segunda-feira, 25 de março de 2013

Jornada dupla: corrida no sábado, travessia no domingo

Um final de semana cheio de atividades esportivas espalhadas em diversas modalidades e locais não dá para perder, então o jeito é arranjar tempo e encaixar o que for possível. No meu caso, já estava programada mais uma incursão aquática à Represa Guarapiranga no domingo, em um travessia de 2 Km de braçadas. Prova bem legal, já havia participado no ano anterior e prometi que voltaria neste ano, fazendo a inscrição logo cedo.

Mas como não poderia deixar de ser, apareceu uma corrida, desta vez a Night Run, que ocorreria no sábado. Se eu fosse atrás de recordes pessoais ou alta performance, deveria focar na travessia e deixar a corrida para outro dia, mas que se dane, um pouco de sono a menos não vai ser prejudicial a ponto de causar problemas. Sendo assim, correr 10 Km no sábado à noite e pouco mais de doze horas depois, nadar 2 Km em águas abertas. Haja disposição!

Para não ficar cansativo, e eu sei que alguns não se interessam por um ou outro esporte, deixo os dois posts para que você leia o que mais gostar (mas está convidado a ler os dois, é claro):

Night Run: poderia ser melhor

Travessia Guarapiranga: por que não fiz isto antes?

Travessia Guarapiranga: por que não fiz isto antes?

Aliás, eu fiz, mas só comecei na 5ª. edição e esta do último domingo foi a 6ª Travessia Guarapiranga. Prova aquática sensacional, se tivesse mais eu iria com certeza. No ano passado ocorreu até mesmo uma segunda etapa durante a Virada Esportiva, mas eu estava ocupado experimentando uma prova de pista e outra vertical e só fiquei sabendo depois.

Esta prova acontece tradicionalmente como comemoração do Dia Internacional da Água (22/03), uma tentativa de conscientizar os humanos de que este não é um recurso inesgotável como se imagina. Para enfatizar, os atletas devem levar no dia da travessia 2 litros de óleo de cozinha para reciclagem, ou seja, são centenas de litros a menos que serão despejados nos mananciais em um único evento! Por que não fazer mais dessas campanhas ao invés de ficar somente se preocupando em enfiar bugigangas nos kits?

E por falar em kit, este era bem interessante, com bela camiseta do evento, toalha e touca de natação. Ah, tudo bem, está escrito “Travessia 2 Km” bem grande, assim você pode dar cabeçadas nas pessoas na piscina da sua academia sem dó... Tudo bem organizado na entrega e direcionamento dos nadadores, além de amplo espaço no local para famílias, equipes e outros acompanhantes.

Às 09:45 um pequeno simpósio técnico explicando as condições da represa, estrutura de caiaques, bombeiros e segurança, além do percurso de cada categoria. Por volta de 10:00 o pessoal da distância de 1 Km largou em direção à primeira boia, mas alguns voltaram devido ao frio que estava dentro d’água. Bravos heróis, não estava fácil mesmo, depois de uma semana de frente fria e sem sol na maior parte do tempo, aquele volume todo de água não poderia estar de outro jeito.

Terminada a primeira prova, o pessoal dos 2 Km se posicionou para a largada às 11:00, porém afoitos para o início, devido à temperatura da água. Não cheguei a presenciar, mas sei que alguns também voltaram pelo mesmo motivo da outra turma. Como estava com a roupa de borracha, ou o “Rubber Man” como eu a chamo, não senti nada de frio. E a cabeça? Outro truque do triatlo: duas toucas, uma mais grossa e a do evento por cima.

E dá-lhe braços e pernas, mesmo sem correnteza, nadar em águas abertas é muito diferente de piscina. Começa por não se ter noção alguma de fundo ou ver “bordas”, apenas as boias de percurso. A sensação na largada é como estar em uma máquina de lavar roupa, não precisa muito para um pezinho desavisado ou uma mão boba te acertar, então toda atenção é pouca. Depois do estouro de boiada inicial, cada um toma seu caminho e vai embora.

