segunda-feira, 24 de junho de 2013

Quem é você?

Pergunta fácil quando “você” é “você mesmo” ou está com alguém que te conheça. Mas quem treina na rua, estrada, mar aberto ou qualquer outro meio onde não necessariamente tem alguém conhecido por perto, mais cedo ou mais tarde vai ficar com aquela sensação de “e se acontecer alguma coisa comigo, quem vão avisar?”. Eu sempre utilizei um cartão plastificado com meus dados pessoais tanto em treinos quando provas, e felizmente ninguém nunca precisou ligar para casa e dizer que eu estava sentado no meio fio chorando e perdido (ou coisa pior, se é que você me entende).

Recentemente troquei de bat-cinto de utilidades e o tal cartão virou um incômodo, além de estorvar também iria acabar furando o pequeno bolso de tecido. Foi então que resolvi fazer uma destas pulseiras de identificação, já estava ensebando há quase um ano e agora não teve mais jeito. Procurei alguns modelos e gostei da Self ID, que está aí na foto. A ideia é transportar em um local visível os dados mínimos em caso de emergência, e se esta ocorrer, facilitar o atendimento e comunicação a quem interessa.

Desde a época do tal cartão eu carrego comigo o nome completo, país (vai que um dia eu corra lá fora...), duas pessoas de contato com telefones distintos (preferencialmente uma com celular) e o tipo sanguíneo, que aliás, você tem obrigação de saber. No Ironman 70.3 me perguntaram na retirada do kit, e eu não havia decorado ainda, sendo que o tal cartãozinho estava no hotel. Um risco e tanto,
a pessoa deixou anotado “não lembra” na minha ficha, mas daí para frente eu passei a prestar mais atenção nestes detalhes.

Outra informação útil nestas pulseiras é o convênio médico da pessoa ou hospital de preferência, mas vale lembrar que muitas vezes isto é regional e sabe-se que corredores e triatletas viajam bastante. Porém uma informação eu acho de extrema importância: se vai deixar o telefone de alguém próximo e que possua uma idade já avançada (mãe, pai, avós), não se esqueça de anotar o grau de parentesco. Se alguém tiver que ligar para estas pessoas, ao ver que se trata de um filho ou neto, vai ter muito cuidado ao explicar qualquer situação.

Muitas vezes eu faço propaganda aqui de itens que ganho de empresas do ramo esportivo, mas esta foi uma compra normal que estou compartilhando com você pela utilidade do acessório (e porque eu me preocupo com meus leitores!). Também pela qualidade da pulseira e ótimo atendimento, estou indicando o produto. No site da Self ID você consegue fazer um orçamento e simular como ficará a pulseira com seus dados. Custa menos que uma inscrição de corrida e vai te trazer o conforto de saber que você pode sair de casa mais tranquilo em seu próximo treino ou prova.

quarta-feira, 19 de junho de 2013

Cobertura: Circuito Vênus, Etapa São Paulo

Bom, pela segunda vez neste ano eu estou em um mês onde a agenda não encaixa com as corridas disponíveis e elas ganham uma prova exclusiva... Mas como o que importa é estar presente nestes eventos, nem que seja só para fotografar, fui conferir a convite da Iguana Sports no último domingo a etapa São Paulo do Circuito Vênus, com percursos de 5 e 10 Km na região do Jockey Clube. Mesmo local de outras provas famosas, como a WRun que aconteceu lá no início do ano, os trajetos favorecem a quebra de recordes por serem planos e bem regulares.

Manhã fria, até um pouco de garoa chegou a cair no início da prova, mas a empolgação das meninas não parava um único segundo. Talvez pelo fato das corridas de rua ainda concentrarem uma proporção maior de homens, elas parecem extremamente contentes de terem um evento diferenciado. Largada no horário, 07:30 (aliás, muito bom para uma prova) e elas partiram para as respectivas distâncias. Enquanto isso, maridos, namorados, filhos, cachos e outras pessoas relacionadas assistiam o início da prova.

A chegada ocorreu dentro do próprio Jockey, e com pouco mais de 15 minutos de prova as primeiras colocadas começaram a apontar na reta final. Fiquei posicionado bem perto do pórtico de chegada e via-se a alegria de muitas garotas, moças, senhoras, enfim, mulheres que sentiam-se realizadas por mais uma conquista. Algumas passavam com as amigas de mãos dadas e braços erguidos, outras sacavam o celular para tirar uma foto histórica, e naturalmente as mais focadas apertavam o passo no sprint final.

Do que pude observar, o kit foi muito bem montado para as corredoras, bonita medalha ao final, boa hidratação e como já mencionei, percurso favorável aos recordes. A área de dispersão congestionou em alguns momentos, muitas atletas passavam o tapete e paravam logo após a chegada, mas nada que causasse problemas sérios

Novamente a crítica construtiva para o organizador que utiliza a região para suas corridas é coibir a ação dos guardadores de carros, os “flanelinhas” como são conhecidos em São Paulo. Uma ação policial de patrulhamento já seria suficiente para inibir a ação no entorno da prova, ou mesmo buscar uma alternativa de estacionamento próximo.

