Abertura Circuito Corpore: previsto x realizado

Momentos antes da largada, o colega Newton, recém chegado ao universo das corridas de rua, perguntou-me em quanto tempo eu pretendia fazer os 12 Km da prova. Boa pergunta, mas como eu não vivo sem um parâmetro numérico para estas situações, fiz uma conta rápida: faço 10 Km em mais ou menos 1 hora, mais um pequeno atraso pela falta de treino (ou excesso de trabalho, se preferir) e por último o gostinho de vingança da péssima performance na Meia Maratona de São Paulo... enfim, meu número foi 1h15min. Além da distância de 12 Km que eu tinha pela frente, ou os 5 Km que o Newton e mais um monte de gente ia enfrentar correndo ou caminhando, aproximadamente 6 mil corredores estiveram na USP (Cidade Universitária) neste domingo que quase amanheceu chuvoso, mas que teve direito até a um pouco de sol no percurso.

Houve um tempo em que correr na USP já estava enchendo a paciência, afinal quase todo final de semana aconteciam provas no local. Mas os estudantes que vivem nas repúblicas da universidade protestaram, e quem estava no comando concordou que o espaço é destinado a abrigar as faculdades que compõem a renomada universidade, e não abrigar eventos de lazer. Sendo assim, o número de provas diminuiu drasticamente, e as poucas que ainda ocorrem são bem “comportadas” tanto no percurso quanto na tradicional barulheira de auto falantes na arena principal. Como a abertura oficial do Circuito Corpore é tradicional, a prova foi mantida, apesar do percurso que em grande parte ocorre fora do campus, na Av. Politécnica. Tive a satisfação de encontrar a colega blogueira Ivana do blog No Mundo das Lulus, e a definição dela é igual à minha: aquela avenida é um perfeito cenário “Mad Max”, totalmente feia e desolada.

A organização da Corpore continua impecável, apesar de que muitos relataram problemas na retirada dos kits. Largada organizada e no horário, postos de hidratação bem espalhados e com água fresca (não muito gelada) e excelente dispersão ao final. Bastou, como de costume, fazer a largada dos caminhantes separada das modalidades de corrida, o que gerou bastante desvios no início da prova. Vale ressaltar que em matéria da Revista Contra Relógio deste mês a própria Corpore indicou que o número de corredores na região metropolitana de São Paulo não apresentou crescimento desde o último ano, consequência da quantidade de eventos existentes e dos preços que não param de subir. Eu vou além: já corri quase todas as provas da Corpore em momentos distintos, e posso dizer que às vezes desanima participar do mesmo evento todo ano, ainda mais porque são pagos. Já sugerimos e ainda não foi feita uma mudança consistente no calendário da entidade, onde talvez motive alguns a participar de mais corridas.

Mas, com relação à minha performance, mantive um ritmo quase constante de 06:15 min/km, o que totalizou ao final 01:15:08.

Previsto = Realizado, como seria bom se muitas outras coisas da vida fossem assim...