Fui no meu ritmo e aproveitei o percurso, tendo somente um pouco de correnteza ao final quando abri demais a curva das boias e precisei corrigir o curso, mas ao final um tempo que não esperava: 32:02. Não é dos melhores, não ganhei troféu ou medalha especial, mas dada a situação de temperatura da água, mais o cansaço da Night Run na noite anterior, foi melhor do que eu pensava. Os organizadores estavam no portal de saída e te estendiam a mão com os parabéns. A medalha, além de muito bonita, é colocada no seu pescoço (e não entregue junto com o saquinho de doces e frutas como nas corridas).

A pergunta do título fica tanto para mim quanto para você. aprendi a nadar quando era criança, começava e parava a natação por motivos diversos, apesar de aconselhamento médico para tentar curar minha bronquite. Voltei a nadar faz alguns poucos anos, após ter feito o Fast Triathlon e desde lá nunca parei. Agora bate um pouco de arrependimento por não ter voltado mais cedo, mas as águas estão aí, então não pretendo parar mais.

E para o leitor: se você não é atleta profissional ou tem metas ousadas, treine e experimente outros esportes. Você e seu corpo desligam um pouco dos mesmos movimentos, ganha-se um condicionamento diferente e a sensação de conquista é além do esperado.

Night Run: poderia ser melhor

Muito me entristece ter que relatar a Night Run ocorrida no sábado da forma a seguir, mas eu prefiro que o leitor seja informado do que aconteceu ao invés de “puxar o saco” só para ganhar inscrições. Na verdade não foi convite ou qualquer coisa do tipo, em um concurso do site globoesporte.com a minha frase foi escolhida e ganhamos 2 inscrições para a prova. Com tanto evento caro no calendário, este inclusive, foi um presentão que não podia ser deixado de lado, mesmo com a Travessia Guarapiranga no dia seguinte.

Porém as coisas já começaram de forma errada: a prova acontece nas imediações do Anhembi largando de dentro da estrutura do Sambódromo, Zona Norte de São Paulo, enquanto que os kits eram retirados em uma loja de esportes no Morumbi, Zona Sul. Resultado, quase 2 horas no trânsito insano da cidade na quinta-feira, mais filas. Esta falha logística não é exclusividade do organizador, outras provas recentemente tiveram a mesma característica, o que é péssimo. Ao se inscrever em uma prova leva-se em conta se o local é acessível, e no caso das entregas de kits a informação é geralmente divulgada na semana do evento.

Apesar do ponto positivo para a organização ao indicar os estacionamentos mais próximos em um folheto inclusive com os preços, o trânsito virou um caos no sábado à noite na região que dava acesso ao local. Acabei tentando a opção de deixar o carro um pouco mais longe em um dos locais sugeridos, e isto acabou custando menos no bolso e uma caminhada de mais de 2 Km até a arena da prova. Aquecimento? De jeito nenhum, foi só desgaste, teria sido agravado não fosse o fato de faltar bastante para a largada dos 10K, que aconteceria às 20:30. O pessoal dos 5K largaria às 19:30, e isto claramente gerou um pouco de stress, pois estavam próximos do horário. Como consequência, muitos perderam a largada e acabaram correndo a prova de 10K (não sei se inteira), como era possível observar nos números de peito de cor diferenciada.

O que mais chamou a atenção foi a quantidade de “pipocas” presentes na corrida, pessoas sem inscrição que largaram e chegaram junto de quem havia pago pela participação. Pensei que isto poderia gerar inclusive tumulto no momento da entrega das medalhas, pois a quantidade era expressiva e sabemos que muita gente sem um pingo de educação acha bonito pegar kit nestas provas e depois dizer para todo mundo que “correu sem inscrição e ganhou kit do mesmo jeito”. Será que estamos presenciando o nascimento de um novo tipo de corredor? Se for assim eu deixo de pagar inscrições (mas não vou “pipocar” na prova de ninguém, não faz parte da minha índole).

Corrida iniciada no horário com muita música eletrônica e animação. Poucos corredores correram com a lanterna de cabeça que vinha no kit, o que daria uma visual bem bacana, como aconteceu na Energizer Night Race. O pessoal saiu meio desembestado pela pista da Fórmula Indy em decorrência do percurso totalmente plano e temperatura mais do que agradável, frio com garoa fina. E é claro, quem sai neste ritmo também atropela os mais lentos com esbarrões, empurrões e até o famoso bordão “abre! abre! abre!”. Diante dos fatos decepcionantes, saí meio injuriado, e como já relatei em outros posts, corre-se também com a cabeça. A minha demorou uns 3 Km para esquecer a situação e mandar as pernas correrem, até mesmo depois de eu ter perdido a lanterna no Km 2 (e ninguém teve a educação de me avisar). Um pouco de bagunça nas placas de quilometragem, então deixei de ficar controlando ritmo entre os Kms e acelerei o que dava.

