodolfo Lucena, os quais tive a honra de conhecer e a pachorra de pedir um autógrafo em suas respectivas obras, o seu também (por estar autografado), vai ser bem guardado para ter uma longa vida;

2) Assim que a obra literária for adaptada para o cinema, favor escolher atores bem legais, nada de Selton Mello para interpretar o seu papel!

Se você gosta de corridas de rua, com certeza vai se identificar com os relatos do Namiuti e adorar o livro. Melhor que o livro, só mesmo a sua leitura.

Já leu? Gostou? Deixe seu comentário aqui, o autor também é frequentador deste blog...




segunda-feira, 21 de novembro de 2011

Volkswagen Run: da Rua para a Fábrica

O calendário de provas do segunda semestre é sempre lotado de eventos imperdíveis e que invariavelmente acabam “encavalando” , obrigando o corredor a fazer escolhas difíceis. Foi assim no ano passado, quando a Volkswagen Run ocorreu no mesmo dia da Ayrton Senna Racing Day, e como no segundo caso prevalecia a vontade da equipe, tive que sacrificar a edição anterior daquela prova, voltando a participar neste ano da 5ª. edição da corrida de 10 Km que acontece inteiramente dentro da fábrica da Volkswagen em São Bernardo do Campo, SP. Foi uma pena ter perdido a outra, participei das 3 anteriores e a cada ano a organização melhora e surpreende os corredores tanto pela estrutura, kit e pela própria corrida, apesar do circuito não sofrer alterações.

Lembrando um pouco da história desta prova: para primeira edição eu acabei topando com o evento no calendário e com poucas informações, resolvi participar. O ponto positivo desta primeira versão era poder escolher entre 5 concessionárias da rede para retirar seu kit, e eu consegui buscá-lo em uma próximo de casa. Porém todo começo tem problemas, e na falta de informações de como acessar o estacionamento da montadora, muitos corredores, inclusive eu, deixou o carro no lado de fora da fábrica, sobre o gramado ao lado do acostamento e sem segurança alguma. Uma muvuca no guarda-volumes fez com que os corredores tomassem uns 20 minutos de chuva para conseguir pegar seus pertences. Mas isto é passado, a cada ano a organização afina mais um pouco, deixando a prova nos níveis mais altos esperados. Agora o corredor conta com mapas indicando o acesso aos estacionamentos (gratuitos) da fábrica, staff direcionando o trânsito e caso o estacionamento seja distante, ônibus de fretamento trazem os participantes para a arena. O kit, porém, agora é retirado somente com duas opções de local de entrega, mas mesmo assim não é difícil acessar a concessionária da Av. Faria Lima.

Apesar das minhas críticas à provas caras não tem como não participar, e esta não é uma das mais baratas (R$ 80,00), porém vale cada centavo. Veja, por exemplo, o kit pré e pós prova:


No kit pré prova, camiseta, boné e meia da marca Track&Field, cupom de desconto para as lojas da marca, sacola com zíper, manuais e até mesmo um cronômetro! No dia da prova os corredores recebiam uma bandana comemorativa da prova e uma garrafa de alumínio ao final, além de uma medalha no formato de velocímetro de carro. Eu disse garrafa de alumínio e não squeeze igual ao que o pessoal da São Silvestre vai ganhar no kit deste ano, ok? (se é que vai ganhar, pois segundo o regulamento a organização se reserva o direito de não entregar...) Naturalmente, teve frutas, água e isotônico, além das tradicionais tendas de massagem.

Veja o detalhes destes dois itens: a meia é comemorativa da prova e as informações para o atleta estão dispostas em um folheto no estilo “Manual do Proprietário” de veículos. Afinal, o lema da prova era “Todo Corredor é uma Máquina”:

Ao final, o sorteio de um Gol 0Km, mas é claro, eu não ganhei.

Sobre a corrida, o percurso é um sobe e desce danado, pois a região não é nada plana. Mas as subidas são curtas e o visual é muito bacana. Vale a regra automotiva: sobe em primeira, desce engrenado (tá bom, eu desci “na banguela” algumas vezes). No Km 7, o ponto alto da prova: o corredor atravessa a linha de montagem do Gol, com diversos veículos suspensos em estágio de construção, em meio a braços robóticos, estruturas metálicas e tudo que uma fábrica utiliza para produzir veículos. Sensacional, são uns 600 metros de pura adrenalina, o pessoal vai a loucura e se empolga neste trecho, mesmo depois de ter corrido mais da metade da prova.