E como não poderia deixar de ser, algumas fotos do evento:



P.S.: Percebeu que este post está meio atrasado? Percebeu também que eu quase não tenho lido os blogs dos colegas? Pois é, chama-se falta de tempo. Imagine então como estão os treinos...

quinta-feira, 6 de junho de 2013

A Corrida te leva mais longe... ou te traz mais perto!

Ainda naquela escassez de provas de início de ano, mas aproveitando para deixar a máquina em dia para os primeiros desafios, aí vai uma estorinha bem legal que aconteceu durante os treinos de Carnaval. Ficar os 4 dias em São Paulo já é normal, acho que não tenho mais idade para enfrentar 8 horas de trânsito e aguentar aquela muvuca do litoral paulista, então o jeito é achar o que fazer aqui. Cidade vazia, a dúvida maior era: pedalar ou correr? Como sair com uma das bikes é um verdadeiro ritual, minha preguiça fez com que eu utilizasse o domingo de Carnaval para dar uma rodada e começar a me preparar para a primeira Meia Maratona, quase um mês a frente.

Saí então aqui na Zona Norte, rodando ao lado da (e não “na”) Ciclofaixa da Av. Luiz Dumont Villares até o Campo de Marte. Tradicional volta de quase 7 Km ao redor do aeroporto e região, torcendo para não ter foliões perdidos em frente ao Anhembi. Ao fechar a volta no meu ritmo pangaré de sempre, ficou aquela sensação “lá vem a parte mais chata, voltar para casa no trajeto contrário”. Eu tinha outras coisas para fazer durante o dia, mas por que não esticar e explorar um pouco outro percurso? Afinal, eu conheço esta região como a palma da mão, são só 40 anos morando aqui.

Resolvi trocar a enfadonha subida da Av. Luiz Dumont Villares por uma série de subidas mais desafiadoras, engatando a tração nas quatro patas na pirambeira da R. Dr. Zuquim. Ao final, na junção com um trecho da Av. Nova Cantareira (trecho apenas, esta vai longe), mais subidas, para depois descer a Av. Tucuruvi. Mas aonde eu quero chegar, além da minha casa, naturalmente, é o fato de este percurso ter sido percorrido durante boa parte da minha vida, desde o colegial no final da década de 80 até os dias atuais, mas nunca correndo. Os corredores aqui da região conhecem muito bem a Av. Dr. Zuquim e Av. Nova Cantareira, subidas respeitáveis! Na adolescência sedentária de vez em quando eu subia andando alguns trechos, mas se batia preguiça pegava um ônibus.
A ideia passou pela cabeça durante o treino, mas lembrei que não existem mais aqueles passes de ônibus da CMTC que a gente destacava e tinha o maior cuidado de não rasgar, senão o cobrador não aceitava. Resolvi que o jeito era enfrentar a inclinação do jeito que dava.

Quando terminei a última subida, sem caminhar, e com a sorte de pegar todos os semáforos a meu favor, nem acreditei, passei uma vida aqui, e em sete anos correndo, nunca tinha experimentado o percurso! Que coisa, muitas vezes eu peguei o carro e fui para o outro lado da cidade, como a USP ou até em parques aqui na região, mas não experimentei algo que estava do lado de casa! No final do trecho, fiz o percurso no Google Maps, já que ainda não usava GPS e descobri que aumentei 3 Km na rodagem que estava prevista, fechando com 18 Km e recheado de subidas.

Lembrei-me de publicar este post somente agora por ter feito novamente o circuito recentemente. Ou melhor, parte dele, pois deixei a subida mais pesada ainda com trechos da Av. Voluntários da Pátria, mas mantendo a originalidade de rodar por locais onde havia apenas caminhado.

Moral da estória: corrida é algo simples, basta uma roupa apropriada e um bom par de tênis, mas isto você já sabe. O que talvez não saiba é que a simplicidade pode ser maior ainda, especialmente quando você tem na porta de casa um trajeto inusitado.

Quer contribuir? Conte seus pontos de corrida desbravados, não precisa ser aqui da região, basta ter tido a coragem de buscar um novo trajeto.

Divulgação: Vênus 10K São Paulo

E mais uma corrida para elas: Vênus 10K Etapa São Paulo, que ocorrerá em 16/06. Parece incrível, mas quando rolou a WRun eu estava na maior “seca” de corridas, enquanto as meninas ganhavam uma prova só para elas, e adivinhe, aconteceu de novo! Bom, não sobrou prova para mim neste mês de junho, então eu vou me contentar com os treinos para a Maratona do Rio, enquanto isso, você (mulher, é claro) pode aproveitar para correr uma prova exclusiva para as garotas.

Descritivo do evento (fornecido pelo organizador):
Diversão, saúde e beleza na maior corrida feminina do Brasil. O fim de semana da Vênus 10K oferece aulas, atividades e experiências que vão além do esporte.
Chamem as suas amigas e venham se divertir nos 5km ou 10km da Vênus 10K.


Data: 16/06/2013
Percursos: 5km – 10km
Horário de Largada: 7:30

Inscrições pelo site: Vênus 10K São Paulo