Percurso plano, quebra de recordes, certo? Na verdade o vai e vem aliado aos diversas “cotovelos” acabam com o ritmo de qualquer um. Terminei no meu ritmo de sempre, com 01:02:43 pelo meu relógio, pois o cronômetro de tempo bruto do portal estava desligado. Fui para a fila ver se ainda tinha medalhas e que bom, a organização foi prudente e trouxe uma boa quantidade, só não sei se conseguiu “filtrar” os pipocas a tempo, mas acho que todos saíram com sua conquista no peito. Ótima hidratação, mesa de frutas ao final e uma medalha até que bem bonita. Agora é voltar mais os 2 Km e tanto até o carro debaixo de garoa fina.

De qualquer forma agradecemos ao pessoal do site pela oportunidade de participar do concurso, além do próprio organizador que disponibilizou o prêmio. Espero que as críticas e pontos destacados sirvam para melhorar os próximos eventos, pois a ideia de correr no sábado à noite é uma ótima opção às corridas dominicais.

segunda-feira, 18 de março de 2013

Meia Maratona de SP: Um Bom Dia Para Correr

Eu só tinha 2 opções: fazer ou não a inscrição para a Meia Maratona Internacional de São Paulo. Na verdade todo mundo tinha as mesmas opções, então o problema era definir se valia a pena ou não participar da prova. Coloquei tudo na balança. A favor: vontade de participar de uma Meia, 10% de desconto na inscrição por ser assinante da Revista Contra-Relógio, poucas provas neste início de ano, facilidade no acesso. Contra: não ter tido tempo de treinar nem dormir nada na última semana (e eu já sabia que isto iria acontecer) e o desrespeito do organizador por ter mudado a data da Maratona de SP após o início das inscrições. Mesmo assim, decidi arriscar.

E deu certo: o maior medo era enfrentar a prova destreinado, estressado e cansado debaixo de um sol de 30 e tantos graus, mas uma deliciosa frente fria entrou rasgando no final de semana e deixou o clima com cara de ar condicionado. Eu continuava destreinado e acumulando o sono perdido da semana anterior, mas pelo menos o clima estava sensacional para uma corrida. Pena uma dor tardia na coxa, que não é lesão, e sim brinde de uma semana cheia de problemas e preocupações, a tal “somatização”. Carreguei a danada pelos 21 Km, só aparecia quando eu fazia a graça de tentar acelerar, mas não impediu manter o ritmo de sempre. Mexi no cronômetro no momento errado e acabei bagunçando a minha marcação, mas foi por volta de 02:28:00 (no site está o tempo bruto, calculei por aí). É o que tem pra hoje, na próxima eu me cuido melhor.

Fale o que quiser do organizador Yescom, especialmente atire pedras na questão da Maratona de SP (a qual não irei participar), mas acredito que o trabalho nesta prova pode ser classificado como eficiente. A entrega dos kits foi rápida, a largada aconteceu no horário, boa quantidade de postos de hidratação (poderiam servir água gelada), Gatorade no Km 13 e ao final, medalha muito bonita. Como pontos contra, apenas deveria ter mais banheiros químicos, que não aguentaram a demanda antes da largada e melhor preparação do staff. Há relatos de corredores não inscritos que pegaram medalha e lanche ao final, além do cidadão de uma das bancas que parecia estar servindo Gatorade somente para ele (o corredor quase se lançava sobre a mesa para pegar o copo!).