Como largada e chegada são no mesmo ponto (coisa que a organização da São Silvestre não entende muito bem), a subida inicial transforma-se em descida, não muito íngreme, o que ajuda no sprint para melhorar o tempo. Minha marca de 01:02:38 foi enviada por SMS em meu celular após a prova, não meu melhor tempo no circuito, mas mesmo assim está de bom tamanho. Como no dia anterior tivemos chuva e garoa, a manhã ensolarada não esquentou muito o couro cabeludo dos participantes, além do que a sobra dos prédios do complexo dava um tom de “ar condicionado” no clima em alguns trechos. Chamou a atenção o fato desta prova ter ampla divulgação em algumas emissoras de rádio, o que eu nunca tinha presenciado antes.

Apenas alguns pontos negativos, que infelizmente precisam ser comentados:

- A organização não informou em nenhum local como o corredor poderia chegar de transporte público. Fui contatado na véspera para uma leitora do blog que precisava urgente da informação, sendo que em nenhum trecho do site ou dos folhetos era explicada a alternativa ao carro.
- A largada foi atrasada em quase meia hora, pois ás 07:45, horário final de entrega dos chips, o movimento de veículos chegando ainda era grande. Do meu ponto de vista, se o corredor não sabe cumprir horário, paciência, no próximo ano ele chega cedo, ou retira o chip e sai correndo para completar dentro do prazo da prova.
- “Pipocas”, por incrível que pareça. O acesso à área de largada era feito através de identificação de uma pulseira, porém a organização deixou alguns “pipocas” passarem, como pude constatar em um grupinho que estava sem pulseira, chip, camiseta do evento e que para enganar ainda estava com número de peito de outra corrida! Esta é a primeira vez que vejo isto acontecer nesta prova, lamentável e entrarei em contato com a organização sobre o assunto, afinal a inscrição não é barata.

Mas somando-se tudo, a prova é inigualável, não só pelo percurso diferenciado, mas pela organização atenta a todos os detalhes.

Se não participou, fique esperto no próximo ano, dificilmente esta prova sai do calendário. No meu, com certeza, já é obrigatória.



segunda-feira, 14 de novembro de 2011

Corrida E Caminhada da Longevidade: duas provas incríveis!

Sim, você leu certo e eu não digitei errado: o “E” está em maiúsculo mesmo, afinal, participei das duas provas que compunham o evento Corrida e Caminhada da Longevidade Bradesco Seguros, que aconteceu neste último domingo e contou com a expressiva participação de aproximadamente 6.000 pessoas. Mais uma vez o local foi a região do Ipiranga, no entorno do Parque da Independência e do Museu, onde corredores enfrentavam 6 Km e caminhantes 3 Km das ruas da região.

Mas como é possível participar das duas provas de uma só vez? Simples, corredores largavam às 08:00 e caminhantes às 09:00. No ano anterior eu já havia percebido que era possível participar (e participei) das duas modalidades, então para fazer a coisa certa desta vez e não “pipocar” na caminhada, fiz a inscrição para ambos eventos. Antes que você fale que está sobrando dinheiro, aqui estão os custos: R$ 20,00 para a corrida, R$ 10,00 para a caminhada. Kit pré-prova, nos dois casos, composto por camiseta de tecido tecnológico, sacolinha (de novo estas sacolinhas...), squeeze, protetor solar, número de peito e chip descartável para a corrida.

O corredor é levado a pensar que isto será descontado na organização da prova, mas aí que vem o mais interessante: o evento foi muito bem elaborado, organizado de forma eficiente e melhor que muita prova que custa os tubos por aí. A área do Parque da Independência abrigava um organizado guarda-volumes, stands de massagem, palcos, área vip e até mesmo um bicicletário. Se eu não tivesse carona para esta prova, mesmo não sendo tão perto de casa, teria ido de bike, conforme a própria organização convidou os atletas por e-mail na semana do evento.

Bom, então se o kit pré-prova esta bom, a organização ótima, e por este precinho, então não tem kit pós-prova, certo? Errado de novo, ao passar pelo tapete após 00:36:38, entrei em uma fila para pegar água, frutas, isotônico e é claro, uma bela e grande medalha, com data e local da prova na fita. Agora me diga, o que leva então os organizadores a enfiarem a faca no seu bolso para certos eventos que não tem nada disso? E ainda não acabou...

Enquanto aguardava o início da caminhada, assisti a cerimônia de premiação e a entrega simbólica da renda do evento para o Projeto Vida Corrida, que usa o esporte como forma de inclusão social em comunidades carentes. Eu não gosto de fazer propaganda, mas o patrocinador que dá nome ao evento está de parabéns, este tipo de atitude poderia ser copiado por outras entidades que dizem “organizar” provas.

Vamos voltar ao assunto da corrida, que é o que interessa. A largada foi pontual e o percurso é o das provas na região, ou seja, sobe o Parque da Independência, desce pela R. Bom Pastor, Av. D. Pedro I e volta, só que entra pelos jardins e passa em frente ao Museu do Ipiranga (onde aconteu o tal “grito”). A caminhada atrasou um pouco devido à cerimônia de premiação, mas como este era um evento “família”, ninguém se estressou. Ótima hidratação, placas de quilometragens nos locais apropriados e staff preparado. A única crítica não é direcionada ao organizador, mas aos caminhantes que entraram no meio dos corredores e atrapalharam o início da prova. Isto porque no sistema de som anunciava-se que deveriam aguardar até o horário da caminhada, mas tem gente que não entende ou que como de costume, acha que não precisa seguir regras.

