Em primeiro lugar, vamos esclarecer algumas coisas, caso você não seja leitor do blog e ainda não saiba, ou não me conheça pessoalmente:
1) Eu não sou triatleta e não tenho pretensão alguma no momento de virar triatleta, quando participo destas provas é na forma de desafio pessoal, não aventura e muito menos competição;
2) O texto que segue é composto por visão e opinião minha, do ponto de vista de alguém que estava na largada e participou do “pedaço” de prova que foi possível;
3) Comentários agressivos ou ofensivos serão respondidos na mesma moeda, mas não necessariamente na mesma proporção.
Esclarecidos estes pontos, vamos aos fatos, divididos em 2 posts para não ficar muito cansativo. Resumir tudo em um apenas cortaria muitos fatos importantes para entender o ocorrido.
No último domingo aconteceu o 23º Triathlon Internacional de Santos, prova que eu já vinha pensando em fazer desde o ano anterior e que planejei nos últimos meses de forma a encaixar no calendário e orçamento. Sim, pois só a inscrição custou a bagatela de R$ 453,60 na época em que efetuei o pagamento, o valor de pelo menos 5 corridas de rua em São Paulo, além é claro de considerar também custos de viagem. Já cai por terra a teoria que eu sou “aventureiro” e me meto nestas coisas de qualquer jeito, levo a sério quando o negócio é caro, dentro da minha capacidade física, naturalmente.
Tudo certo nas semanas anteriores à prova, com constantes e-mails do organizador explicando itens do regulamento, dando dicas, mostrando as 2 camisetas que os participantes ganhariam e especialmente, para minha preocupação, os tempos de corte em cada modalidade. Se passar dos 45 minutos nos 1.500 metros de natação, está fora, idem para 1 hora e 30 minutos nos 40 Km de ciclismo. Apertado para quem já treina pouco acima desta velocidade, no dia da prova tudo pode acontecer (mar puxando, pneu furado, etc.). No excelente simpósio da véspera, o diretor de prova já deixou bem claro: “não treinou, nem larga amanhã”. Gostei, apesar do tranco.
Depois de um longo e tenebroso verão, fomos agraciados com chuva, que caiu torrencialmente nos últimos dias, e como eu conheço um pouquinho do mar pelos meus tempos de mergulho autônomo, já sabia que ia dar bobeira. O domingo amanheceu com tanta chuva quanto no sábado, o que não era um bom sinal. Mas ao empurrar a bike entre os 2 quarteirões que separavam o hotel da área de transição, já dava para ver que o mar não estava para peixe, muito menos para atletas.
A primeira largada, marcada para 07:30 só aconteceu às 08:20, depois que a organização conseguiu com muito esforço posicionar 2 das 4 boias. Os profissionais e elite fariam uma única volta de 1.500 metros como os amadores, ao invés das 2 voltas de 750 metros do regulamento. Divididos em baterias, 7 ao todo, até a 3ª. os intervalos foram mais ou menos mantidos, mas a partir deste ponto a coisa complicou. Até onde li em outros relatos e reportagens, o maior pelotão feminino teve problemas ao entrar na água, o que gerou confusão com os bombeiros que faziam a segurança no local. Muitas não conseguiram passar a arrebentação, e entre os oficiais da corporação e a organização surgiu um pouco de tensão no sentido de cancelar as próximas largadas.
Mas o que fazer com quem já estava na água, prestes a entrar na transição para bike, a T1?
Continua no próximo capítulo...
quinta-feira, 20 de fevereiro de 2014
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Momentos tensos ...
ResponderExcluirSim, e a tensão continua na parte 2...
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