A maior crítica, que na verdade fica como sugestão é sobre o tal “internacional” da prova. Não vou discutir valores de premiação, pois não tenho conhecimento do quanto pagam lá fora. A questão maior é transformar o evento em algo turístico para quem visita a cidade. Antes de mais nada, melhorar alguns pontos do percurso, como por exemplo, tirar a incursão à cracolândia. Uma passada rápida pela estação da Luz já daria o tom de ponto turístico da cidade, não precisa adentrar naquela região negligenciada pelo poder público. Por que não abrir o estádio do Pacaembú e fazer a largada e chegada lá? Ficou muito bom o trecho que passa pelo Memorial da América Latina, este sim um ponto turístico importante da cidade, e o subidão que vem na sequência para chegar novamente ao Elevado Costa e Silva, o Minhocão. Putz, e eu não vi ninguém se jogar de lá! (alguém lembra desta estória???)

Outra situação esquisita: a associação de moradores da região pediu que o som não ficasse tão alto, pois queriam dormir até mais tarde. Resultado: recados dados quase sussurrando e não cheguei a ouvir quando a largada foi dada. Por que não pedem também para as torcidas organizadas fazerem silêncio em dia de jogo? Ah, é mais fácil encher o saco dos corredores. Lembrando: estas são as pessoas que se disseram “gente diferenciada” quando o Metrô estudou a possibilidade de abrir uma estação na região.

Mas no geral a prova foi muito boa, senti os corredores focados no percurso, sem grupinhos se arrastando e conversando, apenas a camaradagem de sempre ao longo dos 21,1 Km. Se dessem uma “tunada” nesta prova, seria um evento único e atrairia gente de todo canto. Não é das mais fáceis, não é tão difícil e a distância compensa uma viagem à capital mundial do stress, São Paulo.

Correndo com dor e despreparado de novo? Pois é, velhos hábitos são duros de matar...

segunda-feira, 11 de março de 2013

Corrida Mercedes-Benz: na Terra de Gigantes!

Se o relógio que uso nas corridas fosse político, morreria de fome: ele não sabe mentir. O fato é que o dispositivo estava na gaveta desde a última corrida que participei, quase 3 meses atrás, portanto ainda constava o horário de verão. Ajustes feitos, é hora de participar da primeira prova de 2013, Circuito Correr e Caminhar etapa Mercedes-Benz, dentro da fábrica da montadora alemã em São Bernardo do Campo, SP.

E numa época onde adiam prova, aumentam absurdamente valores de inscrição entre outras palhaçadas dos organizadores, esta saiu de graça, onde em menos de 20 minutos no dia de abertura dos cadastros todas as vagas para corrida 10K e 5K foram preenchidas. Por sorte consegui fazer minha inscrição a tempo e garantir a participação, pelo menos para começar o ano em um distância confortável de 10K.

A retirada de kits aconteceu na véspera em um shopping center de Santo André, não muito perto do local da prova, mas na mesma região. Entregue dentro de uma loja de esportes, camiseta, sacola e
número de peito acompanhavam um desconto de 10% nos produtos da loja. Enquanto os kits eram retirados, o mundo desabava lá fora, e São Paulo e seus municípios vizinhos eram lavados por uma torrente de água que só trouxe dor de cabeça.

No dia seguinte, tempo limpo (e semáforos apagados pela cidade), foi fácil chegar ao local da prova e estacionar na própria área da montadora. Chips retirados de forma rápida e organizada e era só esperar pela largada às 08:30, um horário um pouco tarde para a época do ano, já que o calor vinha assando tudo pela frente nas últimas manhãs. Enquanto isso, encontrei os colegas Rafael Marrone Fonseca e O Corretor Corredor para um papo rápido (sobre corrida é claro) e algumas fotos. Com pequeno atraso, os corredores partiram para suas distâncias e os caminhantes para os 5 Km, com bastante curvas e vai e vem pela fábrica.

Apesar de não ter o charme da Volkswagen Run, que passa pela linha de montagem dos veículos, nesta o diferencial era passar por imensas fileiras de caminhões alinhados e traçando o percurso em alguns pontos.
Os corredores ficavam pequenos frente aos gigantes fabricados pela empresa, como se a “casa” tivesse sido arrumada para esperar nossa visita. Uma pena que não figuravam os carrões da marca, teria sido um luxo só, mas aí ia ter mais gente tirando foto do que correndo.

Uma pirambeira lá pelo Km 4 foi enfrentada duas vezes pelos corredores de 10 Km, pois passávamos duas vezes pelo local, e este foi o único ponto de reduzir a marcha e engatar a tração para subida. A partir do Km 5 praticamente fazia-se o trajeto contrário, voltando para a área de largada, onde medalha, água e frutas aguardavam os corredores.