Acesse o site do Circuito da Longevidade e confira se ainda dá tempo de participar da etapa da sua cidade. Se não der, dedique um pouco de atenção no próximo ano à este evento, vale muito a pena participar, não só pelo custo, mas pela proposta de tornar a atividade física parte da vida das pessoas e ajudar quem precisa. E aumentar a longevidade, é claro.




segunda-feira, 31 de outubro de 2011

Meia Maratona de Revezamento SESC: ótima!

Eu costumo dizer que as melhores provas do calendário acontecem na segunda metade do ano, e aí vai mais uma que já está marcada para os próximos: Meia Maratona de Revezamento SESC que é organizada em São Paulo pela unidade Ipiranga, e que como toda prova da entidade, é garantia de evento de ótima qualidade e preço acessível. Para se ter uma ideia, minha afiliação como comerciário garantiu uma inscrição de modestos R$ 15,00, enquanto que os avulsos pagavam R$ 30,00. Lá pra baixo eu falo mais à respeito.

O calor desértico do sábado na hora de retirar o kit já dava indicações de que não ia ser fácil enfrentar as pirambeiras da região do Ipiranga no sobe e desce com a cabeça torrando no sol. Mas para sorte de todos os corredores, ao final do dia uma chuva “lavou” o calor do dia e deixou o domingo até mesmo nublado na maior parte do tempo. O pouco mormaço que ainda estava no ar nem era do sol que tentava abrir espaço entre as nuvens, mas provavelmente do bafo do dia anterior. Clima sensacional para correr. Sobre o kit, bem simples mas de boa qualidade: camiseta azul marinho, números de peito e sacolinha (eu não sei mais o que fazer com estas sacolinhas...).

Às 08:00 em ponto, após um animado aquecimento realizado pelo pessoal do SESC, foi dada a largada em primeira marcha e tração nas quatro patas. Isto porque você já inicia em uma subida rumo ao Museu do Ipiranga, a qual se estende por quase 1 Km. Se você acredita que dá para sair rasgando logo de cara, também deve acreditar naquela baboseira de “grito de independência”. Após este trecho, diga ao povo que corro.

Para quem já correu as provas Bombeiros da Corpore, Troféu Independência ou Longevidade, sabe que não é um percurso dos mais fáceis, mas dá para encarar. Tem um sobe e desce danado, sendo o único trecho plano a Av. D. Pedro I. Como as equipes de revezamento eram de 2 ou 4 integrantes, o pessoal que iria fazer 10,5 como era o meu caso, enfrentava tudo em dobro. Mesmo assim, não foi cansativo em termos de paisagem, e sim uma forma de saber em que pontos dava para puxar um pouco mais na segunda volta.

Enquanto estava lá no Km 6 me preparando para a subida final do meu trecho, fui identificado pelo corredor Alessandro Guimarães do blog Correndo Que Me Entendo. Conversamos até a área de transição e ele deu prosseguimento em sua preparação para a Maratona de Curitiba. Alessando, foi uma satisfação conhece-lo e sucesso no seu desafio!

O kit pós-prova era composto por medalha, frutas, suco e barrinhas de cereal, infelizmente nada salgado, o que me fez parar no SESC Ipiranga e comer um pão de queijo (que desculpa boba só para saborear esta iguaria da cozinha mineira!), regado a um balde de cappuccino, é claro. Retirada de chip muito organizada no dia da prova, guarda-volumes com divisão por números de peito e ótima área com atividades para quem estava esperando, com massagem, máquina de fotos e outros entretenimentos. Ou seja, um verdadeiro evento de corrida.

Voltando à questão do preço: se por toda esta estrutura paga-se no máximo R$ 30,00, por que eu devo me inscrever em eventos patrocinados por lojas esportivas de shopping centers onde a inscrição custa 4 vezes este valor? Não vou citar diretamente o evento, mas ele acontece nas próximas semanas, e eu achei um absurdo, um valor meramente elitista, que visa separar o “corredor diferenciado” que pode pagar por isto. O SESC mais uma vez está de parabéns pela prova e pela acessibilidade que promoveu nesta edição. Uma pena que eu não vou na Corrida Rústica em 20/11, mas fica aí a dica para quem tem acesso ao SESC Interlagos , uma prova que participei no ano passado e que vale muito a pena.