Gratuita e bem organizada, a prova valeu a pena. A título de apontar algumas coisas que poderiam ser corrigidas, temos a água que em alguns pontos estava quente e a medalha que não continha nenhum símbolo da montadora, e sim do circuito Correr e Caminhar. Caminhantes não recebiam medalha e na minha opinião isto é bobagem, pois venceram um desafio da mesma forma, não sendo justo apenas entregar uma medalha com as mesmas inscrições que a dos corredores.

E o relógio não mente mesmo, no meu ritmo de sempre, 01:05:43. Nem melhor, nem pior que as últimas marcas na distância, o de sempre. Já está de bom tamanho, corri pouco neste mês e estou variando com outras modalidades como bike e natação, então não exijo muito dos meus resultados.

A próxima, apesar de eu estar um pouco chateado com o organizador, será a Meia Maratona de São Paulo na próxima semana. Vamos ver no que vai dar.

sexta-feira, 8 de março de 2013

Olá Sr. Cadarço Elástico!

Tem coisas que eu chamo de “frescura de triatleta”. Exemplo: um porta-garrafinhas para bicicleta que custa a bagatela de R$ 400,00 só porque é de fibra de carbono e pesa pouquíssimos gramas. Não custa mais barato tomar uma cervejinha a menos ou uma corridinha de mais 5 minutos para perder o mesmo peso? Mas vai entender, na minha opinião muita gente pratica triatlo não pelo esporte, mas para poder dizer que torra dinheiro em bobagens e jurar que aumentam “significativamente” a performance. Porém tem uma coisinha pequena e barata que veio dessas manias e que eu achei o máximo: cadarços elásticos.

Para o triatleta de ponta (não o de ponta de estoque igual eu, é claro), os segundos perdidos em uma transição para amarrar os tênis ou até mesmo o risco de desamarrar durante a fase da corrida, podem ser o diferencial entre estar no pódio ou na arquibancada aplaudindo os campeões. Como eu nunca precisei me preocupar com estes segundos, já que nas minhas “transições” dá uma porção de outras coisas erradas, nunca levei em consideração este pequeno detalhe de amarrar o calçado antes de enfrentar o asfalto com os pés. Mas, de uma vez só, ganhei 3 pares de cadarços elásticos de marcas diferentes e resolvi experimentar nos tênis de corrida.

A primeira “vítima” foi o Adidas Response 17 que está próximo da aposentadoria, como relatei no post ¡Adiós Amigos!. Estou tão acostumado com ele e seu irmão gêmeo mais novo que seria um bom parâmetro de comparação. O medo maior seria o pé ficar solto no calçado e com o atrito ganhar bolhas. Encaixei o cadarço conforme as instruções, calcei o tênis e ajustei. Apenas não cortei a parte extra por não saber se ficaria neste par, pois como disse, sua vida útil nas corridas está no fim.

Já saí diversas vezes para correr com este novo artefato e posso dizer que gostei bastante. Tanto é que acabei encaixando um outro par de cadarços no Nike e em outro tênis de academia (este por preguiça de amarrar e dessamarar, sabe).



Como vantagens, pode-se apontar:

- rapidez ao calçar o tênis
- ajuste fácil
- sistema de travas bem simples
- segurança para quem utiliza o tênis para pedalar também (já viu um cadarço enrolar na coroa? Não queira...)
- baixo custo, preços em torno de R$ 12,00

Desvantagens:

- Poucas lojas trabalham com estes modelos, é mais fácil encontrar na Internet (considerar frete e não ter acesso direto ao produto)
- Se perder a travinha da ponta, fica horrível, como é o que aconteceu com um dos meus
- Pode ser necessário cortar pois sempre estão um pouco maiores que o normal para poder encaixar em qualquer tênis. Se o cadarço sobreviver ao tênis, o próximo deverá ter o mesmo tamanho ou menor, senão ficará apertado.

Gostou? Aí estão algumas opções:

Yankz (possui representação no Brasil através de alguns sites)

Cadarlastic

Zig Zag Lace

Cadarço Elástico Sport Lace

E é claro, fiquei preguiçoso e agora olho para os tênis e digo “putz, este aqui tem que amarrar!”