Ainda não saiu o tempo oficial, mas não estou muito preocupado. Pelo meu relógio, os 10,5 Km foram feitos em 01:09:36, mas eu esqueci de descontar a área de transição da primeira volta. Como meu joelho está “em observação” devido à uma dor que vai e volta, não forcei, especialmente nas descidas. Não é hora de se machucar, com tantas provas legais neste final de ano.



segunda-feira, 24 de outubro de 2011

Precisa-se de Corredores: Ayrton Senna Racing Day

Estou em busca de dois heróis (ou heroínas) para compor uma equipe de revezamento para a próxima edição da Ayrton Senna Racing Day, que acontecerá em São Paulo no dia 04/12. A prova é uma maratona de revezamento, onde na equipe de 4 corredores que é o meu objetivo, cada integrante percorrerá 2 voltas no autódromo de interlagos. Da nossa equipe dos anos anteriores, 2 membros não poderão participar da corrida, portanto lanço aqui o convite aos blogueiros e colegas de corrida que queiram eventualmente participar deste evento fantástico e super organizado, uma prova que já faz parte do meu calendário nos últimos anos e que infelizmente corremos o risco de não participar por falta de equipe.

As inscrições para o quarteto custam R$ 360,00 (ou seja, R$ 90,00 para cada corredor) e incluem um kit sempre bem cuidado, medalha e acesso ao autódromo, inclusive com estacionamento interno. Cara, você vai largar dos boxes da Fórmula-1, o que mais você quer? Confira meu relato dos anos anteriores (e você sabe que eu sou crica e reclamo quando não gosto... não foi o caso destes eventos):

2010: Ayrton Senna Racing Day: “S” de Sensacional!

2009: Ayrton Senna Racing Day: fantástica!

Veja também o site oficial do evento:

AYRTON SENNA RACING DAY 2011

Para efeito de melhor organização das corridas deste final de ano, preciso colocar uma data final para formarmos esta equipe: 31/10. As inscrições são até 15/11 e o número máximo de inscritos sempre é completado, portanto não podemos dar bobeira ou ficamos de fora. Também aproveito que nosso intuito não é competir, e sim participar da prova, sendo considerado uma média de aproximadamente 06:30 min/Km para os 2 corredores que já temos na equipe. Se você quer ir para buscar pódio ou mostrar performance, é uma pena, mas esta equipe não vai atender seus objetivos.

Se estiver interessado, mande um e-mail para nropeito@gmail.com e conversamos sobre os detalhes.

Conto com sua participação na nossa equipe!



quinta-feira, 13 de outubro de 2011

8a. Corrida Santos Dumont: voando baixo

Pouco antes de escrever este post, fiz as inscrições para as últimas provas do ano, pelo menos para corridas, pois pode ser que eu ainda tome coragem para um “...athlon” qualquer. Mas diga-se que este ano foi cheio de decepções com provas e organizadores, sem falar especificamente daquela-organizadora-que-não-devemos-dizer-o-nome (tipo o vilão do Harry Potter). E que sensação agradável ao ver que a 8ª. edição da Corrida Santos Dumont só melhora a cada ano, onde é visível que a organizadora JJS Eventos observa os pontos a serem revisados e de fato trabalha para resolver cada situação.

A prova acontece tradicionalmente no dia 12 de Outubro, em comemoração à Semana da Asa, e por este motivo tem como ponto de largada e chegada a base aérea do Aeroporto Campo de Marte, onde funciona o PAMA – Parque de Material da Aeronáutica. Amplo espaço para todas as estruturas de prova (kits, guarda-volumes, banheiros, pódio, etc.) e fácil movimentação de quem está lá para correr, caminhar ou somente acompanhar. O percurso é totalmente plano. Não entendeu ainda? Vou explicar: a maior elevação que você vai ter pela frente são as lombadas e um pouquinho da Av. Brás Leme. Ou seja, pode sentar a bota que não vai ter subida para quebrar o seu ritmo.

A maior parte da prova acontece na Av. Olavo Fontoura, e para quem não conhece, é aí que os carros da Fórmula Indy aceleram a 300 Km/h na etapa São Paulo do campeonato mundial. Asfalto um pouco grudento (tipo o do autódromo) mas retinho, sem buracos ou muito caimento nas laterais. Ficou com inveja? Então aí vai o melhor de tudo: clima nublado, com nuvens estáveis e sem sinal de chuva, propício para correr. Ou seja, tudo de bom.

Voltando à organização, o corredor/caminhante poderia retirar o kit no Hospital Edmundo Vasconcelos, patrocinador da prova, na véspera ou no próprio dia do evento. Caramba, será que ninguém pensou nisto antes? Quantas vezes eu torrei tempo e combustível, e até estacionamento, para pegar kit na véspera! Às 07:00 da manhã meu kit estava lá me esperando, com camiseta laranja, número de peito, chip descartável e gel de carboidrato. No kit pós-prova, guloseimas do patrocinador Montevérgine e isotônico Marathon. Tudo isso pelo preço justo de R$ 50,00, outro exemplo a ser seguido pelos organizadores. E o melhor de tudo, que eu sempre escrevo aqui: largada dos caminhantes em baia separada! Partem os corredores para os 5 ou 10 Km e na sequência os caminhantes curtem o percurso do mesmo jeito, sem atropelo ou muvuca.

Eu vi seu blog!

Ainda irritado pelo fiasco do meu Biathlon três dias antes (leia abaixo) e com a tal tosse chata, além de uma divertidíssima cirurgia dentária na noite anterior, saí meio desembestado dentro dos limites e mantive o ritmo de 06:12 / Km, fechando em 01:01:42 (pelo meu cronômetro). Tá mais do que bom, dadas as condições acima, outra surra no meu relógio. Na verdade, todo mundo voou baixo nesta prova, clima e percurso ajudaram muito, e percebi que os corredores conseguiam manter o ritmo confortavelmente.

Ao final, medalha (ufa, esta prova tinha! Ver relato do biathlon...) bem bonita e a satisfação de encontrar o colega Ultramaratonista Jorge Cerqueira, do blog JMaratona, que aliás foi campeão na categoria militar. Jorge, parabéns, e espero que você venha faturar mais títulos aqui em São Paulo!

Dois comentários finais:

Parabéns ao Comando da Aeronáutica no auxílio da organização, não só pelo espaço do PAMA cedido ao evento, mas pela atenção dos soldados no local e na distribuição de água.

Se você ainda não foi nesta prova, não perca tempo, mudanças podem ocorrer nos próximos anos. Há rumores de que o espaço do Aeroporto Campo de Marte e do próprio PAMA sejam desativados para a construção da estação do Trem-bala até a Copa do Mundo ou Olimpíada. Daí, a prova com certeza terá grandes alterações.

Para fechar, aproveitando o título do post anterior: “prova sensacional, performance muito boa!”.



segunda-feira, 10 de outubro de 2011

Biathlon Atletas Solidários: prova boa, performance ruim

Sabe aquela propaganda “Existem dias ruins e dias bons”, na minha versão para a 4a. Etapa do Biathlon Atletas Solidários, “este foi um dia péssimo”. Mas antes que você pense que eu vou descarregar minha ira no organizador, eu já assumo a culpa do fracasso, apesar de que vai espirrar na organização assim mesmo.

O ano está acabando, e com a falta de desafios proporcionada pela alteração da São Silvestre (que eu continuo afirmando que não vou) e o cancelamento tardio do Fast Triathlon Experience, o jeito foi buscar provas diferentes, e uma coisa que eu queria era dedicar um pouco mais de tempo ao triathlon. Estas provas são um pouco caras, na faixa de R$ 300,00, então o jeito é treinar em provas menores e mais acessíveis. Quando esbarrei com a proposta do evento Atletas Solidários, que acontece em Santos (aproximadamente 70 Km de São Paulo), achei ótimo, prova que custa 10% de um triathlon e que proporciona a logística nadar/correr para praticar a transição de modalidades. A prova consistia de 500 metros de natação nas águas turvas da proximidade do Áquario Municipal de Santos (Canal 6) e mais 3 Km de corrida na avenida da praia.

Organizada pela YPS Eventos, a prova deixou um pouco a desejar, mas pode ser considerada boa. Para isto, seguindo o padrão dos blogueiros que gostam de uma análise mais detalhada, destaco na os prós e contras:

A favor:

- ótimo horário de largada, 09:00, que facilita para os estrangeiros como eu chegarem de outras cidades

- pontualidade e organização nas largadas das baterias

- estrutura de caiaques e pranchas no mar, além de salva-vidas dos bombeiros nas proximidades

- staff atencioso

- número de atletas bem dimensionado para o evento

- prova beneficente, renda arrecadada será destinada a compra de brinquedos para crianças carentes no final do ano

Contras:

- problemas com a camiseta: apesar de ser opcional (R$ 7,00), o fornecedor não entregou na data e o organizador se prontificou a envio pelo correio ou permitia a retirada na próxima semana. Como eu não queria causar problemas, aceitei uma da etapa anterior, poupando a organização de ter que enviar posteriormente.

- Banheiros químicos (ou qualquer coisa do tipo): inexistentes

- Taxa (abusiva) do ativo.com na inscrição: R$ 4,20

- área de transição muvucada: quem já fez um triathlon ou qualquer modalidade relacionada, sabe que a área de transição deve ser tratada com muita atenção. Afinal, os equipamentos do atleta ficam ali para as trocas de modalidade (tênis, bike, roupa de borracha, etc.). Eu achei muito estranho que ao cruzar a linha de chegada da corrida, uma pessoa da organização estava anunciando que um atleta havia esquecido a roupa de borracha e equipamento de natação na área. Oras, a prova não havia terminado, e aquele equipamento era meu! Tudo bem que eu cheguei quase por último (veja abaixo os motivos), mas enquanto o último atleta não passa, a área não deve ser desmontada. Peguei o equipamento e fui atrás da minha maior decepção na prova...