Já usou? Conte sua experiência com os cadarços elásticos.

segunda-feira, 4 de março de 2013

Cobertura: W Run, corrida perfumada!

Ainda na contagem regressiva para a primeira corrida do ano, fui realizar a cobertura blogística (já que dizem que blog não é impressa...) da W Run Etapa São Paulo, corrida exclusiva para mulheres, que aconteceu neste último domingo. Em parceria com o organizador Iguana Sports, que gentilmente nos cedeu uma inscrição, acompanhei de perto como é um evento totalmente dedicado a “elas”, onde “eles” são convidados a ficar apenas a prestigiar (e tirar fotos, muitas fotos).

A entrega de kits ocorreu na véspera e no mesmo local da prova, o Jockey Club de São Paulo próximo à Cidade Universitária.
Embalado em uma neceser, utensílio que elas adoram, camiseta, alguns mimos estéticos, número de peito e chip descartável. Tudo bem organizado e rápido, bastava esperar pelo dia seguinte, onde o calor prometia.

No dia da prova, tudo bem calmo no trânsito de São Paulo, foi possível cruzar a cidade em menos de meia hora, mas ao chegar ao local, os malditos “flanelinhas” ou “guardadores de carros” já disputavam cada centímetro das ruas que não lhes pertencem para conseguir extorquir dinheiro das corredoras. Sou absolutamente contra dar dinheiro na mão de um sujeito que vai sumir assim que você atravessar a rua, e se não der, bom você já sabe, vai ganhar uma arte rupestre na lataria do carro.

Resolvido o problema “escondendo” o carro um pouco mais adiante, fomos até a área do evento, muito bem organizada e com vários atrativos para a mulherada. Tendas de massagens, aquecimento, área vip e um guarda volumes bem bolado nas próprias
arquibancadas. A largada estava prevista para 07:30 e mesmo com o grande número de atletas, aconteceu no horário. O calor já não dava sossego nesta hora da manhã, mas elas partiram mesmo assim.

Percursos de 4 Km e 8 Km na avenida em frente ao Jockey, sendo que o maior acontecia em duas voltas, totalmente planas. E elas não fizeram feio, a grande maioria foi lá para correr, vi poucas caminhantes, que já ficaram para trás logo após a largada. Eu e mais uma porção de maridos, namorados, grudes e afins aguardávamos a passada dos entes queridos no canteiro central da avenida, tirando fotos, mostrando a mamãe para os filhinhos e até para os cachorros. Comportadas, concentradas (é claro,
algumas falando bastante como sempre), não estavam nem aí pra gente. Mesmo o homem sendo a espécie em extinção no local, não vi nenhuma mandar um “ô lá em casa!” para os moçoilos, muito menos para mim, é claro.

Dada a simplicidade do percurso foi fácil registrar vários momentos sem precisar me locomover tanto. As fotos estão aí abaixo, se você saiu em alguma e quiser em resolução maior, manda um e-mail e eu te encaminho (não esquece de dizer qual foto, é claro).



Boa área de dispersão após a prova, medalha, Gatorade e toda a infraestrutura da arena à disposição das corredoras. Olhando de fora, coisa que não é comum para mim, achei a organização muito boa e eficiente. Esta opinião foi confirmada pelas corredoras, que pareciam ter aproveitado bastante o evento reservado a elas. Fica a sugestão de solicitar ao Jockey a abertura do estacionamento nestes eventos (para impedir estas pragas de flanelinhas de agir em bando) e uma área de largada mais ampla, pois o funil era grande para a quantidade de corredoras.

E como não tem corrida só para homens (que frescura seria!), agora elas estão em vantagem para as próximas provas mistas.

Parabéns, meninas!

Epa, quem são estes marmanjos infiltrados?

Como não poderia deixar de ser, encontrei os amigos de corrida que lá estavam para prestigiar o evento: O Leonardo do Pisando Por Aí e o Alessandro do Correndo Que Me Entendo, ilustre morador aqui da região. E é claro, uma foto para registrar o momento (com tanta moça bonita ao redor, e eles resolvem tirar uma foto juntos... vai entender...). Como sempre foi uma satisfação revê-los!

Agradecimentos ao pessoal da Iguana Sports que nos forneceu a inscrição cortesia!