- Nada de medalha: o que posso dizer é que, em alguma tela da inscrição, em algum momento, eu vi que quem fizesse a inscrição até 10 dias antes do evento garantiria a medalha de participação, após este prazo, teria que retirar com o organizador. Mas ao terminar a prova, conversei com a coordenação do evento e descobri que esta regra era de outra prova, naquela em que eu estava não era prevista a entrega de medalhas. Pela primeira vez em 116 provas, fiquei sem medalha.

E a minha performance... (quer mesmo falar disso?)

Após pintarem o número da minha inscrição no meu braço, 24 (e sem piadas a respeito, por favor, leia como 2-4, ok?), fui para a área de largada. Mar batido só de olhar, todo encrespado. O tempo feio já indicava que a água estava boa para os pinguins, não para os atletas, e eu detesto até banho de chuveiro frio. Não deu outra, entrei na água e o 1mm de neoprene da roupa não segurou nem por 10 segundos o calor do corpo. Quase travei ali na areia mesmo, mas segui em frente. Ao enfiar a cabeça no mar (turvo e esverdeado, mas isto eu já sabia), entrou água no meu ouvido e o direito parou de funcionar, sensação muito desagradável. A tosse que me acompanhou durante a semana toda voltou com força total, em pleno mar, e lá se vai qualquer tentativa de controlar a respiração. Se meu médico ler este post, nem olha mais na minha cara...

Para completar, depois de algumas braçadas, o óculos de natação embaçou e com a soma de tudo isso, lá se vai qualquer tentativa de vencer a correnteza. Você sabia que a a água é 1000 vezes mais densa do que a do ar, e tem um coeficiente de arrasto 10 vezes maior do ar? Não? Então tente nadar com a cabeça fora da água e você vai entender. Como a minha teimava em enfrentar a água gelada, com ouvido doendo e sem visão alguma, arrasto total. Alguns se agarraram aos caiaques da organização e nem sei se continuaram a prova, mas eu fui adiante, nadando do jeito que conseguia, apesar da baixa velocidade. Que bom que não estava de relógio, deve ter sido um desastre de proporções épicas o tempo total dos 500 m.

Cheguei de volta ao continente com pique de ainda correr os 3 Km, aliás, acho que correria bem mais, estava feliz por estar novamente no asfalto firme.

Acho que somando tudo, performance ruim não vale medalha mesmo, ainda que seja somente de participação. Quem sabe na próxima eu melhoro e mereça algum tipo de reconhecimento.

E pensar que no mesmo dia aconteceu o evento máximo do Triathlon, o Ironman de Kona, no Havaí.

Vai sonhando, um dia você chega lá.




terça-feira, 27 de setembro de 2011

Fast Triathlon Experience: CANCELADO!

Infelizmente, nós paulistas nos juntamos aos colegas cariocas na lista de eventos cancelados sem muitas explicações (ou desculpas esdrúxulas, se preferir): hoje fui informado por e-mail e telefone pela organizadora Gayotto, que o evento Fast Triatlhon Experience, que aconteceria no próximo dia 02/10, foi cancelado. O motivo, segundo a pessoa da organização, seria o impedimento por parte da Prefeitura do Município de São Paulo sobre o local não ter sido liberado. Sinceramente, leitor, você acha que uma organizadora do porte da Gayotto não teria atentado a este detalhe com a devida antecedência?

Mais uma vez somos lesados por um seleto grupo de pessoas que age em benefício de (provavelmente) outro seleto grupo, ou “gente diferenciada”, para utilizar aquele expressão que ouvimos recentemente. A Gayotto se prontificou a devolver o valor da inscrição, inclusive com formulário preenchido via site, o que demonstra a seriedade da empresa. O contato telefônico também foi algo inédito, ou seja, total preocupação em informar o atleta sobre o ocorrido.

Mas vamos aos fatos: é desagradável! Eu já estava com tudo preparado, mesmo sendo uma prova curta, pois exige a logística de transporte de bike, equipamento de natação, etc. Mais uma vez, cara de palhaço na foto. Sendo assim, lanço aqui meu aviso (não é protesto, é a minha posição), senhores organizadores de provas e autoridades municipais:

TERMO DE ACEITE É O MESMO QUE CONTRATO UNILATERAL, FACILMENTE CONTESTÁVEL NA JUSTIÇA. SE EM ALGUM MOMENTO EU REALIZAR A INSCRIÇÃO EM UM EVENTO, O MESMO FOR ALTERADO OU CANCELADO SEM O DEVIDO REEMBOLSO, MEDIDAS LEGAIS, ATÉ A MÁXIMA EXTENSÃO DA LEI, SERÃO TOMADAS!

Você trabalha duro para pagar inscrição de prova e equipamentos. Arranja tempo para academia e treino na rua. Ganha lesões novas, briga com o médico, dorme pouco para fazer aquilo que gosta. E é tratado desta maneira.

Colegas atletas, pensem a respeito, e passem a exigir seus direitos.




terça-feira, 20 de setembro de 2011

O Verdadeiro Show da Virada: São Silvestre anos 80

Neste último final de semana a cidade de São Paulo foi invadida por uma legião de atletas amadores e profissionais de todas as categorias imagináveis, da pancadaria nas gaiolas de MMA no Vale do Anhangabaú às acrobacias aéreas na Represa de Guarapiranga, teve espaço para todo mundo curtir um pouco de seu esporte favorito na Virada Esportiva 2011, evento organizado pela Secretaria de Esportes e que mais uma vez foi um sucesso total. Para os corredores, além da Corrida 24 horas no Parque Estadual dos Trabalhadores (não precisava correr o tempo todo) e da Maratona de Revezamento Pão de Açucar, um evento inusitado organizado pelo Antonio Colucci: um treino homenagem ao percurso da São Silvestre nos anos 80, largando da Av. Paulista, descendo a Av. Brigadeiro Luis Antonio e subindo a R. da Consolação. E o melhor de tudo, largando às 23:00, como acontecia com a prova antes de... bom, já sabe, antes da tal emissora inventar aquele circo de música esquisita na virada do ano.

Lá pelas 22:00, quando cheguei ao vão livre do MASP (que não estava tão livre assim, as barraquinhas da feira de domingo já estavam armadas), os corredores já aguardavam o início desta jornada, despertando olhares curiosos de quem passava pela Av. Paulista. Como a tal Virada Esportiva rolava solta pela cidade, muitos associaram aquele povo de camiseta e shorts ao evento, ou seja, foi mais fácil não passar por louco por estar iniciando uma corrida naquele horário. Para completar nossa festa, tivemos a presença da Ana Luiza Garcez, a Animal, que venceu a prova em 2003 entre outras tantas conquistas e do José João da Silva, que em 1980 trouxe o título de volta para o Brasil na prova. Dá pra você imaginar melhor incentivo para estar ali?

Finalmente conheci o colega Colucci, que sempre passa nos nossos blogs e é um dos maiores defensores da tradição da prova original. Entre as suas iniciativas está a SSCover em 2010 (ano em que tivemos a afronta da medalha antes da prova) e agora este treino homenagem. Uma pena que nossas autoridades não deram o devido respeito ao evento e não forneceram pelo menos uma escolta policial para nosso grupo ou fechamento do percurso. Ou seja, enfrentamos, pela calçada mesmo, os 8,9 Km da fervente noite paulistana correndo em pequenos grupos e cruzando com tipos bem estranhos, tipo a moradora de rua totalmente chapada que após um click da máquina do Colucci ainda berrou “quem foi o arrombado que tirou foto?”. Daí já dá para ter uma ideia dos seres que encontramos no caminho, apesar de que algumas pessoas ainda nos aplaudiam e dava até para sentir um pouco daquele (perdido) clima da prova.

E este é realmente foi o ponto mais legal do evento: em alguns momentos imaginar como seria estar ali nos anos 80 correndo no finalzinho do ano, uma era de mídia televisa um pouco menos imbecil que a atual, onde a transmissão da prova era o programa líder de audiência, no lugar dos patéticos comentários daquele apresentador que comanda o tal show atual. Sobre o percurso, apesar de mais curto, eu achei muito menos cansativo, pois a descida da Brigadeiro neste lado é mais suave e a subida da Consolação mais gerenciável. Mas dobrar a esquina da Av. Paulista, não importa de qual lado, é algo mágico, uma sensação de dever cumprido sem igual, e que agora não mais faz parte da prova.

Até fomos entrevistados pela ESPN, que provavelmente irá transmitir a matéria na próxima sexta-feira no programa Vamos Correr. Será que eu apareço lá também?

Parabéns à todos os colegas que concluíram este fantástico desafio, e parabéns mais do que merecido ao Colucci pela organização e pela amizade que tem pelos corredores.

Curta um pouco da nossa emoção:


(o YouTube gosta de estragar a trilha sonora...)

Virada Esportiva com gostinho de São Silvestre anos 80... isto sim foi um verdadeiro Show da Virada!




quinta-feira, 8 de setembro de 2011

Putz, sou eu na Contra Relógio!

Aconteceu mais ou menos assim: como eu costumo ler a Revista Contra Relógio da primeira até a última página (tudo bem, atrasado alguns meses às vezes...), sempre observava as respostas para as perguntas da seção Pulo do Gato, editada pela Fernanda Paradizo. Pois bem, na qualidade de assinante, enviei minha candidatura às questões que são publicadas e aí estou eu na edição deste mês, página 81!

A Fernanda enviou esta pergunta legal “Como você estabelece sua estratégia de prova para correr uma maratona ou meia-maratona?” e eu criei uma resposta baseada nestes quase 6 anos de aventuras pelo asfalto. Como eu disse à ela no e-mail, “dava para escrever um livro sobre o assunto”, mas eu me contentei em resumir alguns pontos que acho interessantes. Tá certo que eu não sou nenhum exemplo de velocidade, mas meu objetivo é sempre terminar inteiro, e diga-se, só na última Maratona de São Paulo as coisas se complicaram no final (mas eu terminei mesmo assim).

É uma satisfação tremenda ter participado e contribuído com a revista, que como eu já disse aqui várias vezes, considero que atualmente é a melhor publicação voltada às corridas de rua que temos, dada a variedade e seriedade das matérias. Aliás, diga-se que graças à uma matéria publicada na revista em 2008 sobre blogs é que este aqui nasceu.

Fernanda, muito obrigado mais uma vez pela oportunidade!




segunda-feira, 5 de setembro de 2011

Meia Maratona de Praia Grande: uma prova quase perfeita

Domingo ensolarado e com vento frio. O melhor de tudo é que este vento era a própria brisa da praia, combinada com uma massa de ar frio estacionada no nosso litoral. Dia perfeito para correr, 21 Km ou 10 Km curtindo a paisagem do litoral sul de São Paulo, e como se não bastasse, a organização deu uma verdadeira “aula” de como cuidar de todos os detalhes da 8ª. Meia Maratona de Praia Grande. Uma pena que alguns pontos ainda precisem ser ajustados, mas se eles acertarem tudo, vai ser uma verdadeira humilhação para certas entidades que “dizem” organizar provas (sem citar nomes, ok?)

Quem está encarregado de organizar este evento é a TriEsportes, que já cuida de provas como a concorrida 10 Km Tribuna FM (inscrições encerram em pouco mais de 10 dias) e o Desafio da Mata Atlântica, ambas sucesso de aprovação entre os participantes. Neste ano a Meia Maratona de Praia Grande trouxe a novidade de ir em direção ao centro da cidade passando por boa parte da orla e depois voltando pela Rodovia Expressa Sul. Na ida, um cenário fantástico, quase 10 Km de praia, depois mais uns 2 de ruas da cidade e então... a volta: 10 Km de estrada debaixo de sol, sem sombra e com sobe e desce das pontes. Apesar do segundo trecho ter sido bem cansativo, este percurso ficou muito bom, mas vai do gosto do freguês, pois muita gente não gosta da monotonia de correr grandes retas sem paisagem. Eu acho desafiante, pois manter o ritmo não é fácil. E ponto negativo para os estressadinhos que desceram a mão na buzina no trânsito engarrafado no litoral, apesar de todas as faixas na cidade informando sobre o evento. Não sabe ler, tem que ficar parado no trânsito mesmo!

As largadas foram pontuais, com bastante agitação e informações no sistema de som, ou seja, ninguém ficou perdido. Ótima hidratação, especialmente no trecho de estrada, onde o calor já pegava forte. Faltou apenas gel de carboidrato e isotônico, este último teria sido de grande valia naquele cenário escaldante.

Outro ponto muito interessante foi o bombardeio de e-mails da organização na última semana, praticamente um por dia, passando todos os detalhes da prova: local, colocação do chip descartável, guarda-volumes e até previsão do tempo. A entrega do kit aconteceu na loja Decathlon da Praia Grande, de forma rápida e com direito a a assistir um vídeo explicativo sobre o chip descartável. Camiseta amarela (tom mostarda), sacolinha e só. Preço módico e justo (R$ 50,00), sem bibelôs no kit. Na chegada, além de um kit bem completo (faltou alguma coisa de sal ou isotônico, diga-se), medalha diferenciada para 21 e 10 Km, dourada e prateada, respectivamente.

Mas então, porque uma prova dessas não é perfeita? Os mesmos pontos de sempre:
- largadas às 08:00 para Meia Maratona e 09:00 para 10 Km: na praia, apesar da época do ano, isto é muito tarde e o sol castiga.
- caminhantes largando junto com corredores de 10 Km: desisto, não falo mais nisso, 5 minutos entre uma largada e outra já seriam suficientes.

E a minha constante performance: 02:18:15, mais uma Meia terminada com o relógio marcando próximo disso. Será que eu só vejo estes números nesta distância? Tudo bem, dada a péssima noite de sono em um hotel horrível que fiquei, onde eu com quase 1,80m tive que dormir em uma cama projetada para Hobbits, até que não foi tão mal.

Parabéns à organização, dá gosto pensar em voltar no próximo ano, basta manter este mesmo nível de serviço e estaremos lá de novo.

Mais uma missão cumprida!